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Com pressa? Aprenda a desacelerar e viva melhor

Com pressa? Aprenda a desacelerar e viva melhor
Cerca de um terço da população brasileira vive na correria. E se esse é o seu caso, é hora de rever a sua agenda, até para evitar problemas físicos e emocionais.

Já reparou como algumas pessoas caminham sempre muito rápido, de olho no relógio, carrancudas? No trânsito, mal abre o sinal e elas já estão com a mão na buzina, apressando quem está na frente. E, mesmo no final de semana, quando têm tempo sobrando, continuam correndo. Uma pesquisa realizada em 2010 pelo International Stress Management Association do Brasil, entidade que estuda os efeitos do estresse, revelou que a pressa crônica já atinge cerca de 30% dos brasileiros. Essas pessoas podem ser vítimas de “transtorno de ansiedade generalizada”, uma doença que tem tudo a ver com esse hábito de correr contra o relógio.

É claro que nem todo tipo de ansiedade caracteriza uma doença. Correr para não chegar atrasado ao trabalho, e sair de casa esbaforido, de vez em quando, é até normal. O sintoma só deve ser motivo de preocupação quando vem acompanhado de outros sinais físicos e psicológicos, conforme explica a psicóloga Letícia Guedes, especialista em análise do comportamento e psicopatologia clínica pela Pontifícia Universidade Católica de Goiás. Estamos falando de dificuldade de concentração, irritabilidade, taquicardia, suor em excesso, tremores nas mãos e até dores de cabeça.

Quando aparecem esses sintomas, aí é bom ficar alerta. “O quadro de ansiedade intensa pode resultar no desenvolvimento de doenças como hipertensão arterial ou gastrite”, diz o psicólogo Armando Ribeiro, coordenador do Programa de Avaliação do Estresse do Hospital Beneficência Portuguesa de São Paulo.

Para combater o mal

Se você vive ansioso com a sua rotina, o primeiro passo é observar se, de fato, não está sobrecarregado com tarefas demais. “Às vezes, a ansiedade é um alerta do corpo dizendo que é preciso parar, refletir sobre a vida e checar como está distribuindo o tempo”, explica a psicóloga Irani Tomiatto de Oliveira, coordenadora do curso de Psicologia da Universidade Anhembi Morumbi.

Para quem se considera ansioso ou estressado demais, a adoção de alguns bons hábitos pode ajudar. “A atividade física regular, uma nutrição balanceada e momentos de lazer e descanso são fundamentais para manter o corpo e a mente em equilíbrio, assim como as práticas que proporcionam bem-estar, como meditação, yoga, acupuntura, massoterapia e musicoterapia”, garante Armando Ribeiro.

Porém, se mesmo com a mudança de rotina você continuar acelerado, pense em buscar ajuda especializada. “Nos quadros de ansiedade ou de estresse crônico, é fundamental uma avaliação multiprofissional. A consulta com um médico e com um psicólogo clínico pode ser necessária para o diagnóstico e a escolha do tratamento correto”, diz Ribeiro.

Fonte: Via Saúde

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