domingo, fevereiro 26, 2012

Uma vida sexual saudável é possível. Basta querer.

Postado por: Fabiana Schiavon MTB 34.439, jornalista responsável

Muitas pessoas passam por dificuldades que afetam sua vida sexual. Desemprego, problemas de família, desentendimentos com o parceiro. Um abalo emocional pode prejudicar diretamente a libido e a atividade sexual de uma pessoa.


Não é diferente com os pacientes de Crohn. Além do lado psicológico, entram sintomas físicos sérios, como dores, diarreias, gazes, fraqueza e fístulas. O medo de ter evacuações durante a relação e a baixa autoestima por causa do corpo, que nem sempre está em boa forma, também são fatores que fazem com que muitos prefiram evitar relações.


Mas é importante lembrar que esses sintomas não estão presentes na vida do paciente o tempo todo e nem duram para sempre. Então, em vez de prejudicar sua qualidade de vida e seu relacionamento, que tal aprender a lidar com a doença?


“O que realmente atrapalha o sexo são as limitações causadas pelos pensamentos autocríticos, as emoções negativas e os comportamentos evitativos. Portanto, cuidar da saúde emocional é promover a qualidade de vida e o bem-estar, inclusive a relação intima.”, explica o Dr. Prof. Armando Ribeiro das Neves Neto, coordenador do Programa de Avaliação do Estresse do Check-up do hospital Beneficência Portuguesa. O especialista também atua como psicólogo particular de diversos pacientes com doença de Crohn.


É mais fácil administrar a parte sexual para pacientes que têm relacionamentos estáveis e duradouros. Mas para quem tem Crohn e ainda está iniciando sua vida sexual, também é possível lidar com a doença e ter uma vida normal. “O paciente deve encontrar pessoas com quem possa conversar, sem sentir vergonha. Falar com pessoas que sofrem do mesmo problema pode ajudar muito a clarear as ideias”, afirma a Dra. Denise Steinwurz, coordenadora dos grupos de autoajuda da ABCD.


A Dra. Denise ainda salienta que excesso de preocupação e autocobrança não ajudam em nada - para ninguém, nem para quem não tem a doença. Ao contrário, criatividade e desprendimento podem ser bons aliados nos momentos de romance. Posições novas e talvez mais confortáveis, roupas sedutoras para esconder a bolsa e incentivar fantasias sexuais no parceiro são apenas algumas das muitas atitudes que o paciente pode tomar para melhorar sua vida sexual e diminuir o medo.


“Sexo em nossa sociedade é um grande tabu, portanto ser claro com o parceiro, desenvolvendo um diálogo franco, sincero sobre os sintomas físicos e emocionais poderá resolver as dificuldades e receios de quem é portador das DII”, diz o Dr. Armando Ribeiro.

Mas ninguém ama o outro se não consegue se amar, já diz um antigo ditado. Por isso, é importante que o portador, independente da gravidade da doença, ame seu corpo e entenda que, mesmo sendo uma doença crônica, tem fases e, essas, são passageiras.

Fonte: Sincrohnia / Abbott

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