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Perfis de gastadores


Quatro padrões de consumo que podem comprometer o planejamento financeiro e como lidar com eles


Nos dias de hoje, o consumo é usado para criar identidades. Em outro tempos, esse era um papel exclusivo do trabalho: se uma pessoa dizia que era advogada (ou publicitária, ou sapateira, não importa), já era suficiente para que se construísse uma imagem de seu estilo de vida e circulo social. Como atualmente os caminhos do desenvolvimento profissional são variados e há muitas opções de produtos e serviços para comprar, muitas pessoas usam o consumo para se diferenciar e integrar os grupos sociais de interesse. O problema ocorre quando a vontade de criar um estilo de vida pelo consumo ultrapassa a renda. Aí, a pessoa pode esbarrar em alguns equívocos sem perceber. Dois psicólogos traçaram perfis perigosos de relação com o dinheiro. Confira se você se enquadra em algum deles e o que fazer para se readequar.

O ostentador

O hábito de ostentar revela preocupação em construir uma imagem baseada apenas em aparências. Para pessoas com essa atitude, mais importante do que ter sucesso é demonstrá-lo aos outros - e o caminho para isso é consumir.

Riscos - Ao escolher um carro para impressionar os amigos, mas inadequado à renda, você se arrisca ao endividamento, além de inviabilizar projetos de crescimento profissional e comprometer o patrimônio.

Como lidar - Crie o hábito de investir assim que o dinheiro entra na conta, para garantir projetos como pagar os estudos ou comprar um imóvel. "Além de poupar, é preciso avaliar os motivos que levam a uma valorização excessiva do consumo. São estratégias essenciais para não ser privado desse estilo no futuro", diz Armando Ribeiro, psicólogo e consultor.

O sofisticado

É o profissional que tem salário alto por muitos anos e se acostuma a um padrão de vida elevado. É até capaz de fazer uma boa poupança. A questão é se conseguirá manter o estilo sem o salário alto.

Riscos - Manter um padrão muito alto de consumo afeta os ricos também, que podem se ver privados, no fim da vida, do estilo que mantinham.

Como lidar - É preciso planejar para que o padrão de vida se mantenha. Independentemente da renda, deve-se fazer alguma poupança no presente em nome do futuro e qualificar-se para projetos profissionais alternativos, para não ficar à deriva em caso de demissão, por exemplo. "Nunca estar satisfeito consigo mesmo pode ser um risco. Sem identificar as origens da insatisfação, as chances de acabar no vermelho são altas", diz Armando.

O humilde demais

Algumas pessoas têm vida simples, mesmo quando a renda permite outro patamar de conforto. A princípio positiva, a atitude não deve ser excessiva.

Riscos - Ser muito conservador nas finanças pode levar a perdas de oportunidade. Essas pessoas também desfrutam menos de suas conquistas.

Como lidar - Investir em educação financeira para ganhar flexibilidade nos investimentos, diversificando as aplicações, e cultivar a ambição. "Indivíduos reservados tendem a ser mais cuidadosos e bem-sucedidos do que a maioria na gestão das finanças", afirma Daniela Zanuncini, psicóloga.

O falso simples

Muita gente mantém um estilo de vida pretensamente despojado, mas muito caro. Embora não ostente com grifes, esse perfil pode gastar bastante com prazeres como viagens, boa comida e bebidas. Luxo custa caro, mesmo quando não aparece.

Riscos - O risco é perder o controle dos gastos e se acostumar com um padrão de vida artificial.

Como lidar - É preciso aprender a dosar os jantares e as viagens - dois itens cujos gastos podem oscilar muito e escapar do controle. Se há dinheiro para esses dois hábitos, uma parte pode ser destinada à reserva financeira. "Pode ser uma experiência amarga ter de cortar de vez os gastos ou trocar de trabalho apenas motivado pelo salário", diz Daniela.

Fonte: Você S/A - Especial Organize Suas Contas

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  1. Quatro padrões de consumo que podem comprometer o planejamento financeiro e como lidar com eles


    Nos dias de hoje, o consumo é usado para criar identidades. Em outro tempos, esse era um papel exclusivo do trabalho: se uma pessoa dizia que era advogada (ou publicitária, ou sapateira, não importa), já era suficiente para que se construísse uma imagem de seu estilo de vida e circulo social. Como atualmente os caminhos do desenvolvimento profissional são variados e há muitas opções de produtos e serviços para comprar, muitas pessoas usam o consumo para se diferenciar e integrar os grupos sociais de interesse. O problema ocorre quando a vontade de criar um estilo de vida pelo consumo ultrapassa a renda. Aí, a pessoa pode esbarrar em alguns equívocos sem perceber. Dois psicólogos traçaram perfis perigosos de relação com o dinheiro. Confira se você se enquadra em algum deles e o que fazer para se readequar.

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