Estresse, o assassino silencioso.
O estresse pode estar ligado a sete das dez doenças que mais matam no mundo.
Por Renata Sodré (Jornal Barra Notícias, RJ, 2008)
Quem nunca disse ao menos uma vez na vida a frase “Estou estressado”? A palavra que se tornou trivial no vocabulário e na vida das pessoas, é chamada de doença do século por alguns especialistas. O estresse, apesar de ter se tornado comum em nosso dia-a-dia, tem chamado a atenção de diversos médicos que alertam para as conseqüências danosas à saúde.Segundo o Professor Armando Ribeiro Neto, psicólogo especializado em gerenciamento do estresse, o maior perigo é que normalmente ele é imperceptível para a maioria das pessoas. “O ambiente de trabalho, escolar ou familiar acaba mascarando os sintomas. No trabalho pode ser responsável por baixa produtividade e faltas recorrentes, na escola pode representar baixo rendimento e no ambiente familiar, pode estar associado a problemas conjugais”, revela o professor.O psicólogo ainda ressalta a importância de conhecer os sinais do estresse. “É o primeiro passo para o auto-cuidado e para buscar ajuda. Qualquer pessoa que apresente persistência de cansaço, diminuição da produtividade, insônia, aumento de sudoreses e até diminuição no desejo sexual, deve procurar um profissional especializado”, diz.O estresse nada mais é do que uma resposta do organismo quando se está diante do perigo, ele prepara o corpo para fugir ou lutar. E é por essa definição que muitos especialistas enxergam o estresse como algo bom. Mas é preciso saber lidar com o problema, pois o estresse mata. “De acordo com a Organização Mundial de Saúde, o estresse pode estar associado a sete das dez doenças que mais matam no mundo, como doenças cardiovasculares e câncer”, enfatiza o professor.Não existe fórmula mágica para se evitar o estresse. A agitação da vida moderna, o trânsito e a violência são alguns dos fatores que nos trazem doses diárias desse mal. O que podemos fazer então para que o estresse não aja de maneira perigosa no nosso corpo e mente? A resposta é mais simples do que se pensa. Fazer algumas pequenas mudanças para incluir no cotidiano alguma atividade que nos dê prazer e mudar os hábitos alimentares, podem ajudar, e muito, contra os males do estresse.No entanto, para quem não consegue lidar com o problema sozinho, o gerenciamento de estresse é uma boa opção. “Os programas de gerenciamento de estresse incluem: avaliação do nível e fase de estresse, técnicas de respiração e de relaxamento, auto-regulação psicofisiológica pormeio de equipamentos de biofeedback, técnicas de meditação como a yoga, atividade física regular, alimentação anti-estresse e acupuntura energética, dentre outros”, conclui o professor e psicólogo Armando Ribeiro.
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