Prof Armando Ribeiro tem o prazer de ser o especialista convidado para ministrar a palestra "Soft Skills diferenciais na carreira médica. O que não ensinam nas universidades?" a convite das Ligas Acadêmicas de Medicina da UNICID de Oncologia (LOUNICID) e Psiquiatria (LAPQUNICID).
Blog do Prof Armando Ribeiro. Professor de Saúde Integrativa / Psicologia. Consultor organizacional especializado em Gestão do Estresse, Bem Estar e Qualidade de Vida no Trabalho. Pioneiro na discussão das Práticas Integrativas e Complementares (PIC) em Psicologia (Terapia Cognitivo-Comportamental) e Saúde Mental. Contato por e-mail: armandopsico@hotmail.com
sexta-feira, março 29, 2019
sábado, março 23, 2019
Soft Skills na Clínica Pediátrica - Curso de Atualização em Nutrologia Pediátrica
Um bocadinho da deliciosa conversa com os pediatras que resistem a cultura do caminho mais fácil (desembalar menos)... e dedicam suas vidas para uma infância mais nutritiva de afetos e doçuras do bem viver... (descascando mais). Curso de Atualização em Nutrologia Pediátrica do CAEPP - Cursos de Especialização e Atualização em Pediatria ministrado por docentes do Instituto da Criança do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo - IC-HCFMUSP e coordenado pela médica pediatra e nutróloga Profa. Dra. Denise Lellis. 👩🏻⚕️🍎
“Desenvolvendo competências não-técnicas ‘essential skills’ na clínica pediátrica” foi a minha aula no curso de atualização em “Nutrologia Pediátrica” coordenado pela Dra Denise Lellis no CAEPP / IC-HCFMUSP.
Bastidores da palestra sobre "soft skills" na prática pediátrica.
A Nutrologia estuda a interação dos alimentos com as atividades fisiológicas do ser humano. Realmente, somos o que comemos, desde o nascimento até a idade adulta. Os nossos hábitos alimentares podem determinar saúde ou doença (subnutrição ou obesidade).
A criança deve receber a nutrição mais adequada para o seu crescimento e desenvolvimento desde os primeiros dias de vida. O nutrólogo pediátrico pode realizar a melhor orientação e detectar possíveis carências nutricionais que potencialmente levam a prejuízo do crescimento e desenvolvimento cerebral/retiniano.
O nutrólogo pediátrico pode orientar e tratar as situações de subnutrição que comumente acompanham a queixa de “meu filho não come”, tão comum nos primeiros anos de vida. No outro extremo, é necessário enfatizar que aproximadamente 95% dos casos de obesidade na infância e adolescência são secundários aos maus hábitos alimentares e estilo de vida inadequado, sendo amplamente possível a prevenção e o tratamento desta epidêmica condição clínica nutricional. (Informações do site do Hospital Israelita Albert Einstein).
Feedback do curso...
Aprendendo com excelência...
Capa do slide.
quinta-feira, março 21, 2019
terça-feira, março 19, 2019
Pais devem tirar dúvidas de filhos sobre tragédia sem julgá-los
Pais devem tirar dúvidas de filhos sobre tragédia sem julgá-los
Desviar do assunto é uma atitude que deve ser evitada, assim como oferecer informações em excesso
Diante de uma tragédia como a que ocorreu em Suzano na última quarta-feira, quando dois jovens atiraram em alunos e funcionárias da Escola Estadual Professor Raul Brasil, os pais podem se questionar sobre o que devem fazer para tirar as dúvidas dos filhos sobre o caso sem aproximá-los dos detalhes violentos do ataque. Desviar do assunto é uma atitude que deve ser evitada, assim como oferecer informações em excesso, que podem passar a inquietar as crianças e os adolescentes.
Desviar do assunto é uma atitude que deve ser evitada, assim como oferecer informações em excesso
Diante de uma tragédia como a que ocorreu em Suzano na última quarta-feira, quando dois jovens atiraram em alunos e funcionárias da Escola Estadual Professor Raul Brasil, os pais podem se questionar sobre o que devem fazer para tirar as dúvidas dos filhos sobre o caso sem aproximá-los dos detalhes violentos do ataque. Desviar do assunto é uma atitude que deve ser evitada, assim como oferecer informações em excesso, que podem passar a inquietar as crianças e os adolescentes.
Especialista em gestão do estresse pela Universidade de Harvard, o psicólogo Armando Ribeiro diz que é preciso ajustar o discurso de acordo com a faixa etária e que o diálogo não deve ser feito em um momento em que a criança ou o adolescente está distraído. A curiosidade sobre a tragédia não deve ser julgada, mas tratada como um momento para entender o que o filho compreendeu ao ser exposto aos fatos.
Ainda segundo Ribeiro, a discussão também pode se estender ao acesso a imagens fortes e para a orientação dos jovens sobre o tipo de conteúdo que eles acessam em smartphones ou quando estão na internet. “A gente precisa ensinar a fazer uma gestão dessas informações. Depois que soube do acontecido, (a pessoa) tem de aprender a se autocontrolar para não ver mais nada. É um exercício que as escolas devem fornecer, mas tem de acontecer em casa. Essa avalanche de conteúdo deixa as pessoas soterradas por informações que elas não conseguem digerir.”
Como conversar com os filhos sobre um assunto tão trágico como o massacre na escola em Suzano?
Não pode se negar os fatos. Um dos grandes erros é querer desviar do assunto, achando que as crianças não têm compreensão. Isso faz com que elas interpretem o que aconteceu do seu próprio jeito. Para conversar sobre o assunto, a fala tem de ser adaptada para o grau de compreensão de cada faixa etária. Os pais não podem falar como faria com um adulto. Muitos estudiosos dizem que, antes de falar sobre qualquer assunto sério, é preciso criar uma conexão, estabelecer um lugar onde a fala tem de ter presença. Tem de ser olho no olho e no momento em que o adolescente está com atenção. Não pode ser quando ele está jogando videogame nem com o pai com um smartphone na mão. É interessante perguntar como eles entenderam o fato e o que eles pensam sobre aquele assunto. É importante também retomar a possibilidade da escuta sem julgamentos. Hoje, as crianças e os adolescentes são hiperinformados e o problema está em como se faz a interpretação dessas informações. Os pais têm de ajudar os filhos a digerir de forma construtiva essa avalanche de notícias sem dar lição de moral.
O senhor falou em adaptar a fala de acordo com a faixa etária. Como os pais podem fazer isso?
Não se deve falar para uma criança com o mesmo grau de descrição que se falaria com um adolescente. Se tem um filho maior, que vai entender como aconteceu, esse mesmo grau de detalhes não deve ser oferecido para uma criança menor. Os pais devem entender as dúvidas e devem evitar, mediante as várias faixa etárias, dar muita descrição do sofrimento e da violência em si
Os jovens não têm contato apenas com as notícias das tragédias, mas com imagens que acabam sendo enviadas para seus celulares. Como é possível lidar com isso?
Os próprios pais não conseguem fazer um gerenciamento correto dessas informações que chegam para eles, mas toda família precisa fazer uma conversa com presença, tentando ver como ele enxerga a situação. Depois que soube do acontecido, (a pessoa) tem de aprender a se autocontrolar para não ver mais nada. É um exercício que as escolas devem fornecer, mas tem de acontecer em casa. Essa avalanche de conteúdo deixa as pessoas soterradas por informações que elas não conseguem digerir. Os pais têm de ensinar a fazer um gerenciamento de informações que não têm utilidade prática para a vida e falar que tem imagem que não vale a pena ver. As famílias precisam ter momentos de desconexão das redes, porque vivemos em um mundo em que as informações vêm por todos os meios. As pessoas precisam estar jantando e não estar cada uma conectada no seu telefone, porque isso vem destruindo os raros momentos de reunião familiar. Não percam os filhos dentro de casa.
Os próprios pais não conseguem fazer um gerenciamento correto dessas informações que chegam para eles, mas toda família precisa fazer uma conversa com presença, tentando ver como ele enxerga a situação. Depois que soube do acontecido, (a pessoa) tem de aprender a se autocontrolar para não ver mais nada. É um exercício que as escolas devem fornecer, mas tem de acontecer em casa. Essa avalanche de conteúdo deixa as pessoas soterradas por informações que elas não conseguem digerir. Os pais têm de ensinar a fazer um gerenciamento de informações que não têm utilidade prática para a vida e falar que tem imagem que não vale a pena ver. As famílias precisam ter momentos de desconexão das redes, porque vivemos em um mundo em que as informações vêm por todos os meios. As pessoas precisam estar jantando e não estar cada uma conectada no seu telefone, porque isso vem destruindo os raros momentos de reunião familiar. Não percam os filhos dentro de casa.
Qual impacto o contato com esse tipo de informação pode causar nos jovens?
Existe o transtorno de estresse pós-traumático, que a gente achava que era resultado apenas em pessoas que viveram o trauma. Sabemos que uma pessoa pode desenvolvê-lo apenas por acompanhar notícias traumáticas, que podem fazer com que algumas crianças que tenham alguma vulnerabilidade apresentem sintomas desse transtorno, como excesso de ansiedade, tristeza, taquicardia, memórias da cena que acompanhou na televisão ou no celular, pesadelos recorrentes e medo de ir para a escola.
Existe o transtorno de estresse pós-traumático, que a gente achava que era resultado apenas em pessoas que viveram o trauma. Sabemos que uma pessoa pode desenvolvê-lo apenas por acompanhar notícias traumáticas, que podem fazer com que algumas crianças que tenham alguma vulnerabilidade apresentem sintomas desse transtorno, como excesso de ansiedade, tristeza, taquicardia, memórias da cena que acompanhou na televisão ou no celular, pesadelos recorrentes e medo de ir para a escola.
O que pode ser feito se, durante a conversa, os pais descobrirem que os filhos vivem uma situação problemática na escola?
As famílias não podem esconder a necessidade de buscar ajuda psicológica ou médica. Se o filho está triste, esquivo, tem medo da escola, medo de colegas ou brincadeiras, a busca por uma orientação psicológica deve fazer parte do desenvolvimento saudável. Vivemos muito tempo de preconceito por causa da busca por ajuda psicológica, mas a violência desmedida é resultado também dessa cultura que hostiliza a procura por ajuda emocional.
As famílias não podem esconder a necessidade de buscar ajuda psicológica ou médica. Se o filho está triste, esquivo, tem medo da escola, medo de colegas ou brincadeiras, a busca por uma orientação psicológica deve fazer parte do desenvolvimento saudável. Vivemos muito tempo de preconceito por causa da busca por ajuda psicológica, mas a violência desmedida é resultado também dessa cultura que hostiliza a procura por ajuda emocional.
Fonte: OLiberal
Pais devem orientar filhos sobre tragédia sem julgá-los, diz psicólogo
Pais devem orientar filhos sobre tragédia sem julgá-los, diz psicólogo
'Não pode se negar os fatos', diz especialista, mas oferecer informações em excesso podem passar a inquietar as crianças e os adolescentes
Diante de uma tragédia como a que ocorreu em Suzano na última quarta-feira (13), quando dois jovens atiraram em alunos e funcionárias da Escola Estadual Professor Raul Brasil, os pais podem se questionar sobre o que devem fazer para tirar as dúvidas dos filhos sobre o caso sem aproximá-los dos detalhes violentos do ataque. Desviar do assunto é uma atitude que deve ser evitada, assim como oferecer informações em excesso, que podem passar a inquietar as crianças e os adolescentes.
Especialista em gestão do estresse pela Universidade de Harvard, o psicólogo Armando Ribeiro diz que é preciso ajustar o discurso de acordo com a faixa etária e que o diálogo não deve ser feito em um momento em que a criança ou o adolescente está distraído. A curiosidade sobre a tragédia não deve ser julgada, mas tratada como um momento para entender o que o filho compreendeu ao ser exposto aos fatos.
Ainda segundo Ribeiro, a discussão também pode se estender ao acesso a imagens fortes e para a orientação dos jovens sobre o tipo de conteúdo que eles acessam em smartphones ou quando estão na internet. "A gente precisa ensinar a fazer uma gestão dessas informações. Depois que soube do acontecido, (a pessoa) tem de aprender a se autocontrolar para não ver mais nada. É um exercício que as escolas devem fornecer, mas tem de acontecer em casa. Essa avalanche de conteúdo deixa as pessoas soterradas por informações que elas não conseguem digerir."
Como conversar com os filhos sobre um assunto tão trágico como o massacre na escola em Suzano?
Não pode se negar os fatos. Um dos grandes erros é querer desviar do assunto, achando que as crianças não têm compreensão. Isso faz com que elas interpretem o que aconteceu do seu próprio jeito. Para conversar sobre o assunto, a fala tem de ser adaptada para o grau de compreensão de cada faixa etária. Os pais não podem falar como faria com um adulto. Muitos estudiosos dizem que, antes de falar sobre qualquer assunto sério, é preciso criar uma conexão, estabelecer um lugar onde a fala tem de ter presença. Tem de ser olho no olho e no momento em que o adolescente está com atenção. Não pode ser quando ele está jogando videogame nem com o pai com um smartphone na mão. É interessante perguntar como eles entenderam o fato e o que eles pensam sobre aquele assunto. É importante também retomar a possibilidade da escuta sem julgamentos. Hoje, as crianças e os adolescentes são hiperinformados e o problema está em como se faz a interpretação dessas informações. Os pais têm de ajudar os filhos a digerir de forma construtiva essa avalanche de notícias sem dar lição de moral.
O senhor falou em adaptar a fala de acordo com a faixa etária. Como os pais podem fazer isso?
Diante de uma tragédia como a que ocorreu em Suzano na última quarta-feira (13), quando dois jovens atiraram em alunos e funcionárias da Escola Estadual Professor Raul Brasil, os pais podem se questionar sobre o que devem fazer para tirar as dúvidas dos filhos sobre o caso sem aproximá-los dos detalhes violentos do ataque. Desviar do assunto é uma atitude que deve ser evitada, assim como oferecer informações em excesso, que podem passar a inquietar as crianças e os adolescentes.
Especialista em gestão do estresse pela Universidade de Harvard, o psicólogo Armando Ribeiro diz que é preciso ajustar o discurso de acordo com a faixa etária e que o diálogo não deve ser feito em um momento em que a criança ou o adolescente está distraído. A curiosidade sobre a tragédia não deve ser julgada, mas tratada como um momento para entender o que o filho compreendeu ao ser exposto aos fatos.
Ainda segundo Ribeiro, a discussão também pode se estender ao acesso a imagens fortes e para a orientação dos jovens sobre o tipo de conteúdo que eles acessam em smartphones ou quando estão na internet. "A gente precisa ensinar a fazer uma gestão dessas informações. Depois que soube do acontecido, (a pessoa) tem de aprender a se autocontrolar para não ver mais nada. É um exercício que as escolas devem fornecer, mas tem de acontecer em casa. Essa avalanche de conteúdo deixa as pessoas soterradas por informações que elas não conseguem digerir."
Como conversar com os filhos sobre um assunto tão trágico como o massacre na escola em Suzano?
Não pode se negar os fatos. Um dos grandes erros é querer desviar do assunto, achando que as crianças não têm compreensão. Isso faz com que elas interpretem o que aconteceu do seu próprio jeito. Para conversar sobre o assunto, a fala tem de ser adaptada para o grau de compreensão de cada faixa etária. Os pais não podem falar como faria com um adulto. Muitos estudiosos dizem que, antes de falar sobre qualquer assunto sério, é preciso criar uma conexão, estabelecer um lugar onde a fala tem de ter presença. Tem de ser olho no olho e no momento em que o adolescente está com atenção. Não pode ser quando ele está jogando videogame nem com o pai com um smartphone na mão. É interessante perguntar como eles entenderam o fato e o que eles pensam sobre aquele assunto. É importante também retomar a possibilidade da escuta sem julgamentos. Hoje, as crianças e os adolescentes são hiperinformados e o problema está em como se faz a interpretação dessas informações. Os pais têm de ajudar os filhos a digerir de forma construtiva essa avalanche de notícias sem dar lição de moral.
O senhor falou em adaptar a fala de acordo com a faixa etária. Como os pais podem fazer isso?
Não se deve falar para uma criança com o mesmo grau de descrição que se falaria com um adolescente. Se tem um filho maior, que vai entender como aconteceu, esse mesmo grau de detalhes não deve ser oferecido para uma criança menor. Os pais devem entender as dúvidas e devem evitar, mediante as várias faixa etárias, dar muita descrição do sofrimento e da violência em si
Os jovens não têm contato apenas com as notícias das tragédias, mas com imagens que acabam sendo enviadas para seus celulares. Como é possível lidar com isso?
Os próprios pais não conseguem fazer um gerenciamento correto dessas informações que chegam para eles, mas toda família precisa fazer uma conversa com presença, tentando ver como ele enxerga a situação. Depois que soube do acontecido, (a pessoa) tem de aprender a se autocontrolar para não ver mais nada. É um exercício que as escolas devem fornecer, mas tem de acontecer em casa. Essa avalanche de conteúdo deixa as pessoas soterradas por informações que elas não conseguem digerir. Os pais têm de ensinar a fazer um gerenciamento de informações que não têm utilidade prática para a vida e falar que tem imagem que não vale a pena ver. As famílias precisam ter momentos de desconexão das redes, porque vivemos em um mundo em que as informações vêm por todos os meios. As pessoas precisam estar jantando e não estar cada uma conectada no seu telefone, porque isso vem destruindo os raros momentos de reunião familiar. Não percam os filhos dentro de casa.
Qual impacto o contato com esse tipo de informação pode causar nos jovens?
Existe o transtorno de estresse pós-traumático, que a gente achava que era resultado apenas em pessoas que viveram o trauma. Sabemos que uma pessoa pode desenvolvê-lo apenas por acompanhar notícias traumáticas, que podem fazer com que algumas crianças que tenham alguma vulnerabilidade apresentem sintomas desse transtorno, como excesso de ansiedade, tristeza, taquicardia, memórias da cena que acompanhou na televisão ou no celular, pesadelos recorrentes e medo de ir para a escola.
O que pode ser feito se, durante a conversa, os pais descobrirem que os filhos vivem uma situação problemática na escola?
As famílias não podem esconder a necessidade de buscar ajuda psicológica ou médica. Se o filho está triste, esquivo, tem medo da escola, medo de colegas ou brincadeiras, a busca por uma orientação psicológica deve fazer parte do desenvolvimento saudável. Vivemos muito tempo de preconceito por causa da busca por ajuda psicológica, mas a violência desmedida é resultado também dessa cultura que hostiliza a procura por ajuda emocional.
Fonte: R7
Os jovens não têm contato apenas com as notícias das tragédias, mas com imagens que acabam sendo enviadas para seus celulares. Como é possível lidar com isso?
Os próprios pais não conseguem fazer um gerenciamento correto dessas informações que chegam para eles, mas toda família precisa fazer uma conversa com presença, tentando ver como ele enxerga a situação. Depois que soube do acontecido, (a pessoa) tem de aprender a se autocontrolar para não ver mais nada. É um exercício que as escolas devem fornecer, mas tem de acontecer em casa. Essa avalanche de conteúdo deixa as pessoas soterradas por informações que elas não conseguem digerir. Os pais têm de ensinar a fazer um gerenciamento de informações que não têm utilidade prática para a vida e falar que tem imagem que não vale a pena ver. As famílias precisam ter momentos de desconexão das redes, porque vivemos em um mundo em que as informações vêm por todos os meios. As pessoas precisam estar jantando e não estar cada uma conectada no seu telefone, porque isso vem destruindo os raros momentos de reunião familiar. Não percam os filhos dentro de casa.
Qual impacto o contato com esse tipo de informação pode causar nos jovens?
Existe o transtorno de estresse pós-traumático, que a gente achava que era resultado apenas em pessoas que viveram o trauma. Sabemos que uma pessoa pode desenvolvê-lo apenas por acompanhar notícias traumáticas, que podem fazer com que algumas crianças que tenham alguma vulnerabilidade apresentem sintomas desse transtorno, como excesso de ansiedade, tristeza, taquicardia, memórias da cena que acompanhou na televisão ou no celular, pesadelos recorrentes e medo de ir para a escola.
O que pode ser feito se, durante a conversa, os pais descobrirem que os filhos vivem uma situação problemática na escola?
As famílias não podem esconder a necessidade de buscar ajuda psicológica ou médica. Se o filho está triste, esquivo, tem medo da escola, medo de colegas ou brincadeiras, a busca por uma orientação psicológica deve fazer parte do desenvolvimento saudável. Vivemos muito tempo de preconceito por causa da busca por ajuda psicológica, mas a violência desmedida é resultado também dessa cultura que hostiliza a procura por ajuda emocional.
Fonte: R7
segunda-feira, março 18, 2019
Pais devem tirar dúvidas dos filhos sobre tragédia sem julgá-los, diz especialista
Após massacre, estudantes e pais de alunos se emocionam na entrada da Escola Raul Brasil nesta manhã de segunda-feira
Foto: Werther Santana/Estadão
Foto: Werther Santana/Estadão
Pais devem tirar dúvidas dos filhos sobre tragédia sem julgá-los, diz especialista
Psicólogo diz que evitar o assunto é um erro; pais devem iniciar diálogo perguntando sobre o que os filhos entenderam do episódio ocorrido em escola
SÃO PAULO - Diante de uma tragédia como a que ocorreu em Suzano na última quarta-feira, 13, quando dois jovens atiraram em alunos e funcionárias da Escola Estadual Professor Raul Brasil, os pais podem se questionar sobre o que devem fazer para tirar as dúvidas dos filhos sobre o caso sem aproximá-los dos detalhes violentos do ataque. Desviar do assunto é uma atitude que deve ser evitada, assim como oferecer informações em excesso, que podem passar a inquietar as crianças e os adolescentes.
Especialista em gestão do estresse pela Universidade de Harvard, o psicólogo Armando Ribeiro diz que é preciso ajustar o discurso de acordo com a faixa etária e que o diálogo não deve ser feito em um momento em que a criança ou o adolescente está distraído. A curiosidade sobre a tragédia não deve ser julgada, mas tratada como um momento para entender o que o filho compreendeu ao ser exposto aos fatos.
Ainda segundo Ribeiro, a discussão também pode se estender ao acesso a imagens fortes e para a orientação dos jovens sobre o tipo de conteúdo que eles acessam em smartphones ou quando estão na internet. "A gente precisa ensinar a fazer uma gestão dessas informações. Depois que soube do acontecido, (a pessoa) tem de aprender a se autocontrolar para não ver mais nada. É um exercício que as escolas devem fornecer, mas tem de acontecer em casa. Essa avalanche de conteúdo deixa as pessoas soterradas por informações que elas não conseguem digerir."
Como conversar com os filhos sobre um assunto tão trágico como o massacre na escola em Suzano?
Não pode se negar os fatos. Um dos grandes erros é querer desviar do assunto, achando que as crianças não têm compreensão. Isso faz com que elas interpretem o que aconteceu do seu próprio jeito. Para conversar sobre o assunto, a fala tem de ser adaptada para o grau de compreensão de cada faixa etária. Os pais não podem falar como faria com um adulto. Muitos estudiosos dizem que, antes de falar sobre qualquer assunto sério, é preciso criar uma conexão, estabelecer um lugar onde a fala tem de ter presença. Tem de ser olho no olho e no momento em que o adolescente está com atenção. Não pode ser quando ele está jogando videogame nem com o pai com um smartphone na mão. É interessante perguntar como eles entenderam o fato e o que eles pensam sobre aquele assunto. É importante também retomar a possibilidade da escuta sem julgamentos. Hoje, as crianças e os adolescentes são hiperinformados e o problema está em como se faz a interpretação dessas informações. Os pais têm de ajudar os filhos a digerir de forma construtiva essa avalanche de notícias sem dar lição de moral.
O senhor falou em adaptar a fala de acordo com a faixa etária. Como os pais podem fazer isso?
Não se deve falar para uma criança com o mesmo grau de descrição que se falaria com um adolescente. Se tem um filho maior, que vai entender como aconteceu, esse mesmo grau de detalhes não deve ser oferecido para uma criança menor. Os pais devem entender as dúvidas e devem evitar, mediante as várias faixa etárias, dar muita descrição do sofrimento e da violência em si
Os jovens não têm contato apenas com as notícias das tragédias, mas com imagens que acabam sendo enviadas para seus celulares. Como é possível lidar com isso?
Os próprios pais não conseguem fazer um gerenciamento correto dessas informações que chegam para eles, mas toda família precisa fazer uma conversa com presença, tentando ver como ele enxerga a situação. Depois que soube do acontecido, (a pessoa) tem de aprender a se autocontrolar para não ver mais nada. É um exercício que as escolas devem fornecer, mas tem de acontecer em casa. Essa avalanche de conteúdo deixa as pessoas soterradas por informações que elas não conseguem digerir. Os pais têm de ensinar a fazer um gerenciamento de informações que não têm utilidade prática para a vida e falar que tem imagem que não vale a pena ver. As famílias precisam ter momentos de desconexão das redes, porque vivemos em um mundo em que as informações vêm por todos os meios. As pessoas precisam estar jantando e não estar cada uma conectada no seu telefone, porque isso vem destruindo os raros momentos de reunião familiar. Não percam os filhos dentro de casa.
Qual impacto o contato com esse tipo de informação pode causar nos jovens?
Existe o transtorno de estresse pós-traumático, que a gente achava que era resultado apenas em pessoas que viveram o trauma. Sabemos que uma pessoa pode desenvolvê-lo apenas por acompanhar notícias traumáticas, que podem fazer com que algumas crianças que tenham alguma vulnerabilidade apresentem sintomas desse transtorno, como excesso de ansiedade, tristeza, taquicardia, memórias da cena que acompanhou na televisão ou no celular, pesadelos recorrentes e medo de ir para a escola.
O que pode ser feito se, durante a conversa, os pais descobrirem que os filhos vivem uma situação problemática na escola?
As famílias não podem esconder a necessidade de buscar ajuda psicológica ou médica. Se o filho está triste, esquivo, tem medo da escola, medo de colegas ou brincadeiras, a busca por uma orientação psicológica deve fazer parte do desenvolvimento saudável. Vivemos muito tempo de preconceito por causa da busca por ajuda psicológica, mas a violência desmedida é resultado também dessa cultura que hostiliza a procura por ajuda emocional.
Ainda segundo Ribeiro, a discussão também pode se estender ao acesso a imagens fortes e para a orientação dos jovens sobre o tipo de conteúdo que eles acessam em smartphones ou quando estão na internet. "A gente precisa ensinar a fazer uma gestão dessas informações. Depois que soube do acontecido, (a pessoa) tem de aprender a se autocontrolar para não ver mais nada. É um exercício que as escolas devem fornecer, mas tem de acontecer em casa. Essa avalanche de conteúdo deixa as pessoas soterradas por informações que elas não conseguem digerir."
Como conversar com os filhos sobre um assunto tão trágico como o massacre na escola em Suzano?
Não pode se negar os fatos. Um dos grandes erros é querer desviar do assunto, achando que as crianças não têm compreensão. Isso faz com que elas interpretem o que aconteceu do seu próprio jeito. Para conversar sobre o assunto, a fala tem de ser adaptada para o grau de compreensão de cada faixa etária. Os pais não podem falar como faria com um adulto. Muitos estudiosos dizem que, antes de falar sobre qualquer assunto sério, é preciso criar uma conexão, estabelecer um lugar onde a fala tem de ter presença. Tem de ser olho no olho e no momento em que o adolescente está com atenção. Não pode ser quando ele está jogando videogame nem com o pai com um smartphone na mão. É interessante perguntar como eles entenderam o fato e o que eles pensam sobre aquele assunto. É importante também retomar a possibilidade da escuta sem julgamentos. Hoje, as crianças e os adolescentes são hiperinformados e o problema está em como se faz a interpretação dessas informações. Os pais têm de ajudar os filhos a digerir de forma construtiva essa avalanche de notícias sem dar lição de moral.
O senhor falou em adaptar a fala de acordo com a faixa etária. Como os pais podem fazer isso?
Não se deve falar para uma criança com o mesmo grau de descrição que se falaria com um adolescente. Se tem um filho maior, que vai entender como aconteceu, esse mesmo grau de detalhes não deve ser oferecido para uma criança menor. Os pais devem entender as dúvidas e devem evitar, mediante as várias faixa etárias, dar muita descrição do sofrimento e da violência em si
Os jovens não têm contato apenas com as notícias das tragédias, mas com imagens que acabam sendo enviadas para seus celulares. Como é possível lidar com isso?
Os próprios pais não conseguem fazer um gerenciamento correto dessas informações que chegam para eles, mas toda família precisa fazer uma conversa com presença, tentando ver como ele enxerga a situação. Depois que soube do acontecido, (a pessoa) tem de aprender a se autocontrolar para não ver mais nada. É um exercício que as escolas devem fornecer, mas tem de acontecer em casa. Essa avalanche de conteúdo deixa as pessoas soterradas por informações que elas não conseguem digerir. Os pais têm de ensinar a fazer um gerenciamento de informações que não têm utilidade prática para a vida e falar que tem imagem que não vale a pena ver. As famílias precisam ter momentos de desconexão das redes, porque vivemos em um mundo em que as informações vêm por todos os meios. As pessoas precisam estar jantando e não estar cada uma conectada no seu telefone, porque isso vem destruindo os raros momentos de reunião familiar. Não percam os filhos dentro de casa.
Qual impacto o contato com esse tipo de informação pode causar nos jovens?
Existe o transtorno de estresse pós-traumático, que a gente achava que era resultado apenas em pessoas que viveram o trauma. Sabemos que uma pessoa pode desenvolvê-lo apenas por acompanhar notícias traumáticas, que podem fazer com que algumas crianças que tenham alguma vulnerabilidade apresentem sintomas desse transtorno, como excesso de ansiedade, tristeza, taquicardia, memórias da cena que acompanhou na televisão ou no celular, pesadelos recorrentes e medo de ir para a escola.
O que pode ser feito se, durante a conversa, os pais descobrirem que os filhos vivem uma situação problemática na escola?
As famílias não podem esconder a necessidade de buscar ajuda psicológica ou médica. Se o filho está triste, esquivo, tem medo da escola, medo de colegas ou brincadeiras, a busca por uma orientação psicológica deve fazer parte do desenvolvimento saudável. Vivemos muito tempo de preconceito por causa da busca por ajuda psicológica, mas a violência desmedida é resultado também dessa cultura que hostiliza a procura por ajuda emocional.
Fonte: Modificado de Estadão
sexta-feira, março 15, 2019
CFP publica nota orientativa sobre Coaching
CFP publica nota orientativa sobre Coaching
Ao utilizar o coaching na sua prática profissional, a(o) psicóloga(o) deverá seguir rigorosamente os Princípios Fundamentais e artigos do Código de Ética do Psicólogo.
O Conselho Federal de Psicologia (CFP), atento às demandas da categoria a respeito da disseminação do coaching, vinculada aos princípios, métodos e técnicas que são privativos da Psicologia, publica nota orientativa sobre o tema.
Na nota, o CFP elucida que a(o) psicóloga(o), ao utilizar o coaching na sua prática profissional, deverá seguir rigorosamente os Princípios Fundamentais e artigos do Código de Ética Profissional do Psicólogo (Res. CFP nº 010/2005). A(o) psicóloga(o) baseará seu trabalho no conhecimento técnico, científico e ético da profissão, e zelará pela garantia dos serviços prestados, visando à proteção da população atendida.
O Conselho Federal de Psicologia destaca ainda que, embora não exista regulamentação legal específica para a utilização do coaching, tal prática é caracterizada por ser um processo breve que se propõe a auxiliar o indivíduo a alcançar objetivos previamente definidos a partir de metodologias que envolvam a conscientização de elementos da vida, da história, interesses e potencialidades, e que transita em campos de atuação que permeiam o autoconhecimento e o desenvolvimento humano.
É necessário ressaltar que ao exercer o coaching enquanto psicóloga(o), a(o) profissional está sujeita(o) à totalidade do Código de Ética (Res. CFP n. 010/2005), devendo respeitar seus princípios fundamentais, conhecer e cumprir com suas responsabilidades, garantindo que seu trabalho seja baseado no respeito, na promoção da liberdade, da dignidade, da igualdade e da integridade do ser humano, visando promover a saúde e a qualidade de vida das pessoas.
Leia a nota na íntegra.
quinta-feira, março 14, 2019
O que deixar e não deixar seu filho fazer? | Momento Papo de Mãe
Prof Armando Ribeiro foi o especialista convidado para discutir o tema "Coisas que assustam os pais" no programa Momento Papo de Mãe da TV Cultura e apresentado por Mariana Kotscho e Roberta Manreza.
Bom dia! Apresento-me: Sou um pensamento...
“Aquilo em que você presta muita atenção irá crescer. A atenção é um alimento. Se você der atenção a algo, fará com que cresça ainda mais.” (Osho)
A importância do equilíbrio entre os estudos e o lazer | Momento Papo de Mãe
Prof Armando Ribeiro foi o especialista convidado para discutir o tema "A importância do equilíbrio entre os estudos e o lazer" no programa Momento Papo de Mãe da TV Cultura e apresentado por Mariana Kotscho e Roberta Manreza.
Síndrome do Pensamento Acelerado
Prof Armando Ribeiro é o especialista convidado para abordar o tema "Síndrome do Pensamento Acelerado" no programa Vida Melhor da TV Rede Vida e apresentado por Cláudia Tenório.
quarta-feira, março 13, 2019
Como a raiva pode prejudicar a saúde
Prof Armando Ribeiro foi o especialista convidado para abordar o tema "Como a raiva pode prejudicar a saúde" no programa Vida Melhor da TV Rede Vida e apresentado por Cláudia Tenório.
Por que psicólogo não medica?
Por que psicólogo não medica? Porque autoconhecimento, autoestima e autonomia não se vende em farmácia...
Psicoterapia Positiva é tema do programa Vida Melhor da TV Rede Vida
Prof Armando Ribeiro é o especialista convidado para abordar o tema "Psicoterapia Positiva" no programa Vida Melhor da TV Rede Vida e apresentado por Cláudia Tenório.
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