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Combatendo a depressão

“A associação mais forte encontrada entre fatores psicológicos e condições físicas foi com a depressão.” (Weels et al., 1989).

Descrita por alguns autores como o "flagelo moderno", a depressão vem se expandindo no ocidente apesar de todos os esforços médicos para a pesquisa dos mecanismos cerebrais e das novas drogas para combatê-la. A depressão deve ser encarada como uma complexa doença, que afeta o indivíduo como um todo, ou seja, mente - corpo - espírito. Para o dr. Aaron Beck, fundador da Terapia Cognitiva, a depressão é decorrente de alterações no processamento das informações, denominando por tríade cognitiva da depressão, a visão negativa / pessimista relacionada a si-mesmo, ao mundo e ao futuro existentes em pessoas afetadas por esta condição. Para a Acupuntura / Medicina Tradicional Chinesa a depressão é decorrente de vários desequilíbrios da energia vital (Qi), por exemplo: na estagnação da energia do Fígado (denominado Gan / elemento Madeira), observamos como queixas comuns: humor deprimido, frustração, sensação de estar bloqueado na vida de maneira geral, e na auto-expressão e na criatividade em particular, pressão interna e desejo de agir, mas incerto sobre o caminho a tomar na vida. Ambos os modelos não são excludentes, uma vez que se referem a processos complementares, tais como: bioquímica cerebral, aspectos psicológicos / emocionais e energia vital. A Organização Mundial da Saúde (OMS) define saúde: "estado de completo bem-estar físico, psíquico e social e não meramente ausência de doença", fortalecendo o enfoque integrativo e a equipe multiprofissional.
A ciência moderna tem sido capaz de reconsiderar o papel das emoções na saúde humana. Cada vez mais as pesquisas apontam para a interdependência dos fatores biopsicossociais nos processos de saúde-doença, as causas passam a ser consideradas multifatoriais e os tratamentos cada vez mais precisam de intervenções multiprofissionais.
A coerência cardíaca é o campo de estudo da influência dos ritmos cardíacos no sistema nervoso e vice-versa. Alta variabilidade do ritmo cardíaco é atualmente considerado um sinal de saúde neuro-cardíaca, refletindo o equilíbrio entre os sistemas autonômos (simpático e parassimpático). Pessoas que vivenciam emoções positivas naturalmente produzem um aumento na variabilidade do ritmo cardíaco e do hormônio anti-envelhecimento (ex. DHEA), enquanto pessoas estressadas, deprimidas e irritadas acabam gerando pouca e caótica variabilidade do coração, um aumento na produção do hormônio do estresse (ex. cortisol) e envelhecimento precoce e etc.

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