Estresse no hospital. Inimigo Invisível?
Subestimado por muitos pacientes e mesmo por alguns profissionais da saúde, o National Institute for Occupational Safety and Health (NIOSH) do centro americano de controle e prevenção de doenças (CDC) aponta uma alta incidência do estresse nos ambientes de trabalho, acarretando prejuízos na produtividade, absenteísmo, adoecimento, acidentes de trabalho, etc. Adicionalmente, segundo reportagem publicada na Harvard Business Review, o estresse elevado é responsável por uma perda de US$ 300 bilhões de dólares por ano nos EUA. E, ainda não falamos dos dados da Organização Mundial da Saúde (OMS), que indica provável associação do estresse crônico em sete das dez principais causas de mortalidade no mundo.
Se nos modernos hospitais cada vez mais recursos são utilizados para prevenir riscos à saúde dos pacientes e maximizar a eficiência dos serviços prestados – como controle de infecção hospitalar, gerenciamento de riscos, acreditação hospitalar, entre outros –, vale a pena refletir sobre o que fazemos em relação ao estresse.
Estresse, o inimigo invisível? Desde pacientes poliqueixosos incuráveis, até o desgaste entre membros da equipe médica e demais colaboradores, poderá ser o estresse crônico um fator tão negligenciado?
O Programa de Avaliação do Estresse (PAE) da Beneficência Portuguesa de São Paulo é um recurso inovador. Ele é inspirado nos moldes dos programas de grandes hospitais dos EUA e da Europa, disponibilizando à equipe médica e ao próprio paciente um método objetivo de avaliação psicológica do nível de estresse. Isso é possível graças a uma tecnologia avançada capaz de monitorar a reação psicofisiológica do estresse, que identifica fontes estressoras e tipologia comportamental.
O estresse crônico pode ser até invisível, mas os seus efeitos sobre o sofrimento do paciente, dos familiares e de todos aqueles que convivem com o problema pode ser bastante intenso. O primeiro e melhor método para gerenciar o estresse é se tornar consciente da sua presença e adotar mudanças saudáveis relacionadas à mudança de estilo de vida. Neste processo, o PAE pode ser um guia eficiente.
Prof. Armando Ribeiro das Neves Neto - Coordenador do Programa de Avaliação do Estresse (PAE) do Hospital São José e Hospital São Joaquim da Beneficência Portuguesa de São Paulo.
Fonte: Blog Encontro Médico
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