Aproveite o espírito natalino para fazer e desejar o bem
Por Francine Moreno
Diário da Região - Revista Vida & Saúde
18/12/2011
Como anda a espiritualidade em sua casa? Especialmente nesta época do ano, em que cristãos celebram o nascimento de Jesus? Independente da religião, esta reportagem foi pensada para você que acredita que a espiritualidade é uma forte aliada neste mundo tão marcado por desilusões e pela descrença. A espiritualidade, neste caso, deve ser compreendida como a conexão com o outro, ligada mais ao ser do que ao ter.
A espiritualidade não é algo externo, misterioso ou místico. Uma das formas de inspirá-la é celebrar a vida, aprender com os obstáculos e ter cuidado com as palavras. Na ação, a espiritualidade tem também muito a ver com respeito ao próximo. Ter boas atitudes e bons pensamentos entram na lista.
No âmbito da vida prática, viver a espiritualidade é criar filhos além da moral religiosa, não maltratar os animais, não jogar lixo na rua, ajudar os idosos e mostrar gratidão. O bacana desta história é que você não precisa pagar para ter tudo isso. Apesar de parecer subjetiva, a espiritualidade está ligada a um ideal, a uma escolha, a um sentido para a vida.
Manter viva a espiritualidade neste período que antecede as festas de final de ano é importante porque marca datas e rituais de diversas culturas que compartilham da crença cristã. “O efeito das datas é marcar uma passagem em que refletimos sobre os bons e maus momentos do ano que se encerra, além de nos planejar metas e objetivos para o ano que se iniciará”, afirma o professor Armando Ribeiro das Neves Neto, coordenador do Programa de Avaliação do Estresse do Check-up do Hospital São José - Beneficência Portuguesa, de São Paulo.
Preparar o espírito neste período pode ser entendido como sair do funcionamento automático para adotar uma postura reflexiva, meditativa para os temas fundamentais da sua vida e existência. “As decorações natalinas e do réveillon, presentes, festividades devem ser secundários ao verdadeiro espírito desta época, que deve ser de amor ao próximo. Não deixe de dizer o quanto ama, ou de estar realmente presente nas reuniões familiares”, afirma Neto.
Bem físico e emocional
A espiritualidade se beneficia de comportamentos, atitudes e emoções que podem aumentar o bem-estar físico e emocional. Alguns exemplos são praticar o perdão e a gratidão, envolver-se em práticas meditativas e oração, buscar apoio espiritual em outras pessoas e desenvolver a fé. De acordo com o psicólogo Josinel B. Carmona, o espírito leve e harmonioso depende de aprender e cultivar o sutil, a delicadeza e a leveza em todas as coisas que fazemos.
Para o especialista, é preciso consciência espiritual. “O que vou dizer agora vai até soar mal, mas, para nos tornarmos mais espiritualizados, precisamos fazer tudo diferente do que temos feito em nosso dia a dia. Nossa vida cotidiana de trabalho excessivo, um envolvimento doentio com o dinheiro e os bens materiais, toda a ansiedade e tensão geradas por compromissos, as cobranças pessoais de sucesso e reconhecimento social, enfim, tudo isso gera apenas desequilíbrio e doença física, psicológica e espiritual”, afirma Carmona.
Na opinião do psicólogo, para promover uma mudança é preciso sair do lugar comum. “Temos de decidir pelo saudável e equilibrado, ter uma existência mais dócil, uma alimentação voltada para a nutrição, dormir bem e de preferência à noite. Além disso, cultivar bons pensamentos e sentimentos, ter mais critério e crítica com as mídias, descansar sem culpa e buscar mais o prazer e o lazer.”
Viver bem e em harmonia depende diretamente de um estilo de vida saudável e equilibrado, contemplativo, o que tem se tornado, na visão de Carmona, cada vez mais um artigo de luxo para a maioria das pessoas. “É necessário mudar o foco, fechar este ciclo e abrir um novo, permitindo-se novas oportunidades e conhecimentos. Ouse em direção à sua saúde e harmonia pessoal e com os outros. Superar os problemas é consequência de atitudes assertivas e positivas.”
Espiritualidade não é religião
O maior erro é confundir espiritualidade com religiosidade. “A religiosidade trata-se de um sistema organizado de crenças, rituais e práticas para se aproximar de Deus, ou seja, um aspecto institucional da espiritualidade. A religiosidade é um instrumento ou ferramenta para a espiritualidade”, afirma Armando Ribeiro das Neves Neto, coordenador do Programa de Avaliação do Estresse do Check-up do Hospital São José - Beneficência Portuguesa, de São Paulo.
De acordo com o psicólogo Josinel B. Carmona, a religião é um caminho possível para a espiritualidade, mas não o único. “A espiritualidade é o exercício de estar ligado a todas as coisas, do amor delicado e não possessivo a si mesmo, aos outros e ao universo. Nesta ligação amorosa, descobrimos a singularidade de todas as existências, só assim podemos perceber o belo e o criativo presente em tudo. Todos nós somos capazes disso, mas é preciso ter o foco voltado para o cultivo do bem e do criativo.”
Você também pode fazer com que a família esteja na mesma sintonia, já que um coração livre de raiva e medo é capaz de gerar ressonância em seu ambiente. “As dinâmicas familiares muitas vezes refletem as situações e os pensamentos dissonantes, portanto, antes de querer mudar o outro, avalie o que precisa mudar em si mesmo. Mahatma Ghandi já dizia: ‘Você tem que ser o espelho da mudança que está propondo. Se eu quero mudar o mundo, tenho que começar por mim’”, afirma Neto.
A espiritualidade não é algo externo, misterioso ou místico. Uma das formas de inspirá-la é celebrar a vida, aprender com os obstáculos e ter cuidado com as palavras. Na ação, a espiritualidade tem também muito a ver com respeito ao próximo. Ter boas atitudes e bons pensamentos entram na lista.
No âmbito da vida prática, viver a espiritualidade é criar filhos além da moral religiosa, não maltratar os animais, não jogar lixo na rua, ajudar os idosos e mostrar gratidão. O bacana desta história é que você não precisa pagar para ter tudo isso. Apesar de parecer subjetiva, a espiritualidade está ligada a um ideal, a uma escolha, a um sentido para a vida.
Manter viva a espiritualidade neste período que antecede as festas de final de ano é importante porque marca datas e rituais de diversas culturas que compartilham da crença cristã. “O efeito das datas é marcar uma passagem em que refletimos sobre os bons e maus momentos do ano que se encerra, além de nos planejar metas e objetivos para o ano que se iniciará”, afirma o professor Armando Ribeiro das Neves Neto, coordenador do Programa de Avaliação do Estresse do Check-up do Hospital São José - Beneficência Portuguesa, de São Paulo.
Preparar o espírito neste período pode ser entendido como sair do funcionamento automático para adotar uma postura reflexiva, meditativa para os temas fundamentais da sua vida e existência. “As decorações natalinas e do réveillon, presentes, festividades devem ser secundários ao verdadeiro espírito desta época, que deve ser de amor ao próximo. Não deixe de dizer o quanto ama, ou de estar realmente presente nas reuniões familiares”, afirma Neto.
Bem físico e emocional
A espiritualidade se beneficia de comportamentos, atitudes e emoções que podem aumentar o bem-estar físico e emocional. Alguns exemplos são praticar o perdão e a gratidão, envolver-se em práticas meditativas e oração, buscar apoio espiritual em outras pessoas e desenvolver a fé. De acordo com o psicólogo Josinel B. Carmona, o espírito leve e harmonioso depende de aprender e cultivar o sutil, a delicadeza e a leveza em todas as coisas que fazemos.
Para o especialista, é preciso consciência espiritual. “O que vou dizer agora vai até soar mal, mas, para nos tornarmos mais espiritualizados, precisamos fazer tudo diferente do que temos feito em nosso dia a dia. Nossa vida cotidiana de trabalho excessivo, um envolvimento doentio com o dinheiro e os bens materiais, toda a ansiedade e tensão geradas por compromissos, as cobranças pessoais de sucesso e reconhecimento social, enfim, tudo isso gera apenas desequilíbrio e doença física, psicológica e espiritual”, afirma Carmona.
Na opinião do psicólogo, para promover uma mudança é preciso sair do lugar comum. “Temos de decidir pelo saudável e equilibrado, ter uma existência mais dócil, uma alimentação voltada para a nutrição, dormir bem e de preferência à noite. Além disso, cultivar bons pensamentos e sentimentos, ter mais critério e crítica com as mídias, descansar sem culpa e buscar mais o prazer e o lazer.”
Viver bem e em harmonia depende diretamente de um estilo de vida saudável e equilibrado, contemplativo, o que tem se tornado, na visão de Carmona, cada vez mais um artigo de luxo para a maioria das pessoas. “É necessário mudar o foco, fechar este ciclo e abrir um novo, permitindo-se novas oportunidades e conhecimentos. Ouse em direção à sua saúde e harmonia pessoal e com os outros. Superar os problemas é consequência de atitudes assertivas e positivas.”
Espiritualidade não é religião
O maior erro é confundir espiritualidade com religiosidade. “A religiosidade trata-se de um sistema organizado de crenças, rituais e práticas para se aproximar de Deus, ou seja, um aspecto institucional da espiritualidade. A religiosidade é um instrumento ou ferramenta para a espiritualidade”, afirma Armando Ribeiro das Neves Neto, coordenador do Programa de Avaliação do Estresse do Check-up do Hospital São José - Beneficência Portuguesa, de São Paulo.
De acordo com o psicólogo Josinel B. Carmona, a religião é um caminho possível para a espiritualidade, mas não o único. “A espiritualidade é o exercício de estar ligado a todas as coisas, do amor delicado e não possessivo a si mesmo, aos outros e ao universo. Nesta ligação amorosa, descobrimos a singularidade de todas as existências, só assim podemos perceber o belo e o criativo presente em tudo. Todos nós somos capazes disso, mas é preciso ter o foco voltado para o cultivo do bem e do criativo.”
Você também pode fazer com que a família esteja na mesma sintonia, já que um coração livre de raiva e medo é capaz de gerar ressonância em seu ambiente. “As dinâmicas familiares muitas vezes refletem as situações e os pensamentos dissonantes, portanto, antes de querer mudar o outro, avalie o que precisa mudar em si mesmo. Mahatma Ghandi já dizia: ‘Você tem que ser o espelho da mudança que está propondo. Se eu quero mudar o mundo, tenho que começar por mim’”, afirma Neto.
Divulgação |
Gestos comuns podem deixar marcas mais significativas do que um presente convencional |
Gestos simples e presentes originais agradam até mais
Ganhar presente é muito bom; entregar para quem a gente gosta, também. E quando se trata de carinho, tamanho não é mesmo documento. Gestos simples e gratuitos podem agradar e fazer encher o coração de quem recebe. Um presente fica ainda mais especial quando é feito com doçura, criatividade e, de preferência, de forma artesanal. E não é preciso muita habilidade para isso.
A psicóloga cognitivo-comportamental Mara Lúcia Madureira afirma que não apenas no final do ano, mas em qualquer ocasião, mesmo sem a formalidade do calendário, é possível manifestar apreço e carinho sem ter de gastar com presentes convencionais, industrializados e impessoais. “Um gesto bem intencionado e elaborado com cuidado pode valer mais do que mil presentes. Especialmente quando direcionado a pessoas sensíveis e emocionalmente sadias.”
Você pode presentear alguém sem gastar nada ou muito pouco. Pode ser uma atitude ou algo simples. O tempo para a elaboração pode ser dividido em várias semanas, por poucas horas diárias ou aos finais de semana. Basta vontade e dedicação. Podem-se reaproveitar bijuterias sem uso para compor os detalhes. Caixas de papel, garrafas, vidros, latinhas, frascos vazios e vasinhos plásticos podem ser adornados com flores e folhas desidratadas, pedaços de tecidos, cordas, entre outros. E estas são só algumas sugestões. O Diário hoje ajuda você a fazer muito por bem pouco.
Ganhar presente é muito bom; entregar para quem a gente gosta, também. E quando se trata de carinho, tamanho não é mesmo documento. Gestos simples e gratuitos podem agradar e fazer encher o coração de quem recebe. Um presente fica ainda mais especial quando é feito com doçura, criatividade e, de preferência, de forma artesanal. E não é preciso muita habilidade para isso.
A psicóloga cognitivo-comportamental Mara Lúcia Madureira afirma que não apenas no final do ano, mas em qualquer ocasião, mesmo sem a formalidade do calendário, é possível manifestar apreço e carinho sem ter de gastar com presentes convencionais, industrializados e impessoais. “Um gesto bem intencionado e elaborado com cuidado pode valer mais do que mil presentes. Especialmente quando direcionado a pessoas sensíveis e emocionalmente sadias.”
Você pode presentear alguém sem gastar nada ou muito pouco. Pode ser uma atitude ou algo simples. O tempo para a elaboração pode ser dividido em várias semanas, por poucas horas diárias ou aos finais de semana. Basta vontade e dedicação. Podem-se reaproveitar bijuterias sem uso para compor os detalhes. Caixas de papel, garrafas, vidros, latinhas, frascos vazios e vasinhos plásticos podem ser adornados com flores e folhas desidratadas, pedaços de tecidos, cordas, entre outros. E estas são só algumas sugestões. O Diário hoje ajuda você a fazer muito por bem pouco.
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