terça-feira, fevereiro 28, 2017

OMS: mais de 300 milhões de pessoas sofrem de depressão no mundo

Campanha da OMS sobre depressão: “Vamos Conversar?”. Ilustração: OMS

Agência da ONU alerta que outros 300 milhões sofrem de algum tipo de transtorno de ansiedade; a depressão é uma das principais causas das mortes por suicídio, aproximadamente 800 mil por ano.

A Organização Mundial da Saúde , OMS, alertou que mais de 300 milhões de pessoas sofrem de depressão no mundo, os dados são de 2015. O resultado é maior do que as populações do Brasil e dos outros sete países de língua portuguesa somados.

Houve um aumento de 18% nos casos entre 2005 e 2015 e o problema é mais comum em mulheres do que nos homens.

Brasil

O relatório sobre depressão e outras doenças mentais comuns diz ainda que outros 300 milhões sofrem de algum tipo de transtorno de ansiedade.

Mas os especialistas explicam que não é correto simplesmente somar os dois números para se chegar a um total de doenças mentais porque muitos podem sofrer de ambos problemas ao mesmo tempo.

No Brasil, a OMS disse que foram registrados 11,5 milhões de casos de depressão, quase 6% da população. Os casos de ansiedade foram maiores, chegaram a 18,6 milhões, pouco mais de 9% dos habitantes do país.

Os Estados Unidos registraram mais de 17 milhões de casos de depressão e basicamente o mesmo número do Brasil em relação à ansiedade, com 18,7 milhões.

Nos países europeus, como Alemanha, França, Itália, Portugal, Rússia e Reino Unido o número total de casos é bem menor do que Brasil e Estados Unidos, levando em consideração a população dessas nações. Mas em termos percentuais, os índices são semelhantes.

Nos países africanos de língua portuguesa, os números absolutos são bem menores por causa da diferença entre as populações. Mas até mesmo a comparação entre o percentual de casos e o número de habitantes foi bem inferior ao registrado no Brasil e nos Estados Unidos.

Consequências

A OMS diz que as consequências para a saúde são enormes, por exemplo, a depressão é uma das principais causas das mortes por suicídio, aproximadamente 800 mil por ano.

Além disso, ela também é a maior causa das pessoas ficarem incapacitadas para o trabalho. A ansiedade aparece em sexto lugar nessa lista.

O relatório mostra que o número de pessoas que sofrem de doenças mentais comuns está aumentando no mundo inteiro, principalmente nos países de baixa renda.

A OMS diz que apesar da depressão atingir pessoas de todas as idades e camadas da sociedade, o risco de alguém ficar deprimido aumenta com a pobreza, o desemprego e com algum fato da vida, como a morte de um parente ou amigo, o fim de um relacionamento, debilitação física ou problemas causados pelo consumo de álcool ou drogas.

Fonte: ONU

domingo, fevereiro 26, 2017

Hospitais premiam médicos que indicam mais exames

Prática tem sido questionada por especialistas em ética e gestão

Hospitais privados do país adotam programas de benefícios que, entre outros critérios, premiam médicos pelo volume de exames, cirurgias e internações que realizam.

Quanto mais procedimentos, mais pontos ganham na avaliação –que inclui itens como fidelização, adesão aos protocolos clínicos e atuação em ensino e pesquisa.

O médico que soma mais pontos consegue mais reputação dentro do hospital e privilégios como presentes, descontos em exames para ele e seus familiares e prioridade no uso do centro cirúrgico.

Na condição de anonimato e de não identificar a instituição em que atuam, a Folha conversou com 12 médicos de hospitais de São Paulo, Rio de Janeiro, Porto Alegre e Salvador. Todos confirmam a existência de programas de benefícios em que o volume de procedimentos é considerado na premiação.

"O médico do pronto-atendimento que interna mais ganha mais pontos", conta um médico do Rio de Janeiro. "Tem um médico que segura paciente internado sem necessidade só para gerar mais diária hospitalar", relata um outro de São Paulo.

Pedro Ramos, diretor da Abramge (Associação Brasileira de Planos de Saúde), diz que a entidade tinha informações sobre esses incentivos por volume, mas nunca conseguiu provar que eles existiam. Agora, deve pedir uma investigação sobre isso. "É inaceitável", afirmou.

Para ele, a raiz do problema está no modelo de remuneração. Os hospitais ganham dos planos pela quantidade de serviços que prestam ("fee for service"), não pela qualidade da assistência que prestam ao paciente.

"Os hospitais estão cada vez mais ricos, e os planos cada vez mais pobres. É dramática a situação." Em razão da crise econômica, os planos perderam mais de 2 milhões de usuários em dois anos.

Ali Mere Jr. também acredita que é preciso mudar o modelo de remuneração, mas discorda de Ramos. "Os hospitais estão mais caros, mas não mais ricos."

EXCESSO NO USO

Gláucio Libório, presidente do Instituto Ética Saúde, critica programas que incentivam volume de procedimentos e diz que eles abrem brechas para crimes como os vistos na "máfia das próteses".

A prática é investigada há dois anos pela Polícia Federal e ao menos 40 pessoas já foram indiciadas. Além de compras superfaturadas, que lesaram o SUS e os planos, em alguns casos cirurgias foram indicadas sem necessidade.

"Sou totalmente contra programas que envolvam volume. Médicos não podem receber nenhum benefício atrelado a quantidade de procedimentos de nenhum tipo."

O cardiologista Luís Cláudio Correia, representante da Choosing Wisely no Brasil (campanha contra o excesso de exames e o sobrediagnóstico), não acredita que os programas tenham papel crucial em indicações excessivas ou desnecessárias de exames.

"A questão é mais cognitiva do que de premiação, de incentivo. Imagino que na ausência de qualquer conflito de interesse, o 'overuse' continuaria prevalente."

Para o intensivista Guilherme Barcellos, membro honorário da Academia Brasileira de Medicina Hospitalar e coordenador da Choosing Wisely Brasil, não é frequente nesses programas uma remuneração direta a médicos por indicações de procedimentos.

"Entram num combo que garante privilégios. Mais receita para o hospital e o médico vira 5 estrelas, ganha estacionamento grátis, lavagem do carro e coisas do tipo."

EINSTEIN 'EXPORTA' PROGRAMA

Considerado modelo no setor, o programa de benefícios do hospital Albert Einstein está sendo replicado em outras oito instituições do país.

Segundo o presidente do hospital, Sidney Klajner, o programa de segmentação médica é usado como forma de fidelizar profissionais autônomos à instituição. São 70 indicadores que geram pontuações que classificam médicos como "premium, advance, evolution e special".

Os indicadores são baseados em qualidade (adesão a protocolos, interação com a equipe), fidelização (número de pacientes trazidos para o hospital), filantropia (atividades voluntárias nos programa filantrópicos) e participação em ensino e pesquisa.

Klajner diz que o hospital valoriza mais a fidelidade do médico ao Einstein do que o volume de procedimentos.

"Médicos que têm cadastramento e internam pacientes em vários hospitais têm pontuação menor do que aquele que estão exclusivamente no Einstein."

Segundo ele, em relação a exames, para cada especialidade existe uma meta mediana esperada. "A partir dessa mediana não é contado mais nada. Estamos mais interessados que o médico peça o exame no Einstein e não no Fleury do que no volume."

O Einstein vetou recentemente uma prática que poderia gerar conflito de interesse: postos de coleta de exames mantidos por laboratórios em consultórios médicos.

"Por mais que cause perda de receita, isso poderia gerar incentivo para exames complementares desnecessários."

Também proíbe que seus médicos recebam comissões por tipo de quimioterapia que indicam. "Perdemos profissionais por isso."

O Hospital Sírio-Libanês diz que não remunera os médicos por quantidade de exames e que "repugna essa prática". Também não há remuneração por quimioterapia indicada, segundo o CEO, Paulo Chapchap. "Os médicos são remunerados pelo cuidado com o paciente."

O Hospital Oswaldo Cruz disse que o porta-voz indicado a falar sobre o assunto estava viajando.

O Hospital Moinhos de Vento, de Porto Alegre, informou que seu programa médico passa por reestruturação e que só se manifestará após a conclusão do processo.

A Rede D'Or, que tem 31 unidades no país, disse que "não tinha interesse em participar da reportagem".

Fonte: Folha de SP

sexta-feira, fevereiro 24, 2017

Brasil tem maior taxa de transtorno de ansiedade do mundo, diz OMS

 
Medo e agonia. ‘Não conseguia nem dormir’, diz Rosana 

Índice de depressão também é um dos cinco mais elevados do planeta. No total, transtornos mentais geram perdas de US$ 1 tri por ano para a economia global

O Brasil é o país com a maior taxa de pessoas com transtornos de ansiedade no mundo e o quinto em casos de depressão. Segundo estimativas da Organização Mundial da Saúde (OMS) divulgadas nesta quinta-feira, 23, 9,3% dos brasileiros têm algum transtorno de ansiedade e a depressão afeta 5,8% da população. Pesam nesse cenário, dizem especialistas, fatores socioeconômicos, como pobreza e desemprego, e ambientais, como o estilo de vida em grandes cidades. 

O transtorno de ansiedade é um problema de saúde pública que a dona de casa Rosana Sandra Dal Bello, de 56 anos, conhece bem. Moradora de São Paulo, ela começou a ter os primeiros sintomas há 32 anos, alguns dias após o nascimento de sua primeira filha. “Eu tinha aquele bebezinho lindo no meu colo e estava tudo bem. Mas, de repente, passei a sentir um medo e uma agonia gigantescos, que me paralisavam. Não conseguia fazer nada, nem dormir.” 

Rosana procurou ajuda médica e após muitas consultas obteve o diagnóstico: transtorno de ansiedade. Depois, ela ainda foi diagnosticada com depressão e síndrome do pânico. “Até acertar a medicação e a dosagem corretas, o sofrimento foi muito grande. Mas, hoje, os transtornos estão controlados.”

Rosana não foi a primeira da família a enfrentar a doença. Sua mãe, de 74 anos, também teve quadro clínico parecido quando mais nova. “Na época, ela não teve o diagnóstico, até porque era uma doença ainda desconhecida. Mas tomou vários tipos de remédio e ficou internada em hospital psiquiátrico.”

O transtorno de ansiedade é marcado por sintomas como a dificuldade de concentração, problemas no sono e preocupação excessiva. Segundo André Brunoni, psiquiatra do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (USP), esses sintomas podem levar ao quadro depressivo, caracterizado pelos sintomas do transtorno acrescido de alterações no humor, como apatia, solidão, tristeza, além do isolamento social e dores sem justificativa física. 


O número de diagnósticos em mulheres, diz ele, é maior por uma conjunção de fatores biológicos e culturais. Segundo Brunoni, a gravidez, a menopausa e o próprio ciclo menstrual provocam alterações hormonais que podem levar a manifestação dos sintomas desses transtornos. Elas também têm mais problemas na tireoide – responsável pela produção de hormônios. Já os homens têm uma resistência maior em procurar atendimento médico e também de expressar os sintomas, por isso, há um menor número de diagnósticos. 

Ao Estado, o especialista da OMS para saúde mental, Dan Chisholm, indicou que é difícil indicar um fator isolado para explicar a alta taxa de transtornos de ansiedade no Brasil e mesmo de casos de depressão. “Ao contrário de outras doenças, existem muitos fatores que atuam de forma conjunta para criar esse cenário”, explicou. 

Em sua avaliação, os principais fatores de risco que podem pesar no caso brasileiro incluem a situação econômica do país, os níveis de pobreza, desigualdade, desemprego e recessão. Além disso, existem fatores ambientais, como o estilo de vida em grandes cidades. 

Desafio. Os dados da OMS mostram que o problema é global. São 322 milhões de pessoas com depressão em todo o mundo – 4,4% da população e 18% a mais do que há dez anos. De acordo com a entidade, no Brasil, em 2015, eram 11,5 milhões com a doença e 18,6 milhões com transtorno de ansiedade. 

A OMS escolheu a depressão como o tema a ser alvo de campanha internacional. Para a entidade, governos ainda não dão uma atenção suficiente a esse problema de saúde. Na frente do Brasil na lista de países com mais vítimas da depressão estão a Ucrânia (6,3%), seguida da Estônia, dos Estados Unidos e da Austrália (os três com 5,9%). 

No panorama mundial, as mulheres são as principais afetadas: 5,1% são depressivas. Entre os homens, a taxa é de 3,6%. 

Segundo a OMS, a depressão é a doença que mais contribui com a incapacidade no mundo. Ela é também a principal causa de mortes por suicídio, com cerca de 800 mil casos por ano. 

Além da depressão, a entidade indica que, ao redor do mundo, 264 milhões de pessoas sofrem com transtornos de ansiedade, uma média de 3,6%. O número representa uma alta de 15% em comparação a 2005. 

No total, a OMS ainda estima que, a cada ano, as consequências dos transtornos mentais geram uma perda econômica de US$ 1 trilhão para o mundo. 

Os 15 países com as maiores taxas de depressão:

Ucrânia (6,3%)
Austrália (5,9%)
Estônia (5,9%)
Estados Unidos (5,9%)
Brasil (5,8%)
Portugal (5,7%)
Grécia (5,7%)
Lituânia (5,6%)
Finlândia (5,6%)
Belarus (5,6%)
Rússia (5,5%)
Cuba (5,5%)
Nova Zelândia (5,4%)
República da Moldávia (5,4%)
Barbados (5,4%)

Fonte: Estadão

quinta-feira, fevereiro 23, 2017

Estresse no ambiente de trabalho cobra preço alto de indivíduos, empregadores e sociedade

O impacto do estresse no trabalho na saúde e produtividade dos profissionais, além de medidas para reduzir o problema, foi o foco de webconferência promovida pela Organização Pan-Americana de Saúde/Organização Mundial de Saúde (OPAS/OMS), Organização Internacional do Trabalho (OIT) e Organização dos Estados Americanos (OEA) no marco do Dia Mundial da Saúde e Segurança no Trabalho, comemorado em 28 de abril.

“Nenhum de nós está livre de estresse no trabalho”, disse Francisco Becerra, diretor assistente da OPAS/OMS em Washington na abertura do webconferência. “O mundo do trabalho atual – dados os desafios do progresso industrial, globalização, desenvolvimento tecnológico e comunicação virtual – nos impõe condições que excedem os limites de nossas habilidades e capacidades. O resultado é o estresse no ambiente de trabalho, que pode causar disfunções físicas, psicológicas e até sociais que prejudicam nossa saúde, minam nossa produtividade e podem afetar até nossas famílias e círculos sociais”.

“Estresse no trabalho: um desafio coletivo” foi o tema do Dia Mundial da Saúde e Segurança no Trabalho deste ano e o título de um novo relatório da Organização Internacional do Trabalho. O estudo observa que dados globais sobre a prevalência e o impacto do estresse no local de trabalho não estão disponíveis. Entretanto, estudos das Américas e outras regiões indicam que se trata de um problema relevante. Em pesquisa realizada em 2012 sobre as condições de saúde e trabalho na América Central, por exemplo, mais de 10% dos entrevistados relataram se sentir constantemente pressionados e estressados no trabalho, tristes ou deprimidos, com problemas de insônia devido às preocupações sobre suas condições de trabalho.

Da mesma forma, pesquisa argentina de 2009 mostrou que 26,7% dos profissionais relataram estresse mental relacionado às cargas excessivas de trabalho. No Brasil, um estudo sobre afastamento devido a acidentes e doenças ocupacionais descobriu que 14% dos benefícios anuais de saúde foram relacionados a transtornos mentais. Por último, pesquisa de 2011 feita pelo Chile revelou que 27,9¨% dos trabalhadores e 13,8% dos empregadores relataram casos de estresse e depressão em suas empresas.

Riscos psicossociais 

As causas mais comuns de estresse no trabalho são riscos psicossociais relacionados à organização do trabalho, projetos de trabalho, trabalho e suas condições, bem como as condições externas que podem influenciar o desempenho do trabalhador, satisfação na ocupação e saúde.

Embora o impacto do estresse no local de trabalho varie de um indivíduo para o outro, ele é conhecido por trazer consequências para a saúde que variam de transtornos mentais a doenças cardiovasculares, músculo esqueléticas e reprodutivas. O estresse no trabalho também pode levar a problemas comportamentais, incluindo abuso de álcool e drogas, aumento do tabagismo e distúrbios do sono. 

“Todos esses problemas são associados à falta de motivação, satisfação, comprometimento e desempenho no trabalho, também às faltas e rotatividade de funcionários e aposentadoria antecipada – tudo isso pode levar à diminuição da produtividade, competitividade e arranhar a reputação das organizações”, afirmou Julietta Rodriguez, da área de saúde do trabalho da OPAS/OMS.

Em busca de soluções

A OIT e a OMS emitiram diretrizes e recomendações para sanar estes problemas, entre elas a promoção do empoderamento do trabalhador, participação e satisfação, assim como a adoção do conceito da OIT de “trabalho decente”, cujos elementos incluem emprego justo, respeito pelos direitos humanos, regras laborais, proteção ao meio ambiente, transparência e diálogo social. A OIT também recomenda que os países incluam em suas listas de doenças ocupacionais o estresse e os transtornos mentais, garantindo assim que esses possam ser identificados, quantificados e posteriormente tratados.

Por sua vez, a OPAS/OMS também emitiu recomendações, orientações e intervenções para a prevenção de problemas de saúde mental devido a riscos psicossociais e publicou a série “Protecting workers' health”, que promove medidas e políticas para minimizar a exposição a esses problemas. De acordo com as recomendações da OMS, a política de trabalho apropriada deve ser baseada nos seguintes princípios éticos:

• Cobrir todas as exposições perigosas dentro do ambiente de trabalho
• Aplicar normas de bom comportamento, atenção e responsabilidade
• Incluir abordagens que impeçam comportamentos antiéticos, agindo sobre eles, caso ocorram
• Promover a responsabilidade e prestação de contas de todos no local de trabalho

“A carga de estresse no trabalho e os transtornos mentais dentro desse ambiente sinalizam para a necessidade urgente que criar e promover locais de trabalho saudáveis em que a saúde física, segurança e bem estar são protegidos, não prejudicados”, alegou Kira Fortune, chefe do programa Desenvolvimento Sustentável e Igualdade na Saúde, da OPAS/OMS.

Fonte: OPAS / OMS

Aumenta o número de pessoas com depressão no mundo

O número de pessoas que vivem com depressão aumentou 18% entre 2005 e 2015. É o que aponta um novo relatório global lançado nesta quinta-feira (23) pela Organização Mundial da Saúde (OMS). De acordo com a publicação “Depression and other common mental disorders: global health estimates”, há 322 milhões de pessoas vivendo com esse transtorno mental no mundo. A prevalência é maior entre as mulheres.

O novo relatório global (disponível em inglês) mostra ainda que a depressão atinge 5,8% da população brasileira (11.548.577). Já distúrbios relacionados à ansiedade afetam 9,3% (18.657.943) das pessoas que vivem no Brasil.

Baixos níveis de reconhecimento e falta de acesso a tratamentos para depressão e ansiedade levam a uma perda econômica global estimada de mais de um trilhão de dólares americanos a cada ano. O estigma associado a esse transtorno mental também permanece elevado.

Principais fatos

• A depressão é um transtorno mental frequente. Globalmente, mais 300 milhões de pessoas de todas as idades sofrem com esse transtorno.
• Depressão é a principal causa de incapacidade em todo o mundo e contribui muito para a carga global de doenças. 
• Mulheres são mais afetadas pela depressão do que homens
• No pior dos casos, a depressão pode levar ao suicídio.
• Existem tratamentos eficazes para depressão.

Visão geral

A depressão é uma doença comum em todo o mundo, com mais de 300 milhões de pessoas afetadas. A depressão é diferente das flutuações regulares de humor e das respostas emocionais de curta duração aos desafios da vida cotidiana. Especialmente quando de longa duração e com intensidade moderada ou grave, a depressão pode se tornar uma séria condição de saúde. Ela pode levar a pessoa afetada a um grande sofrimento e disfunção no trabalho, na escola ou no meio familiar. Na pior das hipóteses, a depressão pode levar ao suicídio. Cerca de 800 mil pessoas morrem por suicídio a cada ano - sendo a segunda principal causa de morte entre pessoas com idade de 15 a 29 anos.

Embora existam tratamentos eficazes conhecidos para depressão, menos da metade dos afetados no mundo (em muitos países, menos de 10%) recebe tais tratamentos. Os obstáculos ao tratamento eficaz incluem a falta de recursos, a falta de profissionais capacitados e o estigma social associado aos transtornos mentais. Outra barreira ao atendimento eficaz é a avaliação imprecisa. Em países de todos os níveis de renda, pessoas com depressão frequentemente não são diagnosticadas corretamente e outras que não têm o transtorno são muitas vezes diagnosticadas de forma inadequada.

A carga da depressão e de outras condições de saúde mental está em ascensão no mundo. Uma resolução da Assembleia Mundial da Saúde aprovada em maio de 2013 exigiu uma resposta abrangente e coordenada aos transtornos mentais em nível nacional.

Tipos e sintomas

Um episódio depressivo pode ser categorizado como leve, moderado ou grave, a depender da intensidade dos sintomas. Um indivíduo com um episódio depressivo leve terá alguma dificuldade em continuar um trabalho simples e atividades sociais, mas provavelmente sem grande prejuízo no funcionamento global. Durante um episódio depressivo grave, é improvável que a pessoa afetada possa continuar com atividades sociais, de trabalho ou domésticas.

Também há uma diferença fundamental entre depressão em pessoas que têm ou não um histórico de episódios de mania. Ambos os tipos de depressão podem ser crônicos (isto é, acontecem durante um período prolongado de tempo), com recaídas, especialmente se não forem tratados.

Transtorno depressivo recorrente: esse distúrbio envolve repetidos episódios depressivos. Durante esses episódios, a pessoa experimenta um humor deprimido, perda de interesse e prazer e energia reduzida, levando a uma diminuição das atividades em geral por pelo menos duas semanas. Muitas pessoas com depressão também sofrem com sintomas como ansiedade, distúrbios do sono e de apetite e podem ter sentimentos de culpa ou baixa auto-estima, falta de concentração e até mesmo aqueles que são clinicamente inexplicáveis.

Transtorno afetivo bipolar: esse tipo de depressão consiste tipicamente na alternância entre episódios de mania e depressivos, separados por períodos de humor normal. Episódios de mania envolvem humor exaltado ou irritado, excesso de atividades, pressão de fala, auto-estima inflada e uma menor necessidade de sono.

Fatores que contribuem e prevenção

A depressão resulta de uma complexa interação de fatores sociais, psicológicos e biológicos. Pessoas que passaram por eventos adversos durante a vida (desemprego, luto, trauma psicológico) são mais propensas a desenvolver depressão. A depressão pode, por sua vez, levar a mais estresse e disfunção e piorar a situação de vida da pessoa afetada e o transtorno em si.

Há relação entre a depressão e a saúde física; por exemplo, doenças cardiovasculares podem levar à depressão e vice e versa.

Está demonstrado que os programas de prevenção reduzem a incidência da depressão. Entre as estratégias comunitárias eficazes para prevenir essa condição, estão os programas escolares que promovem um modelo de pensamento positivo entre crianças e adolescentes. Intervenções direcionadas aos pais de crianças com problemas comportamentais podem reduzir os sintomas depressivos dos pais e melhorar os resultados de seus filhos. Os programas de exercício para pessoas idosas também podem ser eficazes para prevenir a depressão.

Diagnóstico e tratamento

Existem tratamentos eficazes para depressão moderada e grave. Profissionais de saúde podem oferecer tratamentos psicológicos, como ativação comportamental, terapia cognitivo-comportamental e psicoterapia interpessoal ou medicamentos antidepressivos. Os provedores de saúde devem ter em mente a possibilidade de efeitos adversos associados aos antidepressivos, a possibilidade de oferecer um outro tipo de intervenção (por disponibilidade de conhecimentos técnicos ou do tratamento em questão) e preferências individuais. Entre os diferentes tratamentos psicológicos a serem considerados estão os individuais ou em grupo, realizados por profissionais ou terapeutas leigos supervisionados.

Os tratamentos psicossociais também são efetivos para depressão leve. Os antidepressivos podem ser eficazes no caso de depressão moderada-grave, mas não são a primeira linha de tratamento para os casos mais brandos. Esses medicamentos não devem ser usados para tratar depressão em crianças e não são, também, a primeira linha de tratamento para adolescentes. É preciso utilizá-los com cautela.

Resposta da OMS

A depressão é uma das condições prioritárias cobertas pelo Mental Health Gap Action Programme (mhGAP) da Organização Mundial da Saúde (OMS). O programa visa ajudar os países a aumentar os serviços prestados às pessoas com transtornos mentais, neurológicos e de uso de substâncias, por meio de cuidados providos por profissionais de saúde que não são especialistas em saúde mental. A iniciativa defende que, com cuidados adequados, assistência psicossocial e medicação, dezenas de milhões de pessoas com transtornos mentais, incluindo depressão, poderiam começar a levar uma vida normal - mesmo quando os recursos são escassos.

Última atualização em Qui, 23 de Fevereiro de 2017 16:35

Fonte: PAHO / WHO

Os antidepressivos sozinhos não são suficientes

Devemos reconsiderar como usamos antidepressivos mais eficazmente. Os últimos estudos mostraram que os antidepressivos restaurar a capacidade de certas áreas do cérebro para reparar caminhos neurais anormais. De acordo com o neurocientista Eero Castrén, o beneficiário de 2,5 milhões de euros de financiamento do CEI, a recuperação exige a reorientação destas vias através da prática, reabilitação ou terapia.

Esta é uma visão surpreendentemente franca, mesmo para um neurocientista respeitado como Eero Castrén. Afinal, milhões de pessoas em todo o mundo foram prescritos antidepressivos, e as empresas farmacêuticas fizeram um negócio de bilhões de dólares de vendê-los. Certamente o sistema não pode estar completamente errado?

Estudos recentes sugerem que este pode ser o caso. A pesquisa em modelos animais demonstra que os antidepressivos não são uma cura como tal. Em vez disso, seu papel é restaurar a plasticidade no cérebro adulto. Os antidepressivos reabrem uma janela de plasticidade cerebral, que permite a formação e adaptação de conexões cerebrais através das próprias atividades e observações do paciente, da mesma forma que uma criança cujo cérebro e experiências sobre o mundo se desenvolvem em resposta a estímulos ambientais.

Correção de vias anormais

Quando a plasticidade cerebral é reaberta, os problemas causados ​​por conexões falsas no cérebro podem ser abordados. Tais problemas podem manifestar-se, por exemplo, como fobias . Estudos realizados em modelos animais pelo grupo de pesquisa do professor Eero Castrén na Universidade de Helsinki mostram que a terapia ajuda a reduzir os medos por um tempo, mas um antidepressivo sozinho não fornece alívio. Combinando os dois, no entanto, efeitos de longo prazo podem ser alcançados.

"Simplesmente tomar drogas não é suficiente, devemos mostrar ao cérebro quais devem ser as conexões desejadas", explica o professor Castrén, do Neuroscience Center.

A necessidade de terapia e tratamento médico também pode explicar por que os antidepressivos às vezes parecem não ter efeito. Se o ambiente ea situação do paciente permanecerem inalterados, a capacidade induzida pelo fármaco do cérebro para mudar não fará com que o paciente se sinta melhor.

Alcançar este ponto é o resultado de anos de pesquisa. Os cientistas descobriram já nos anos 60 que os antidepressivos afetam os neurotransmissores no cérebro, como a serotonina. Mais tarde, antidepressivos foram encontrados para aumentar neurotrophins e sua capacidade de transmitir sinais no cérebro. Apenas recentemente os cientistas começaram a explorar os efeitos das drogas sobre a plasticidade das redes cerebrais.

Aumentar a plasticidade do cérebro humano adulto através de antidepressivos abriu um novo campo de pesquisa para Eero Castrén. Ele recebeu uma doação de cinco anos do Conselho Europeu de Pesquisa (ERC) para investigar mecanismos relacionados à plasticidade cerebral do adulto.

Mais informações: Karpova, N. et al. Fear erasure in mice requires synergy between antidepressant drugs and extinction training. Science. 2011 Dec 23;334(6063):1731-4 

Fonte: MedicalXpress (Google Tradutor)

Os antidepressivos sozinhos não são suficientes

"Antidepressivos não estão sendo usados ​​de forma eficaz."

Devemos reconsiderar como usamos antidepressivos mais eficazmente. Os últimos estudos mostraram que os antidepressivos restaurar a capacidade de certas áreas do cérebro para reparar caminhos neurais anormais. De acordo com o neurocientista Eero Castrén, o beneficiário de 2,5 milhões de euros de financiamento do CEI, a recuperação exige a reorientação destas vias através da prática, reabilitação ou terapia.

Esta é uma visão surpreendentemente franca, mesmo para um neurocientista respeitado como Eero Castrén. Afinal, milhões de pessoas em todo o mundo foram prescritos antidepressivos, e as empresas farmacêuticas fizeram um negócio de bilhões de dólares de vendê-los. Certamente o sistema não pode estar completamente errado? 
Estudos recentes sugerem que este pode ser o caso. A pesquisa em modelos animais demonstra que os antidepressivos não são uma cura como tal. Em vez disso, seu papel é restaurar a plasticidade no cérebro adulto. Os antidepressivos reabrem uma janela de plasticidade cerebral, que permite a formação e adaptação de conexões cerebrais através das próprias atividades e observações do paciente, da mesma forma que uma criança cujo cérebro e experiências sobre o mundo se desenvolvem em resposta a estímulos ambientais.

Correção de vias anormais 

Quando a plasticidade cerebral é reaberta, os problemas causados ​​por conexões falsas no cérebro podem ser abordados. Tais problemas podem manifestar-se, por exemplo, como fobias. Estudos realizados em modelos animais pelo grupo de pesquisa do professor Eero Castrén mostram que a terapia ajuda a reduzir os medos por um tempo, mas um antidepressivo sozinho não fornece alívio. Combinando os dois, no entanto, efeitos de longo prazo podem ser alcançados.

"Basta tomar drogas não é suficiente. Devemos também mostrar ao cérebro quais devem ser as conexões desejadas ", explica o professor Castrén.

A necessidade de terapia e tratamento médico também pode explicar por que os antidepressivos às vezes parecem não ter efeito. Se o ambiente ea situação do paciente permanecerem inalterados, a capacidade induzida pelo fármaco do cérebro para mudar não fará com que o paciente se sinta melhor.

Alcançar este ponto é o resultado de anos de pesquisa. Os cientistas descobriram já nos anos 60 que os antidepressivos afetam os neurotransmissores no cérebro, como a serotonina. Mais tarde, antidepressivos foram encontrados para aumentar neurotrophins e sua capacidade de transmitir sinais no cérebro. Apenas recentemente os cientistas começaram a explorar os efeitos das drogas sobre a plasticidade das redes cerebrais.

Aumentar a plasticidade do cérebro humano adulto através de antidepressivos abriu um novo campo de pesquisa para Eero Castrén. Ele recebeu uma doação de cinco anos do Conselho Europeu de Pesquisa (ERC) para investigar mecanismos relacionados à plasticidade cerebral do adulto.

Uma cura para a ambliopia funcional 

Eero Castrén obteve seus primeiros resultados sobre o impacto dos antidepressivos na plasticidade cerebral estudando o córtex cerebral visual de um modelo animal. Os resultados estão agora a ser aplicados ao tratamento prático do olho preguiçoso, ou ambliopia, em seres humanos adultos.

Amblyopia ocorre quando a visão em um olho é prejudicada na infância. O cérebro aprende a usar apenas a informação visual mediada pelo olho melhor. A visão do outro olho permanece fraca mesmo se a razão original da visão prejudicada for resolvida com óculos ou uma operação.

Amblyopia pode ser curada pela reabilitação do olho mais fraco. Isso é feito usando um patch sobre o olho melhor. Eero Castrén diz que este tipo de tratamento é eficaz apenas em crianças pequenas. 
"O córtex visual perde a maior parte de sua plasticidade antes que as crianças atinjam a idade escolar. Depois que o tratamento de remendo sozinho já não é eficaz ", Castrén aponta. No entanto, o tratamento de ratos adultos com um fármaco antidepressivo reactiva a plasticidade juvenil no córtex visual adulto e torna o tratamento de remendagem eficaz novamente.

Atualmente, um teste duplo-cego em adultos pacientes com ambliopia está em andamento para testar se os antidepressivos têm um efeito semelhante em seres humanos, também. Para ser concluída nesta primavera, o estudo visa desenvolver um tratamento eficaz para a ambliopia. A pesquisa é realizada pela Hermo Pharma Ltd, uma empresa criada em 2008 pelos professores Eero Castrén, Heikki Rauvala e Mart Saarma, juntamente com o Dr. Henri Huttunen.

"Pretendemos um novo meio de tratamento, por isso precisamos de apoio da indústria farmacêutica. Provar a eficácia academicamente não é suficiente. Amblyopia é bastante uma doença comum que é acompanhada com uma deficiência na percepção de profundidade.Novos tratamentos são realmente necessários ", diz Eero Castrén.

Antidepressivos sem terapia não têm efeito, aponta pesquisa

“Simplesmente tomar antidepressivos não é o bastante. Nós precisamos também mostrar ao cérebro quais são as conexões desejadas,” pontuou o pesquisador.

Os estudos mais recentes vêm mostrando que os antidepressivos restauram a capacidade de determinadas áreas do cérebro a fim de contornar rotas neurais cujo funcionamento não está normal, mas essa mudança só trará benefícios se acompanhada de uma mudança do paciente – mudança esta obtida através da psicoterapia.

Essa mudança no “hardware” do cérebro só trará benefícios se houver uma mudança no “software” – o comportamento do paciente – algo que não é suprido pelos antidepressivos, só podendo ser alcançado mediante a psicoterapia ou terapias de reabilitação; O alerta está sendo feito pelo neurocientista Eero Castrén, da Universidade de Helsinque (Finlândia).

Plasticidade cerebral

Milhões de pessoas em todo o mundo tomam antidepressivos seguindo receitas de seus médicos, e as empresas farmacêuticas têm faturado bilhões de dólares vendendo essas drogas.

“Simplesmente tomar antidepressivos não é o bastante. Nós precisamos também mostrar ao cérebro quais são as conexões desejadas,” pontuou o pesquisador.

Pesquisas em modelos animais demonstram que os antidepressivos não são uma cura por si só; Em vez disso, o seu papel é o de restaurar a plasticidade no cérebro adulto.

Os antidepressivos reabrem uma janela da plasticidade cerebral, que permite a formação e a adaptação de conexões cerebrais através de atividades específicas e observações do próprio paciente, de forma semelhante a uma criança cujo cérebro se desenvolve em resposta a estímulos ambientais. Quando a plasticidade cerebral é reaberta, problemas causados por “falsas conexões” no cérebro podem ser tratadas – por exemplo, fobias, ansiedade, depressão etc.

A equipe do Dr. Castrén mostrou que os antidepressivos sozinhos não surtem efeitos para esses problemas. Quando antidepressivos e psicoterapia são combinados, por outro lado, obtém-se resultados de longa duração.

“Simplesmente tomar antidepressivos não é o bastante. Nós precisamos também mostrar ao cérebro quais são as conexões desejadas,” disse o pesquisador. A necessidade de terapia e tratamento medicamentoso também pode explicar porque os antidepressivos às vezes não têm efeito. Se o ambiente e a situação do paciente permanecerem inalterados, a droga não tem capacidade para induzir mudanças no cérebro, e o paciente não se sente melhor.

Fontes: REDEPSI / EMESAUDE

Depressão cresce no mundo, segundo OMS; Brasil tem maior prevalência da América Latina

A depressão é uma doença que atinge mais pessoas ao redor do mundo a cada ano

Doença afeta 4,4% da população mundial e 5,8% dos brasileiros, segundo dados da OMS. Brasil é o país com maior prevalência de ansiedade no mundo: 9,3%.

A depressão afeta 322 milhões de pessoas no mundo, segundo dados divulgados pela Organização Mundial da Saúde (OMS) nesta quinta-feira (23) referentes a 2015. Em 10 anos, de 2005 a 2015, esse número cresceu 18,4%. A prevalência do transtorno na população mundial é de 4,4%.

Já no Brasil, 5,8% da população sofre com esse problema, que afeta um total de 11,5 milhões de brasileiros. Segundo os dados da OMS, o Brasil é o país com maior prevalência de depressão da América Latina e o segundo com maior prevalência nas Américas, ficando atrás somente dos Estados Unidos, que têm 5,9% de depressivos.

O país com menor prevalência de depressão nas Américas é a Guatemala, onde 3,7% da população tem o transtorno. Já o país com menor prevalência de depressão no mundo, segundo o relatório, são as Ilhas Salomão, na Oceania, onde a depressão atinge 2,9% da população.

Além dos Estados Unidos, os países que têm prevalência de depressão maior do que o Brasil são Austrália (5,9%), Estônia (5,9%) e Ucrânia (6,3%).

Brasil é recordista em ansiedade

Ainda segundo a OMS, o número de pessoas com transtornos de ansiedade era de 264 milhões em 2015, com um aumento de 14,9% em relação a 2005. A prevalência na população é de 3,6%. É importante observar que muitas pessoas têm tanto depressão quanto transtornos de ansiedade.

O Brasil é recordista mundial em prevalência de transtornos de ansiedade: 9,3% da população sofre com o problema. Ao todo, são 18,6 milhões de pessoas.

Segundo a OMS, o número de pessoas com transtornos mentais comuns, como a depressão e o transtorno de ansiedade, está crescendo especialmente em países de baixa renda, pois a população está crescendo e mais pessoa chegam às idades em que depressão e ansiedade são mais frequentes.

Suicídio

Em 2015, 788 mil pessoas morreram por suicídio. Isso representou quase 1,5% de todas as mortes no mundo, figurando entre as 20 maiores causas de morte em 2015. Entre jovens de 15 a 29 anos, o suicídio foi a segunda maior causa de morte em 2015.

Fonte: G1

Brasil é o país mais depressivo da América Latina, diz OMS

A depressão é a principal causa de mortes por suicídio

Índices de transtornos de ansiedade são o triplo da média mundial; transtornos mentais geram perdas de US$ 1 tri por ano para a economia global

GENEBRA - O Brasil tem a maior taxa de pessoas com depressão na América Latina e uma média que supera os índices mundiais. Dados publicados nesta quinta-feira pela Organização Mundial da Saúde (OMS) apontam que 322 milhões de pessoas pelo mundo sofrem de depressão, 18% a mais do que há dez anos. O número representa 4,4% da população do planeta.

No caso do Brasil, a OMS estima que 5,8% da população nacional seja afetada pela depressão. A taxa média supera a de Cuba, com 5,5%, a do Paraguai, com 5,2%, além de Chile e Uruguai, com 5%. 

No caso global, as mulheres são as principais afetadas, com 5,1% delas com depressão. Entre os homens, a taxa é de 3,6%. Em números absolutos, metade dos 322 milhões de vítimas da doença vivem na Ásia. 

De acordo com a OMS, a depressão é a doença que mais contribui com a incapacidade no mundo, em cerca de 7,5%. Ela é também a principal causa de mortes por suicídio, com cerca de 800 mil casos por ano. 

Ansiedade. Além da depressão, a entidade indica que, pelo mundo, 264 milhões de pessoas sofrem com transtornos de ansiedade, uma média de 3,6%. O número representa uma alta de 15% em comparação a 2005. 

Uma vez mais, o Brasil lidera na América Latina, com 9,3% da população com algum tipo de transtorno de ansiedade. A taxa, porém, é três vezes superior à média mundial. Os índices brasileiros também superam de uma forma substancial as taxas identificadas nos demais países da região. No Paraguai, a taxa é de 7,6%, contra 6,5% no Chile e 6,4% no Uruguai.

Em números absolutos, o Sudeste Asiático é a região que mais registra casos de transtornos de ansiedade: 60 milhões, 23% do total mundial. No segundo lugar vêm as Américas, com 57,2 milhões e 21% do total. 

No total, a OMS ainda estima que, a cada ano, as consequências dos transtornos mentais gerem uma perda econômica de US$ 1 trilhão para o mundo.

Fonte: Estadão

quarta-feira, fevereiro 22, 2017

When Outside Stress Is Affecting Your Work #HBRLive

When Outside Stress Is Affecting Your Work #HBRLive

HBR editors Amy Gallo and Alison Beard are giving advice for how to deal with outside stress at work. They're also taking your questions, so post them here and they'll answer as many as they can.

A saúde não pode voltar...

"A saúde não pode voltar ao corpo enquanto o espírito continua enfermo."

As organizações do futuro...

"As organizações do futuro apostarão cada vez mais nesta profissional, competente técnica e emocionalmente." - Armando Ribeiro para a revista Profissional & Negócios.

Imagem de "coitadinho" não ajuda

Vitimização é o tema da minha coluna de hj em A Tribuna. Amei as informações do psicólogo, que virou um amigo querido, Armando Ribeiro. Profissional incrível! A seguir, reproduzo algumas frases dele: "A imagem de coitadinha impedirá que a pessoa se torne plena, ou seja, protagonista da sua vida e não mera coadjuvante". "Quem acredita que é vítima do mundo, dificilmente aprende e cresce com as dificuldades". "Problemas emocionais não tratados acabam virando uma desculpa para a falta de coragem de reescrever a própria história e mudar o seu final".

segunda-feira, fevereiro 20, 2017

Gravações para o jornal da RIT TV

Bastidores da entrevista do Prof Armando Ribeiro para o repórter Kleber Werneck do jornal da RIT TV nas imediações do Centro Cultural São Paulo. 
 
RIT TV.

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Afinal, para que tanta pressa?


Você acorda cedo, toma café correndo, um banho apressado e percebe que mesmo assim está atrasado? Na sua empresa, muita pressão para entregar um relatório que era para estar pronto há algum tempo? Na hora do almoço, mal dá tempo de sentar e comer? Isso sem falar no resto do dia. Cuidado. Você pode estar sofrendo da doença da pressa. Termo usado pelos médicos para definir essa sensação intensa de que se está correndo contra o tempo, de que o dia com 24 horas não é suficiente, de que a vida está passando rápido demais. Costuma vir acompanhada de atrasos nos compromissos sociais, escolares, déficits de atenção e memória e desorganização. A falta de tempo, corre-corre diário e a necessidade de produzir mais em menos tempo adquiriram números tão altos que ganharam embasamento médico. Um estudo feito pela International Stress Management Association (Isma), entidade internacional que estuda o estresse, com mil brasileiros economicamente ativos, revelou que 30% deles sofriam da “doença da pressa”, apresentando sintomas físicos (hipertensão e problemas cardiovasculares); emocionais (angústia) e comportamentais (abuso do álcool).

“A síndrome acontece quando somos estimulados por circunstâncias da vida a alterar esses ritmos e está normalmente associada ao estresse e à ansiedade”, afirma o psicólogo Armando Ribeiro das Neves Neto, professor e supervisor clínico da USP. Para o psicólogo gestalt-terapeuta Hugo Ramón Barbosa Oddone, os sintomas mais comuns são as chamadas somatizações como pressão arterial muito alta, falta de ar, dores do tipo angina, enxaquecas, cefaleias, musculares e febres, e os sintomas psicológicos típicos como as diversas fobias, que, quando se tornam mais repetitivos e complexos, podem levar à síndrome de pânico e outras síndromes graves. “Algumas pessoas são alvos prediletos. São aquelas que trabalham em funções altamente competitivas por muito tempo, sem terem o tempo necessário para recuperar-se do estresse diário.”

É curioso notar que o sintoma mais comum, atualmente, nas crianças, é o fenômeno da hiperatividade. Segundo o psicólogo André Apolinario Silva Marinho, a hiperatividade reflete o jeito de ser de uma época, em que tudo tem de ser hiper. O diagnóstico é o excesso de estímulo e de movimento. “Não são algumas pessoas que sofrem da doença da pressa, é toda uma época, um momento histórico, a sociedade. Pensando desse ponto de vista, a loucura é estar na contramão disso tudo. As pessoas, quando param, sentem um vazio tão grande que imediatamente buscam algo para fazer. Isto ocorre porque estamos tão identificados com aquilo que fazemos que nos tornamos aquilo que fazemos.” Para combater a mania moderna de velocidade, o especialista Armando Ribeiro das Neves Neto afirma que desacelerar deve passar a ser a palavra de ordem. Em casa, no trabalho, nas relações e no ritmo interior, levar a vida com mais calma deve se transformar numa tendência comportamental diária.

“Identificar e modificar os pensamentos catastróficos é parte do tratamento. De forma mais simples, bons pensamentos atraem bons sentimentos e mesmo com um trabalho estressante você fica protegido dos efeitos negativos do estresse; já pensamentos distorcidos acentuam as reações do organismo, levando ao adoecimento físico e emocional.” Oddone sugere seguir o que Napoleão Bonaparte dizia ao valete que o ajudava a vestir-se: devagar que estou com pressa. “Influenciados pelo espírito francês, quanto mais pressa temos, mais impecáveis nos tornamos, ou seja, mais cuidadosos, mais lentos, vagarosos e sem perder a pró-atividade e a assertividade. Façamos as coisas bem acabadas para conseguir curtir o produto do nosso esforço”, afirma.

Gerencie agora seu estresse

No culto à vagareza, o psicólogo Armando Ribeiro das Neves Neto, professor e supervisor clínico da USP, defende desde uma alimentação sem pressa até andar de bicicleta. “Precisamos descondicionar a pressa. Aprenda a curtir um banho caprichado no final do dia, uma refeição saudável, a companhia de pessoas alegres e positivas. Procure novas experiências sensoriais, como novos restaurantes, refeições e viagens. Faça um diário para descrever e refletir sobre as experiência do dia. Faça atividade física regular, aproveite para passear com o cachorro, ou mesmo voltar a andar de bicicleta.” Para seguir um caminho num ritmo ainda mais tranquilo, é preciso aprender a respiração diafragmática. É uma estratégia fundamental para controlar o estresse físico e emocional, pensar com mais clareza e resolver os problemas reais da vida. “Quando já adoecemos por causa do estresse ou ansiedade é fundamental procurarmos ajuda especializada.

Os tratamentos, em geral, consistem em programas científicos baseados nas pesquisas médicas e psicológicas atuais sobre a avaliação e o tratamento dos sinais e sintomas do estresse, bem como na criação de projetos para a identificação e redução do estresse nas empresas, escolas e individualmente.” Para Neto, a prevenção da doença baseia-se nos programas de gerenciamento de estresse, que normalmente incluem: avaliação do nível e fase de estresse, informação científica sobre o estresse e os seus efeitos em nossa vida, técnicas de respiração e de relaxamento, autorregulação psicofisiológica por meio de modernos equipamentos de biofeedback, técnicas de meditação e/ou práticas corporais (ex. ioga, tai chi), atividade física regular, alimentação equilibrada e acupuntura energética.

SAIBA MAIS:

:: Além do cotidiano atribulado e sobrecarregado, também é preciso reconhecer que o equipamento estrutural da pessoa pode facilitar ou dificultar render-se à doença da pressa. Há pessoas com maior resistência, mais estruturadas para enfrentar longos embates com as exigências do mundo, e outras não

:: O deus mitológico representante do tempo é Cronos, e na sua história, ele é um pai que devora e mata seus próprios filhos. A pressa dos tempos atuais é um exemplo de como os paradigmas socioculturais orientam o nosso modo de ser, pensar e agir. Vivemos em um momento histórico no qual tudo deve ser feito com muita rapidez e eficiência

:: A doença da pressa normalmente é imperceptível ou invísivel para a maioria das pessoas, pois o ambiente de trabalho, escolar ou familiar acaba mascarando os sintomas do estresse e a sua prevenção. No trabalho pode ser responsável por baixa produtividade, faltas recorrentes; na escola pode representar baixo rendimento escolar, indisciplina, faltas e no ambiente familiar pode representar problemas conjugais, íntimos, entre pais e filhos etc.

:: Mãos e pés frios, boca seca, dor no estômago, aumento de suor, tensão e dor muscular são estados de alerta

Estresse: saiba por que esse problema se tornou uma epidemia global

Considerado uma epidemia global pela Organização Mundial da Saúde, o estresse é um problema que atinge pessoas no mundo todo. Conheça os sintomas e saiba como prevenir os tratamentos desse mal.

A entrevista do Prof Armando Ribeiro no programa Hoje em Dia da TV Record pode ser vista no link.

Tags: Chris Flores, Hoje em Dia, Celso Zucatelli, Eduardo Guedes, causas estresse, consequências estresse, epidemia, epidemia do século XXI, estresse, problemas estresse




sexta-feira, fevereiro 17, 2017

Controle a raiva e viva feliz

A raiva é uma emoção natural e necessária na vida de todo ser humano. Mas quando se torna constante, pode prejudicar muito os relacionamentos e a saúde. Confira neste post algumas dicas para equilibrar-se e neutralizar este sentimento.

“Sentir raiva quando somos provocados ou agredidos é normal e difícil de controlar. É uma reação de sobrevivência da espécie. Neste caso, se a raiva salvar sua vida, será positiva”, diz a psicóloga Marilice Rubbo Carvalho, especialista em comportamento cognitivo pela USP (Universidade de São Paulo).

Segundo Armando Ribeiro das Neves Neto, psicólogo e coordenador do programa de avaliação do estresse do hospital da Beneficência Portuguesa de São Paulo, as medicinas antigas defendiam que todas as emoções são positivas se estiverem equilibradas em nossas vidas. A raiva pode ser um gatilho para nos mobilizar para a ação. É uma emoção muito poderosa e que, quando bem canalizada, nos faz ter energia para enfrentar as dificuldades”, diz ele.

Em pequenas doses, a raiva pode servir de impulso para ações ou motivação para mudanças. Mas sentir raiva com frequência pode indicar alto grau de estresse ou até mesmo alguma patologia, prejudicando a saúde e o convívio social.

Veja como lidar com a raiva de forma positiva

O primeiro passo para lidar com esse sentimento é não negá-lo. Se ele está lá, tente entendê-lo e avaliá-lo com a maior clareza possível, prestando atenção nos pensamentos que o levam a sentir raiva e sentindo se a sua reação é desproporcional no momento.

Para isso, é preciso avaliar a situação com tranquilidade e tentar olhá-la de vários ângulos, e não somente o seu. A ajuda de um terapeuta pode ser de grande valia neste processo. Descubra o que desencadeia a raiva em você.

Procure encontrar meios acertivos de expressar o que incomoda, quando possível, de forma clara e objetiva. Isso evita que se guardem mágoas mal resolvidas que poderão se transformar em raiva acumulada.

Agir por impulsividade também pode levar uma pessoa a excessos desnecessários. O ideal, ao sentir aquele acesso de raiva, é sempre esperar antes de reagir. Imediatamente concentre-se em sua respiração e procure deixá-la o mais profunda e lenta o possível. A respiração profunda e consciente ajuda a relaxar, liberando hormônios de bem estar e neutralizando os de estresse que desencadeiam a raiva. Só apenas depois de relaxar é que se deverá tomar uma atitude.

Investir em atividades que ajudem a canalizar este sentimento, como algum esporte, yoga e meditação também são boas formas de lidar com a raiva. É possível transformar sentimentos negativos em positivos quando você se propõe a transferir essa emoção para uma atividade construtiva.

Sentir raiva excessiva e de forma constante pode trazer diversos males ao indivíduo ao longo do tempo, como cansaço físico, perda de memória e insônia. A descarga de adrenalina e cortisol(hormônios do estresse) constante no organismo leva a alterações fisiológicas como aumento da pressão e dos batimentos cardíacos, tonturas, vertigens, tremores, sudorese, pelos arrepiados e ansiedade. É como se o corpo, literalmente, se preparasse para o ataque. Em casos crônicos, levam a infarto e acidente vascular cerebral (AVC). A raiva também pode levar à obesidade, já que está por trás do transtorno do comer compulsivo, que leva indivíduos a ingerirem desenfreadamente comida.

Isso sem contar os prejuízos no convívio social e o isolamento que o sentimento pode acarretar, uma vez que alguém constantemente raivoso se torna desagradável, afastando as pessoas que ama de perto de si. “Raiva excessiva maltrata o corpo, a mente e principalmente as relações. É responsável por destruir casamentos, impedir a comunicação afetiva e a escuta atenta. Literalmente, ela cega”, fala Neves Neto.

Explosões de raiva e seus antídotos

Atitudes como inflexibilidade, perfeccionismo, exigência e impaciência transformam o indivíduo em alguém mais raivoso que os demais. Como quase sempre as coisas não saem da forma como a pessoa gostaria, ela se sente frustrada, insegura e ameaçada, e se torna alvo fácil da raiva. Essas explosões podem indicar algum problema psiquiátrico, como transtorno bipolar, caracterizado por oscilações de humor que podem levar a ataques de fúria e raiva, ou transtorno de personalidade borderline, cujas características de comportamento são explosão, agressividade, intolerância e irritação. Por isso, para quem se sente dentro deste quadro extremo, recomenda-se uma avaliação com especialista para um diagnóstico e tratamento adequado. “É necessário fazer uma reestruturação cognitiva para que seus pensamentos e crenças de vida possam ser trabalhados e assim ter uma melhora”, explica a psicóloga.

Para o budismo, a melhor forma de combater a raiva não é suprimindo-a, e sim cultivando seus antídotos, que são a compaixão e a paciência. Um cérebro condicionado a reações explosivas pode ser “reprogramado” e a personalidade transformada. Para isso é necessário que se cultive, em 10 minutos de silêncio diários bem como em alguns intervalos ao longo do dia, os pensamentos positivos, as ações que o façam sentir-se realizado e atitudes de gentileza para com os outros e com você mesmo.

Este olhar mais aprofundado para dentro da sua mente e do seu coração faz com que, ao londo do tempo, as tendências de reatividade se modifiquem. Desta forma, todos podem conhecer a verdadeira felicidade e realização.

Fonte: Blog

Saber como e quando desacelerar a rotina é fundamental ao bem-estar

Pisar no freio não é fácil, mas quem consegue costuma ser mais feliz e tolerante

Pare para pensar quantas vezes, nos últimos tempos, você disse as frases "Estou sem tempo" ou "Ando cansado demais". Se chegou à conclusão de que foram muitas, cuidado! Pode ser uma falha no gerenciamento das tarefas cotidianas, consequência direta de uma vida acelerada, que leva ao desgaste físico e mental. 

"O tempo já foi nosso amigo, mas a multiplicidade de atividades, possibilidades e deveres cresceram. Vivemos um momento com mais com mais obrigações e responsabilidades", atesta o psicólogo Armando Ribeiro, coordenador do Programa de Avaliação do Estresse do Hospital Beneficência Portuguesa de São Paulo. Para ele, smartphones, tablets e computadores portáteis, que deveriam trabalhar a favor de quem busca eficiência e praticidade, acabaram fazendo o contrário. "Ao invés de terem a rotina facilitada pela tecnologia, algumas pessoas deixam de enxergar com clareza os limites entre a vida profissional e a pessoal", acrescenta. 

E tem mais: estar extremamente ocupado é uma condição que a nossa sociedade valoriza e à qual se atribui até um status desejável. "As pessoas com tempo livre acabam sendo menos prestigiadas e podem até ser vistas com preconceito pelas demais", afirma a psicóloga Ana Maria Rossi, presidente da International Stress Management Association no Brasil (ISMA-BR). Assim, as pessoas se sentem encorajadas a correr constantemente contra o tempo, na ânsia de cumprir mais e mais tarefas diariamente.

Essa prática, no entanto, faz o corpo perecer. Aparecem as dores musculares decorrentes da tensão, dores de cabeça, problemas com o sono, males gastrointestinais e taquicardia. O emocional também sofre e crescem as chances de desenvolver quadros de ansiedade, angústia, culpa e frustração. "Numa tentativa de sobreviver ao estresse crônico, buscamos pequenos prazeres imediatos: comer, comprar, ingerir bebidas alcoólicas. Só que esses comportamentos só servem para mascarar o desequilíbrio e para agravar ainda mais os problemas de saúde e o mal-estar", destaca Ribeiro. 

Para desacelerar sem perder o pé da realidade a chave é planejar. "É muito comum que as pessoas estabeleçam uma lista de tarefas para o dia sem levar em conta interrupções comuns, como deslocamentos e trânsito. Dessa forma, elas nunca conseguem cumprir tudo o que planejaram para o dia e terminam frustradas", analisa Ana Maria. A partir de um planejamento mais realista, organizado por ordem de prioridade, é possível focar um problema de cada vez, aumentar a eficiência em cada tarefa e, o melhor: desfrutar de algum tempo livre depois. 

Atividades que transformam

Quem se mantém na contramão desse movimento superacelerado costuma ser mais feliz e tolerante. Por outro lado, pisar no freio no mundo exigente de hoje não é tarefa das mais fáceis. Uma boa pedida é incorporar à rotina práticas que ajudam a restabelecer a tranquilidade, como ioga, por exemplo. "O principal benefício da ioga é aquietar a mente e fazer o praticante voltar sua atenção ao momento presente", explica Marcia De Luca, especialista em ioga, meditação e ayurveda. Segundo ela, as linhagens que enfatizam este aspecto são a Hatha, a Bhakti e a Kundalini Ioga. 

Outro caminho para acalmar os pensamentos, a meditação pode ser feita em um ambiente calmo e silencioso, em casa mesmo. "Pode-se ainda aromatizar o local com óleo essencial de lavanda, para ajudar a relaxar", sugere Marcia. Feito isto, sente-se com a postura ereta e os olhos fechados. "Durante cinco minutos, inspire em quatro tempos e expire da mesma maneira. O pensamento deve estar voltado apenas para a respiração", ensina. No começo, é quase impossível evitar que uma avalanche de ideias tente impedir a mente de serenar. Porém, com tempo e perseverança, vai ficando cada vez mais fácil. "Depois de treinar por vintes dias seguidos, comece a aumentar o período de meditação gradativamente", aconselha a especialista. 

A importância da respiração

Se você não tiver nem mesmo esse tempinho, um cuidado extra com a respiração já ajuda a aliviar a pressão. "É preciso se perguntar, repetidamente, se a respiração está correta. Existe comprovação científica de que acalmar o ritmo em que respiramos tranquiliza a mente", diz Márcia. "Uma vez que nos tornamos conscientes da respiração, revertemos a produção dos hormônios do estresse e potencializamos a capacidade de recuperação do corpo e da mente", afirma completa Ribeiro.

Aos poucos, os comportamentos que colaboram na diminuição do estresse e da correria vão se cristalizando e se tornando hábitos. "Não existe milagre. É preciso dar tempo ao tempo e ter força de vontade para mudar o ritmo de vida, mas vale a pena. Ao final do processo, a recompensa virá em forma de um bem-estar sem igual", finaliza a psicóloga.

Fonte: UOL

Mario Bros na Psicoterapia

E então Mario, o que o fez procurar a ajuda de um Psicólogo?
Estou passando por uma fase difícil...

quarta-feira, fevereiro 15, 2017

Tá estressado, vai meditar!

Tá estressado, vai meditar!
Participação do Prof Armando Ribeiro no programa Jornal da Cultura 1a. Edição falando sobre as pesquisas que apontam que meditar no ambiente de trabalho pode ser mais eficiente do que tirar férias para reduzir o estresse excessivo do dia-a-dia.

Montando o quebra-cabeças da mente... Psicoterapia


Psicoterapia... Processo que facilita a identificação e montagem das peças da mente!