Título: PROGRAMA DE AVALIAÇÃO DO ESTRESSE DA BENEFICÊNCIA PORTUGUESA DE SÃO PAULO: PIONEIRISMO DA PSICOLOGIA EM UM COMPLEXO HOSPITALAR
Autor Principal: ARMANDO RIBEIRO DAS NEVES NETO -
Financiador: Sem Financiador -
Eixo: Psicologia, formação e práticas profissionais na construção de projetos ético-políticos
Processo: Processos Terapêuticos
Área: Avaliação, Métodos e Medidas em Psicologia
Palavra-chave: GESTÃO DO ESTRESSE ,Psicologia Clínica,PSICOLOGIA HOSPITALAR
Resumo:
O PROGRAMA DE AVALIAÇÃO DO ESTRESSE DO COMPLEXO HOSPITALAR DA BENEFICÊNCIA PORTUGUESA DE SÃO PAULO (CONSIDERADO O MAIOR COMPLEXO HOSPITALAR PRIVADO DA AMÉRICA LATINA) É UM MODELO PIONEIRO DE AVALIAÇÃO PSICOLÓGICA / PSICOFISIOLÓGICA EM UM CENTRO MÉDICO AVANÇADO DE SAÚDE. É INSPIRADO NOS MODELOS DE CENTROS NORTE-AMERICANOS E EUROPEUS EM PROMOÇÃO DA SAÚDE E SALUTÔGENESE. ESTIMA-SE QUE O ESTRESSE ESTEJA RELACIONADO À CERCA DE 60 A 90% DE TODAS AS CONSULTAS MÉDICAS (AMERICAN INSTITUTE STRESS) E MOTIVO PRINCIPAL PARA ABSENTEÍSMO, TURNOVER, LICENÇAS MÉDICAS E BAIXA SATISFAÇÃO NO TRABALHO E BAIXA PRODUTIVIDADE (INTERNATIONAL STRESS MANAGEMENT USA - ISMA / ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DO STRESS / ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE QUALIDADE DE VIDA - ABQV). O PROGRAMA DE AVALIAÇÃO DO ESTRESSE DA BENEFICÊNCIA PORTUGUESA DE SÃO PAULO FOI DESENVOLVIDO PELO PSICÓLOGO PROF. ARMANDO RIBEIRO DAS NEVES NETO, A PARTIR DO TREINAMENTO EM "STRESS MANAGEMENT" PELA HARVARD MEDICAL SCHOOL (EUA), ALÉM DE SEUS ESTUDOS EM MEDICINA COMPORTAMENTAL / TERAPIA COGNITIVO-COMPORTAMENTAL PELA USP / UNIFESP. A AVALIAÇÃO DO ESTRESSE CONSISTE EM UM PROTOCOLO QUE UTILIZA TESTES PSICOLÓGICOS APROVADOS PELO SATEPSI / CFP, ALÉM DA AVALIAÇÃO PSICOFISIOLÓGICA DO ESTRESSE ATRAVÉS DE EQUIPAMENTO DE BIOFEEDBACK ESPECIALIZADO (EX. RESISTÊNCIA GALVÂNICA DA PELE, VARIABILIDADE DA FREQUÊNCIA CARDÍACA / COERÊNCIA CARDÍACA, ENTRE OUTROS) DURANTE SITUAÇÕES CONTROLADAS. ALÉM DA DEVOLUÇÃO DOS RESULTADOS, OS PACIENTES SÃO ORIENTADOS EM ESTRATÉGIAS PARA GERENCIAMENTO DO ESTRESSE BASEADO EM TERAPIA COGNITIVO-COMPORTAMENTAL E PRÁTICAS DA MEDICINA COMPORTAMENTAL (EX. TÉCNICAS DE RESPIRAÇÃO E RELAXAMENTO, MEDITAÇÃO / MINDFULNESS, HIPNOSE, TREINO DE BIOFEEDBACK / NEUROFEEDBACK E ORIENTAÇÃO DO ESTILO DE VIDA).
Título: PSICOLOGIA E A POLÍTICA NACIONAL DE PRÁTICAS INTEGRATIVAS E COMPLEMENTARES (PNPIC) NO SUS: AMPLIANDO OS LIMITES TERAPÊUTICOS
Autor Principal: ARMANDO RIBEIRO DAS NEVES NETO -
Financiador: Sem Financiador -
Eixo: Psicologia, formação e práticas profissionais na construção de projetos ético-políticos
Processo: Processos Terapêuticos
Área: Políticas Públicas
Palavra-chave: Psicologia Clínica ,Formação em Psicologia,Avaliação, Métodos e Medidas em Psicologia
Resumo:
A busca por cuidados em saúde integral – corpo, mente, emoções e espiritualidade vem mudando o paradigma da educação e políticas em saúde no Brasil e no mundo. O Ministério da Saúde, através da Política Nacional de Práticas Integrativas e Complementares (PNPIC) no Sistema Único de Saúde (Lei No. 971/2006) regulamentou o desenvolvimento das práticas integrativas no sistema público de saúde. Na UNIFESP, destacam-se: o pioneirismo da Unidade de Medicina Comportamental (1995) do Departamento de Psicobiologia no treinamento clínico e promoção de estudos acadêmicos sobre as terapias complementares (ex. biofeedback, neurofeedback, hipnose, yoga, meditação, mindfulness, entre outros) na prática médica, psicológica e etc. Criação da primeira pós-graduação lato-sensu em "Bases da Medicina Integrativa" pelo Hospital Israelita Albert Einstein (SP) e pelo primeiro curso de capacitação em "Gestão de Práticas Integrativas e Complementares" pelo Ministério da Saúde. Houve também a organização do “Seminário On-line Práticas Integrativas e Complementares e Racionalidades Profissionais” (2011), promovido pelo CRP-SP / CFP. Dos polos que vão do modelo biomédico ao psicossocial surge uma proposta de integrar os saberes das tradições aos conhecimentos científicos contemporâneos, em consonância com a “Declaração de Alma-Ata” promovida pela Conferência Internacional sobre Cuidados Primários de Saúde (1978) e pela “Declaração de Veneza” promovida pela UNESCO (1986), além do relatório “Traditional Medicine Strategy 2002-2005” da OMS e também da criação do Centro Nacional de Medicina Alternativa e Complementar (NCCAM) – Institutos Nacionais de Saúde dos EUA, em 1999. Apesar de todos esses avanços, ainda é preciso que mais psicólogos se envolvam nesta discussão.
Título: PSICOLOGIA POSITIVA NO TRABALHO, WELLNESS COACHING, MINDFULNESS E NEUROMANAGEMENT: NOVOS PARADIGMAS EM PSICOLOGIA ORGANIZACIONAL
Autor Principal: ARMANDO RIBEIRO DAS NEVES NETO -
Financiador: Sem Financiador -
Eixo: Psicologia, formação e práticas profissionais na construção de projetos ético-políticos
Processo: Processos Organizativos
Área: Psicologia Organizacional
Palavra-chave: PSICOLOGIA ORGANIZACIONAL ,PSICOLOGIA APLICADA À ADMINISTRAÇÃO,COMPORTAMENTO ORGANIZACIONAL
Resumo:
A disciplina de Psicologia Organizacional e/ou Comportamento Organizacional vem passando por rápidas transformações no século XXI. De um RH burocrático para o RH estratégico, o desenvolvimento contínuo do homem no trabalho se torna questão fundamental das organizações que prosperam. Atualmente, as organizações apostam no desenvolvimento das virtudes humanas (ex. autoconhecimento, resiliência, empatia, trabalho em equipe, etc) baseadas nos pressupostos da Psicologia Positiva, do Wellness Coaching (Treinamento do Bem-Estar) e da utilização das práticas baseadas no Mindfulness (Atenção Plena) para gerar culturas organizacionais mais saudáveis, colaboradores mais satisfeitos e portanto organizações mais capazes de se adaptarem as continuas mudanças no cenário econômico mundial. Ao ministrar a disciplina "Psicologia Aplicada à Administração" em uma das melhores escolas de negócios do mundo (ranking Financial Times - FT e certificação pela Association to Advance Collegiate Schools of Business - AACSB, entre outras) para estudantes de um curso de Administração de Empresas, podemos refletir sobre o que torna a disciplina cada vez mais relevante para os futuros executivos. De acordo com as pesquisas do psicólogo e prêmio nobel Daniel Kahneman sobre processos de tomada de decisão e também das contribuições dos psicólogos Daniel Goleman, Peter Salovey & John Mayer sobre "inteligência emocional", além das pesquisas do Prof. Armando Ribeiro das Neves Neto sobre "neuromanagement" ou neurociências aplicadas à Administração de Empresas podemos rever sobre o que as áreas de negócios esperam do ensino da disciplina de comportamento organizacional, cada vez mais globalizado e alinhado as tendências mundiais de treinamento de pessoal e desenvolvimento de carreira.
Promoção: Fórum de Entidades Nacionais da Psicologia Brasileira - FENPB
Conselho Federal de Psicologia - CFP
Fonte: Anais do IV Congresso Brasileiro de Psicologia Ciência e Profissão
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Blog do Prof Armando Ribeiro. Professor de Saúde Integrativa / Psicologia. Consultor organizacional especializado em Gestão do Estresse, Bem Estar e Qualidade de Vida no Trabalho. Pioneiro na discussão das Práticas Integrativas e Complementares (PIC) em Psicologia (Terapia Cognitivo-Comportamental) e Saúde Mental. Contato por e-mail: armandopsico@hotmail.com
domingo, novembro 23, 2014
Prof Armando Ribeiro apresenta temas relevantes no IV Congresso Brasileiro de Psicologia Ciência e Profissão
Prof Armando Ribeiro grava entrevista para o Conselho Regional de Psicologia de São Paulo
Prof Armando Ribeiro grava depoimento sobre o pioneirismo do Programa de Avaliação do Estresse do Centro Avançado em Saúde da Beneficência Portuguesa de São Paulo, programa que implantou e coordena desde 2010, no maior complexo hospitalar privado da América Latina. A gravação faz parte da iniciativa do Conselho Regional de Psicologia de São Paulo denominado "Psicologia. Todo dia, em todo lugar para uma sociedade mais democrática e igualitária", com o objetivo de mapear e dar visibilidade às muitas práticas feitas pelo Estado de São Paulo, mostrando como os diversos campos de atuação de nossa profissão estão fazendo a diferença na sociedade.
Prof Armando Ribeiro grava entrevista para o Conselho Regional de Psicologia de São Paulo (CRP-SP) nos corredores do IV Congresso Brasileiro de Psicologia: Ciência e Profissão, promovido pelo Fórum de Entidades Nacionais da Psicologia Brasileira (FENPB).
Os opostos se atraem, mas no dia a dia é preciso driblar as diferenças
A ideia dos opostos que se atraem não deve ser levada ao pé da letra
O amor não é uma ciência exata, com regras definidas, nas quais todo mundo se encaixa. As pessoas costumam se apaixonar pelas mais diversas razões –conscientes, como admirar certos perfis, gostos e comportamentos, e inconscientes, que têm a ver com as questões ligadas a modelos de relacionamentos vivenciados nas famílias de origem de cada um. Carências afetivas e personalidades também entram em jogo.
Há, porém, um velho ditado sobre relacionamentos que prega que os opostos costumam se atrair. Por essa lógica, um bagunceiro pode muito bem se encantar por um maníaco por organização; um amante dos esportes tem grandes chances de cair de paixão por alguém que vive com o nariz enfiado nos livros e o que adora madrugar vai perder noites de sono nos braços de um notívago.
Esse conceito, apesar de arraigado, nem sempre deve ser levado ao pé da letra. Não são poucas as circunstâncias em que as pessoas buscam a si mesmas no outro. "Não existem duas pessoas iguais no mundo. As diferenças são normais. A ideia dos opostos que se atraem se explica pela busca de encontrar no outro algo que o complemente, quase sempre um desejo inconsciente de superação. É assim que, por exemplo, uma pessoa muito tímida pode se interessar por alguém extrovertido ou vice-versa", diz a mediadora de conflitos Suely Buriasco, de São Paulo (SP), educadora com MBA em Gestão de Pessoas e autora de "Mediando Conflitos no Relacionamento a Dois" (Ed. Novo Século).
Para a psicóloga Sandra Monice, do Espaço Triskell de Psicologia e Psicanálise, de São Caetano do Sul (SP), o mito de pessoas totalmente diferentes se atraírem já está enraizado no imaginário popular, mas, se olharmos bem, muitas vezes o que se verifica é que costumamos escolher quem tem muito mais pontos em comum conosco do que divergentes. "Geralmente, o que consideramos o 'oposto' em nossos parceiros podem ser apenas aspectos nossos não desenvolvidos ou não reconhecidos, que relegamos à sombra, e que identificamos no outro de uma forma idealizada", afirma.
De qualquer forma, relacionar-se com alguém muito diferente de nós pode ser sedutor e desafiador no início do romance, quando ambos estão empenhados em mostrar o melhor de si –e também a tolerância, a compreensão, a vontade de aparar as arestas. Com o tempo e a intimidade, aquilo que era encantador pode se transformar em uma série de conflitos se as divergências não forem trabalhadas a dois.
"É necessário lembrar que existirá sempre uma polaridade em cada um, com pontos fortes e fraquezas inerentes à natureza humana. Será a dinâmica da convivência que despertará a possibilidade de juntos vencerem a diferença ou serem vencidos por ela", fala o psicólogo Armando Ribeiro, do Hospital Beneficência Portuguesa de São Paulo. Veja, a seguir, algumas dicas dos especialistas para que os opostos possam lidar melhor uns com os outros no dia a dia:
1. Comunicação é tudo em uma relação. Então, é importante se esforçar para se comunicar assertivamente. Antes de defender as suas verdades, escute o que o outro pensa.
2. É importante que cada um consiga perceber seus pontos de conflitos e carências individuais antes de atacar o outro por características que são suas. "Isso permite que o casal negocie soluções salutares para ambos, sem a sensação de que um se beneficia mais do que o outro", explica a psicóloga Cristiane Moraes Pertusi, doutora em Psicologia do Desenvolvimento Humano pela USP (Universidade de São Paulo).
3. Não queira mudar o outro: aceite as diferenças com naturalidade, sem jamais exigir mudanças ou cobrar atitudes que não são próprias do par. Lembre-se que foi assim que você conheceu e se interessou, certo? "Tente enxergar o outro como ele é, não como você gostaria que fosse", fala Sandra Monice.
4. Procure se colocar no lugar do par e tentar perceber como suas próprias manias podem incomodar. Faça também uma análise e pergunte-se: por que o comportamento do outro me incomoda? Será que não estou projetando aspectos meus nessa relação?
5. Jamais espere que alguém complete você. Quando precisamos que isso aconteça, é porque não nos sentimos inteiros, e não será um relacionamento que resolverá isso.
6. Cultive o bom humor. Rir das diferenças é muito saudável, une o casal e harmoniza a convivência. "Fazer graça das dificuldades transforma problemas em desafios, sem contar que é uma maneira divertida de se entenderem", fala Suely Buriasco.
7. Desenvolva a empatia. É fundamental para os relacionamentos saudáveis, pois faz com que você compreenda melhor o outro, sua forma de pensar, agir e se manifestar.
8. Quando a admiração pelo outro é privilegiada, releva-se muito mais as diferenças. Manter a atenção naquilo que gosta faz com que você lide melhor com o que não gosta.
9. "É fundamental estabelecer acordos", afirma Suely. "Nem sempre dá para relevar e conviver bem, pois conflitos são normais. O importante é gerenciar o quanto antes as dificuldades, antes que virem brigas que só desgastam as relações", completa.
10. Respeite a pessoa que você ama. Jamais desconsidere a maneira de ser da pessoa escolhida, principalmente em público. Não a humilhe ou subestime em tempo algum. Se algo incomodar, converse depois num momento reservado.
Fonte: UOL São Paulo
terça-feira, novembro 18, 2014
Estar conectada a si mesma é fundamental para a realização pessoal
Quem volta de férias traz na memória as lembranças de como é bom desacelerar o corpo e a mente. Durante o descanso, a tensão cotidiana dá lugar a um sentimento de leveza e a uma energia sem fim, mas basta o ano começar de verdade para o turbilhão diário de exigências acabar com essa harmonia. O grande problema é que, na correria, as resoluções correm o risco de ficar em segundo plano e até de não saírem nunca do papel. Esse risco aumenta todos os dias que você não se dá conta do rumo que a vida está tomando.
Quem vive atarefada demais e sem tempo para os próprios objetivos acaba funcionando como se estivesse sempre no piloto automático. "É como dirigir um carro com o freio de mão puxado. Você até consegue dar conta das suas tarefas, mas está sempre sem energia, força e motivação. O nível de atenção consciente diminui e, por consequência, cai a qualidade das ações e a percepção das oportunidades que estão ao redor", compara o consultor organizacional Eduardo Shinyashiki, autor do livro "Transforme seus sonhos em vida" (Editora Gente).
Uma vida agitada demais e desconectada dos anseios íntimos e pessoais pode desencadear males emocionais e físicos, de acordo com Armando Ribeiro, psicólogo e coordenador do Programa de Avaliação do Estresse do Hospital Beneficência Portuguesa, de São Paulo. "Por conta do ritmo acelerado, o organismo produz um excesso de hormônios que diminuem a imunidade e prejudicam os processos de recuperação corporais, a exemplo da noradrenalina e do cortisol", explica. "Além disso, a situação pode precipitar uma crise no relacionamento com família, amigos e colegas de trabalho", completa o especialista.
Mas não é porque a vida é corrida que você precisa acompanhar esse ritmo frenético. Para promover a mudança interior é preciso aceitar que não dá para abraçar o mundo e começar a trazer mais serenidade à rotina. Quem se desdobra para dar conta de uma agenda de Mulher-Maravilha sempre chega ao fim do dia com a sensação de que não sobrou nada para si mesma. "É muito comum que as mulheres se coloquem sempre em último lugar na lista de prioridades. Se elas marcam a manicure e acontece algum imprevisto com o filho, no trabalho ou em casa, elas desmarcam e vão resolver. O compromisso delas é o primeiro a ser cancelado", aponta o especialista em gerenciamento do tempo e produtividade pessoal, Christian Barbosa.
A longo prazo, o excesso de tarefas e a insistência em ignorar os próprios desejos e necessidades acabam trabalhando contra a produtividade. "Quando percebemos, já estamos cansados demais, completamente desanimados, e deixamos de cumprir a contento as obrigações diárias", conclui.
Dona do seu tempo
Portanto, se a ideia é resgatar a conexão consigo mesma, rever as metas dia a dia e, principalmente, ajustar o curso dos acontecimentos aos seus reais objetivos de vida, criar tempo para refletir e relaxar é essencial. De acordo com Barbosa, a palavra-chave para isso é planejamento. "As pessoas dizem não ter tempo porque, na verdade, não sabem o que têm de fazer. De repente, elas estão perdidas naquele monte de tarefas que se tornaram urgentes e não conseguem se organizar para cumpri-las", aponta.
"Para começar, anote numa agenda tudo o que deve ser entregue e realizado nos próximos três dias. Planejar-se com antecedência é importante para ter controle sobre a situação e enfrentar a rotina sem tantos sobressaltos", ensina Barbosa.
Feito isto, encaixe no cronograma os compromissos e tarefas ligados à sua própria satisfação. Sem culpa e sem medo de ser feliz. Vale incluir o passeio no shopping, a visita ao salão de beleza, o almoço com as amigas, o jantar romântico com o parceiro e até o tempo para brincar com os filhos. Afinal, até para se realizar pessoalmente você precisará de um mínimo de organização. "Se a meta deste ano é emagrecer, por exemplo, abra espaço na agenda para ir à academia. Quem quer ganhar mais dinheiro, por outro lado, terá de reservar tempo para assumir trabalho extra", sugere.
E mesmo nos dias mais difíceis, dê um jeito de escapar da correria para respirar e se refazer, nem que seja por cinco minutos. Muitas vezes, basta ouvir uma música que você adora, almoçar em um lugar bem gostoso ou caminhar por cinco minutos num lugar tranquilo. Tudo isso reduz o impacto do estresse no organismo, permitindo que você enfrente o resto do dia de forma mais leve e sem perder de vista o que realmente importa. "Quando tomamos consciência do que queremos e do que é preciso fazer para atingir nossos objetivos, retomamos as rédeas da nossa vida. Quem não faz essas reavaliações constantes acaba deixando os rumos da sua existência nas mãos dos outros, ou seja, permite que os eventos e o contexto externo influenciem demais em sua vida íntima", alerta Eduardo Shinyashiki.
Fonte: UOL São Paulo
Saber como e quando desacelerar a rotina é fundamental ao bem-estar
Pare para pensar quantas vezes, nos últimos tempos, você disse as frases "Estou sem tempo" ou "Ando cansado demais". Se chegou à conclusão de que foram muitas, cuidado! Pode ser uma falha no gerenciamento das tarefas cotidianas, consequência direta de uma vida acelerada, que leva ao desgaste físico e mental.
"O tempo já foi nosso amigo, mas a multiplicidade de atividades, possibilidades e deveres cresceram. Vivemos um momento com mais com mais obrigações e responsabilidades", atesta o psicólogo Armando Ribeiro, coordenador do Programa de Avaliação do Estresse do Hospital Beneficência Portuguesa de São Paulo. Para ele, smartphones, tablets e computadores portáteis, que deveriam trabalhar a favor de quem busca eficiência e praticidade, acabaram fazendo o contrário. "Ao invés de terem a rotina facilitada pela tecnologia, algumas pessoas deixam de enxergar com clareza os limites entre a vida profissional e a pessoal", acrescenta.
E tem mais: estar extremamente ocupado é uma condição que a nossa sociedade valoriza e à qual se atribui até um status desejável. "As pessoas com tempo livre acabam sendo menos prestigiadas e podem até ser vistas com preconceito pelas demais", afirma a psicóloga Ana Maria Rossi, presidente da International Stress Management Association no Brasil (ISMA-BR). Assim, as pessoas se sentem encorajadas a correr constantemente contra o tempo, na ânsia de cumprir mais e mais tarefas diariamente.
Essa prática, no entanto, faz o corpo perecer. Aparecem as dores musculares decorrentes da tensão, dores de cabeça, problemas com o sono, males gastrointestinais e taquicardia. O emocional também sofre e crescem as chances de desenvolver quadros de ansiedade, angústia, culpa e frustração. "Numa tentativa de sobreviver ao estresse crônico, buscamos pequenos prazeres imediatos: comer, comprar, ingerir bebidas alcoólicas. Só que esses comportamentos só servem para mascarar o desequilíbrio e para agravar ainda mais os problemas de saúde e o mal-estar", destaca Ribeiro.
Para desacelerar sem perder o pé da realidade a chave é planejar. "É muito comum que as pessoas estabeleçam uma lista de tarefas para o dia sem levar em conta interrupções comuns, como deslocamentos e trânsito. Dessa forma, elas nunca conseguem cumprir tudo o que planejaram para o dia e terminam frustradas", analisa Ana Maria. A partir de um planejamento mais realista, organizado por ordem de prioridade, é possível focar um problema de cada vez, aumentar a eficiência em cada tarefa e, o melhor: desfrutar de algum tempo livre depois.
Atividades que transformam
Quem se mantém na contramão desse movimento superacelerado costuma ser mais feliz e tolerante. Por outro lado, pisar no freio no mundo exigente de hoje não é tarefa das mais fáceis. Uma boa pedida é incorporar à rotina práticas que ajudam a restabelecer a tranquilidade, como ioga, por exemplo. "O principal benefício da ioga é aquietar a mente e fazer o praticante voltar sua atenção ao momento presente", explica Marcia De Luca, especialista em ioga, meditação e ayurveda. Segundo ela, as linhagens que enfatizam este aspecto são a Hatha, a Bhakti e a Kundalini Ioga.
Outro caminho para acalmar os pensamentos, a meditação pode ser feita em um ambiente calmo e silencioso, em casa mesmo. "Pode-se ainda aromatizar o local com óleo essencial de lavanda, para ajudar a relaxar", sugere Marcia. Feito isto, sente-se com a postura ereta e os olhos fechados. "Durante cinco minutos, inspire em quatro tempos e expire da mesma maneira. O pensamento deve estar voltado apenas para a respiração", ensina. No começo, é quase impossível evitar que uma avalanche de ideias tente impedir a mente de serenar. Porém, com tempo e perseverança, vai ficando cada vez mais fácil. "Depois de treinar por vintes dias seguidos, comece a aumentar o período de meditação gradativamente", aconselha a especialista.
A importância da respiração
Se você não tiver nem mesmo esse tempinho, um cuidado extra com a respiração já ajuda a aliviar a pressão. "É preciso se perguntar, repetidamente, se a respiração está correta. Existe comprovação científica de que acalmar o ritmo em que respiramos tranquiliza a mente", diz Márcia. "Uma vez que nos tornamos conscientes da respiração, revertemos a produção dos hormônios do estresse e potencializamos a capacidade de recuperação do corpo e da mente", afirma completa Ribeiro.
Aos poucos, os comportamentos que colaboram na diminuição do estresse e da correria vão se cristalizando e se tornando hábitos. "Não existe milagre. É preciso dar tempo ao tempo e ter força de vontade para mudar o ritmo de vida, mas vale a pena. Ao final do processo, a recompensa virá em forma de um bem-estar sem igual", finaliza a psicóloga.
Fonte: UOL São Paulo
Pesquisa sugere que ansiedade acelera o envelhecimento
Ai, meus cabelos brancos
A ansiedade tem sido tema de diversas pesquisas. Uma delas, feita pela Universidade de Harvard, nos Estados Unidos, sugere que a ansiedade pode envelhecer. O psiquiatra Elko Perissinotti, vice-diretor do Hospital-Dia do Instituto de Psiquiatria do HC-FMUSP, em São Paulo, explica que esse estudo foi realizado somente com mulheres, na faixa etária entre 42 e 69 anos.
Os pesquisadores observaram que os telômeros dos cromossomos tornavam-se encurtados nos estados de ansiedade caracterizados como doença ou transtorno, ou seja, quadros de ansiedade de longa duração (meses ou anos), como os de pânico, fobia social, ansiedade generalizada, transtorno obsessivo-compulsivo, transtorno do estresse pós-traumático, entre outros.
“Telômeros encurtados são encontrados nos estados de envelhecimento, daí a hipótese sugestiva de que a ansiedade pode provocar o envelhecimento. Esse estudo sugere ao mundo científico que muitas outras pesquisas devem ser feitas para que esse fato se torne uma evidência médica”, explica Perissinotti.
O psiquiatra diz que parece haver uma sintomatologia ansiosa com algumas diferenças entre homens e mulheres e o tratamento talvez tenha pequenas direções diferentes. Ele lembra que o equilíbrio ou desequilíbrio hormonal das mulheres tem importância capital nos processos ansiosos e depressivos. “O número de mulheres com doenças do espectro ansioso tem aumentado, e temos uma proporção aproximada de 3 a 4 mulheres para cada homem com o transtorno”, afirma.
Além do fator hormonal, o psiquiatra explica que a mulher moderna é alvo fácil para o estresse altamente devastador. “Esse estresse, além de forte gatilho disparador de ansiedade e depressão, é também potente destruidor de órgãos, aparelhos e sistemas do corpo humano. Não seria surpresa, portanto, com toda essa parafernália de efeitos nocivos envelhecermos precocemente.”
Armando Ribeiro, psicólogo e coordenado do Programa de Avaliação do Estresse do Hospital Beneficência Portuguesa, em São Paulo, ressalta que as mulheres têm sim uma prevalência maior de transtornos ansiosos, mas o problema pode afetar todos os gêneros e também diferentes faixas etárias, de crianças a idosos.
Ainda de acordo com Ribeiro, os recentes estudos vêm comprovando que a ansiedade excessiva pode desequilibrar o organismo por meio da produção exagerada de hormônios do estresse responsáveis pela ativação dos mecanismos de sobrevivência que, quando utilizados por um longo tempo, interferem negativamente no funcionamento do sistema imunológico, por exemplo, tornando a pessoa mais suscetível às infecções e estimulando a formação de radicais livres nas células, o que contribui para um envelhecimento precoce de todo o organismo.
O especialista conta que, segundo o estudo “São Paulo Megacity”, a ansiedade é o transtorno mental mais comum na Grande São Paulo, com prevalência de 19,9% da população. “Outro dado deste estudo populacional foi revelar que, apesar de São Paulo ter uma prevalência maior de transtornos mentais em relação a outras cidades do mundo que participaram da mesma pesquisa, apenas um terço dos brasileiros com transtornos graves recebeu tratamento nos 12 meses anteriores às entrevistas.”
Ribeiro afirma que é preciso lembrar que os estados crônicos de ansiedade e de estresse também modificam o estilo de vida, tornando as pessoas mais sedentárias e com predileção por uma alimentação baseada em excesso de carboidratos refinados, gorduras ruins, entre outros.
Efeitos no corpo e na mente
O psicólogo Armando Ribeiro diz que a ansiedade é uma emoção complexa que sinaliza para o corpo que estamos sob ameaça. Qualquer sinal de perigo (real ou imaginário) vai ser percebido e interpretado por nossa mente, preparando nosso corpo para lutar ou fugir.
A psicóloga Mara Lúcia Madureira explica que reconhecer ou imaginar uma situação ameaçadora ativa o sistema nervoso autônomo, que libera catecolaminas (adrenalina e noradrenalina), substâncias responsáveis por alterações fisiológicas. “Enquanto circulam no organismo, as catecolaminas informam o sistema nervoso autônomo da persistência do perigo e viabilizam os recursos para lidar com a situação. Quando o perigo se dissipa, o ciclo das catecolaminas é interrompido e se restabelece o equilíbrio do organismo.”
Mara afirma que muitas pessoas experimentam um desconforto crônico e não conseguem evitar a sensação de inquietação generalizada e recorrente, porque mantêm pensamentos geradores de ansiedade. “As consequências são estresse, insônia, dores musculares, inquietação, agitação, medo, insegurança e um sem-fim de sintomas.”
Elko Perissinotti diz que todos têm ou passam por algumas fases com algum grau de ansiedade. “Ocorre que tornamos essa ansiedade patológica, nociva no momento em que nos obrigamos a uma tresloucada luta pelo poder e pelo dinheiro. Nossa alimentação torna-se de péssima qualidade, sacrificamos algumas horas de nosso sono fisiológico, desenvolvemos ideias fixas de altas e inesgotáveis ambições (como o consumo desenfreado, muito além dos nossos limites).
Diabetes mellitus, hipertensão arterial, dislipidemias (colesterol e triglicérides), síndrome metabólica, riscos de infartos e derrames precoces são possibilidades que passam a nos assombrar constantemente, e em qualquer idade”, ressalta o psiquiatra.
Embora a ansiedade possa ser a causa de algumas irregularidades no organismo, Perissinotti diz que ela só é considerada um distúrbio quando tornada doença, ou seja, quando leva a um contínuo e incapacitante sofrimento. Para Ribeiro, a ansiedade pode ser uma emoção comum, mas também assumir uma forma patológica. “Quando a ansiedade normal se transforma em um transtorno com sofrimento excessivo, é necessário o diagnóstico e tratamento por profissionais da saúde especializados”, recomenda.
Sintomas e tratamento:
:: Preocupação excessiva, tensão crônica, medos exagerados, sensação de que algo ruim vai acontecer, suor, palpitação, tremores, sensação de respiração curta ou sufocada, dor ou desconforto no peito, náusea ou mal-estar abdominal, sensação de tontura ou desmaio, medo de perder o controle, medo de morrer, sensação de formigamento, arrepios ou ondas de calor são alguns dos sintomas da ansiedade, segundo Armando Ribeiro:
:: O psicólogo diz que a ansiedade é resultado de alterações químicas no cérebro, mas tem forte associação com questões ambientais e estilo de vida. “O tratamento ideal deve ser baseado em um diagnóstico adequado por profissional capacitado. Somente após o diagnóstico é que o tratamento deverá ser indicado”
:: A psicóloga Mara Lúcia Madureira explica que o tratamento da ansiedade é basicamente feito com terapia cognitivo-comportamental. Em alguns casos, é necessário a combinação das terapias farmacológicas, com prescrição médica e psicoterapia comportamental
:: “O tratamento consiste na aquisição de técnicas de controle de ansiedade como treino de relaxamento muscular progressivo e de habilidades sociais, aquisição da capacidade para reavaliar situações ansiogênicas em condições mais favoráveis e exposição gradual às situações fóbicas. As técnicas de relaxamento e redução da ansiedade induzem a atuação do sistema nervoso parassimpático e levam o organismo a um estado de conforto e bem-estar”, afirma.
segunda-feira, novembro 17, 2014
Prof Armando Ribeiro apresenta sobre Mindfulness no 2º Congresso Brasileiro de Resiliência
Prof Armando Ribeiro foi um dos palestrantes convidados para o 2º Congresso Brasileiro de Resiliência, promovido pela SOBRARE - Sociedade Brasileira de Resiliência, realizado no auditório Armando Bogus do complexo educacional Marista Arquidiocesano de São Paulo.
Prof Armando Ribeiro apresentou o tema "Mindfulness, Relaxamento e Prevenção do Estresse em escolas, organizações e hospitais". Prof Armando Ribeiro é um dos pioneiros do estudo das Práticas Integrativas e Complementares (PIC) no campo da Psicologia e Saúde Mental.
Prof Armando Ribeiro foi apresentado pelo Dr George Barbosa, presidente do 2º Congresso Brasileiro de Resiliência.
Resiliência através das práticas meditativas, técnicas de respiração e de relaxamento. 2o Congresso Brasileiro de Resiliência.
Resiliência. O que aprendemos na Harvard Medical School sobre ensinar resiliência aos nossos pacientes e profissionais de saúde através de hospitais e comunidades resilientes...
Prevenir eventos infantis adversos e tratar traumas infantis são ações fundamentais para a construção de uma sociedade mais resiliente e que floresce!!! Palestra no 2o Congresso Brasileiro de Resiliência.
Práticas meditativas na Psicologia... Oportunidades e desafios!
Se ensinarmos nossas crianças a praticarem exercícios de meditação, de atenção plena e habilidades socioemocionais... Tornaremos as gerações futuras mais resilientes e emocionalmente prósperas!!!
domingo, novembro 16, 2014
Aprenda a lidar com as notícias ruins sem se isolar da realidade
A mente não distingue o estresse de situações reais ou imaginárias, portanto aprofundar-se nos detalhes de uma tragédia custa caro à saúde
Acompanhar o noticiário para saber o que acontece no mundo é mais do que natural, mas se aprofundar nos detalhes de crimes violentos, guerras, desastres naturais e inúmeras outras tragédias pode custar caro à saúde. "A mente não distingue o estresse das situações reais ou imaginárias" explica o psicólogo Armando Ribeiro, coordenador do Programa de Avaliação do Estresse do Hospital Beneficência Portuguesa de São Paulo. Portanto, assistindo a esse tipo de cena, potencialmente estimulamos a produção dos hormônios do estresse, mesmo se estivermos em segurança, dentro de casa.
Alguns destes hormônios são o cortisol e a noradrenalina que, uma vez liberados, provocam o aumento da frequência cardíaca, da pressão arterial e da tensão muscular, deixando todo o corpo em estado de alerta.
Segundo o especialista, quanto maior for a referência à realidade de quem assiste, maior o potencial de determinada notícia de provocar estresse. Um crime ocorrido na própria cidade ou acidentes semelhantes a situações já vivenciadas, por exemplo, têm mais poder de desestabilizar emocionalmente. "Nossa realidade é formada a partir das informações que coletamos ao nosso redor e interpretada individualmente. Se fontes diferentes passam a descrever um panorama de terror, nossa mente toma esse cenário como verdade absoluta. Em consequência, o corpo vai tentar se adaptar ao mundo como ele é percebido subjetivamente", explica Ribeiro.
De acordo com a psicóloga Ana Maria Rossi, presidente do braço nacional da entidade International Stress Management Association (ISMA BR), pessoas mais sensíveis podem até desenvolver transtorno do estresse pós-traumático só por acompanharem a cobertura de uma tragédia pela mídia. "Esse transtorno é diagnosticado quando, mesmo alguns dias após o contato com o acontecimento, a pessoa não consegue executar suas tarefas cotidianas e apresenta dificuldades para dormir, sente dores musculares ou vontade de chorar sem motivo", esclarece.
Consuma com moderação
Por outro lado, por mais desconfortante que seja viver em meio a um cenário de caos e sensação crescente de violência, como acontece nos grandes centros urbanos, tornar-se alheio a tudo o que é noticiado ou banalizar as tragédias não são a melhor atitude. "Tentar sofrer menos é o princípio de qualquer desequilíbrio emocional", acredita o psiquiatra José Toufic Thomé, vice-presidente do grupo de intervenção em desastres e crises da Associação Mundial de Psiquiatria.
Para ele, quem tenta tapar o sol com a peneira apenas adia o dissabor e poderá adoecer mais adiante, por não ter lidado com a realidade como ela é. "Agora, se eu tenho a consciência do que sinto e dou nome àquele sentimento, consigo colocar para fora, em vez de reprimir uma ansiedade que, a médio e longo prazos, pode virar angústia", defende.
Felizmente, é possível lançar mão de estratégias que ajudam a minimizar os impactos das notícias ruins. Uma delas é escolher veículos de comunicação sem apelo sensacionalista para se inteirar. "Parte da mídia abusa do medo para vender suas matérias", diz Armando Ribeiro. Além disso, é interessante considerar que notícias que trazem imagens são muito mais impressionantes do que as veiculadas no rádio, por exemplo.
"O estímulo visual é o pior de todos e o mais difícil de esquecer. Por isto, quem já sabe que é facilmente impressionável deve evitar assistir vídeos que mostram tragédias", recomenda Ana Maria Rossi. Por fim, deixe para se atualizar sobre os acontecimentos no começo do dia e reserve o final da tarde e a noite para práticas relaxantes, que promovem um sono tranquilo. "Uma ótima ideia é substituir o hábito de acompanhar o noticiário da noite por uma leitura de poesia, romance ou filosofia, pela prática de um hobby ou por uns minutos de meditação", sugere Ribeiro.
Fonte: UOL São Paulo
Identifique o seu nível de estresse
A primeira fase do estresse, a fase de alerta, pode causar mãos e pés frios
Estresse é coisa séria. O termo é usado corriqueiramente e sem tanta importância, mas especialistas alertam que sintomas comuns presentes no dia a dia podem se agravar. O estresse pode ser dividido em quatro fases, sendo a última delas uma das responsáveis por infartos e AVC, tamanho o perigo.
Fase 1: Alerta
A primeira fase do estresse é chamada de alerta. Sinais como boca seca, pés e mãos gelados mostram que a vida não está se adequando às necessidades do corpo. “Normalmente uma mudança no estilo de vida já ajuda a amenizar esses sinais”, explica o psicólogo Armando Ribeiro, coordenador do Programa de Avaliação do Estresse do Hospital Beneficência Portuguesa de São Paulo.
Fase 2: Resistência
Quando não tratado, o estresse anda na fase de alerta pode evoluir para a fase dois, conhecida por fase de resistência. Nesse período, a falta de memória já se instala, há também mal estar e a sensação de desgaste físico acima do comum. Mudanças de apetite também costumam aparecer, explica o psicólogo.
Fase 3: Quase exaustão
A fase seguinte, chamada de quase exaustão, é onde se instalam os sintomas do burn out (o esgotamento profissional), além de outros. Os órgãos que têm mais vulnerabilidade começam a mostrar sinais de deterioração e o processo de adoecimento se inicia.
Fase 4: Exaustão
A última fase, a da exaustão, é onde podem acontecer os infartos e AVC. “A pessoa precisa de tratamento na fase de quase exaustão e exaustão. A terapia cognitivo comportamental é usada para identificar onde estão os pensamentos estressores e ensinar a pessoa a lidar com isso”, explica Ribeiro.
O psicólogo defende que além dos sintomas, é preciso também identificar a causa. “A própria medicina não está olhando para o estresse, apenas para o efeito dele. Tratam os sintomas do estresse, mas não a causa”, explica.
Para ele, a causa do problema está em pensamentos estressantes, comuns principalmente nos moradores de grandes cidades. Cabe a cada um descobrir o que desencadeia a combinação dos hormônios adrenalina e cortisol, os causadores do estresse.
A adrenalina, por exemplo, só deve ser liberada no organismo durante situações de perigo ou de esforço, como durante a corrida. O que acontece com grande parte da população é que o hormônio é liberado muitas vezes durante o dia, mesmo quando se está em repouso.
Além disso, há o vilão cortisol, que, ao contrário da adrenalina – que depois da liberação desaparece do organismo rapidamente – este outro hormônio “que tinha função de preparar o organismo para batalhas mais duradouras”, como explica Ribeiro, pode permanecer em ação durante dias, ou até mesmo semanas.
Fonte: Tribuna da Bahia / IG Bahia / IG São Paulo
sexta-feira, novembro 14, 2014
Conheça os 4 estágios do estresse
Você anda muito estressado? Conheça os estágios do problema e avalie em qual grau você se encaixa!
Você anda estressado? Informe-se sobre o problema
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O Programa de Avaliação de Estresse, realizado pelo Hospital Beneficência Portuguesa (SP), avaliou as principais causas do estresse entre as mulheres. 75,1% delas reconhecem o problema e os principais incômodos são a sobrecarga de trabalho, a falta de feedback e as relações interpessoais. Dê atenção aos sinais abaixo:
1. Estado de alerta: mãos e pés frios, boca seca, dor no estômago, sudorese, tensão e dor muscular, ranger os dentes ou roer as unhas, diarreia passageira, dificuldade para dormir.
2. Resistência: queixa de memória, mal-estar, formigamentos, sensação de desgaste físico, mudança de apetite e na pele, hipertensão, irritabilidade e desejo sexual diminuído.
3. Quase exaustão: o processo de adoecimento se inicia e os órgãos passam a mostrar sinais de deterioração.
4. Exaustão: diarreias, dificuldades sexuais, insônia, tiques, apatia, hipertensão, taquicardia, tontura, pesadelos, irritabilidade e angústia.
Revista VivaSaúde - Edição 134
Prof Armando Ribeiro no 2o. Congresso Brasileiro de Resiliência
Preparando uma palestra super especial para abordar o tema "Mindfulness, Relaxamento e Prevenção do Estresse em escolas, organizações e hospitais" que será apresentada no 2o. Congresso Brasileiro de Resiliência. Espero vcs lá!!!
2° CONGRESSO BRASILEIRO DE RESILIÊNCIA – 2014
RESILIÊNCIA NOS AMBIENTES URBANOS – UM OLHAR BIOPSICOSSOCIAL
A SOBRARE tem como propósito promover a divulgação científica sobre resiliência e para isso realiza nos dias 15 e 16 de Novembro de 2014 o seu II Congresso Brasileiro de Resiliência. Nesse ano a SOBRARE busca desafiar a todos os interessados no tema a avançarem para a onda contemporânea de produção de resiliência. Isso implica em sair da ideia dos anos 80 nos quais a resiliência era a arte de superar adversidades (trauma e stress) do indivíduo, para avançarmos na investigação, pesquisa e intervenção nos grandes e atuais desafios urbanos.
Acreditamos que, assim como a SOBRARE, existem pessoas que podem contribuir e ajudar a sociedade a ter uma vida melhor, mais bonita. Pessoas que podem fazer a diferença, promovendo o tema da resiliência, gerando grandes mudanças positivas em diferentes ambientes. Por acreditarmos nisso, compartilhamos conhecimento em resiliência visando atrair pessoas que desejam estudar e estruturar diferentes e inovadoras formas de proporcionar reais mudanças para a sociedade. Queremos, junto com você, fazer a diferença oferecendo meios de tornar a vida mais segura, interessante, agradável e com maior significado e sentido de vida.
Queremos proporcionar a você o máximo de conhecimento possível e ferramentas que favoreçam maior flexibilidade e equilíbrio na vida das pessoas, possibilitando transformar de alguma forma a sociedade por um ideal maior e, fundamentalmente, para que possa haver uma contribuição significativa na produção de técnicas, metodologias e instrumentos de intervenções para essas necessidades.
Todos estão convidados a participar deste evento único, caloroso e intenso, que traz a possibilidade de presenciar palestras e cursos que irão agregar diversos conhecimentos, técnicas e informações dando maior facilidade e segurança na elaboração de projetos e pesquisas que ajudem, de forma impactante, a sociedade a administrar as questões e desafios que muitas vezes geram aflições e angústias no dia-a-dia do contexto urbano.
Dr. George Barbosa – Presidente do Congresso
Fonte: SOBRARE
RESILIÊNCIA NOS AMBIENTES URBANOS – UM OLHAR BIOPSICOSSOCIAL
quinta-feira, novembro 13, 2014
Como lidar de modo positivo com o stress do dia a dia
Viver no trânsito, em ritmo alucinante e com um cotidiano cheio de sobressaltos é desgastante. Só não significa que estamos fadadas a enlouquecer: a neurociência mostra que é possível lidar com o stress de modo positivo.
"O stress é contagioso", diz, sem meias- palavras, o psicólogo Armando Ribeiro, com a experiência de quem coordena o programa que avalia e estuda o tema no hospital paulistano Beneficência Portuguesa. Não que o problema seja causado por vírus, bactéria ou outro agente infeccioso. A disseminação, com características de epidemia, se dá de outra forma: "Tendemos a nos tornar mais tensos convivendo com pessoas estressadas. Filhos de pais ligados no 220 ficam agitados o tempo inteiro, e todos na casa se comunicam de maneira agressiva, inundados pelos hormônios do stress. Nem os bichos de estimação escapam". Como o microuniverso familiar reflete o macro, podemos afirmar que a sociedade contribui para espalhar o estado de compressão permanente. No trabalho, a competição acirrada e a pressão por resultados fazem do brasileiro o profissional mais irritado entre os que vivem nos 13 países pesquisados pela empresa de recrutamento americana Robert Half. Dos diretores de RH entrevistados aqui, 42% ouviram reclamações de jornadas exaustivas e falta de reconhecimento. A média mundial das queixas nessa área é de 11%. Mesmo que alguém se safe da implacável cobrança profissional, encontra pela frente trânsito pesado. Em quase todas as cidades, não apenas as metrópoles mas também as de pequeno porte, a frota de carros cresceu assustadoramente - só em Manaus subiu 142% entre 2001 e 2011. E há a possibilidade de topar com protestos, depredações, ônibus incendiados, panes no metrô e greves, que se somam ao já conhecido suspense urbano em torno de tiroteios, balas perdidas, assassinatos, estupros, sequestros e arrastões. Acrescenta-se a isso tudo a rapidez das relações amorosas, num tempo em que a vida está mediada pela comunicação nas redes sociais, tão volátil e efêmera. O resultado é a sensação de andar no fio da navalha, sob um stress onipresente. O custo pode ser alto.
A produção contínua dos hormônios associados a ele sobrecarrega o organismo. "O stress não causa doenças, mas desencadeia ou agrava as preexistentes", afirma Armando Ribeiro. A lista inclui hipertensão arterial e cardiopatias, enxaqueca, úlcera, doença do refluxo, síndrome do intestino irritável, acne, psoríase e vitiligo. Em grande quantidade, a adrenalina e a noradrenalina - que preparam o corpo para grandes esforços físicos - estreitam o calibre dos vasos, deixam a respiração ofegante e aumentam a sudorese e os batimentos cardíacos. Isso conduz a um estado de ansiedade e crises de pânico. A parte imunológica é afetada, já que o excesso de cortisol - o chamado hormônio do stress - reduz a produção de anticorpos e pode inibir o sistema que controla as células alteradas, criando condições para o surgimento de câncer. Ainda favorece diabetes e obesidade, uma vez que interfere no metabolismo da glicose e no armazenamento de gordura.
"Nesse estado de compressão, a anatomia do cérebro se altera", explica o psiquiatra, nutrólogo e consultor organizacional Frederico Porto, de Belo Horizonte. "O hipocampo, ligado às emoções, diminui sob o cortisol abundante, assim como os telômeros, espécie de capa que protege as extremidades dos cromossomos." O tamanho do telômero indica a idade celular e funciona como marcador de longevidade e saúde. Em um estudo da Universidade da Califórnia, nos Estados Unidos, as células das mulheres exauridas por cuidar de filhos doentes pareciam dez anos mais envelhecidas que o esperado para a idade. Aliás, os sintomas de stress crônico se manifestam duas vezes mais no sexo feminino. Isso se comprova em pesquisa: submetidas à mesma pressão que os homens, as mulheres correm até 70% mais risco de desenvolver doenças cardiovasculares, dizem cientistas da Harvard Medical School, nos Estados Unidos. A explicação, segundo Armando Ribeiro, está nas flutuações hormonais, que podem predispor a maior tensão física e emocional, assim como na multiplicidade de papéis sociais que elas assumem.
A saída do labirinto
Antes que essas informações aumentem a ansiedade, um alento: estudos da neurociência mostram saídas. "A percepção que temos dos eventos faz toda a diferença", diz a psicóloga Kelly MacGonigal, da Universidade Stanford, nos Estados Unidos, interpretando novas descobertas. "O que pensamos e como agimos podem transformar uma experiência estressante." Em uma palestra na Escócia, Kelly falou de como fazer do stress um amigo citando dados de pesquisas americanas. A primeira, da Universidade de Wisconsin, investigou 30 mil adultos submetidos a stress agudo. Os que temiam o impacto nocivo disso sobre a saúde sofreram, de fato, um aumento de 43% no risco de morte prematura. Já aqueles que não tinham uma percepção tão negativa da situação apresentaram risco menor. Para completar, psicólogos de Harvard localizaram uma boa alteração em pessoas alegres: quando expostas a fatores estressores, suas artérias se mantiveram mais relaxadas que as dos deprimidos. Kelly lembrou ainda um achado da Universidade de Buffalo em estudo com 846 voluntários sobre o tempo gasto auxiliando amigos e vizinhos. Após cinco anos, verificou-se quantos haviam morrido. Quem enfrentou dificuldades financeiras ou crises familiares sem se envolver com os outros teve o risco de morte elevado em 30%. O altruísmo ajudou a estender a vida e sua qualidade entre os demais.
A explicação estaria na ocitocina, hormônio que estimula a conexão com o outro. Ele é sintetizado na amamentação, reforçando o vínculo da mãe com o bebê, e quando uma pessoa está em situação adversa e encontra apoio. "As mulheres levam vantagem, pois têm níveis mais elevados de ocitocina, que também reduz sentimentos de depressão e ansiedade", explica o médico, psiquiatra e acupunturista Cyro Masci, de São Paulo, autor do e-book BioStress: Novos Caminhos para o Equilíbrio e a Saúde (Amazon). "Por isso, as mulheres tendem a soluções pacíficas, enquanto eles valorizam a força." Para completar, a ocitocina protege o sistema cardiovascular contra os efeitos ruins do stress.
O que faz a mente ferver
Foi para zelar por sua sobrevivência que o ser humano desenvolveu a reação de luta e de fuga, e o stress tem tudo a ver com isso. "Na pré-história, essa resposta do organismo fornecia ao ser humano a energia para enfrentar as feras. Passado o perigo, ao encontrar um lugar seguro, o homem se acalmava e a produção de hormônios voltava ao normal", explica Porto. Desde os primórdios, portanto, está entendido que o stress, por si só, não faz mal. "Mas a natureza dos estressores se ampliou", avisa o expert. Muitos desses fatores nem são mais palpáveis, e sim de ordem psíquica. "Então, essa resposta primitiva perdeu eficiência." Porto lembra que um profissional insatisfeito não pode atacar seu chefe nem sair correndo do escritório, como faria se topasse com uma onça. É preciso elaborar antes de reagir. Para ilustrar sua tese, Porto cita o já esgotado livro Por Que as Zebras Não Têm Úlceras?, do biólogo e neurologista Robert Sapolsky (Francis), da Universidade Stanford. "As zebras vivem nas savanas ao lado de leões, mas só se estressam na hora certa, quando veem o predador. Assim, usam todas as suas forças para escapar. E, pronto, terminou ali o episódio", diz. "Nós, ao contrário, ficamos ruminando, mastigando mentalmente: `Será que hoje um leão me pega? Vou conseguir me livrar dele?O que nos mata é a ruminação: ficar antecipando um problema e revivendo os anteriores. Precisamos estar nopresente. É isso que traz alívio."
Grito de alerta
Nem sempre estamos antenadas para perceber que cansaço, irritabilidade, queda de libido, insônia e dores musculares podem ser os primeiros indícios de que a situação está fugindo ao controle. Outra pista é o resultado normal em exames laboratoriais e de imagem, seguido da desconcertante declaração do médico de que não encontrou nada que justifique as queixas de saúde. Daí, as velhas receitas anti-stress - como sair para beber, tirar férias ou se mudar para um lugar bucólico - talvez não resolvam e até agravem o quadro por não combater a causa. "Stress não é algo banal que desaparece espontaneamente", adverte Armando Ribeiro. A terapia cognitiva comportamental pode modificar crenças e distorções da realidade que amplificam os estímulos externos. Meditação, ioga e biofeedback (aparelho que mostra as alterações fisiológicas produzidas) também são úteis. Massagem, acupuntura, aromaterapia e musicoterapia trazem conforto. Segundo o psicólogo, a ação de um profissional especializado em stress muitas vezes é fundamental para ajudar a achar o caminho de volta.
Fonte: Revista Cláudia
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