Pular para o conteúdo principal

Identifique o seu nível de estresse

A primeira fase do estresse, a fase de alerta, pode causar mãos e pés frios

Estresse é coisa séria. O termo é usado corriqueiramente e sem tanta importância, mas especialistas alertam que sintomas comuns presentes no dia a dia podem se agravar. O estresse pode ser dividido em quatro fases, sendo a última delas uma das responsáveis por infartos e AVC, tamanho o perigo.

Fase 1: Alerta
A primeira fase do estresse é chamada de alerta. Sinais como boca seca, pés e mãos gelados mostram que a vida não está se adequando às necessidades do corpo. “Normalmente uma mudança no estilo de vida já ajuda a amenizar esses sinais”, explica o psicólogo Armando Ribeiro, coordenador do Programa de Avaliação do Estresse do Hospital Beneficência Portuguesa de São Paulo.

Fase 2: Resistência
Quando não tratado, o estresse anda na fase de alerta pode evoluir para a fase dois, conhecida por fase de resistência. Nesse período, a falta de memória já se instala, há também mal estar e a sensação de desgaste físico acima do comum. Mudanças de apetite também costumam aparecer, explica o psicólogo.

Fase 3: Quase exaustão
A fase seguinte, chamada de quase exaustão, é onde se instalam os sintomas do burn out (o esgotamento profissional), além de outros. Os órgãos que têm mais vulnerabilidade começam a mostrar sinais de deterioração e o processo de adoecimento se inicia.

Fase 4: Exaustão
A última fase, a da exaustão, é onde podem acontecer os infartos e AVC. “A pessoa precisa de tratamento na fase de quase exaustão e exaustão. A terapia cognitivo comportamental é usada para identificar onde estão os pensamentos estressores e ensinar a pessoa a lidar com isso”, explica Ribeiro.

O psicólogo defende que além dos sintomas, é preciso também identificar a causa. “A própria medicina não está olhando para o estresse, apenas para o efeito dele. Tratam os sintomas do estresse, mas não a causa”, explica.

Para ele, a causa do problema está em pensamentos estressantes, comuns principalmente nos moradores de grandes cidades. Cabe a cada um descobrir o que desencadeia a combinação dos hormônios adrenalina e cortisol, os causadores do estresse.

A adrenalina, por exemplo, só deve ser liberada no organismo durante situações de perigo ou de esforço, como durante a corrida. O que acontece com grande parte da população é que o hormônio é liberado muitas vezes durante o dia, mesmo quando se está em repouso.

Além disso, há o vilão cortisol, que, ao contrário da adrenalina – que depois da liberação desaparece do organismo rapidamente – este outro hormônio “que tinha função de preparar o organismo para batalhas mais duradouras”, como explica Ribeiro, pode permanecer em ação durante dias, ou até mesmo semanas.

Fonte: Tribuna da Bahia / IG Bahia / IG São Paulo

Comentários

  1. A primeira fase do estresse é chamada de alerta. Sinais como boca seca, pés e mãos gelados mostram que a vida não está se adequando às necessidades do corpo. “Normalmente uma mudança no estilo de vida já ajuda a amenizar esses sinais”, explica o psicólogo Armando Ribeiro, coordenador do Programa de Avaliação do Estresse do Hospital Beneficência Portuguesa de São Paulo.

    ResponderExcluir

Postar um comentário

Postagens mais visitadas deste blog

Mais chá?

"Você pode não se livrar dos seus medos, mas pode aprender a conviver com eles. Mais chá?"

Psicoterapia Cognitivo-Comportamental: Possibilidades em Clínica e Saúde

Este livro foi escrito por jovens profissionais que, sensibilizados com as dificuldades de acesso aos materiais relativos à teoria e à prática da Terapia Cognitivo-Comportamental no Brasil, resolveram descrever os caminhos que trilharam na busca de uma formação sólida. A obra enfoca desde os conceitos fundamentais às possíveis aplicações em Psicologia Clínica e da Saúde. Pormenorizadamente, foram apresentados trabalhos que envolveram: Transtorno de Pânico com Agorafobia, Depressão, Transtorno Obsessivo-Compulsivo, Pseudo-agorafobia, Ciúmes, HIV-Aids, Esclerose Múltipla, Asma, Cirurgia Geral e um Guia de Terapia Cognitivo-Comportamental On-line. A Terapia Cognitivo-Comportamental vem se expandindo velozmente em nosso meio profissional, sendo absorvida em diferentes contextos clínicos e instituições de saúde. A existência de um modelo compreensivo, baseado em uma filosofia pragmática, na utilização de estratégias cientificamente embasadas, no diálogo íntimo com a Psiquiatria...

“Desenvolvendo competências socioemocionais para os desafios do século XXI” - Centro Paula Souza ETECs e FATECs

Prof Armando Ribeiro sentiu uma enorme alegria em falar para os alunos, docentes e coordenadores do Centro Paula Souza   que representa mais de 300 instituições de ensino técnico ETECs e superior em tecnologia FATECs no estado de SP. A palestra “Desenvolvendo competências socioemocionais para os desafios do século XXI” teve como objetivo debater a importância da saúde emocional e das “soft skills” para uma educação integral e uma carreira com mais qualidade de vida e bem estar.  O  #setembroamarelo  marca a campanha em relação a valorização da vida e prevenção do suicídio. Alunos, docentes e equipes pedagógicas mais bem informadas e preparadas para conversar, escutar e ajudar com empatia e respeito! Grato CPS pelo convite e oportunidade em abordar tema tão relevante em nossos dias! Apresentar as mais recentes pesquisas sobre neurociência e saúde mental é fundamental para contribuir com a desmistificação do tema "saúde mental" e da Psicologia e Psiquiatria (psicof...