O Prof. Armando Ribeiro foi um dos especialistas entrevistados para a matéria "Dia de fúria" do Jornal A Tribuna de Vitória (ES). O especialista assinala que "(...) Emoções fazem parte da existência. Deve-se desenvolver hábitos para trabalhá-las, como psicoterapia e a meditação."
Dia de fúria. Todos podem perder o controle.
Reportagem Especial. Jornal A Tribuna de Vitória (ES)
Especialistas dizem que as pressões do dia a dia e não aprender a lidar com frustrações fazem com que todos estejam no limite da razão.
A TRIBUNA – Como avalia a constante perda de controle?
ARMANDO RIBEIRO – A raiva e a agressividade têm uma razão evolutiva. É uma emoção primária de sobrevivência que ajudou, ao longo dos milênios, o homem a sobreviver. A ciência, por muito tempo, se equivocou ao classificar o homem como um ser totalmente racional. Desconsideraram uma parte mais instintiva e emocional. Assim, ela ficou classificada como sinal de imaturidade, de pessoa que não cresceu ou foi educada adequadamente. É um erro, temos a capacidade de controlar esses sentimentos, mas não de aniquilá-los. A sociedade prioriza atitudes racionais.
E esse controle é positivo?
São estratégias sem eficácia para dar conta desse lado emocional. A necessidade de controle faz com que aumentemos a sensação de raiva e percamos flexibilidade. A emoção, quando extravasada, permite que não cheguemos ao ápice, sem ser danosa. Emoções fazem parte da existência. Deve-se desenvolver hábitos para trabalhá-las, como psicoterapia e a meditação.
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