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Crise pode aumentar risco de aparecimento de doenças emocionais


Diante da crise econômica e política que assola o país, um dos problemas que está assustando a população é o desemprego, que já atinge 10% dos brasileiros, segundo o IBGE. Entre os jovens, a situação é ainda pior, 20,8% deles estão sem trabalhar. O desemprego e suas consequências na vida das famílias são um dos gatilhos para o estresse crônico, o que aumenta o risco de desenvolver transtornos mentais.

O psicólogo e coordenador do Programa de Avaliação do Estresse da Beneficência Portuguesa de São Paulo, Armando Ribeiro, explica que a crise é normalmente interpretada pelo organismo como sinal de perigo e, com isso, passa a estimular a produção dos hormônios do estresse (adrenalina, noradrenalina, cortisol). “O maior problema é quando a crise se arrasta por um longo tempo, semanas ou até meses, o que leva ao desgaste das reações de adaptação do organismo e da mente, propiciando condições ideais para o aparecimento de doenças”, afirma Armando. 

A depressão pode afetar todas as faixas etárias, mas segundo pesquisadores do Instituto Nacional de Saúde Mental dos EUA, estimam que entre 7% e 11% dos adolescentes podem apresentar sintomas depressivos, e que de 2% a 3% têm os quadros mais graves da doença. No Brasil, como em outros países, estimam a prevalência maior em meninas adolescentes (12%) do que nos meninos (5%).

O especialista recomenda que nos momentos difíceis é preciso olhar para as oportunidades que a crise pode criar. “Ao invés de se deixar abater por pensamentos catastróficos e derrotistas, o melhor é manter os pés no chão, e criar uma agenda positiva de quais obstáculos precisam ser reconhecidos e de quais habilidades são necessárias para alcançar o tão sonhado trabalho”, recomenda o psicólogo.

Além disso, um estilo de vida saudável, que contemple uma alimentação adequada, atividade física regular, sono de qualidade, relacionamentos afetivos positivos e o desenvolvimento de um sentido e propósito na vida são alguns dos fatores que podem ajudar a evitar o aparecimento da depressão. A terapia cognitivo-comportamental é uma forma de psicoterapia que apresenta evidências científicas da sua eficácia no tratamento de quadros depressivos.

Sobre Beneficência Portuguesa de São Paulo

Fundada em 1859, a Beneficência Portuguesa de São Paulo (www.beneficencia.org.br) é uma das maiores instituições hospitalares privadas da América Latina, contando com aproximadamente 7.500 colaboradores e 3.000 médicos, e com uma gestão baseada na qualidade assistencial, humanização, ensino e pesquisa, além de um corpo clínico formado por renomados especialistas. A instituição é referência no atendimento médico hospitalar em mais de 50 especialidades, como cardiologia, oncologia, neurologia, ortopedia, entre outras. Atualmente, a Beneficência Portuguesa de São Paulo conta com três hospitais que somam mais de 1.200 leitos de internação. O Hospital Beneficência Portuguesa de São Paulo, primeiro pilar da Instituição, realiza atendimento ao Pronto-Socorro, UTIs, Internações e Cirurgias. Em 2007, foi inaugurado o Hospital São José, que se destaca pelo atendimento oncológico com padrões internacionais, entre outras especialidades. Em 2012, o Hospital Santo Antônio foi criado com o objetivo de oferecer atendimento a pacientes filantrópicos, reforçando a responsabilidade social e carácter beneficente da Associação.

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