Psicologia do Esporte
Considerando as recentes declarações do técnico da seleção brasileira de futebol masculino sobre a "inviabilidade" do trabalho da Psicologia na seleção brasileira, o CRP SP informa que lamenta tais afirmações e considera intoleráveis manifestações públicas como esta, que pressupõem total desconhecimento do campo de exercício da Psicologia como ciência e profissão no contexto esportivo, em particular do alto rendimento.
Leia a nota na íntegra em: http://goo.gl/NeYIQc
Futebol é coisa de psicóloga(o), sim!
Considerando as recentes declarações do técnico da seleção brasileira de futebol masculino durante o Simpósio da Confederação Brasileira de Futebol (CBF) realizado no Rio de Janeiro sobre a inviabilidade do trabalho da Psicologia na seleção brasileira, o Conselho Regional de Psicologia de São Paulo (CRP SP) informa que lamenta tais afirmações e considera intoleráveis manifestações públicas como esta, que pressupõem total desconhecimento do campo de exercício da Psicologia como ciência e profissão no contexto esportivo, em particular do alto rendimento. Esse tipo de declaração banaliza a profissão de modo geral ao se basear em reducionismos e sensos comuns sobre a atuação da Psicologia como exclusivamente clínica e focada na doença, desconsiderando inclusive, os avanços e contribuições que a ciência Psicologia tem ofertado à sociedade nos quase dois séculos desde o seu surgimento nos mais diversos campos de atuação (organizacional, hospitalar, educacional, trânsito, esporte, dentre outras).
A própria presença de psicólogos e psicólogas esportivos em variadas confederações brasileiras de esporte (Judô, Atletismo, Caratê, Handebol, etc), auxiliando multi e interdisciplinarmente com os seus conhecimentos as equipes e demais profissionais de outras áreas contempladas, contribuindo para a evolução do esporte nacional desde a iniciação esportiva ao alto rendimento, mostra a efetividade e o compromisso ético e profissional do trabalho psicológico quando apresentado ao contexto esportivo.
Ensejado ainda pelos grandes eventos esportivos – Jogos Olímpicos e Paralímpicos do Rio De Janeiro – e pela consequente participação inédita mais de 30 psicólogas e psicólogos que estão e estarão direta e indiretamente trabalhando junto às confederações e aos atletas, cabe ao Conselho Regional de Psicologia de São Paulo orientar a categoria e a sociedade sobre a atuação da(o) psicóloga(o) neste contexto, além de ressaltar algumas questões éticas relacionadas à prática das(os) profissionais.
O conteúdo do discurso do treinador expõe, além da falta de conhecimento técnico do trabalho, uma falta ética grave que fere significativamente o Código de Ética da Profissão: o sigilo e confidencialidade de informações a fim de proteger o indivíduo, grupos ou organizações. Segundo o código de ética profissional do psicólogo, são seus deveres fundamentais prestar serviços psicológicos de qualidade, em condições de trabalho dignas e apropriadas à natureza desses serviços, utilizando princípios, conhecimentos e técnicas reconhecidamente fundamentados na ciência psicológica, na ética e na legislação profissional;respeitar o sigilo profissional a fim de proteger, por meio da confidencialidade, a intimidade das pessoas, grupos ou organizações, a que tenha acesso no exercício profissional e,ao participar de atividade em veículos de comunicação, zelar para que as informações prestadas disseminem o conhecimento a respeito das atribuições, da base científica e do papel social da profissão. Cabe ressaltar que ao psicólogo é também vedadorealizar diagnósticos, divulgar procedimentos ou apresentar resultados de serviços psicológicos em meios de comunicação, de forma a expor pessoas, grupos ou organizações.
A Psicologia do Esporte foi reconhecida como uma subárea da Psicologia pela American Psychological Association (APA) em 1986. No Brasil, a resolução nº 013/2007 do Conselho Federal de Psicologia (CFP), ao instituir o Título Profissional de Especialidade em Psicologia do Esporte, descreve que "a atuação do psicólogo do esporte está voltada tanto para o esporte de alto rendimento, quanto para a identificação de princípios e padrões de comportamentos de adultos e crianças participantes de atividades físicas". Assim, o profissional estuda, identifica e compreende teorias e técnicas psicológicas que podem ser aplicadas ao contexto do esporte e do exercício físico, tanto em nível individual como grupal - praticantes de atividade física ou equipes esportivas. Participa, em equipe multidisciplinar, da preparação de estratégias de trabalho objetivando o aperfeiçoamento e ajustamento do praticante aos objetivos propostos, procedendo ao exame de suas características psicológicas. Também orienta pais ou responsáveis nas questões que se referem à escolha da modalidade esportiva e colabora para a adesão e participação aos programas de atividades físicas da população em geral ou portadora de necessidades especiais.
Ao longo dos últimos anos, a Psicologia do Esporte vem se constituindo como uma das áreas das ciências do esporte de forma bastante consistente e as pesquisas e o número de profissionais atuantes nesta área tem crescido a cada ano, principalmente pelo aumento da oferta e procura por profissionais especializados, o que aponta para o reconhecimento crescente de suas diversas contribuições.
Conheça a página do Núcleo de Psicologia do Esporte do CRP SP: http://www.crpsp.org.br/psicologiadoesporte/
Conselho Regional de Psicologia de São Paulo
Fonte: CRPSP
Dunga critica psicólogos na seleção e leva lição de moral de entidades http://veja.abril.com.br/noticia/esporte/dunga-critica-psicologos-na-selecao-e-leva-licao-de-moral-de-entidades via @veja
ResponderExcluirDunga critica psicólogos na seleção e leva lição de moral de entidades http://veja.abril.com.br/noticia/esporte/dunga-critica-psicologos-na-selecao-e-leva-licao-de-moral-de-entidades via @veja
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