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II INTERNATIONAL SIMPOSIUM OF TRADITIONAL MEDICINE AND CONTEMPLATIVE PRACTICES

http://proex.epm.br/eventos10/medicinas_tradicionais/index.html

II Simpósio Internacional de Medicinas Tradicionais e Práticas Contemplativas


17-04. TERAPIAS COMPLEMENTARES (ACUPUNTURA, BIOFEEDBACK, HIPNOSE E MEDITAÇÃO) EM PSICOTERAPIA (TERAPIA COGNITIVO-COMPORTAMENTAL): RELATOS DE UMA EXPERIÊNCIA

NEVES NETO AR
Hospital Beneficência Portuguesa de São Paulo
armandopsico@hotmail.com

Introdução: As terapias complementares e/ou integrativas estão se incorporando rapidamente às práticas de saúde convencionais e/ou ortodoxas, impulsionadas pelos usuários / pacientes, centros de pesquisa (ex. Unidade de Medicina Comportamental da UNIFESP, entre outros) e por políticas públicas (ex. Política Nacional de Práticas Integrativas e Complementares (PNPIC) no Sistema Único de Saúde. 971/2006, Lei Ordinário de São Paulo 13717/2004, entre outros), mas é indispensável que os rofissionais das abordagens convencionais reflitam criticamente sobre as possibilidades e desafios desta integração. Objetivos: Discorrer sobre o ensino, a pesquisa e a prática da psicoterapia (Terapia Cognitivo-Comportamental) e a utilização de terapias complementares (ex. acupuntura, biofeedback, hipnose e meditação) como recursos adicionais à prática da psicoterapia no tratamento de transtornos mentais e do
comportamento. Método: Revisão narrativa / relato de experiência sobre a vivência docente no ensino e supervisão clínica de Terapia Cognitivo-Comportamental e terapias complementares no curso de pós-graduação lato-sensu (especialização) em Medicina Comportamental do Departamento de Psicobiologia da UNIFESP e do curso de aprimoramento em Terapia Cognitivo-Comportamental do Ambulatório de Ansiedade do Instituto de Psiquiatria do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da USP.
Resultados: A discussão da integração entre psicoterapia (Terapia Cognitivo-Comportamental) e terapias complementares (acupuntura, biofeedback, hipnose e meditação) ainda é insipiente em nosso meio, apesar do volume de estudos científicos que vem demonstrando eficácia e segurança na aplicação das terapias complementares para o tratamento de diversos transtornos mentais e do comportamento. Alguns avanços se dão pela regulamentação do Conselho Federal de Psicologia sobre a prática da acupuntura (CFP 005/02) e da criação da Sociedade Brasileira de Psicologia e Acupuntura (SOBRAPA), e também da regulamentação da hipnose (CFP 013/00). O biofeedback (biorretroalimentação) possui uma forte tradição na psicologia norteamericana, embasado nas teorias da aprendizagem (ex. reforçamento, modelagem) e das neurociências cognitivas (ex. mediação cognitiva). As práticas contemplativas e/ou
meditativas (ex. mindfulness), em nosso meio, começam a ganhar espaço após o encontro do pioneiro da terapia cognitiva Dr. Aaron Beck com S.S. Dalai Lama no encontro internacional de terapia cognitiva (Suécia, 2005). Para uma integração saudável é fundamental uma postura crítica, baseada nas evidências científicas atuais, porém aberta e flexível ao novo ou incomum. Conclusão: O conhecimento científico deverá estimular a integração das práticas que demonstrarem eficácia e segurança, mas a formação básica dos profissionais ortodoxos deve incentivar uma postura verdadeiramente científica, ou seja, flexível aos novos dados e realidades, mesmo quando estes contradizem práticas já estabelecidas.

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