Pelo nome é um dos recursos terapêuticos mais conhecidos. A prática vai além da atividade física, promovendo o equilíbrio de emoções e da mente
Yoga é de origem indiana e trabalha diversos aspectos do corpo, da mente e do espírito. Os primeiros estudos científicos foram conduzidos em 1924 pelo Swami Kuvalayananda, que é considerado o pioneiro da yogaterapia. A prática pode reduzir o estresse, aliviar a ansiedade, depressão e insônia, além de melhorar a aptidão física, força e flexibilidade de maneira geral.
Em 2013, no primeiro ano da turma de Yoga de Arroio Trinta (SC), tinham somente 13 praticantes. Passados quatro anos são 176 usuários. “O yoga é indicado para grande maioria dos usuários. É feita avaliação inicial por um fisioterapeuta antes do paciente ser encaminhado. A prática beneficia os cidadãos no cuidado integral à saùde e também aos cofres públicos, pois necessita apenas de recurso humano capacitado, o que gera baixo investimento financeiro por parte da gestão”, afirma Magda Donadeli fisioterapeuta e acupunturista.
Os cidadãos podem participar por livre demanda ou serem encaminhados por profissionais da única Unidade Básica de Saúde (UBS). O local das oficinas é em uma sala dentro da UBS, projetada para as Práticas Integrativas e Complementares (PICS). O atendimento PICS é desenvolvido pela equipe do Núcleo de Apoio à Saúde da Família (Nasf).
O município tem pouco mais de 3500 habitantes. Atualmente, 4,9% da população participa das oficinas semanais de práticas integrativas. Além de Yoga, Arroio Trinta oferta acupuntura e auriculoterapia há 10 anos. Nesse período, dados mostram diminuição significativa do número de consultas médicas com queixas de ansiedade, tristeza, insônia, dores articulares, osteo-musculares. “Conhecia a Yoga da televisão, de algumas reportagens que tinha visto. Tive interesse em participar depois de ouvir tanta gente dizer que eram ótimas as oficinas da unidade. Antes, tinha dores no ombro e joelho. Já não sinto mais nada”, explica Doralina Costa, 61 anos, praticante há três anos.
Diretrizes
A Política Nacional de Práticas Integrativas e Complementares (PNPIC) traz orientações para estruturar as práticas nos serviços da Atenção Básica, como incentivo à inserção da Política em todos os níveis de atenção, com ênfase na Atenção Básica; desenvolvimento da PNPIC em caráter multiprofissional, para as categorias presentes no SUS; implantação e implementação de ações e fortalecimento de iniciativas existentes; estabelecimento de mecanismos de financiamento; elaboração de normas técnicas e operacionais para a implantação e o desenvolvimento dessas abordagens no SUS; e articulação com a Política Nacional de Atenção à Saúde (PNAB) e demais políticas do Ministério da Saúde.
Foi a partir das orientações da Política que Araraquara (SP), adotou há pouco mais de quatro meses a Yoga no rol de serviços da Atenção Básica. A prática toma as manhãs e as tardes de terça e quinta-feira no Centro de Referência da Mulher. “A participação e aderência foi grande em tão pouco tempo de oferta. Hoje temos fila de espera. Há relatos dos participantes com relação a melhora de dores nas costas e bem estar geral”, conta Adalberto Grifoni na Secretaria de Saúde, responsável pelo programa Academia da Saúde e todos os programas que envolvam Práticas Corporais.
Além de ser ofertado aos usuários no Centro, a prática também é encontrada na Academia da Saúde Jardim Acapulco, Cruzeiro do Sul e no Centro de Referência e Assistência Vale do Sol.
As PICS foram implantadas no municípios em 2001, com Lian Gong — prática corporal elaborada na década de 70 pelo Dr. Zhuang Yuan Ming, médico ortopedista da Medicina Tradicional Chinesa. Atualmente, os cidadãos de Araraquara têm acesso a outras 10 práticas corporais diferentes nos polos de Academia da Saúde e Centros de Referência.
Boas experiências
Histórias como a de Araraquara (SP) e Arroio Trinta (SC) têm em todo o país. Se no seu município há oferta de homeopatia, Medicina antroposófica, termalismo social/crenoterapia, osteopatia, quiropraxia, Reiki ou Ayurveda, envie sua história para o e-mail: educomunicacao.dab@gmail.com. Queremos divulgar experiências bem sucedidas para incentivar outros municípios a investirem na estruturação das PICS, bem como na melhoria da promoção, prevenção e cuidado da população.
Fonte: Portal da Saúde
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