Sua licença-maternidade está com os dias contados? Te damos uma ajudinha para fazer a melhor escolha
Lá se foi o período talvez mais intenso da sua vida; os primeiros meses do bebê. Quando ele acaba, a tensão paira sobre as mães. Muitas se acostumaram a passar 24 horas por dia com o filhote, enquanto descobriam o amor incondicional. Se afastar dele agora e delegar o cuidado para outras pessoas pode ser quase que o fim do mundo.
Voltar ou não ao trabalho? Deixar o bebê com a avó, familiares, escolinha ou babá? Essa é uma decisão difícil que deve ser adaptada à rotina de cada família. Mas qualquer que seja a decisão, planejamento com certa antecedência é o segredo para a tranquilidade da família.
“Em geral, a tensão da mãe que volta ao trabalho após licença-maternidade está relacionada a expectativas irreais, baixa percepção de apoio do marido e/ou familiares e falta de organização para a volta aos afazeres”, acredita Armando Ribeiro, psicólogo e coordenador do Programa de Avaliação do Estresse da Beneficência Portuguesa de São Paulo. Mãe prevenida vale por duas, não é mesmo?
Com quem fica o bebê agora: babá ou escolinha?
Antes de tomar a decisão, saiba que nenhuma é definitiva e talvez não exista a melhor opção. A escolha depende muito da rotina de cada família. É preciso avaliar o que é melhor para o bebê, mas sem se esquecer dos valores familiares e experiências de pessoas significativas. Cada família deve avaliar os prós e contras da babá ou da escolinha, sem achar que existe apenas uma solução ideal. A babá tem que ter experiência prévia, referências, estudo e o mais importante ser de extrema confiança da família. A escolinha também precisa passar por uma avaliação rigorosa por parte dos pais, principalmente quanto à segurança, infraestrutura, capacitação dos profissionais e se está Ok com as exigências legais.
Segundo Luciana Barros de Almeida, presidente da Associação Brasileira de Psicopedagogia, a referência de outras mães que conheçam a escola e afinidade com a proposta educativa são muito importantes na hora da escolha. Depois é hora da adaptação. A mãe já pode ensaiar o afastamento, pelo menos uns 30 dias antes do final da licença. “Quando a criança completa dois meses ela já é capaz de separar-se da mãe por um período de até 1 hora, sem que haja prejuízos emocionais que afetem seu desenvolvimento. Comece a conversar com o bebê, narrando o que está prestes a acontecer na vida de ambos, e se possível, acerte com a escola um período gradativo de adaptação”, explica.
Assim, quando a mãe tiver que retornar ao trabalho terá mais segurança para separar-se do filho e a criança se sentirá mais segura por não se sentir num lugar estranho.
A questão financeira também pesa nessa decisão e é preciso avaliar a longo prazo. Enquanto escolas cobram matrículas, babás também recebem décimo terceiro salário. Escolas fecham no final do ano, nas férias e emendam feriados. Já com a babá, você pode negociar as folgas e horários, caso chegue mais tarde do trabalho ou até mesmo precise trabalhar em outros turnos. No entanto muitas mães acreditam que estar na escola ajuda a criança a se socializar e o desenvolvimento é bem maior.
Outra alternativa bastante comum é delegar os cuidados com a mãe ou com a sogra. E de fato, essa atitude é reconfortante, pois o bebê estará com alguém que é sinônimo de segurança e apoio. Mas é preciso avaliar os dois lados da moeda. “Abra o jogo, converse com os avós e verifique o quanto estão abertos e disponíveis para dividirem os cuidados diários das crianças pequenas. É preciso também aprender a estabelecer limites e impor rotinas para que os avós não modifiquem o estilo de criação dos novos pais”, finaliza Ribeiro.
Fonte: 1000 dias do bebê
Nenhum comentário:
Postar um comentário