Psicólogo do Beneficência Portuguesa de São Paulo explica a importância de trazer as crianças à discussão
Os comentários sobre políticas estão ocupando as conversas dos almoços em família, no bar com os amigos e nos encontros triviais nos elevadores da empresa. Em algumas situações, expor a opinião pode levar à opressão, violência e rupturas de relacionamentos, decorrente dos nervos a flor da pele. Entretanto, não se pode esquecer o público mirim que está exposto a todos os comentários e embates políticos, é possível lidar e ensinar muito as crianças. O psicólogo e coordenador do Programa de Estresse do Hospital Beneficência Portuguesa de São Paulo, Armando Ribeiro mostra como trabalhar o tema dentro de casa.
A família é peça fundamental na educação política, por isso deixar as discussões de lado não é recomendado para lidar com os pequenos. É importante incentivá-los a participar de discussões ensinando sobre ética, moral, política e cidadania, da mesma forma que outros assuntos triviais já fazem parte do cotidiano familiar, como futebol e religião, ajudando assim na formação da postura ética e também na maturidade emocional.
E quando os integrantes da casa possuem opiniões divergentes? Para o especialista é possível fomentar uma boa discussão e ensinar sobre respeito diante de diferentes formas de pensar sobre determinado assunto. “É preciso educar nossas crianças a serem cidadãos plenos, ou seja, aprenderem a respeitar as opiniões divergentes e pensar de forma racional baseada na constituição e no significado da democracia e ética” ressalta o psicólogo.
Entretanto, não é recomendado “deixar de ter uma opinião”, pois os pais e responsáveis são modelos de atitude e formação emocional para as crianças. Orientar e incentivar as crianças a se expressarem e a expor sua opinião respeitando ao próximo é a melhor maneira de aproveitar o atual cenário político para educar os cidadãos do amanhã.
Abaixo, confira dicas para abordar o tema com os pequenos:
- Adapte a linguagem e os exemplos ao nível de maturidade da criança;
- Utilize personagens do universo infantil, como personagens de desenhos com uma postura democrática ou autoritária;
- Nas escolas, pode-se abrir a discussão e pedir para as crianças se colocarem no lugar do outro e, assim discutir sobre respeito e ética. Lembrando que os professores não devem impor sua visão política;
- Diante de atitudes agressivas e radicais é importante ajuda-las a elaborar suas angústias e medos de forma mais positiva.
Sobre Beneficência Portuguesa de São Paulo
Fundada em 1859, a Beneficência Portuguesa de São Paulo (www.beneficencia.org.br) é a maior instituição hospitalar privada da América Latina, contando com aproximadamente 7.500 colaboradores e 3.000 médicos, e com uma gestão baseada na qualidade assistencial, humanização, ensino e pesquisa, além de um corpo clínico formado por renomados especialistas. A instituição é referência no atendimento médico hospitalar em mais de 50 especialidades, como cardiologia, oncologia, neurologia, gastroenterologia, ortopedia, urologia, entre outras. Atualmente, a Beneficência Portuguesa conta com três hospitais que somam mais de 1.200 mil leitos de internação. O Hospital São Joaquim, primeiro pilar da Instituição, realiza atendimento ao Pronto Socorro, UTIs, Internações e Cirurgias. Em 2007, foi inaugurado o Hospital São José, que se destaca pelo atendimento oncológico com padrões internacionais, entre outras especialidades. Em 2012, o Hospital Santo Antônio foi criado com o objetivo de oferecer atendimento a pacientes usuários do Sistema Único de Saúde, reforçando a responsabilidade social e carácter beneficente da Associação. Já em 2013, a Instituição criou o Centro Oncológico Antônio Ermírio de Moraes para ser um dos maiores e mais completos núcleos de tratamento de câncer no país.
Fonte: Jornal Dia a Dia
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