Não permita que pequenas chatices do dia a dia causem estresse e um grande estrago em sua saúde. Saiba combatê-las antes que você acabe de arrancar seus cabelos.
Por Mike Zimmerman e Sofia Solves (Revista Men´s Health, pp. 48-50, 2009)
Você dá murros na almofada do sofá quando seu time perde um jogo. Ou começa a ter tique nervoso quando olha no espelho e percebe que está ficando careca. Atenção: não são apenas reações de irritações passageiras, mas sim de estresse de verdade. O pior é que essas pequenas chatices podem ser mais perversas do que as grandes tragédias, porque nos vencem pela invisibilidade ou pelo cansaço. “Não as evitamos porque não as vemos como problema. Até o dia em que você explode”, diz o psicólogo Armando Ribeiro das Neves Neto, supervisor clínico de terapia cognitivo-comportamental na Universidade de São Paulo (USP).
Esses causadores de tensão podem ser crônicos e perigosos e, conforme crescem, comprometem a saúde: estressados têm 54% mais chances de sofrer ataque cardíaco, segundo estudo britânico de 2008 publicado no periódico European Heart Journal. E um trabalho sueco sugere que o estresse pode dobrar as chances de um homem desenvolver diabetes, 596 homens responderam a uma pesquisa no site da MH, para apontar os pequenos fatores de estresse que atravancam seu cotidiano. Aprenda a lidar com essas questões menores e foque no que realmente interessa: todo o resto da sua vida.
Fator de estresse: INSEGURANÇA
Não é de surpreender que o pagamento das contas, dos cartões de crédito e a preocupação com o orçamento doméstico estejam entre as maiores causas de estresse em nossa pequisa – 61% dos entrevistados sentem tensão de moderada a alta nessas situações. “Muito do estresse sobre as finanças tem a ver com incerteza – sobre sua situação financeira, claro mas muito mais sobre sua estabilidade no emprego. Não ter controle sobre isso acaba por consumir a pessoa”, diz Thomas Miller, psicólogo da Universidade de Kentuchy, nos EUA, e autor do livro Handbook of Stressful Transitions across the Lifespan (Guia das Transições Estressantes ao Longo da Vida).
Desarme a bomba: reflita sobre o que realmente deixa você de cabeça quente.São as contas mesmo ou sua situação profissional? Faça um exercício de autoconhecimento: porque isso é tão ruim? Mexe com sua autoestima, com os valores que você aprendeu com a sua família? Parta para uma caça aos fatos e consiga respostas para as questões mais espinhosas. Mas seja flexível. “Não conseguir pagar uma conta, em um mês, não significa que você seja um desastrado, um atrapalhado, que não tem valor ou que não vai ser valorizado como gerente, pai ou filho”, diz Armando Ribeiro. No campo profissional, se tiver uma relação de confiança com o seu chefe, comente sobre o clima de instabilidade. E dê um jeito de saber se você se encaixa nos planos da empresa e o que pode fazer para se tornar mais valioso. “Quanto mais respostas você conseguir, mais clareza terá sobre os fatos e sobre sua situação. E isso proporciona maior controle”, diz Miller. (CONTINUAÇÃO...)
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