terça-feira, outubro 29, 2019

Reinventando as Organizações - Como liderar o futuro das organizações? Google for Startups

Reinventando as Organizações - Como liderar o futuro das organizações? 

O evento foi realizado pela Cuidadoria "O poder da colaboração" no auditório do Google for Startups - Campus São Paulo.

Você está pronto para liderar o futuro das organizações

Como são as organizações do futuro e quais são suas práticas? Foi a partir desta pergunta que Frederic Laloux iniciou uma pesquisa que mapeou as práticas das organizações alinhadas ao próximo nível de desenvolvimento humano e publicou o livro Reinventando as Organizações, dando uma visão de como serão as organizações do século 21. Laloux traz uma visão que integra a tecnologia com o ser humano, onde organizações são orientadas por propósito e valores, trazendo o melhor do ser humano em processos de gestão mais participativos e colaborativos. 

A partir desta visão, criamos uma jornada experiencial que irá ajudá-lo ampliar a percepção do futuro emergente das organizações, compreender os pilares das Organizações Evolutivas, conhecer ferramentas e perceber habilidades e competências que você precisa desenvolver para liderar o futuro da sua organização.

O evento foi conduzido pelos facilitadores Henrique Katahira e Thianne Martins da Cuidadoria e  o registro gráfico foi realizado por Jessica Oliveira Silva.

Prof Armando Ribeiro teve a oportunidade de participar dos debates e reflexões do evento "Reinventando as Organizações - Como liderar o futuro das organizações?" no auditório do Google for Startups.

Você cuida de que?

 “Os seres humanos não são problemas esperando para serem resolvidos, mas um potencial aguardando para ser revelado.” (Frederic Laloux)

Como liderar o futuro das organizações? Foi a partir desta pergunta que Frederic Laloux iniciou uma pesquisa que mapeou as práticas das organizações alinhadas ao próximo nível de desenvolvimento humano e publicou o livro Reinventando as Organizações, dando uma visão de como serão as organizações do século 21. Laloux traz uma visão que integra a tecnologia com o ser humano, onde organizações são orientadas por propósito e valores, trazendo o melhor do ser humano em processos de gestão mais participativos e colaborativos.

 Desafios:
Salto Tecnológico
Aumento de Complexidade
Salto de Consciência

 Como são as organizações alinhadas ao próximo nível de consciência humana?

 Um retorno a origem da economia:
eco = casa
nomia = gerir / administrar

 "Os recursos e a tecnologia estão todos disponíveis. Já existem organizações e comunidades que operam nesta nova economia. Nossas desculpas acabaram."

 #7COMOS
7 etapas que vão do reconhecimento do cenário e integração de um novo comportamento / prática:

Reconhecer
Identificar
Desidentificar
Transmutar
Transformar
Elaborar
Integrar

Reinventando as organizações:
Como liderar o futuro das organiações?
Salto tecnológico > Aumenta a complexidade > Novo nível de consciência

quinta-feira, outubro 24, 2019

INCOR, um modelo de sucesso a ser replicado. Excelência também pode chegar ao sistema público.

INCOR, um modelo de sucesso a ser replicado. Excelência também pode chegar ao sistema público.

PSICOLOGIA se aprende com presença!

PSICOLOGIA SE APRENDE COM PRESENÇA!

Sobre as recentes notícias de cursos de Psicologia EaD, o CFP, a ABEP e a FenaPsi divulgam nota conjunta reafirmando que a graduação em Psicologia exige ensino presencial.

Leia a nota completa: http://bit.ly/342ypU6

#PraCegoVer Arte com uma foto de sala de aula como fundo, com algumas pessoas sentadas em carteiras. Texto da imagem: Psicologia se aprende com presença. Logotipo do CFP, da Abep e da Fenapsi no canto inferior direito.


A Associação Brasileira de Ensino de Psicologia (ABEP), o Conselho Federal de Psicologia (CFP) e a Federação Nacional dos Psicólogos (Fenapsi) têm recebido um grande número de pedidos de informação e de manifestações de preocupação sobre a iminência da abertura de cursos de graduação em Psicologia na modalidade de ensino a distância (EaD). Entendemos que a proximidade do período em que as instituições de ensino (IES) divulgam seus cursos para o ano seguinte contribui muito para isso, e que várias IES, particularmente entre as que têm o lucro financeiro como objetivo principal, podem se utilizar dessas notícias inverídicas como forma de pressionar os órgãos reguladores ou de angariar o interesse dos incautos.

Nosso objetivo, com esta nota, é não só reafirmarmos nosso posicionamento totalmente contrário à graduação em Psicologia na modalidade EaD, mas divulgar informações importantes sobre a situação atual.

Não existem, no país, cursos de graduação em Psicologia autorizados na modalidade a distância. O Relatório Síntese de Área da Psicologia sobre o ENADE 2018, publicação oficial do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Anísio Teixeira (INEP), que acaba de ser divulgado, atesta:

Cumpre notar que o Conselho Nacional de Saúde opinou contra a oferta de cursos na Modalidade EaD na Área de Psicologia e não são, então, ofertados cursos nesta modalidade, e a totalidade dos cursos oferece Educação Presencial. p. 23.

A Tabela 3.1 apresenta a distribuição por sexo e idade do total de respondentes. Como já comentado, o Conselho Nacional de Saúde opinou contra a oferta de cursos na Modalidade EaD na Área de Psicologia e não são, então, ofertados cursos nesta modalidade, mas tão somente cursos de Educação Presencial. p. 36 e 37 (Relatório síntese de área: Psicologia. Brasília: Inep, 2019. Disponível em no site do Inep. 

Art. 28, § 2º: A criação de cursos de graduação em direito e em medicina, odontologia e psicologia, inclusive em universidades e centros universitários, deverá ser submetida, respectivamente, à manifestação do Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil ou do Conselho Nacional de Saúde, previamente à autorização pelo Ministério da Educação.É importante, também, examinar a legislação a respeito. O Decreto Presidencial nº 5.840 de 2006 afirma:

E ainda:

Art. 36. O reconhecimento de cursos de graduação em direito e em medicina, odontologia e psicologia, deverá ser submetido, respectivamente, à manifestação do Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil ou do Conselho Nacional de Saúde.

O Decreto no. 9.235 de 2017 reitera:

Art. 41. A oferta de cursos de graduação em Direito, Medicina, Odontologia, Psicologia e Enfermagem, inclusive em universidades e centros universitários, depende de Autorização do MEC, após prévia manifestação do Conselho Federal da OAB do Brasil e do CNS.

Art. 51. O reconhecimento de cursos de graduação em Direito, Medicina, Odontologia, Psicologia e Enfermagem será submetido à manifestação, em caráter opinativo, do Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil, no caso de curso de Direito, e do Conselho Nacional de Saúde, nos cursos de Medicina, Odontologia, Psicologia e Enfermagem.

Portaria Normativa no. 23 de 21/12/2017:

Art. 28. Os pedidos de autorização de cursos de Direito, Medicina, Odontologia, Psicologia e Enfermagem, inclusive em universidades e centros universitários, sujeitam-se a tramitação própria, conforme disposto no art. 41 do Decreto nº 9.235, de 2017, e nos termos desta Portaria Normativa.

3º Nos pedidos de autorização e reconhecimento dos cursos de Medicina não enquadrados no § 2º e nos cursos de Odontologia, Psicologia e Enfermagem, será aberta vista para manifestação do Conselho Nacional de Saúde, pelo prazo de 30 (trinta) dias.

Posicionamento do CNS

O Conselho Nacional de Saúde (CNS) e sua Comissão Intersetorial de Recursos Humanos e Relações do Trabalho (CIRHRT) têm repetidamente se posicionado contrários à oferta de cursos da área da saúde, entre eles a Psicologia, na modalidade EaD. Reafirmam essa posição a Resolução CNS no. 515, de 7 de outubro de 2016, a Resolução CNS no. 069, de 13 de dezembro de 2017 e os pareceres do CNS para atos regulatórios de autorização e reconhecimento para cursos de graduação em Enfermagem, Odontologia, Medicina e Psicologia, além de Notas Públicas amplamente divulgadas.

Legislação sobre cursos presenciais e a distância

É necessário ainda explicitar algumas questões referentes à legislação sobre cursos presenciais e a distância. A Portaria no. 1134 de 2016, que trata da oferta de disciplinas na modalidade EaD em cursos presenciais, estabelece:

Art. 1º As instituições de ensino superior que possuam pelo menos um curso de graduação reconhecido poderão introduzir, na organização pedagógica e curricular de seus cursos de graduação presenciais regularmente autorizados, a oferta de disciplinas na modalidade a distância.
1º As disciplinas referidas no caput poderão ser ofertadas, integral ou parcialmente, desde que esta oferta não ultrapasse 20% (vinte por cento) da carga horária total do curso.

Posteriormente, a Portaria no. 1.428 de 2018 ampliou esse limite para até 40%, com a ressalva de que essa ampliação não se aplica aos cursos de graduação presenciais da área de saúde e das engenharias (Art. 6º.).

Portanto, nos cursos presenciais da área da saúde, não é permitida a oferta de disciplinas a distância que somem mais do que 20% da carga horária total do curso.

Para os cursos em EaD, o Decreto no. 9.057 de 2017 estabelece que há atividades que devem ser ofertadas presencialmente, tais como avaliações, estágios, práticas profissionais e de laboratório e defesa de trabalhos, quando previstas. E a Portaria Normativa nº 742, de 2018, estabelece:

Art. 100 § 3º A oferta de atividades presenciais em cursos de EaD deve observar o limite máximo de 30% (trinta por cento) da carga horária total do curso, ressalvadas a carga horária referente ao estágio obrigatório e as especificidades previstas nas respectivas Diretrizes Curriculares Nacionais do curso.

Portanto, ao contrário do que apregoa a publicidade de algumas instituições de ensino, não existem cursos 100% EaD, uma vez que há atividades que, obrigatoriamente, têm que ser feitas presencialmente. E não existe, na legislação, modalidades como “cursos híbridos”, “semi-presenciais” ou “flex”.

Existem cursos presenciais, que podem, no caso da área da saúde e engenharias, ter até 20% de sua carga horária em EaD, e cursos a distância, que devem obrigatoriamente ter atividades presenciais, tais como práticas, estágios e avaliações.

No caso da Psicologia, existem apenas cursos presenciais.

Posicionamento conjunto da ABEP, CPF e Fenapsi

Mais de 85% do ensino superior brasileiro hoje é privado, e essa condição tem estabelecido uma lógica hegemônica de expansão baseada no lucro, em que a educação se transformou em um negócio e não em um direito social, a despeito do empenho e seriedade das coordenações de curso e corpo docente. O objetivo do lucro cada vez maior tem determinado um menor aporte de recursos que atinge as condições do ensino, precariza o trabalho docente e traz graves riscos à população.

Nos cursos em EaD isso se agrava seriamente, com uma expansão descontrolada de vagas, que chega a um aumento de mais de 5.000% em dois anos, em algumas áreas. A proporção de professores, em média, cai para 7 por 1.000 alunos, com a contratação de muitos tutores, com salários e direitos trabalhistas precários.

Muitas vezes essa expansão descontrolada é divulgada, de forma distorcida, como democratização do ensino ou inclusão, quando na verdade atende a metas financeiras dos grandes conglomerados, desconsiderando a educação como estratégia de desenvolvimento e de promoção de direitos. E o mais grave é que essa prática perversa atinge tanto os que buscam uma formação profissional quanto a toda a população, que certamente ficará exposta a profissionais com sérias deficiências em sua formação.

Por que não podemos prescindir da formação presencial

A ABEP, o CFP e a Fenapsi são entidades defensoras da formação de qualidade ética e técnica, capaz de construir uma identidade profissional marcada pelo respeito às diferenças, pela compreensão das muitas vidas possíveis, pela empatia com o sofrimento e os dilemas da vida vivida, pela capacidade de compreender e dialogar com as muitas formas de pensar e ser, contidas em nossa cultura e diversidade nacional. O diálogo, o confronto de ideias, o debate respeitoso fundamentado em nossa pluralidade teórico-metodológica e nas diversas interpretações que fomentam, a descentração necessária à reflexão e compreensão na diferença, o desenvolvimento de atitudes e afetos que acolhem devem ser a marca do processo de formação em Psicologia.

Esse conjunto de requisitos que formam a identidade profissional não se adquire por meio dos recursos a distância. Ele exige convivência, contato com as diferenças culturais, teórico-metodológicas, experenciais, entre docentes, estudantes e a comunidade. Exige vivências acadêmicas ricas e múltiplas, em que o espaço da sala de aula complementa-se com os demais espaços universitários, como laboratórios, salas de recursos e de orientação, com participação em grupos de pesquisa e estudo, frequência a eventos de natureza acadêmica, conhecimento da estrutura institucional e representação estudantil, conhecimento e contato com instâncias representativas da categoria, entre outros. E em que os espaços acadêmicos complementam-se com espaços de atuação profissional do psicólogo na comunidade, viabilizando a integração teórico-prática e as experiências reais de atuação durante todo o processo de formação.

Sendo assim, a recusa da oferta de cursos de graduação em Psicologia não se constitui em resistência ao uso das tecnologias nos processos ensino-aprendizagem; essas já fazem parte do cotidiano das instituições de ensino superior e podem coadjuvar os processos de formação. A recusa fundamenta-se nos requisitos essenciais à constituição de uma identidade profissional comprometida, competente e ética.

Ao defender a formação presencial, defendemos as/os profissionais que se dedicam ao ensino de Psicologia, que devem ser tratados como docentes e não relegados a categorias secundárias, com condições adequadas para o desenvolvimento de seu trabalho, bem como as coordenações de curso, que se empenham para garantir um ensino de qualidade e atento às Diretrizes Curriculares Nacionais para os Cursos de Graduação em Psicologia. Defendemos, ao mesmo tempo, as pessoas, grupos, instituições e comunidades, que nos diferentes espaços onde se insere a/o profissional de Psicologia, têm direito a um trabalho marcado pela competência técnica e pelo respeito.

Fonte: CFP

Sistema de Saúde causa desgaste excessivo entre médicos e enfermeiros

Sistema de Saúde causa desgaste excessivo entre médicos e enfermeiros

Cerca de metade de todos os médicos sofrem com o problema, criando riscos para os pacientes, alegações de negligência médica e absenteísmo, segundo o estudo.


Imagine um sistema de assistência médica em que médicos e enfermeiros estejam tão exaustos e abatidos que muitos deles trabalhem como zumbis - propensos a erros, apáticos em relação aos pacientes e, às vezes, tentando atenuar sua própria dor com álcool ou mesmo tentativas de suicídio.

É isso que o sistema de saúde quebrado dos EUA está fazendo com seus profissionais de saúde, de acordo com um relatório de 312 páginas divulgado terça-feira pela Academia Nacional de Medicina, uma das instituições médicas mais prestigiadas do país.

O relatório constatou que mais da metade dos médicos e enfermeiros do país experimentam sintomas substanciais de esgotamento, resultando em maiores riscos para os pacientes, reclamações por negligência, absenteismo e rotatividade de trabalhadores, além de bilhões de dólares em perdas para a indústria médica a cada ano.

"É uma questão moral, uma questão de assistência ao paciente e uma questão financeira", disse Christine K. Cassel, professora de medicina da Universidade da Califórnia em San Francisco, que co-presidiu o comitê de especialistas que redigiu o relatório.

É alarmante e trágico, ela e outros membros do comitê observaram, que o sistema está prejudicando as pessoas que colocamos encarregadas de nos curar como sociedade.

Nos últimos anos, à medida que a comunidade médica ficou cada vez mais alarmada com os problemas de esgotamento, as soluções propostas se concentraram em aumentar a resiliência de médicos e enfermeiros. "O que este relatório está dizendo é que este é um problema sistêmico que requer soluções sistêmicas", disse Cassel, ex-presidente do Conselho Americano de Medicina Interna. "Você não pode ensinar aos médicos meditação, ioga e autocuidado. Precisamos de grandes mudanças fundamentais. ”

Os especialistas do comitê - que incluíram médicos, enfermeiros, executivos de saúde e líderes em bioética, neurologia e farmácia - passaram 18 meses percorrendo montanhas de pesquisas sobre esgotamento clínico. Eles descobriram que entre 35 e 54% dos enfermeiros e médicos sofrem burnout. Entre estudantes de medicina e residentes, a porcentagem chega a 60%.

Os sintomas, disseram eles, incluem exaustão emocional, cinismo, perda de entusiasmo e alegria em seu trabalho e crescente desapego de seus pacientes e das doenças dos pacientes. O problema tem sido associado a taxas mais altas de depressão, abuso de substâncias e suicídio. A taxa de suicídio entre os médicos, por exemplo, é o dobro da população geral e uma das mais altas de todas as profissões.

Os profissionais de saúde são especialmente propensos ao esgotamento, segundo o relatório, devido à carga de trabalho, pressão e caos com os quais lidam todos os dias. À medida que o sistema de saúde do país se torna cada vez mais disfuncional, a maior parte dessa disfunção chega a eles - resultando em longas horas, montando papelada e obstáculos burocráticos, medo de ações judiciais por negligência e recursos insuficientes.

O problema geralmente começa com uma lei bem-intencionada e perfeitamente razoável, explicou o co-autor Vindell Washington, diretor médico da Blue Cross e Blue Shield da Louisiana. Isso se transforma em um regulamento, que é interpretado e transformado em uma política, geralmente seguindo o caminho mais conservador possível para a proteção legal.

"A cada passo, a intenção original é um pouco mal interpretada ou capta um efeito inesperado", disse Washington.

Uma lei sobre privacidade do paciente, por exemplo, torna-se uma peculiaridade no terminal do médico que termina suas sessões a cada poucos minutos, exigindo que eles se conectem repetidamente ao longo do dia - adicionando frustração e carga aos seus dias.

Regulamentos complexos sobre reembolso hospitalar dão origem a uma longa lista de médicos em exames físicos, mesmo enquanto tentam descobrir o que está afetando um paciente, para que os hospitais possam cobrar mais ou menos com base na complexidade do exame. "O problema é que não somos trabalhadores de uma fábrica que faz widgets", disse Washington.

"É incrivelmente ineficiente e a carga de trabalho é insustentável", disse Liselotte Dyrbye, médica e pesquisadora da Clínica Mayo. "O sistema foi desenvolvido para cobrança e não atendimento de pacientes."

Burnout também é caro. Um estudo citado pelo relatório de quarta-feira, por exemplo, descobriu que custa ao sistema médico US $ 4,6 bilhões por ano. Parte desse custo é proveniente dos médicos, reduzindo suas horas, deixando o emprego ou deixando o medicamento por completo. Com cada médico afetado pelo desgaste, o custo médio estimado para o setor médico nos Estados Unidos é de aproximadamente US $ 7.600. Esses números não incluíram os custos de aumento de erros médicos, ações judiciais por negligência e outros médicos tendo que pegar o trabalho de seus colegas com burnout.

Esse incentivo financeiro é imperativo, pois aliviar o esgotamento exigirá uma adesão significativa de reguladores federais, companhias de seguros, faculdades de medicina e sistemas de saúde do país.

O relatório de quarta-feira descreveu uma lista robusta de alterações necessárias:

• As organizações de assistência à saúde devem criar diretores executivos de bem-estar para monitorar e proteger o bem-estar dos médicos e desenvolver programas de TI para reduzir a papelada repetitiva e redundante.

• As escolas de medicina e enfermagem devem treinar os alunos para lidar com o burnout. Os reguladores federais e estaduais devem identificar e eliminar regulamentos sobrepostos.

• As agências de licenciamento médico devem encontrar maneiras de os médicos procurarem ajuda sem que ela seja usada contra eles, como em litígios por negligência.

• As autoridades federais devem desenvolver uma agenda de pesquisa coordenada para entender o problema e como aliviá-lo.

Fonte: The Washington Post (Google Tradutor)

O potencial terapêutico de admirar um ídolo

O potencial terapêutico de "Stanning"*
A "terapia de super-heróis" incentiva as pessoas a pensarem como seus personagens de filmes favoritos. Parece funcionar.

Janina Scarlet sabia que finalmente tinha uma maneira de se conectar com a paciente quando a menina começou a falar sobre Veronica Mars. Em uma recente conferência da American Psychological Association, Scarlet, psicóloga do Centro de Gerenciamento de Estresse e Ansiedade de San Diego, contou como o garoto de 15 anos teve problemas para falar sobre traumas passados. Nas sessões, seus pais conversavam a maior parte do tempo. De fato, a única coisa que a garota falava era no programa de TV estrelado por Kristen Bell.

No programa, Mars, um estudante do ensino médio que brilha como detetive, é colocado no meio do espremedor de adolescentes. Nos primeiros episódios do programa, ela é estuprada, despejada pelo namorado e alienada pelas amigas. Scarlet disse que sua paciente adolescente se sentia conectada a Marte, quase como se o personagem a entendesse. Então, uma noite depois de ver a garota, Scarlet foi para casa e passou uma temporada inteira de Veronica Mars. Quando ela se encontrou com a garota novamente, eles conversaram sobre sua depressão, e Scarlet perguntou como ela achava que Mars lidaria com a situação. A garota sugeriu que Marte faria um discurso.

Após duas semanas de preparação, a menina fez uma breve conversa na frente da classe, falando sobre depressão, auto-mutilação e a importância de procurar ajuda. Segundo Scarlet, o resultado foi praticamente um final perfeito para Hollywood: os colegas de classe da garota, muitos dos quais chorando, correram para abraçá-la. As crianças começaram a conversar sobre saúde mental. E a menina acabou iniciando um grupo de apoio para ajudar outros adolescentes.

Para Scarlet, a história da garota é um exemplo do que ela chama de "terapia de super-herói". Embora os nomes dessa prática variem - alguns chamam de "terapia nerd" -, Scarlet faz parte de um número crescente de psicólogos que incorporam figuras da cultura pop nas práticas terapêuticas para inspirar os pacientes. Na era de Game of Thrones , Harry Potter e infinitos filmes do Batman, os praticantes dizem que funciona tanto para crianças quanto para adultos. (Scarlet trabalha principalmente com adolescentes e adultos mais velhos.) Por que os adultos se reúnem nesse tipo de terapia fala muito sobre a importância das histórias de super-heróis - e a natureza da própria psique.

Scarlet tem sua própria história de origem de super-herói. Em 1986, quando ela tinha 3 anos e morava na Ucrânia, um acidente destruiu um dos reatores da usina nuclear de Chernobyl, a 300 quilômetros de distância. Scarlet diz que sua família não sabia o que havia acontecido até que as pessoas começaram a ficar doentes. Em vez de desenvolver superpotências, ela passou muito tempo no hospital. Ela sofria sangramentos nasais freqüentes que não coagulavam. Sempre que o tempo mudava, ela tinha enxaquecas que às vezes se transformavam em convulsões.

Quando Scarlet tinha 12 anos, a economia ucraniana estava em ruínas, e os pais de Scarlet estavam lutando para ganhar uma renda. Judeus como sua família foram ameaçados de violência. Seus pais entraram com um pedido de asilo e, em um ano, imigraram para Nova York. Scarlet não falava inglês e chegava à escola vestindo a mesma roupa vários dias seguidos. Quando as crianças descobriam de onde ela era, perguntavam se ela era radioativa. "Eu tinha um amigo que não frequentou minha escola", diz Scarlet. “Olhando para trás, percebi que estava passando por TEPT e depressão. Houve dias em que eu só queria morrer.

No ensino médio, Scarlet conseguiu um emprego em um cinema local. Uma noite, ela assistiu a uma exibição da meia-noite do novo filme dos X-Men e ficou fascinada com a cena de abertura do filme, na qual um jovem Magneto usa seus poderes para dobrar os portões de Auschwitz depois de se separar de seus pais. Ao longo da vida dos mutantes dos X-Men, o filme explora temas de anti-semitismo, preconceito e diferença. Scarlet sentiu uma conexão especialmente intensa com Storm, um personagem que pode controlar o clima. Quando o filme terminou, Scarlet estava chorando.

Hoje, Scarlet se parece um pouco com uma personagem de quadrinhos, com cabelos ruivos e um rosto travesso. Ela permaneceu um nerd duro, devorando ficção científica e fantasia, Harry Potter e Guerra nas Estrelas . Quando ela estava fazendo seu treinamento de pós-doutorado em psicologia no acampamento base Marine Corps, perto de San Diego, os soldados que ela tratava às vezes tinham dificuldade em explicar seus sentimentos. Ocasionalmente, usavam histórias de super-heróis - nas quais homens fortes costumam ficar traumatizados ou feridos - para explicar sua dor: senti como Bruce Wayne deve ter se sentido, e assim por diante. Scarlet começou a empregar essas mesmas metáforas enquanto as guiava através de suas emoções, e seu estilo de terapia nasceu.

Scarlet agora se considera uma “ terapeuta de super-heróis ” em seu site. Ela brandiu uma espada e um escudo em seu tiro na cabeça. No final das sessões de terapia com novos clientes, ela geralmente os entrevista sobre seus interesses na cultura pop. Alguns clientes preferem a terapia padrão de como você se sente, mas Scarlet diz que as pessoas geralmente a procuram porque têm fandoms intensos e querem incorporá-las à terapia.

Josué Cardona, pioneiro do conceito semelhante de “terapia nerd”, diz que a abertura ao fandom pode ajudar os terapeutas a criar um relacionamento com os clientes, facilitando o caminho para as pessoas que são avessas à terapia, ajudando-as a se abrir sobre emoções difíceis de verbalizar. Em alguns filmes ou livros, diz Cardona, "podemos encontrar experiências que representam como nos sentimos melhor do que somos capazes de nos dizer".

Além disso, o fandom é tão central na identidade de algumas pessoas que algo tão íntimo quanto a terapia não seria completo sem ela. “Se você realmente gosta dessas coisas”, diz Cardona, “você vê o mundo através dessas lentes.” Se um terapeuta não está familiarizado com o fã do cliente, Cardona sugere que o terapeuta possa pedir ao cliente que traga livros ou para transmitir o programa ou filme no escritório. No mínimo, o terapeuta pode ler o resumo da Wikipedia.

A prática básica de introduzir personagens da cultura pop na terapia não é especialmente nova. “Parte do que acontece quando estamos deprimidos é que nossa visão do mundo se torna bastante cinzenta. Temos dificuldade em encontrar alternativas ”, diz Lynn Bufka, psicóloga da American Psychological Association, que não está envolvida com a terapia geek. Personagens fictícios podem nos ajudar a ver caminhos e finais alternativos à nossa história. Na psicologia, eles são conhecidos como "substitutos sociais" ou os não amigos que, no entanto, tratamos como amigos. Esses substitutos, observa um estudo , levam "a uma experiência de pertencimento, mesmo quando não foi vivenciado nenhum pertencimento real e de boa-fé".

Personagens fictícios costumam fazer missões para caçar demônios, resolver mistérios ou lutar contra o que estiver no caminho. De maneira semelhante, os terapeutas geralmente ajudam os clientes a superar os obstáculos da vida, digamos, incentivando-os a desafiar pensamentos inúteis ou a dizer a seus parceiros o que realmente querem. Ver seus personagens favoritos fazer versões disso, mesmo que em uma escala mais cósmica, pode ser motivador.

Como Scarlet escreveu em Self , ela já viu um paciente que estava em Buffy, a Caçadora de Vampiros. A mulher lutava para falar sobre uma experiência de agressão sexual, mas se abria quando assistia a episódios de Buffy nos quais o herói adolescente titular experimenta traumas próprios. Em um ponto, Scarlet e a mulher assistiram episódios de Buffy juntos. Quando Buffy disse à amiga Spike: "Tudo o que sinto, tudo o que toco, isso é um inferno", a mulher apontou para a tela e disse: "Isso! É exatamente assim que me sinto. Todo dia ”, segundo Scarlet.

“Com o tempo”, escreve Scarlet, “com a ajuda de ver os paralelos entre a experiência fictícia de Buffy e sua própria realidade - [a mulher] pôde ver que nossos pensamentos nem sempre são precisos e mudando seus pensamentos e seus comportamentos , seu estado de saúde mental começou a melhorar. "

Coincidentemente, a recente conversa de Scarlet na conferência da American Psychological Association sobre sua abordagem ressoou comigo por causa dos X-Men . Quando esse filme foi lançado, eu também era um garoto imigrante da ex-URSS que sentia que minha presença estrangeira me havia marcado para sempre. Lembro-me de ter me acalmado e encantado com a idéia de adolescentes loucos vivendo felizes juntos em uma escola especial para mutantes.

Desde então, meus gostos se afastaram da ação e da ficção científica, e eu não vi muitos filmes com protagonistas tão puros e poderosos. Na verdade, eu me perguntava se o surgimento de programas de TV anti-herói poderia estar atrapalhando essa estratégia de super-herói. Meus programas favoritos recentemente foram Sucessão e Fleabag , duas séries conhecidas por serem divertidas de assistir justamente porque os personagens principais tomam decisões terríveis. No que diz respeito a esses programas, estou tão comprometido quanto um nerd: li as recapitulações mesmo que eu tenha assistido ao episódio e conduzo toda e qualquer conversa com os amigos até os últimos pontos da trama. Estou a um passo de comprar um velo da Argestes . Mas eu realmente não uso os personagens como inspiração. Na verdade, seguir os passos de qualquer um dos personagens desses programas - ou, de fato, a maioria dos programas de “prestígio” hoje em dia - terminaria em desastre.

Cardona diz que essa é uma maneira muito limitada de pensar sobre esse estilo de terapia. Não é "o que quer que esse personagem fez, vá fazer", diz ele. Em vez disso, as razões pelas quais um programa ressoa com você podem fornecer pistas para emoções escondidas que você luta para verbalizar. Scarlet sugere que algumas das figuras menos admiráveis ​​dos quadrinhos - pense que o Justiceiro ou o Coringa - podem até representar partes de nós que desejam justiça ou vingança. Você não precisa agir como o Coringa para se sentir um pária de baixa sorte.

Essas explicações me pareceram cegamente fiéis ao poder das narrativas ficcionais. Afinal, o fandom pode ter seus lados sombrios, com os fãs deificando seus heróis, perseguindo os detratores e dando ataques quando um personagem é escolhido como pessoa de uma raça diferente. Além do mais, eu estava começando a ter a impressão de que qualquer coisa que você goste pode ser usada para ajudá-lo a alcançar o que deseja. Quase parecia que a terapia de super-herói poderia ser tudo e nada. Em momentos de minhas entrevistas com os terapeutas nerds, eu queria gritar: “Este não é 'Nam; existem regras! ”- então eu percebi que estava, de fato, citando um dos meus filmes favoritos.

O fato é que a terapia coloca muito estoque em narrativas. Terapia é principalmente histórias. É repetir isso uma vez desde a infância, e depois aquela conversa com seu chefe, e depois tentar entender tudo através de narrativas. Dessa forma, a terapia de super-heróis, embora não seja perfeita para todos, é uma maneira válida de apresentar melhores histórias para sua vida.

E, às vezes, você precisa de todos os implementos possíveis na Terra - não importa quão vago, fictício ou bobo - para fazer isso. Eu quero ser como Shiv Roy, da Sucessão , uma adúltera sociopata que se envolve em violações de testemunhas? Na verdade não. Mas quando estou enfrentando uma situação tão distorcida e assustadora que será necessária toda a minha competência, persistência e macacões para superar isso, quero ser um pouco como ela. Naqueles momentos, ela é minha heroína.

Fonte: The Atlantic (Google Tradutor)
*Stanning = "Admirar um ídolo"

Recursos para o estudo da Medicina do Estilo de Vida (Lifestyle Medicine)

"Lifestyle Medicine Course Syllabus"

Aqui estão algumas sugestões de leitura sobre a Medicina do Estilo de Vida (Lifestyle Medicine) indicados pela dra Beth Frates, MD. Links para o "Lifestyle Medicine Course Syllabus" https://bit.ly/2yiM3Xw e link para aquisição do livro "Lifestyle Medicine Handbook" https://amzn.to/2MGj9Xu 

"Lifestyle Medicine Handbook
An Introduction to the Power of Healthy Habits"

"Ser médico não é suficiente para ser professor de Medicina" - Revista Ser Médico CREMESP

"Ser médico não é suficiente para ser professor de Medicina" por Aécio Gois*

O ensino médico no Brasil e no mundo passa por inúmeros desafios, sendo o mais importante a sua profissionalização. Ser médico não é suficiente para ser professor de Medicina. É fundamental que esse profissional aprenda a utilizar as novas informações sobre metodologias de ensino e avaliações. Apenas a aula expositiva e a avaliação cognitiva não são suficientes como recursos pedagógicos.

Os números são assustadores no Brasil. O País já é vice-campeão na quantidade de escolas médicas no mundo, superando a China e os Estados Unidos. Só perdemos para a Índia, que tem mais de 400 escolas médicas, mas com 1 bilhão de habitantes.

Temos 338 escolas médicas, com 35.078 vagas para alunos do primeiro ano. Apenas no Estado de São Paulo, são 65 escolas, com 7.616 vagas nesse período.

Um dos processos mais importantes a enfrentar é o de acreditação das escolas – para que elas façam uma autoavaliação e uma autorreflexão –, por meio de uma avaliação externa. A acreditação e os dados do Ministério da Educação e Cultura (MEC) possibilitarão um diagnóstico com proposições de qualidade. 

MODELOS

O ensino médico passou, nos últimos 100 anos, por três grandes modelos: 1) o flexneriano, no início do século 20, que dividia o ensino em três ciclos: básico, clínico e internato, ainda muito utilizado em nossas escolas tradicionais; 2) o PBL (Problem Based Learning), surgido no fim dos anos 60 na Universidade de McMaster, no Canadá, utilizado no Brasil a partir dos anos 90 e, ainda hoje, por inúmeras faculdades abertas nos últimos tempos; 3) o mais recente: o ensino baseado em competências, que utiliza diversas metodologias ativas, com um feedback contínuo do aluno durante sua trajetória na escola, sendo um grande desafio a ser implementado.

Acreditamos que um modelo híbrido – com predominância de metodologias ativas e algumas conferências, com professores e tutores conhecendo os métodos de avaliação tradicionais e novos, e fazendo o feedback contínuo, com simulação e aulas práticas com pacientes – seja o melhor.

A simulação é, cada vez mais, uma alternativa importante, principalmente para a segurança do paciente. Por exemplo, não há mais espaço para aprender a colher uma gasometria arterial em um paciente sem ter treinado, exaustivamente, na simulação. Para tanto, é preciso que as aulas ocorram em grupos pequenos, para que os professores possam acompanhar os alunos de perto e fazer uma devolutiva. 

Quanto à avaliação dos alunos, é necessário sair de um modelo exclusivamente cognitivo, que classifica-os (somativo), e adotar um formativo, utilizando modelos como o Objective Structured Clinical Examination (OSCE), Mini Ciex, ou Avaliação a 360 graus. Ela deve ser um momento rico de aprendizado.

As faculdades deveriam, ao admitir professores, exigir o conhecimento de metodologias de ensino e de avaliação. Não existe mais espaço para frases como “eu sempre dei aula assim, e o povo aprendia com minha aula expositiva de quatro horas com 200 slides, não vejo necessidade de mudar”.

A geração Z, à qual pertence nossos atuais alunos, já nasceu na era da tecnologia e se desconcentra muito facilmente. Por outro lado, possui capacidade de acesso a informações de forma extremamente rápida e quer fazer parte do processo de aprendizado. Uma de suas principais reclamações é “sair de casa para assistir um professor ler os seus slides por duas horas, os mesmos que ele não muda há mais de 10 anos, é realmente frustrante”. A tecnologia, portanto, pode ser um caminho de troca entre aluno e professor no processo de aprendizado. 

VÁRIOS DESAFIOS

Um dos desafios, talvez, seja utilizar cada vez mais a sala de aula invertida, em que o aluno estuda o material ou busca a informação em casa, recebendo o material previamente, inclusive os slides da aula, e, na escola, aproveita o tempo discutindo com o professor as experiências e as dúvidas. É importante fazer com que o aluno tenha mais vontade de participar das aulas e consiga adquirir as suas competências, em especial a comunicação.

Os alunos devem ter, também, vivências nos mais diversos níveis de atenção: primária, secundária e terciária. É preciso sair do modelo hospitalocêntrico, mas é importante que as escolas médicas que não têm hospital passem a tê-los, com a supervisão adequada dos alunos.

Conhecer mais os egressos para fazer mudanças apropriadas nos currículos é fundamental. É necessário tentar evitar o modelo de superespecialistas, e inserir o aluno, cada vez mais, na atenção primária e nos programas de saúde da família. A flexibilização do currículo e dos horários protegidos para o aluno poder estudar em casa ou na faculdade é outro grande desafio.

O ensino de urgência e emergência, além do transporte hospitalar, deve ser implementado, com supervisão adequada de emergencistas, pois, muitas vezes, esses dois cenários são os mais utilizados pelos egressos. Devemos ensinar conteúdos que façam parte do cotidiano do médico generalista.

São muitos os desafios a serem enfrentados, porém o processo de acreditação das escolas médicas e o processo de desenvolvimento de docentes são os principais deles. 

*Médico clínico geral, cardiologista, emergencista e intensivista, e coordenador da graduacão de Medicina, da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp). 

Edição 88 - Julho/Agosto/Setembro de 2019 (Páginas 34 e 35)

terça-feira, outubro 22, 2019

Sobre a banalização da Psicologia - VALORIZAPSI


Com frequência vemos e ouvimos “profissionais” sem nenhuma graduação atuando no âmbito da Psicologia: coach, constelação familiar, psicoterapeutas, terapias humanistas e etc. Também com frequência nos irritamos, nos indignamos, nos posicionamos, alertamos, clamamos por ajuda e a única resposta é que o número de profissionais desse tipo cresce.

Qual o limite da psicoterapia? A verdade é que nem os próprios psicólogos conseguem responder à essa pergunta porque o nosso órgão regulador, o Conselho Federal de Psicologia (CFP), não delimita nossa atuação, não restringe a psicoterapia aos profissionais competentes, determina poucas técnicas como exclusivas, mas não fiscaliza ou pune aqueles que as descumprem e, por consequência, acaba permitindo essa banalização.

Qualquer pessoa que, sem diploma de formação universitária em Psicologia, decide atuar como psicoterapeuta não comete o crime de exercício ilegal da profissão justamente pelo não posicionamento do CFP, mas adota uma atitude imoral, irresponsável e antiética com o ser humano. O CFP, ciente de toda essa irresponsabilidade, não toma atitudes de proteção à saúde da pessoa e acaba por consentir. Acreditamos que o problema não está no profissional que encontra um espaço para trabalho, mas sim no órgão regulador que permite essa atuação leviana.

E sabe por que isso é tão perigoso? Porque ninguém mais cuida da sua saúde bucal senão um dentista graduado, ninguém mais cuida da sua saúde física senão um médico, fisioterapeuta ou educador físico graduados, mas qualquer um se sente apto a cuidar da sua saúde mental mesmo sem graduação. Saiba que as questões relacionadas à saúde mental crescem a cada ano em número e gravidade, portanto não entregue sua ansiedade, depressão, angústias e inseguranças nas mãos de pessoas sem o devido comprometimento, conhecimento e graduação.

Psicoterapia refere-se ao tratamento de questões de cunho psicológico, portanto busque um psicólogo ou psiquiatra para ajudar você neste processo.

#ValorizaPsi #CFP #CRP #ConselhoFederaldePsicologia #ValorizaçãoDaPsicologia #TerapiaÉComPsicologo #Psicoterapia

Fonte: VALORIZAPSI

segunda-feira, outubro 21, 2019

Iº Simpósio de Medicina do Estilo de Vida - LAPSM / LAEM (USCS)


A Liga Acadêmica de Psiquiatria e Saúde Mental (LAPSM) e a Liga Acadêmica de Endocrinologia e Metabologia (LAEM) do curso de medicina da Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS) organizaram o Iº Simpósio de Medicina do Estilo de Vida que ocorrerá nos dias 04 e 06/11/19 no auditório da USCS.

"A Medicina do Estilo de Vida (Lifestyle Medicine) é uma abordagem baseada em evidências científicas, que visa ajudar pacientes e suas famílias a adotarem e manterem hábitos saudáveis que afetem a saúde e a qualidade de vida." (JAMA. 2010;304(2):202-203).

"É uma abordagem científica interdisciplinar que prioriza o uso terapêutico do estilo de vida e envolve apoio na mudança de hábitos para consumir alimentos predominantemente integrais em dieta à base de plantas, manter atividade física regular, cuidar da qualidade do sono, saber estratégias para manejo do estresse, cultivar relacionamentos saudáveis, cessar uso do tabaco e drogas, prevenir abuso de álcool, além de outras modalidades não medicamentosas, para prevenir, tratar e, mais importante, reverter as doenças crônicas relacionadas ao estilo de vida que estão cada vez mais prevalentes." (Colégio Brasileiro de Medicina do Estilo de Vida - CBMEV).

Trecho da entrevista "A Medicina de Estilo de Vida e seu impacto na saúde" do Dr Edward M. Phillips (fundador e diretor do Institute of Lifestyle Medicine - ILM) para o site Saúde Business:

Como o “Lifestyle Medicine” transforma a maneira como os médicos e profissionais de saúde percebem os conceitos de saúde versus doença? E como isso afeta o tratamento?
A primeira mudança de percepção é que nós precisamos olhar para o atendimento de pacientes e as relações com os pacientes como um processo de longo prazo. Quando as pessoas pensam que estão doentes, mesmo quando se fala de doenças crônicas, os médicos e profissionais de saúde tratam a doença como se fosse de curto prazo. Em outras palavras, a doença é tratada quando ocorre exacerbação de doenças crónicas.
A primeira percepção logo é temporal, como fazer um paciente saudável manter comportamentos saudáveis diários.
A segunda mudança é a forma como os médicos são remunerados. Até que o sistema mude, os médicos são pagos pela rapidez com que tratam o paciente, visitar os doentes, realizar os procedimentos, etc e seu interesse em conversar com o paciente é diminuído.
Os EUA esta tentando iniciar um programa de remuneração de médicos com base em métricas de saúde, ou seja, os médicos vão receber o pagamento se os pacientes melhorarem e tornarem-se mais saudáveis. Essas métricas de saúde podem ser baseadas em comportamentos saudáveis , portanto, não apenas com base nos resultados, mas no processo de tornar-se saudável.
Esse tipo de foco muda a mentalidade de ajudar os pacientes a melhorar e sustentar comportamentos saudáveis. Por exemplo, para uma companhia de seguros que possui hospitais e emprega médicos, se eles podem prevenir ataques cardíacos, diabetes, etc eles vão economizar recursos, tornar os pacientes mais saudáveis e pagar médicos.


Programação

"Construindo resiliência - O manejo do estresse começa no médico"
Armando Ribeiro

"Entrevista Motivacional e sua aplicação no tratamento do uso 
e abuso de substâncias psicoativas"
Aline Massami Nagai

"O impacto da alimentação no estilo de vida"
Roberta Carbonari Muzy

sábado, outubro 19, 2019

1o. Fórum Internacional de Educação Médica da Escola Paulista de Medicina (UNIFESP) - 2o. dia

1o. Fórum Internacional de Educação Médica
da Escola Paulista de Medicina (EPM)
Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP)

Como deve ser uma aula expositiva em 2020
Profa. Dra. Madalena Patrício (Univerisidade de Lisboa - Portugal)

Outocome-Based Education
- Doing the right thing
- Doing the thing right
- The right person doing it

International Symposium on Medical Education
(AMEE 2019)

Desafios no ensino médico 
Aprendizagem Digital
Prof. Dr. Marcos Roberto Loreto (FMUSP)

Desafios no ensino médico
Simulação Realística 
Prof. Dr. Gerson Alves Pereira (USP Bauru)

Desafios no ensino médico
Da Bancada à Beira do Leito 
Prof. Dr. Eduardo Medeiros (EPM) 

Experiências no curso de Medicina na EPM 
Semiologia guiada por imagem
Prof. Dr. Rodrigo Regacini (EPM)

Sala de aula invertida e simulação
Profa. Dra. Carolina Pimentel (EPM)

Introdução às Práticas Médicas (IPM)
Profa. Dra. Daisy Machado (EPM)

Depressão: Estratégias de Prevenção, Identificação e Intervenção na Graduação
Profª Drª Luciana Maria Sarin (EPM)

"Antidepressivos NÃO atuam independente do ambiente. Quanto maior o estresse, pior a resposta ao antidepressivo. Precisam ser combinados com outras intervenções."
Depressão: Estratégias de Prevenção, Identificação e Intervenção na Graduação
Profª Drª Luciana Maria Sarin (EPM)

Mérito acadêmico na docência
Coordenador: Prof. Dr. Manuel João Batista Castello Girão (EPM)
Palestrante: Profa. Dra. Eliana Amaral (UNICAMP)
Debatedores:
Profa. Dra. Helena Nader (EPM)
Prof. Dr. Luiz Fernando Ferraz da Silva (USP)

"Aprendizagem transformativa"

sexta-feira, outubro 18, 2019

1º Fórum Internacional de Educação Médica da Escola Paulista de Medicina (UNIFESP).

A vida é curta, a arte é longa... no dia do médico a alegria em poder participar das discussões sobre o desenvolvimento da educação médica no 1o. Fórum Internacional de Educação Médica da Escola Paulista de Medicina (UNIFESP). Como desenvolver as competências técnicas e não-técnicas (softskills) na formação médica do século XXI.

Mesa de abertura com a presença da Diretoria da Escola Paulista de Medicina  (EPM) - Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP). O evento é formado por docentes de medicina, acadêmicos, pesquisadores e demais interessados na discussão sobre a educação médica do século XXI. O evento foi aberto pelo coordenador do curso de medicina da EPM (UNIFESP) Prof Dr Aécio F. de Góis

O fórum aconteceu no Teatro Marcus Lindenberg no campus da Escola Paulista de Medicina (SP). 

"O curso de Medicina atual na EPM" 
Prof. Dr. Aécio F. de Góis (EPM)

"Ensinar não é transferir conhecimento, mas criar as possibilidades para a sua própria produção ou a sua construção." (Paulo Freire)

 "O curso de Medicina atual na EPM" 
Prof. Dr. Aécio F. de Góis (EPM)

"Ensinar é um exercício de imortalidade. De alguma forma continuamos a viver naqueles cujos olhos aprenderam a ver o mundo pela magia da nossa palavra. O professor, assim, não morre jamais..." (Rubem Alves)

"Boas Práticas na Avaliação Médica"
Profa. Dra. Madalena Patrício (Universidade de Lisboa - Portugal)

 "Nem tudo vai bem nas escolas médicas..."

 "O perigo é avaliar o que é mais fácil de avaliar, em vez de avaliar os ingredientes chave"

NÃO ESQUECER!
"Os alunos fazem tudo aquilo em que sabem que vão ser avaliados
e não farão nada daquilo em que não são avaliados."

Homenagem ao Professor: Professora Catharina Brandi 

Prof Armando Ribeiro com o Prof. Dr. Aécio F. de Góis coordenador do curso de medicina da Escola Paulista de Medicina (EPM) - Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP) durante o 1º Fórum Internacional de Educação Médica da Escola Paulista de Medicina.

"Boas práticas de avaliação de aprendizagem" 
"Avaliação cognitiva"
Profa. Dra. Angélica Bicudo (UNICAMP) 

"Boas práticas de avaliação de aprendizagem" 
"Devolutiva interativa" 
Profa Dra Maria Cristina Pereira Lima (UNESP - Botucatu)  

"Historicamente, no Brasil... avaliação da aprendizagem... somativa, classificatória - e por vezes, punitiva e ADOECEDORA" 

Como lidar com conflitos de gerações 
Profa. Dra. Patrícia Tempski (FMUSP)  

"Enteléquia é a visão de mundo, vivencias compartilhadas que identificam um grupo. A geração seguinte filtra a cultura produzida pela anterior." (Karl Mannheim)

"Para educar é preciso ter amor e coragem. Para educar é preciso estabelecer o diálogo. Para educar não se pode matar a alegria e os sonhos." (Paulo Freire)