Sem stress
Como não deixar a tensão contaminar o seu fim de semana
Por Nancy Campos
Duas das maiores fontes de stress do dia a dia são o acúmulo de atividades e a sobrecarga de trabalho. “Cada vez mais pessoas vivem no limite das suas aptidões físicas e cognitivas, pois nossos hormônios não diferenciam um estressor real e ameaçador das múltiplas pequenas tensões do cotidiano”, observa o psicólogo Armando Ribeiro das Neves Neto, coordenador do Programa de Avaliação do Estresse do Hospital Beneficência Portuguesa de São Paulo.
Portanto, o fim de semana é um período importante para descansar e recuperar as energias. O recomendável é se entregar a atividades que permitam relaxar e descontrair, como ouvir música, cozinhar, assistir a um seriado na TV ou distrair-se com games. Porém, para aproveitar cada minuto de forma saudável, o especialista esclarece que não basta colocar o pé no freio só no sábado e no domingo.
“É importante investir num estilo de vida mais equilibrado, com atividade física regular, alimentação balanceada e sono revitalizante”, diz. As atividades relaxantes também devem fazer parte da rotina da semana. Segundo o especialista, quem não consegue relaxar nos períodos de descanso, ou seja, vive em estados crônicos de tensão e ansiedade, precisa do apoio especializado de médicos e psicólogos e pode contar com tratamentos específicos como acupuntura ou massoterapia.
“Aprender a relaxar é um ótimo investimento para cuidar melhor da saúde. Já existem centros especializados no tratamento e treinamento antiestresse, baseados na respiração profunda, práticas de meditação, sistemas de biofeedback e neurofeedback e terapias cognitivas e comportamentais”, afirma o psicólogo, que é certificado em gestão do stress pela Harvard Medical School, dos Estados Unidos.
O biofeedback é um método que permite ao indivíduo regular voluntariamente as suas reações fisiológicas e emocionais. O neurofeedback é um tipo de biofeedback, mas que usa eletroencefalogramas ou ressonância magnética para monitorar a atividade cerebral e o sistema nervoso central. Outro recurso sugerido pelo psicólogo é a prática meditativa chamada mindfulness, focada no desenvolvimento da atenção plena da respiração e de outras modalidades sensoriais.
O apoio da família também contribui de forma relevante. “As relações humanas autênticas e sinceras estimulam a produção de ocitocina, o hormônio do afeto, responsável pela redução da produção do cortisol, o hormônio do stress. É uma substância importante para gerar vínculo afetivo entre as pessoas, aumentando a sensação de prazer e de bem-estar físico e emocional”, observa.
O psicólogo ressalta que aprender a gerenciar o stress pode aumentar as chances de viver intensamente sem adoecer. Portanto, todos estes recursos aumentam a nossa capacidade de superar os desafios diários e crescer com eles, tornando-nos fortes sem ficarmos rígidos.
Fonte: Site Abilio Diniz
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