segunda-feira, fevereiro 28, 2011

Grupo de Estudos - Técnicas em Terapia Cognitivo-Comportamental

O grupo de estudos sobre "Técnicas em Terapia Cognitivo-Comportamental" tem como objetivo principal discutir criticamente sobre os fundamentos éticos, teóricos e práticos das principais estratégias terapêuticas difundidas pela Terapia Cognitivo-Comportamental em psicologia clínica / psicoterapia e psicologia hospitalar. O grupo de estudos será um espaço voltado à troca de informações científicas (baseadas em evidências) e práticas visando o aperfeiçoamento de estudantes e profissionais interessados no estudo e aplicação clínica desta abordagem.

Público-alvo: estudantes de Psicologia e psicólogos
Início: 14/03/2011 (2 encontros mensais / previamente agendados / 10 meses de duração)
Horário: 12h30 às 14h
Investimento: Consulte

Ministrante: Prof. Armando Ribeiro das Neves Neto. Professor e supervisor clínico de Terapia Cognitivo-Comportamental do curso de pós-graduação (lato-sensu) do AMBAN-IPQ-HCFMUSP, UNIFESP, ICTC, IPTC, entre outros. Autor e organizador do livro: Psicoterapia cognitivo-comportamental: possibilidades em clínica e saúde, Esetec, 2003.

Local:
Edifício Manhattan Office Center
Rua Vergueiro, 875, São Paulo – SP, 01504-001
Tel. (11) 3272-0406
E-mail: armandopsico@hotmail.com
Site: www.armandoribeiro.com

Vagas Limitadas!

Leia mais sobre Terapia Cognitivo-Comportamental no livro: "Psicoterapia cognitivo-comportamental: possibilidades em clínica e saúde". A Terapia Cognitivo-Comportamental vem se expandindo velozmente em nosso meio profissional, sendo absorvida em diferentes contextos clínicos e instituições de saúde. A existência de um modelo compreensivo, baseado em uma filosofia pragmática, na utilização de estratégias cientificamente embasadas, no diálogo íntimo com a psiquiatria e demais neurociências e uma relação terapêutica ética e humanizada permitem sustentar a afirmação que a TCC é uma das principais opções de tratamento que atualmente responde à realidade social, científica e econômica brasileira e mundial.

terça-feira, fevereiro 15, 2011

Biofeedback em Gerenciamento do Estresse - Youtube

Trecho da entrevista do psicólogo e consultor em gerenciamento do estresse Prof. Armando Ribeiro das Neves Neto sobre a utilização da tecnologia de equipamentos de biofeedback, aplicados à Terapia Cognitivo-Comportamental para a redução do estresse e tratamento das doenças psicossomáticas.


http://www.youtube.com/watch?v=cOWKBQMGFqM

sexta-feira, fevereiro 11, 2011

Curso Básico de Biofeedback

Curso Básico de Biofeedback

Ministrante: Prof. Armando Ribeiro das Neves Neto

Trata-se de um curso teórico-demonstrativo especialmente desenvolvido para ensinar aos participantes a incorporar o biofeedback como ferramenta em sua prática clínica, voltado à Terapia Cognitivo-Comportamental. O foco deste curso será sobre o treino de coerência cardíaca (utilizando equipamento de biofeedback para monitoramento da variabilidade do ritmo cardíaco).

Objetivos: Revisar os aspectos históricos, teóricos e técnicos relevantes a utilização dos equipamentos de biofeedback na área da psicoterapia (Terapia Cognitivo-Comportamental) e demonstrar os principais equipamentos e as estratégias utilizadas.

Carga horária: 8 horas
Público-alvo: psicólogos

Conteúdo Programático:
· Aspectos históricos, filosóficos e éticos do emprego do biofeedback na psicoterapia
· Psicofisiologia aplicada ao biofeedback
· Biossegurança aplicada ao biofeedback
· Biofeedback em Terapia Cognitivo-Comportamental
· Aplicações clínicas do biofeedback baseado em evidências

Data: 31/03/2012 (VAGAS LIMITADAS!!!)
Horário: 9h às 18h (1h de almoço)
Investimento: Consulte

Observação: Todos os participantes receberão material de apoio e certificado de participação. Para a inscrição, por favor, entrar em contato por email (armandopsico@hotmail.com). As inscrições serão encerradas no dia 23/03 ou até finalizarem as vagas. Vagas Limitadas!!!
Local:

Tulip Inn - Paulista Convention - HOTEL
Rua Apeninos, 1070, Paraíso, 04104-021, São Paulo - SP

Mais informações / contatos:
Tel. (11) 3272-0406
E-mail: armandopsico@hotmail.com
Site: www.armandoribeiro.com
Rua Vergueiro, 875, sl. 81, São Paulo - SP, 01504-001, (próx. metrô vergueiro)


Leia mais sobre o processo de biofeedback associado à psicoterapia no artigo "Biofeedback em Terapia Cognitivo-Comportamental", publicado na revista Arquivos Médicos da Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de Misericórdia de São Paulo (FCMSCSP). O objetivo deste artigo é descrever a utilização do biofeedback como um recurso terapêutico complementar à psicoterapia (Terapia Cognitivo-Comportamental). O biofeedback poderá oferecer aos profissionais da saúde mental uma nova ferramenta terapêutica, não-invasiva, não medicamentosa, que tem o potencial de ampliar o conhecimento sobre a interface corpo e mente, tornando a psicoterapia uma intervenção mais objetiva e ampliando o potencial humano para o controle das queixas psicossomáticas.
http://intranet.fcmscsp.edu.br/files/file/AR6.pdf

Assita também a entrevista sobre biofeedback e gerenciamento do estresse, no youtube.

quarta-feira, fevereiro 09, 2011

IV Congresso Internacional de Stress

IV Congresso Internacional de Stress: Pesquisa e Prática
Instituto Psicológico de Controle do Stress (IPCS)
Associação Brasileira do Stress (ABS)
Campinas - SP, 31/03/2011 a 02/04/2011

11° Congresso de Stress da ISMA-BR

Trabalho, Stress e Saúde: riscos psicossociais – da teoria à ação
28 a 30/6/2011, 8h30 – 18h
Centro de Eventos Plaza São Rafael, Porto Alegre, RS

quinta-feira, fevereiro 03, 2011

Comportamento e Infecção Hospitalar

APECIH JORNAL - Ano 18 - Nº 1
Informativo da Associação Paulista de Estudos e Controle de Infecção Hospitalar

Ciências do Comportamento e Infecção Hospitalar III:
Por que e como as pessoas mudam seus comportamentos?

Armando Ribeiro das Neves Neto
Psicólogo

Por que e como as pessoas mudam seus comportamentos vem se tornando uma das questões fundamentais na prática dos profissionais envolvidos em controle de infecção hospitalar. Frequentemente recebemos contatos de médicos, enfermeiros e tantos outros profissionais da saúde com estas questões que nos remetem aos mais antigos adágios filosóficos como o “Conhece a ti mesmo” escrito no templo de Delfos.

Diversas escolas do pensamento psicológico vêm tentando responder ao por que e como as pessoas mudam seus comportamentos, e algumas respostas atualmente foram fornecidas pela área denominada por Psicologia da Saúde. Existem diversos modelos psicológicos, pois a complexidade do comportamento humano exige estratégias diferentes para abordá-los.

Resumiremos alguns dos conceitos principais das ciências do comportamento aplicadas à área de Infecção Hospitalar. Houve uma grande revolução no modo como a Psicologia da Saúde busca compreender e explicar os comportamentos de risco e proteção, sejam estes individuais ou coletivos. A adequação dos comportamentos humanos a fim de prevenir riscos ocupacionais envolvendo material biológico não é uma classe de comportamentos diferentes dos demais comportamentos apresentados na vida cotidiana, portanto a revolução da psicologia cognitiva aponta para o reconhecimento dos fatores e valores intrínsecos ao modo do indivíduo avaliar às diversas situações do ambiente, ou seja, não é o ambiente o maior responsável pelos comportamentos adotados, mas a atenção seletiva destes indivíduos que está relacionada aos sistemas de crenças, valores e opiniões próprias. O foco então será voltado às cognições de saúde e doença dos profissionais envolvidos em controle de infecção hospitalar, mais do que seu perfil profissional, ou o seu background teórico/técnico ou infra-estrutura e equipamentos disponíveis no ambiente hospitalar.

O filósofo estóico Epicteto (55 d.C.) já dizia “Não são as coisas que nos perturbam, mas a forma como interpretamos o seu significado”.

Diante deste novo paradigma, a questão sobre o porquê as pessoas mudam fica ligada a todas as propostas que buscam compreender as verdades individuais, e não aquelas advindas de um conhecimento formal e exterior. Alguns modelos atuais descritos na literatura são: Modelo de Crenças em Saúde de Rosenstock, Modelo da Cognição Social e Auto-eficácia de Albert Bandura, Modelo Transteórico de Mudança do Comportamento de Prochaska e DiClemente, Teoria da Motivação para a Proteção de Rogers e etc.

A importância de se estabelecer o porquê as pessoas mudam os seus comportamentos, leva a segunda questão deste artigo: como então estabelecer mudanças comportamentais e duradouras em direção ao conhecimento atual sobre prevenção em controle de infecção hospitalar? A resposta continua sendo: mude suas crenças e valores individuais através de
uma proposta que envolva uma aprendizagem grupal personalizada e afetiva.

As dinâmicas grupais precisam fazer parte das diversas abordagens voltadas às mudanças dos comportamentos de risco e proteção a acidentes. A partir do levantamento das crenças pessoais e coletivas inadequadas (exemplos: “isso nunca acontecerá comigo”, “se contar que me acidentei serei julgado incapaz”, “minhas mãos são/ estão limpas”, “não tenho tempo para isso”, “se disser que tenho dúvidas, irão me rotular como um mau profissional”, “já sei de tudo isso” e etc.), a estratégia deve propor através de um clima descontraído e não punitivo, a vivência de cenas que levem a reflexão individual e coletiva das crenças desadaptativas mais importantes relacionadas a mudança comportamental desejada. Não pode faltar a dose certa de emoção, pois crenças individuais e coletivas são baseadas em uma construção afetivo-cognitiva, ou seja, só mudamos o que faz sentido para nós e o sentido advém de uma emoção agradável.

A teoria sobre a aprendizagem dependente de estado, resumidamente, alerta para a necessidade de se estabelecer um estado de atenção focada na tarefa e associada a um contexto de prazer e satisfação, pois só assim poderemos transformar a luta diária dos profissionais de controle de infecção hospitalar em uma atividade menos desgastante para o próprio profissional e potencialmente mais próxima da mudança comportamental desejada.


Bibliografia consultada

Brannon L, Feist J. Health Psychology: An introduction to behavior and health. USA: Wadsworth, 1999.

Neves Neto AR. Psicoterapia Cognitivo-Comportamental: Possibilidades em Clínica e Saúde. Santo André: Esetec, 2003.
Neves Neto AR. Ciências do Comportamento e Infecção Hospitalar. Jornal da Associação Paulista de Estudos e Controle de Infecção Hospitalar – APECIH. 16(3): 02, 2003.
Ogden J. Psicologia da Saúde. Portugal: Climepsi, 1999.
Straub RO. Psicologia da Saúde. Porto Alegre: Artmed, 2005.














APECIH JORNAL - Ano 18 - Nº 1

II INTERNATIONAL SIMPOSIUM OF TRADITIONAL MEDICINE AND CONTEMPLATIVE PRACTICES

http://proex.epm.br/eventos10/medicinas_tradicionais/index.html

II Simpósio Internacional de Medicinas Tradicionais e Práticas Contemplativas


17-04. TERAPIAS COMPLEMENTARES (ACUPUNTURA, BIOFEEDBACK, HIPNOSE E MEDITAÇÃO) EM PSICOTERAPIA (TERAPIA COGNITIVO-COMPORTAMENTAL): RELATOS DE UMA EXPERIÊNCIA

NEVES NETO AR
Hospital Beneficência Portuguesa de São Paulo
armandopsico@hotmail.com

Introdução: As terapias complementares e/ou integrativas estão se incorporando rapidamente às práticas de saúde convencionais e/ou ortodoxas, impulsionadas pelos usuários / pacientes, centros de pesquisa (ex. Unidade de Medicina Comportamental da UNIFESP, entre outros) e por políticas públicas (ex. Política Nacional de Práticas Integrativas e Complementares (PNPIC) no Sistema Único de Saúde. 971/2006, Lei Ordinário de São Paulo 13717/2004, entre outros), mas é indispensável que os rofissionais das abordagens convencionais reflitam criticamente sobre as possibilidades e desafios desta integração. Objetivos: Discorrer sobre o ensino, a pesquisa e a prática da psicoterapia (Terapia Cognitivo-Comportamental) e a utilização de terapias complementares (ex. acupuntura, biofeedback, hipnose e meditação) como recursos adicionais à prática da psicoterapia no tratamento de transtornos mentais e do
comportamento. Método: Revisão narrativa / relato de experiência sobre a vivência docente no ensino e supervisão clínica de Terapia Cognitivo-Comportamental e terapias complementares no curso de pós-graduação lato-sensu (especialização) em Medicina Comportamental do Departamento de Psicobiologia da UNIFESP e do curso de aprimoramento em Terapia Cognitivo-Comportamental do Ambulatório de Ansiedade do Instituto de Psiquiatria do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da USP.
Resultados: A discussão da integração entre psicoterapia (Terapia Cognitivo-Comportamental) e terapias complementares (acupuntura, biofeedback, hipnose e meditação) ainda é insipiente em nosso meio, apesar do volume de estudos científicos que vem demonstrando eficácia e segurança na aplicação das terapias complementares para o tratamento de diversos transtornos mentais e do comportamento. Alguns avanços se dão pela regulamentação do Conselho Federal de Psicologia sobre a prática da acupuntura (CFP 005/02) e da criação da Sociedade Brasileira de Psicologia e Acupuntura (SOBRAPA), e também da regulamentação da hipnose (CFP 013/00). O biofeedback (biorretroalimentação) possui uma forte tradição na psicologia norteamericana, embasado nas teorias da aprendizagem (ex. reforçamento, modelagem) e das neurociências cognitivas (ex. mediação cognitiva). As práticas contemplativas e/ou
meditativas (ex. mindfulness), em nosso meio, começam a ganhar espaço após o encontro do pioneiro da terapia cognitiva Dr. Aaron Beck com S.S. Dalai Lama no encontro internacional de terapia cognitiva (Suécia, 2005). Para uma integração saudável é fundamental uma postura crítica, baseada nas evidências científicas atuais, porém aberta e flexível ao novo ou incomum. Conclusão: O conhecimento científico deverá estimular a integração das práticas que demonstrarem eficácia e segurança, mas a formação básica dos profissionais ortodoxos deve incentivar uma postura verdadeiramente científica, ou seja, flexível aos novos dados e realidades, mesmo quando estes contradizem práticas já estabelecidas.

quarta-feira, fevereiro 02, 2011

Problemas emocionais prejudicam os intestinos

Folha Universal



As causas da Síndrome do Intestino Irritável (SII) ou Síndrome do Cólon Irritável (SCI), como preferem chamar os especialistas, ainda não são bem conhecidas. Sabe-se ao certo que ela, além de provocar um sério desconforto, ainda atinge pessoas de todas as camadas sociais, entre 30 e 50 anos, sendo mais presente entre o sexo feminino. Estatísticas mostram que só nos Estados Unidos e alguns países da Europa, de 10% a 20% dos cidadãos sofrem deste mal. No Brasil, em um população de 181.581.024 pessoas (dados do IBGE/2004) há registros de que pelo menos 10% tenham a síndrome.

Os sintomas normalmente variam com o tempo. A dor, por exemplo, pode ser sentida em vários lugares e até mesmo a aparência das fezes costuma variar de um dia para o outro, ficando amolecidas ou aquosas. O número de evacuações também pode cair abaixo do habitual, chegando em alguns casos a menos de uma vez por semana. Tudo acompanhado de estufamento, períodos de diarréia e constipação, gases e sensação de esvaziamento incompleto após a evacuação.

É comum que as pessoas confundam os sintomas da SII com a existência de outras doenças graves, que também causam dor e mudança no hábito intestinal. Mas, elas são muito mais raras e possuem sinais específicos como sangramento e vômito. Mesmo assim, é grande o número de pessoas que procuram um médico por estarem com medo de ter algo como câncer, colite, úlceras ou AIDS. Na verdade a SII apresenta características claras, de um problema funcional e não de algo mais sério.

O professor de cirurgia do aparelho digestivo e do departamento de gastroenterologia da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (FMUSP), doutor Bruno Zilberstein, diz que este tipo de desarranjo tem como base principal os fatores de ordem emocional. Segundo ele, este quadro clínico surge em virtude de uma somatização de fatores, que provocam uma transferência de emoções para o intestino grosso, ocasionando uma contração muito forte.

O diagnóstico, como explica Zilberstein, é feito por exclusão, ou seja, através de exames para se comprovar a não existência de tumores e outras anomalias de fundo orgânico, como a diverticulite. Ele acrescenta que feito isto, a melhor maneira de diagnosticar a SII é uma radiografia do intestino grosso. No entanto, apesar de uma evolução benigna, a síndrome do intestino irritável, se não for tratada a tempo, pode se agravar.

(...) "O tratamento da Síndrome do Cólon Irritável é multidisciplinar, sendo feito pelo médico, psicólogo, psicanalista ou psiquiatra. Não dá para tratar só com medicamentos, a não ser que se tenha um fundo alérgico como causa", ressalta o gastroenterologista.

No caso de pessoas com SII, o emprego de medicamentos é indicado apenas de acordo com cada caso. Para as dores e distensão abdominais, são utilizados os antiespasmódicos específicos. Duas drogas com estas características são de uso corrente no Brasil: o brometo de pinavério e o cloridrato de mebeverina. Nos pacientes nos quais a constipação predomina, o aumento de fibras na dieta ou o uso de produtos que estimulam as evacuações também são indicados.

Em um recente artigo, o médico assistente do departamento de gastroenterologia da FMUSP, Anderson Damião, afirmou que os pacientes com a síndrome, em geral são ansiosos, tensos, deprimidos e, às vezes, repletos de fobias. Segundo ele, isto denota a importância de que o diagnóstico seja bem explicado. Para o médico, este fator é fundamental para o êxito no tratamento. Ele também ressalta que raramente o psiquiatra precisa ser consultado, mas o encaminhamento a ele não deve ser retardado nos casos indicados.

Psicoterapia como alternativa

O psicoterapeuta Armando Ribeiro das Neves Neto, afirma que todos os pacientes que lhe são encaminhados com sintomas da SII são tratados com psicoterapia. Segundo ele, isto só ocorre quando um médico percebe que o cólon irritável é apenas a reação de um distúrbio emocional qualquer, como depressão ou ansiedade. Armando Ribeiro das Neves Neto acrescenta que a partir daí inicia-se um tratamento padrão, denominado terapia cognitivo-comportamental, que por exemplo, mostra a uma pessoa com dores no abdômen que aquilo não é tão grave quanto ela imagina. Na sequência, também são utilizadas técnicas de relaxamento.

A duração destes tratamentos é variada. Existem casos que podem ser resolvidos com apenas algumas sessões, e outros que se prolongam por um ou até dois anos. "Se for só Síndrome do Cólon Irritável o tratamento é simples, mas é que geralmente atrelado a isto temos um quadro de ansiedade, uma fobia, uma depressão ou outras doenças que também necessitam ser tratadas", diz Armando Ribeiro das Neves Neto.

No entanto, o psicoterapeuta alerta para o fato de que muitas vezes o fator psicológico do paciente nem sempre recebe a atenção devida por parte de alguns especialistas, que preferem não dar importância ao fato. "Eu já tive muitos pacientes com os quais o primeiro passo foi trabalhar com o trauma da consulta médica. Esta síndrome não é grave, não leva à morte, mas o sofrimento é muito grande", diz.

Para finalizar, Armando Ribeiro das Neves Neto destaca que os distúrbios psicológicos para o portador da síndrome do intestino irritável pioram à medida em que ele vê que à doença começa a interferir em coisas simples como ir ao trabalho ou a escola. 

(Texto adaptado)

Emoções e disfunções orgânicas

Revista da Associação Brasileira de Colite Ulcerativa e Doença de Crohn - ABCD em FOCO


O que são as emoções? Como podemos percebê-las sem ser traídos por elas? Como fazer para que nossas emoções cooperem no processo de cura das doenças? Ter um bom autocontrole pode ser benéfico?

Apesar de todo o avanço tecnológico conquistado pelo homem, e mesmo depois de suas conquistas no terreno médico, não há ainda hoje uma única resposta para explicar de onde vem o amor ou como podemos evitar as emoções que nos trazem sofrimentos. O que sabemos é que as emoções são respostas humanas a estímulos internos e externos e que são sempre antecedidas por interpretações que fazemos desses estímulos. O problema pode começar porque, via de regra, respondemos a esses estímulos permitindo que ocorram no nosso corpo mudanças fisiológicas, comportamentais, sociais e até patológicas. Quem ainda não sentiu as mãos frias e úmidas numa situação de medo e ansiedade? Ou então as pernas trêmulas e a bexiga a ponto de explodir nos momentos de incertezas ou alegrias? É preciso ter consciência de que, tanto na doença quanto na saúde, o corpo e a mente são apenas um e respondem juntos a qualquer situação de ataque ou fuga. Para curar o corpo é necessário ter a mente também curada e vice-versa. Toda dor é a manifestação de um desequilíbrio, e a estabilidade do corpo, muito ao contrário, deve ser prioridade. Alguns treinamentos psicoterápicos, como relaxamento muscular progressivo e treinamento de habilidades sociais, podem mudar nossa forma de conviver e compreender à doença, tornando-nos mais aptos a viver saudavelmente e a enfrentar as intempéries do dia-a-dia." Prof. Armando Ribeiro das Neves Neto.