segunda-feira, abril 27, 2015

O futuro da psicoterapia está em tratar a pessoa como um todo

Barry S. Anton [presidente da Associação Americana de Psicologia] vê as separações entre físico, mental e comportamental desaparecerem na saúde.

No futuro, os americanos serão mais saudáveis, porque o nosso sistema de saúde nos tratará como pessoas inteiras. Ou seja, as separações artificiais entre cuidados físicos, comportamentais e de saúde mental terá desaparecido.

Intervenções psicológicas breves e focadas em conjunto com os cuidados de saúde física de rotina será a norma, e os modelos de pagamento e cenários de prática de cuidados integrados irá incentivá-los. Além disso, quando necessário, as transições fáceis a mais-extensivo ao tratamento de saúde mental estarão disponíveis.

Esta atenção recém-descoberta para a saúde mental e comportamental, dentro do contexto da saúde em geral, vai melhorar numerosas medidas de saúde e bem-estar. No local de trabalho, ele vai melhorar comparecimento do empregado, a satisfação no trabalho e produtividade. E, por causa da saúde mental e comportamental será integrado com cuidados de saúde física, o custo global dos cuidados será reduzida.


Fonte: Tradução livre do WSJ

quinta-feira, abril 23, 2015

O estresse: sintomas iniciais


Fonte: Diário do Comércio

Estresse do empreendedor: uma doença silenciosa

O estresse não poupa ninguém. Saiba porque os empreendedores têm um motivo a mais para se preocupar

O empresário Guilherme Cerqueira tinha apenas 26 anos quando se viu “à beira da morte”. Uma fibrilação atrial aguda levou seu coração a absurdos 300 batimentos por minuto em repouso – 200 batimentos por minuto é o máximo que se espera de um profissional de atletismo durante um campeonato. Na Unidade de Terapia Intensiva (UTI), foram apenas dois dias, mas levou alguns meses para que ele soubesse o que causou a síncope: o estresse.

O momento de Cerqueira não era dos melhores – recém-divorciado e com um filho de dois anos, ele estava apostando todas as fichas no seu segundo empreendimento, já que o primeiro havia fracassado. “Aconteceu comigo o que acontece com todo empreendedor: você ousa e abrir um negócio, mas quando tem família e os filhos, a aventura de empreender fica mais preocupante.”

O período não era dos piores – não havia os agravantes como uma forte desaceleração econômica ou uma recessão iminente como neste duro 2015. Na empresa, os negócios iam bem, mas isso não era suficiente para que Cerqueira se mantivesse tranquilo. “Havia os funcionários a família, enfim, muitas pessoas que dependiam de mim. A pessoa fica ansiosa, não tem jeito”, diz. “E o ansioso não sabe que não está bem até que alguma coisa muito séria aconteça

“Quando a empresa vai mal, a pressão é para o negócio melhorar. Mas quando está tudo caminhando, a gente também se pressiona, porque não quer recuar, não quer perder o que conquistou”, conta Cerqueira, hoje aos 34 anos, à frente da QuestManager, empresa desenvolvedora de pesquisas de satisfação do consumidor. “É uma enorme responsabilidade.”

”CERQUEIRA: "O ANSIOSO NÃO SABE QUE NÃO ESTÁ BEM ATÉ QUE ALGUMA COISA MUITO SÉRIA ACONTEÇA" / FOTO: ARQUIVO PESSOAL

Cerqueira não está sozinho. Segundo os últimos levantamentos da Organização Mundial da Saúde, divulgados em 2012, cerca de 90% da população sofre com o estresse. Em 2013, o Instituto de Medicina (Institute of Medicine, dos Estados Unidos) publicou uma pesquisa em que apurou um custo de US$ 5 mil por ano para cada empregado – incluindo perdas com licenças médicas, absenteísmo, tratamentos, entre outros.

Não se trata de uma tensão aqui ou um nervoso lá. O estresse é um mecanismo fisiológico disparado diante de situações de perigo – nos tempos das cavernas, foi ele que salvou nossa espécie da total extinção. Com a adrenalina em alta, o estado de alerta faz com que o humano tenha medo e procure fugir do risco.

Atualmente, não é preciso ter um mamute no seu encalço para que se sinta ameaçado. São tantas decisões para tomar, informações para absorver, faturamento para crescer, empregados para cuidar, entre outros, que não é nada difícil se perder em meio a tantas responsabilidades. Com o caos mental instalado, o estresse é inevitável.


ESTRESSE DO EMPREENDEDOR: PRÓS E CONTRAS

Melissa Cardon, da Pace University (EUA), e Pankaj Patel, da Ball State University (EUA), resolveram investigar as diferenças entre o estresse do empreendedor e do empregado. Foram a campo acompanhar a saúde de 688 funcionários e outros 688 empresários. 

As manifestações fisiológicas do estresse, como a pressão arterial, por exemplo, são muito parecidas – em intensidade maior nos empreendedores. No entanto, os estudiosos chegaram à conclusão de que o gratificante retorno positivo do sucesso de uma iniciativa empreendedora, na maior parte das vezes, cala uma boa parte dos efeitos danosos do estresse.

O mesmo não acontece com o empregado, já que seu envolvimento com a empresa é bastante diferente. A recompensa pelo esforço e pelos sacrifícios pessoais realizados está no salário que, aos olhos do funcionário, não parece compatível com o tamanho das responsabilidades assumidas. O sucesso do negócio não é um sucesso dele próprio e o salutar efeito compensador ao ver a empresa evoluir não vem com a mesma intensidade. 

O psicólogo Armando Ribeiro, coordenador do Programa de Avaliação do Estresse da Beneficência Portuguesa de São Paulo, ressalta no entanto, que este efeito compensador sentido pelo empreendedor é causado por uma espécie de máscara de dopamina, o neurotransmissor da satisfação.

Com a evolução positiva do negócio, o empreendedor se sente satisfeito – a alta dosagem de dopamina acaba ocultando os efeitos do cortisol e da adrenalina, responsáveis pelo estresse. “Esse desequilíbrio químico acaba cegando o empreendedor – ele não percebe os sintomas de estresse até que uma grande frustração apareça”, diz.

Por isso, uma iniciativa empreendedora fracassada, então, tem efeito devastador. “Quem falha na iniciativa empreendedora tem um sentimento similar ao da morte de um ente querido”, diz a pesquisadora Melissa Cardon em entrevista exclusiva ao Diário do Comércio. “É um profundo sentimento de perda e tristeza.”

O sucesso também causa estresse – as decisões acabam tendo mais peso, a responsabilidade aumenta e as expectativas também –, mas Melissa entende que o fracasso é um desestabilizador mais potente. A forma como o empreendedor lida com o assunto, bem como a antecedência com que ele se percebeu fracassado, faz toda a diferença no tamanho do impacto do estresse sobre a saúde do indivíduo.

Ainda faltam pesquisas para entender se é a dopamina que mantém tantos empresários firmes mesmo após alguns fracassos, mas vale lembrar que este estado de alerta tem seu efeito positivo. “Nem todo estresse é ruim. Ele é o responsável pela motivação, pelo foco, a capacidade criativa e também o desempenho da memória”, ressalta o psicólogo Armando Ribeiro. 

No entanto, o ser humano não consegue permanecer nesse estágio positivo por muito tempo. Após horas de esforço, o cérebro literalmente cansa. Com o córtex pré-frontal, responsável pela racionalidade, em estafa, as decisões tomadas pelo empreendedor começam a ter caráter emocional. “Quando eles tão perdidamente apaixonados pelo projeto, acabam ignorando as análises mais racionais dos riscos que envolvem o negócio ou o mercado”, afirma Melissa. 

A ARTE DE ADMINISTRAR O ESTRESSE

De fato, não é fácil administrar o estresse e o envolvimento com o trabalho. Encontrar esse caminho do meio é um dos grandes desafios de todo empreendedor.

BENEFICÊNCIA PORTUGUESA, EM SÃO PAULO, ATENDE EMPREENDEDORES ESTRESSADOS. FOTO: DIVULGAÇÃO

Antes de mais nada, é fundamental se antecipar ao estresse. A velha tríade exercício-alimentação-sono continuam sendo a base da mente sã no corpo são. No Programa de Avaliação do Estresse da Beneficência Portuguesa de São Paulo, o psicólogo Armando Ribeiro recebe dezenas de empreendedores. Todos eles já possuem doenças instaladas e o tratamento acaba sendo paliativo em vez de preventivo.

Para Guilherme Cerqueira, foi necessário ir aos limites físicos para entender que o obstáculo era emocional. “Sempre levei o negócio uma responsabilidade exagerada, priorizei a empresa a tudo na minha vida”, diz. Ele, que chegou a dormir em rodoviárias para não perder o horário de reuniões, teve de mudar de hábitos e entender que é necessário desligar-se do trabalho que a empresa caminhe com eficiência.

“Aprendi à força que um negócio não fechado não significa fracasso. No hospital pensei que se eu morresse ali, minha empresa seguiria, meus sócios arrumariam outros sócios, os funcionários teriam outro chefe e tudo seguiria bem”, diz. “Mas meu filho não teria outro pai, meus pais não teriam outro filho no meu lugar. Hoje não troco a festa de aniversário do meu filho por uma reunião com cliente.”

SAIBA MAIS: Como pessoas bem-sucedidas se livram do estresse

A psicóloga Regina Silva, à frente do centro de desenvolvimento humano Gyraser, cuida de casos como os de Guilherme Cerqueira diariamente e vê claramente o erro padrão dos empresários: ter toda a sua energia concentrada nos negócios. “Ter outras atividades não é um paliativo para o estresse, é uma necessidade”, afirma. “A pessoa vai se sufocando e ela precisa ter em mente que a vida não é só a empresa.”

Para minimizar o risco de estresse, Regina aconselha procurar os fatores motivadores, para que não se crie “expectativas irreais sobre o que é ser dono do próprio negócio”. Se o empreendedorismo foi uma busca pela qualidade de vida, não deixe isso se perder em meio às projeções de faturamento. Por outro lado, se montar um negócio foi um jeito de ganhar mais dinheiro, lembre-se de priorizar os resultados. A parte boa de ser um empresário está em colocar no centro do seu projeto de vida aquilo que, de fato, te faz bem.

A parte mais difícil desse processo é conhecer o próprio perfil. Para isso, Regina sugere a utilização das oito âncoras de carreira, cunhadas por Edgard H. Schein, autor do livro Identidade Profissional. Essas âncoras identificam quais as maiores motivações do empreendedor para o trabalho e, com isso, ficam reduzidas as chances de uma “frustração com a atividade”, como diz a psicóloga.

IMPRIMA: Faça o teste e confira qual é a âncora da sua felicidade no trabalho

“Tudo o que desestabiliza um ser humano tem a ver com a prática de algo que não se encaixa a com o seu perfil”, diz Regina. “Quem valoriza a autonomia, por exemplo, não deve abrir uma franquia, já que é muito limitante do ponto de vista criativo e administrativo.” O mesmo serve para quem gosta de criar projetos novos – depois de estabelecido o negócio, o empreendedor perderá o interesse.

quarta-feira, abril 22, 2015

Conheça o Burnout: a síndrome do esgotamento profissional


Num dia estressante de trabalho, é comum usar expressões como “estar no limite” ou “a ponto de explodir”. Aparentemente, essas frases parecem não passar do sentido figurado, mas o que pouca gente sabe é que, quando se atinge o nível máximo de estresse profissional, é possível entrar num colapso mental grave, semelhante a uma explosão: trata-se da síndrome de Burnout.

Conhecida desde os anos 70, a síndrome de Burnout faz referência ao ato simbólico de “ser consumido pelo fogo”, e representa o mais elevado estágio de esgotamento. Estudos recentes sugerem que a síndrome deBurnout pode diferir entre gêneros, sendo que em homens há maior prevalência de sintomas de despersonalização, enquanto em mulheres mais sintomas de exaustão emocional. ”Os mais afetados são os chamados workaholics (viciados em trabalho) – em especial, aqueles que possuem empregos emocionalmente desgastantes”, explica Armando Ribeiro, psicólogo e coordenador do Programa de Avaliação do Estresse da Beneficência Portuguesa de São Paulo. “Sobrecarga de tarefas, baixa autonomia e excesso de demanda são alguns dos fatores que podem levar ao quadro”, completa o especialista.

Quando somado a problemas pessoais, o estresse profissional se torna cumulativo e, aos poucos, causa danos emocionais e físicos, e também impacta relações sociais e afetivas. “Comportamento agressivo, mudanças bruscas de humor, irritabilidade, ansiedade, depressão e baixa auto-estima são algumas das consequências do Burnout. A síndrome também leva à baixa imunidade, e favorece problemas como dores de cabeça, cansaço, suor excessivo, pressão alta, dores musculares, insônia, distúrbios gastrintestinais e outros”, alerta Armando.

Desmotivadas e sob pretexto de falta de tempo, é comum que as vítimas de Burnout percam, aos poucos, o interesse em hobbies e atividades de lazer, entretanto, renunciar a esses hábitos só agrava a situação. “O tratamento da síndrome é baseado em psicoterapia (Terapia Cognitivo-Comportamental), práticas meditativas (conhecidas como mindfulness) e, eventualmente, antidepressivos, mas também preza pelo bem-estar e qualidade de vida”, explica o especialista. “A prática de esportes, exercícios, alimentação saudável, sono regular e, especialmente, momentos de descontração são ações essenciais para se curar”, conclui.

Sobre Beneficência Portuguesa de São Paulo

Fundada em 1859, a Beneficência Portuguesa de São Paulo (www.beneficencia.org.br) é a maior instituição hospitalar privada da América Latina, contando com aproximadamente 7.500 colaboradores e 3.000 médicos, e com uma gestão baseada na qualidade assistencial, humanização, ensino e pesquisa, além de um corpo clínico formado por renomados especialistas. A instituição é referência no atendimento médico hospitalar em mais de 60 especialidades, como cardiologia, oncologia, neurologia, gastroenterologia, ortopedia, urologia, entre outras. Atualmente, a Beneficência Portuguesa conta com três hospitais que somam mais de 1.200 mil leitos de internação. O Hospital São Joaquim, primeiro pilar da Instituição, realiza atendimento ao Pronto Socorro, UTIs, Internações e Cirurgias. Em 2007, foi inaugurado o Hospital São José, que se destaca pelo atendimento oncológico com padrões internacionais, entre outras especialidades. Em 2012, o Hospital Santo Antônio foi criado com o objetivo de oferecer atendimento a pacientes usuários do Sistema Único de Saúde, reforçando a responsabilidade social e carácter beneficente da Associação. Já em 2013, a Instituição criou o Centro Oncológico Antônio Ermírio de Moraes para ser um dos maiores e mais completos núcleos de tratamento de câncer no país.

Fonte: Imagem Corporativa

quarta-feira, abril 15, 2015

Pesquisa mostra que colaboradores felizes no trabalho tendem a produzir mais e melhor

Consultores, pesquisadores e profissionais que se dedicam ao estudo das relações de trabalho e do mundo corporativo já descobriram o diferencial dentro das empresas que deverão se manter competitivas no mercado no próximos anos: elas têm um ambiente de trabalho saudável, positivo e harmonioso. A equação é simples: trabalhadores felizes tendem a ser mais produtivos e, consequentemente, a empresa será mais lucrativa. 

A felicidade é essencial para reduzir a rotatividade de funcionários, o chamado “turnover”, atrair e reter talentos, possibilitando inovação, criatividade e um desempenho acima da média da concorrência. “Há algumas décadas, as pesquisas realizadas pela área de comportamento organizacional e da psicologia aplicada à administração já sabem que o clima organizacional, ou seja, a satisfação dos colaboradores com o trabalho e a organização, é um dos fatores que mais afetam os indicadores de produtividade, engajamento, trabalho em equipe, criatividade e conduta ética”, diz o psicólogo, professor e palestrante Armando Ribeiro, coordenador do Programa de Avaliação do Estresse da Beneficência Portuguesa de São Paulo.

Diversos estudos também já demonstraram que o clima organizacional disfuncional ou negativo – aquele ambiente de trabalho que promove estresse crônico, percepção de injustiça e assédio moral – tem indicadores elevados de absenteísmo, rotatividade, desvio de conduta, afastamento por licença médica e acidentes ocupacionais. Os pesquisadores concordam que a felicidade faz sentido nos negócios, e os empregadores devem considerar esse fator se quiserem ter economia e empresas rentáveis. 

Mais produtivos e criativos

Com o aparecimento da psicologia positiva nos Estados Unidos (2000), uma série de novos estudos começaram a apontar que empresas que promovem o bem-estar e a qualidade de vida dos colaboradores são empresas que florescem. Num estudo de meta-análise realizado pela Universidade da Califórnia, em Riverside, descobriu-se que trabalhador feliz é, em média, 31% mais produtivo, suas vendas são 37% mais elevadas e sua criatividade é três vezes maior do que a de outros colaboradores menos felizes. 

Ainda segundo dados do estudo, realizado com 1,2 mil trabalhadores pelo Center for Positive Organizational Scholarship, os colaboradores com alta avaliação no fator bem-estar e qualidade de vida no trabalho tem desempenho 27% superior aos de colegas com índices menores (conforme percepção dos chefes), 125% menos esgotamento, 32% mais comprometimento com a organização e 46% mais satisfação com a atividade (independentemente do setor e da ocupação).

“Ao mesmo tempo, colaboradores infelizes produzem 40% menos e seu trabalho rende apenas o equivalente a dois dias úteis da semana. Isso, durante um mês, significa apenas oito dias de produção. E para uma empresa isso resulta em bastante perda de produção e lucratividade”, afirma o coach José Roberto Marques, presidente do Instituto Brasileiro de Coaching (IBC). 

Competição x colaboração

Muitas vezes, o estresse que recai sobre o funcionário é gerado propositadamente pela liderança despreparada, ou por fazer parte da cultura organizacional. É o que acontece, por exemplo, nas empresas que privilegiam um ambiente interno competitivo como forma de atrelar crescimento profissional ao alcance de metas agressivas entre seus profissionais. No longo prazo, esse excesso de competitividade interna gera inimizades, quebra de confiança, problemas de comunicação, falta de alinhamento, egoísmo e recusa em compartilhar informações estratégicas vitais para o caminhar da organização. 

Esse tipo de política interna tende a ser, invariavelmente, um tiro no pé. “No mundo corporativo, o mais usual é premiar com bônus os executivos dispostos a sacrificar os outros para que eles e as empresas, supostamente, saiam ganhando. É um contrassenso”, avalia o antropólogo Simon Sinek, no livro “Por quê? Como motivar pessoas e equipes a agir” (ed. Saraiva). Não faz sentido reproduzir o clima externo de tensão e de medo no ambiente interno das corporações. “No lugar da competição, os líderes deveriam estimular a cooperação para construir bons resultados.”

terça-feira, abril 14, 2015

Adultos agora brincam de colorir

Livros com desenhos para serem pintados se esgotam nas livrarias e viram febre mundial

Há uma semana, o cheiro de lápis de cor novinho e páginas com imagens prontas para serem coloridas voltaram para a vida da coordenadora de RH Juliana Senna, de 27 anos. Ela, que teve hábito de colorir até os 12 anos, passou a se dedicar a preencher folhas, flores e corações mesmo após um dia cansativo de trabalho.

Juliana é uma "jardineira", como se intitulam as adeptas da febre mundial de dar cores ao universo em preto e branco do livro Jardim Secreto - Livro de Colorir e Caça ao Tesouro Antiestresse (R$ 29,90, Editora Sextante), de Johanna Basford.

A obra estava em primeiro lugar no último ranking dos mais vendidos pela editora e também no portal PublishNews, sobre o mercado editorial.

Na vida de Juliana, o livro chegou como um presente do marido e logo virou vício. "Vi que era antiestresse e eu sou bem acelerada. Sempre gostei de pintar e, todos os dias, dedico 30 minutos para a pintura", diz. "Estou até dormindo melhor."

De maneira despretensiosa, a empresária Alessandra Garattoni comprou o livro. E antes mesmo de preencher todos os desenhos, adquiriu o segundo exemplar, da mesma autora: Floresta Encantada (R$ 29,90, Sextante). "Nunca fui uma pessoa das artes, mas tem um quê de encantamento." Alessandra comprou a última obra pela internet, após procurar em vários lugares, onde já havia esgotado.

A procura tem sido grande. Desde o lançamento no Brasil, em novembro, Jardim Secreto já vendeu 100 mil exemplares. "Colorir desenhos tão elaborados absorve a atenção de tal maneira que funciona como espécie de 'antídoto' para o dia a dia frenético que vivemos. Vários lançamentos têm tido sucesso com a proposta de colocar o leitor para interagir mais com os livros e torná-los únicos", diz a gerente de aquisições da Editora Sextante, Nana Vaz de Castro.

Após um problema pessoal e ter a criatividade afetada, o arquiteto Eduardo Vieira, de 25 anos, comprou o livro. "Faz dois meses que comecei. Foi me ajudando a 'desestressar' e a inspiração voltou. Fico umas duas horas pintando."Para adultos. Uma versão apimentada para colorir foi lançada no mês passado. Com ilustrações de Laerte e Adão Iturrusgarai, Suruba para Colorir (R$ 30, Bebel Books) tem algumas imagens sensuais e outras explícitas. "Acho que é muito interessante esse movimento. Nesse frisson digital, as pessoas entram em um ritmo alucinante e é importante o resgate da atividade manual", diz a produtora Bebel Abreu. A primeira tiragem saiu com 1.800 exemplares. Só 300 estão disponíveis.

O psicólogo e coordenador do programa de avaliação do estresse do Hospital Beneficência Portuguesa de São Paulo, Armando Ribeiro, diz que a pintura de livros não deve ser confundida com arteterapia. "A arte tem propriedades curativas", explica. "Colorir um livro é apenas parte de um possível tratamento." Mas, segundo Ribeiro, a atividade pode ser benéfica. "É quase como se a gente desse um momento de descanso para nosso cérebro."

Empatia é a virtude de ver o mundo com os olhos do outro

Armando Ribeiro das Neves Neto é psicólogo, palestrante e educador

Você já sentiu que alguém o compreendeu profundamente? Quando você interage com outras pessoas, consegue ler adequadamente a sua linguagem corporal, seu tom de voz, as expressões do olhar e da face como se estivesse lendo um livro? Para muitos, as pessoas guardam belas histórias. Para outros, grandes interrogações. Assim também acontece o tempo todo nas relações humanas. Somos todos diferentes, mas não desiguais! A empatia é a capacidade de ver o mundo com os olhos do outro. Tem origem no vocábulo grego "empátheia" e carrega o sentido de ver os outros como eles mesmos se veem. A empatia possui componentes cognitivos, afetivos, comportamentais e morais. Enquanto a simpatia tem mais relação com o desejo de agradar. Uma vez Rubem Alves escreveu: "A ética nasce da empatia, esta capacidade que temos de sentir aquilo que está acontecendo com o outro. Mas isto só é possível se se acreditar que somos parecidos, moradores de um mundo comum, de alguma forma irmanados." 

Cada vez mais a empatia se torna um desafio num mundo assombrado pelo individualismo feroz, em que criamos nossos filhos para serem os herdeiros de nossos desejos irreais, como se o mundo fosse apenas um campo de batalha entre nossas necessidades e insatisfações. O psicólogo Carl Rogers já assinalava que "Ser empático é ver o mundo com os olhos do outro e não ver o nosso mundo refletido nos olhos dele". Ensinamos aos nossos alunos lições difíceis de ciências, matemática e história, mas reclamamos cada vez mais do mau atendimento por parte dos nossos médicos, advogados e prestadores de serviços em geral. Não nos sentimos mais compreendidos. O olho no olho passa a ser o olho na tela digital, no resultado dos exames, no atendimento virtual, geralmente frio e superficial. Pesquisadores já apontaram que grande parte das questões que chegam aos tribunais é de fato ausência de compreensão mútua, muito mais do que a questão original em si.

Na escola médica da Universidade Harvard, nos EUA, conheci o trabalho de Helen Riess no Programa de Ciências do Relacionamento e da Empatia do Massachussetts General Hospital, um dos mais importantes dos EUA. Seu programa tem como objetivo treinar os jovens estudantes de medicina e demais profissionais da saúde na comunicação empática e escuta acolhedora, através de exercícios que cultivam a presença (mindfulness), a compaixão e a conexão empática entre as pessoas. "Curar algumas vezes, aliviar quase sempre, consolar sempre" é um ditado médico antigo, mas muitas vezes ofuscado pela alta tecnologia biomédica dos nossos tempos. A dra. Riess demonstrou em suas experiências que quando sentimos empatia há ressonância nos batimentos cardíacos, condutância elétrica da pele e das ondas cerebrais. Empatia é sintonia fina, e, como uma dança, ou aprendemos a dançar no mesmo ritmo ou pisamos no pé um do outro. Ai!...

Os resultados do treinamento em empatia na escola médica têm sido associados com menor número de erros médicos, melhores resultados clínicos e aumento da satisfação dos pacientes, além da diminuição das ações por imperícia, diminuição da síndrome de burnout (esgotamento profissional) e de profissionais mais felizes. Outros estudos também apontam que o desenvolvimento da empatia no trabalho aumenta o engajamento e melhora o clima organizacional. Na escola, diminui a evasão escolar e o bullying. Nos casamentos, aumenta a taxa de uma vida em comum feliz e próspera. 

É possível aprender empatia?

Sim. Os resultados são inequívocos. Desde o nosso nascimento e as primeiras experiências de nossas vidas estamos fortalecendo nossa capacidade de empatia, ou não. Como qualquer outra habilidade, a empatia pode ser promovida por experiências de vida ou através de treinamentos especializados. O método desenvolvido pela dra. Riess em Harvard utiliza o acrônimo "EMPATHY" (em inglês), ou seja, (E) olho no olho, (M) observar as microexpressões faciais, (P) observar a postura corporal, (A) identificar o afeto, (T) identificar o tom da voz, (H) ouvir toda a pessoa e (Y) sua resposta. Desenvolver a empatia é uma das habilidades mais importantes para o nosso mundo atual e, infelizmente, uma das mais desprezadas. "Eis o meu segredo. É muito simples: só se vê bem com o coração. O essencial é invisível aos olhos. Os homens esqueceram essa verdade, mas tu não a deves esquecer", já dizia o pequeno Príncipe.

segunda-feira, abril 13, 2015

Arte cura? É preciso experimentar...

"A arte tem propriedades curativas"

Prof Armando Ribeiro
Psicólogo e Coordenador do Programa de Avaliação do Estresse da 
Beneficência Portuguesa de São Paulo

E graças aos populares livros de colorir para adultos, isso é possível. O psicólogo Armando Ribeiro falou um pouco sobre o tema em Estadão.

Dia do Beijo. 13 de Abril


Beijar quem você gosta faz bem à saúde. Vale beijo no rosto, na testa, e até na mão. É sinal de afeto e carinho. Dia do beijo. 13 de abril.

Sodexo inicia a SERVATHON 2015‏

SODEXO INICIA A SERVATHON 2015, 7ª EDIÇÃO DA MARATONA MUNDIAL DE VOLUNTARIADO, PARA COMBATER A FOME E A MÁ NUTRIÇÃO


Segundo dados da Organização das Nações Unidas (ONU) para a Alimentação e a Agricultura, 805 milhões de pessoas passam fome ou sofrem de má nutrição ao redor do mundo. No Brasil, esse número chega a 7,2 milhões. E para ajudar a mudar esse cenário, a Sodexo inicia neste mês a 7ª edição da Servathon

Maratona mundial de voluntariado, a Servathon, organizada pela Sodexo, é uma das iniciativas do programa Stop Hunger para o combate à fome e à desnutrição, que contribui para levar qualidade de vida à população. Este ano, a edição terá início em março e se estenderá até maio. O objetivo é sensibilizar e mobilizar colaboradores, clientes, estabelecimentos, parceiros, fornecedores e familiares para levar solidariedade, carinho e alimentos não perecíveis a crianças, adolescentes e idosos, ou seja, contribuir para minimizar a fome e a má nutrição no País.

Para este ano, o desafio será sensibilizar ainda mais participantes e alcançar uma meta global de crescimento de 10% nos números de voluntários e alimentos doados. Em 2014, com a ajuda de mais de 1 mil voluntários, foram doadas 28,5 toneladas de alimentos, para mais de 36 instituições beneficentes de diversas regiões do Brasil.

“Iniciativas como esta maratona despertam em cada um de nós a consciência de cidadania. Vivendo os valores da empresa nos reunimos no exercício constante de levar às regiões onde atuamos mais qualidade de vida”, comenta Elisana Lucchesi, diretora de Relações Institucionais da Sodexo Benefícios & Incentivos.

“Combater a fome e a má nutrição é um princípio básico para promover a saúde e bem-estar daqueles que vivem em nosso entorno. Desta maneira, de forma voluntária, contribuímos com a construção de um amanha melhor” destaca Fernando Santa, diretor de Marketing e Planejamento Estratégico da Sodexo On-Site.

“A Sodexo, com seus 419 mil funcionários, está ainda mais forte, com uma cultura profundamente enraizada em seus três valores: espírito de serviço, espírito de equipe e espírito de progresso. Imagine a diferença que podemos fazer juntos”, finaliza o CEO do Grupo Sodexo, Michel Landel.

Resultados Servathon 2014:

Números do Grupo Sodexo – Mundo:

· 815.000 refeições servidas
· 487 ONGs beneficiadas
· 33.186 colaboradores voluntários
· 82.134 horas de voluntariado
· 36 países engajados
· 325 mil dólares levantados

Números do Grupo Sodexo - Brasil:

· 28,5 toneladas de alimentos doados
· 36 ong’s beneficiadas
· 1mil colaboradores voluntários

Conheça a Sodexo

Fundada em 1966 por Pierre Bellon, a Sodexo é líder mundial em serviços que geram qualidade de vida, um fator essencial no desempenho dos indivíduos e organizações. Presente em 80 países, a Sodexo atende 75 milhões de consumidores diariamente por meio de uma combinação única de serviços em três divisões: On-site (facilities services), Benefícios &Incentivos (cartões) e Soluções Pessoais (no Brasil, sob consulta). Por meio de uma ampla gama de serviços, a Sodexo oferece aos clientes soluções integradas desenvolvidas ao longo de mais de 45 anos de experiência: desde manutenção predial, gestão de ativos, conservação, limpeza até cartões de benefícios como Refeição Pass, Gift Pass, Brinquedo Pass, entre outros. O sucesso e o desempenho da Sodexo são fundamentados em fortes valores. Criatividade, inovação e capacidade de desenhar soluções customizadas para atender a demanda de seus clientes são seus maiores diferenciais. Outros pilares da empresa são sua independência financeira, seu modelo de negócio sustentável e sua capacidade de desenvolver continuamente e engajar seus 419.000 colaboradores em todo o mundo.

Números

18 bilhões de euros em faturamento
419 000 colaboradores
18º maior empregador mundial
80 países
32 700 clientes (unidades operacionais)
75 milhões de consumidores diariamente

The Better Tomorrow Plan

Desde sua fundação, a Sodexo tem reconhecido sua responsabilidade de contribuir para o desenvolvimento econômico, social e ambiental das cidades, regiões e países onde atua. A partir deste fundamento, a empresa criou o ‘The Better Tomorrow Plan’ (o plano global da Sodexo por um amanhã melhor), com prioridades e compromissos de ação que abrangem Ser um Empregador Responsável, Promover Nutrição, Saúde e Bem-estar, Desenvolver as Comunidades Locais e Proteger o Meio Ambiente. Conheçamais sobre o programa de Sustentabilidade da Sodexo, em www.sodexo.com.br I RESPONSABILIDADE Corporativa.

Fonte: Assessoria de Imprensa D&A 

domingo, abril 12, 2015

Adultos agora brincam de colorir... Estadão

Adultos agora brincam de colorir. Livros com desenhos para serem pintados se esgotaram nas livrarias e viram febre mundial. Minha contribuição para a matéria do jornal O Estado de São Paulo. ‪#‎estadão‬ ‪#‎jardineira‬ ‪#‎livro‬ ‪#‎colorir‬

O psicólogo e coordenador do programa de avaliação do estresse do Hospital Beneficência Portuguesa de São Paulo, Armando Ribeiro, diz que a pintura de livros não deve ser confundida com arteterapia. "A arte tem propriedades curativas", explica. "Colorir um livro é apenas parte de um possível tratamento." Mas, segundo Ribeiro, a atividade pode ser benéfica. "É quase como se a gente desse um momento de descanso para nosso cérebro."

Adultos agora brincam de colorir. Livros com desenhos para serem pintados se esgotam nas livrarias e viram febre mundial. Caderno Metrópole do jornal O Estado de S. Paulo. #estadão

sexta-feira, abril 10, 2015

Felicidade faz bem à saúde?


Segundo os especialistas, todas as pessoas possuem condições de serem mais felizes, ainda que enfrentem problemas no cotidiano. E assumir essa condição de satisfação e bem-estar é algo que repercute positivamente em toda a saúde, ajudando, inclusive, a prevenir doenças.

Pesquisadores do Centro de Psicologia Positiva da Universidade da Pensilvânia, nos Estados Unidos, já demonstraram que quem investe em atitudes capazes de aumentar a felicidade e o bem-estar acaba também adotando um estilo de vida mais saudável: cuida melhor da alimentação, pratica atividade física regular, dorme bem e até constrói relacionamentos melhores. “Todas as emoções são mediadas por hormônios e são capazes de afetar o funcionamento tanto do corpo quanto da mente. Quando sentimos tristeza, raiva ou medo, nosso corpo recebe os sinais químicos de que algo não vai bem e produz os hormônios do estresse, que nos preparam para a fuga ou para a luta. Porém, quando sentimos emoções positivas autênticas, nosso corpo é inundado por hormônios do bem-estar e com propriedades regenerativas”, explica Armando Ribeiro, psicólogo com certificação em Stress Management pela Harvard Medical School, coordenador do Programa de Avaliação do Estresse da Beneficência Portuguesa de São Paulo.

O profissional também esclarece que a percepção da felicidade não tem a ver com a ausência de problemas, mas com a forma de encará-los. Assim, não se trata de estar feliz o tempo todo, mas de saber lidar com os momentos de maior tristeza e recolhimento, valorizando os outros aspectos positivos e saudáveis da vida.

Para a psicóloga e psicoterapeuta Walkyria Coelho, instrutora da Sociedade Brasileira de Programação Neurolinguística, ser mais feliz não depende de fatores externos, como ganhar uma promoção, um elogio ou mesmo apaixonar-se. “Um ponto importante é observar como estamos interpretando os fatos que nos acontecem. Olhar de um ângulo diferente pode ser o suficiente para perceber que o mal não é o problema em si, mas o significado que estamos dando a ele, muitas vezes, atribuindo uma importância maior do que ele merece”, explica.

Ela também defende que, em vez de nos lamentarmos pelas dificuldades da vida, devemos nos perguntar até que ponto fomos responsáveis por aquela situação, recusando o papel de vítima. “É preciso ter em mente que muitos dos problemas que temos são o resultado de escolhas que fizemos conscientemente. Além disso, sempre é tempo de mudar o caminho, para chegar aonde desejamos, basta sermos mais flexíveis”, diz.

Valorizar os pequenos prazeres da vida é outra estratégia que pode ser experimentada, na busca pela felicidade. “Isso nem sempre depende de grandes investimentos. É preciso, antes, descobrir o que realmente tem valor para você. E focar mais naquilo que lhe traz satisfação”, ensina a psicóloga Rafaella Maria Ribeiro Pereira, ateterapeuta e coaching.

Infelicidade crônica pode estar associada a doenças

Pessoas que têm muita dificuldade de encontrar satisfação no seu dia a dia, para experimentar a sensação de plenitude e felicidade, podem estar sofrendo de doenças físicas ou psicológicas. E, nesse caso, contar com a avaliação de um médico é fundamental. “A ioga, a meditação e a terapia cognitivo-comportamental, feita por psicólogos, são exemplos de práticas que ajudam a contornar o problema, melhorando muito a qualidade de vida e, consequentemente, a saúde de um modo geral”, finaliza Ribeiro.

quinta-feira, abril 02, 2015

Se você tratar uma doença...

"Se você tratar uma doença, você ganha ou perde. Se você tratar uma pessoa, eu garanto, você vai ganhar, não importa o resultado..." 
#patchadams

quarta-feira, abril 01, 2015

Comprimidos aliviam a dor...


"Comprimidos aliviam a dor, mas só o amor alivia o sofrimento".
#patchadams

Livro de colorir "antiestresse"?

Livro de colorir "antiestresse"?

Para os pais não usarem mais os livros de colorir dos seus filhos... A última moda é livro de colorir para adultos... sem problemas! Só que a solução mágica "antiestresse" só apresenta trabalhos lindos na internet de quem possivelmente não tem estresse que preocuparia médicos e especialistas. Será que adicionar "antiestresse" vende mais livros? O que vocês pensam sobre isso?