terça-feira, julho 10, 2012


IX Congresso Brasileiro de Psicopedagogia - ABPp
I Simpósio Internacional de Neurociências, Saúde Mental e Educação - CEPP 
Diálogos entre Neurociências, Saúde Mental e Educação

São Paulo - SP, 5 a 8 de julho de 2012



Estresse, depressão e burnout no educador

Durante o congresso houve a apresentação da mesa-redonda "Estresse, depressão e burnout no educador" com a participação dos palestrantes: Adriana Loduca, Armando Ribeiro, Cristiane Tacla, Elisa Kozasa e Érica de Souza. 

Ementas das apresentações:

Armando Ribeiro
O objetivo desta palestra é apresentar dados relativos ao estresse do educador, principalmente coletados no programa de avaliação do estresse do Hospital Beneficência Portuguesa de São Paulo. O estresse é uma reação de adaptação natural às adversidades, mas que pode cronicamente fragilizar à saúde física e emocional. Tanto os profissionais da saúde, quanto os educadores precisam estar preparados para identificar e gerenciar os níveis de estresse prejudiciais à saúde e ao trabalho docente. Serão demonstrados alguns indícios da resposta psicofísica do estresse (distresse / carga alostática) no sistema nervoso central e autônomo, através da utilização de equipamento de biofeedback da variabilidade da frequência cardíaca (bpm).

Cristiane Tacla
Essa palestra tem por objetivo descrever a Síndrome de Bournout entre Educadores e discutir consequências, preditores, capacidade de resiliência, fatores de proteção, intervenção e prevenção associados ao quadro.


Elisa Kozasa
Todos já tivemos um episódio emocional do qual nos arrependemos, especialmente quando estressados. Infelizmente ele pode acontecer em momentos importantes, gerar conseqüências duradouras e até mesmo mudar o rumo de nossas vidas. Mas, será que poderia ter sido diferente? 
As emoções são fundamentais para nossa sobrevivência e proteção enquanto indivíduos e para estabelecer conexões com os outros membros da sociedade. A raiva, por exemplo, muitas vezes vista como uma emoção destrutiva é necessária e não pode ser suprimida para defender a si mesmo e ao grupo contra uma injustiça ou ameaça. Mas como “fazer uso” da raiva de maneira construtiva e evitar que ela tome proporções desajustadas que levam à violência gratuita?

Criatividade, flexibilidade mental, auto-controle e disciplina, são características que dependem do desenvolvimento das chamadas funções executivas, e há evidência de que elas podem ser desenvolvidas em crianças e adolescentes por jogos (computadorizados ou não), atividades físicas (de artes marciais a yoga) e o  treinamento em práticas meditativas. Estas características parecem centrais para o equilíbrio emocional. 

Para adultos, há programas educativos que envolvem práticas meditativas e que  desenvolvem a atenção plena, a habilidade de lidar com situações estressoras e reconhecer as emoções. A proposta destes programas é nos ajudar a ter uma possibilidade de escolha emocional, de desenvolver mais emoções mais construtivas e reduzir a hostilidade.

É sobre esta área da educação emocional e das práticas meditativas, ainda desconhecida em boa parte das escolas formais e dos ambientes sociais humanos que será abordada nesta apresentação.