quarta-feira, outubro 26, 2016

Voltando ao normal. Livro

Voltando ao normal
Como o excesso de diagnósticos e a medicalização da vida estão acabando com a nossa sanidade e o que pode ser feito para retomarmos o controle
Allen Frances

Voltando ao Normal é um protesto contra a indústria de diagnósticos, seus tratamentos desnecessários e a medicalização em excesso que vêm tomando conta dos consultórios médicos, transformando emoções e comportamentos da experiência humana em patologias clínicas.
Quem denuncia esse sistema é um dos mais renomados psiquiatras do mundo. Em Voltando ao Normal, o Dr. Allen Frances defende que nossos cérebros adaptaram-se durante milhares de anos para serem capazes de lidar com desafios e eventos desconcertantes sem o auxílio de medicamentos. Ele expõe também a história dos modismos da psiquiatria e a atual influência da indústria farmacêutica no surto de diagnósticos. As doenças mentais existem e efetivamente afetam uma parcela da população – em muitos casos com efeitos devastadores para os que sofrem delas e para seus entes mais próximos. No entanto, estamos caminhando para uma sociedade em que todos parecem sofrer de algum transtorno, e o conceito de sanidade é frágil.
Com texto acessível e recheado de informações importantes, Voltando ao Normal nos conduz por uma empreitada em busca de algo absolutamente extraordinário e cada vez mais raro: a noção do que é saudável e do que é normal.

Frances, A. Voltando ao normal. São Paulo: Versal Editores, 2016.

terça-feira, outubro 25, 2016

A verdade sobre os laboratórios farmacêuticos. Livro

A verdade sobre os laboratórios farmacêuticos.
Como somos enganados e o que podemos fazer a respeito.
Marcia Angell

Há muito a indústria farmacêutica vem sendo acusada de se afastar de sua missão original de descobrir e fabricar medicamentos úteis para, em vez disso, transformar-se em gigantescas máquinas de marketing. Em A VERDADE SOBRE OS LABORATÓRIOS FARMACÊUTICOS, a Dra. Marcia Angell — ex-editora chefe do New England Journal of Medicine e atualmente integrante do Departamento de Medicina Social da Harvard Medical School — demonstra como a indústria farmacêutica, corrompida por lucros fáceis e pela ganância, engana e explora seus consumidores. E defende uma mudança essencial, já muito atrasada.
Conciso e contundente, o livro aponta os sete pecados do ramo farmacêutico, entre eles uma das práticas mais perversas dessa indústria: os preços são muito mais altos exatamente para quem mais precisa. Em 2001, um em cada quatro idosos norte-americanos relatou ter saltado doses ou deixado de adquirir medicamentos prescritos por causa de dinheiro. Enquanto os lucros sobem vertiginosamente, os laboratórios têm a desfaçatez de usar sua fortuna e poder para impor o que é do seu interesse ao Congresso, a centros médicos acadêmicos e ao FDA, órgão americano responsável pela regulamentação de alimentos e medicamentos.
A autora mostra que a prática extorsiva dos laboratórios baseia-se num princípio infundado: o gasto com pesquisas. O setor de Pesquisa e Desenvolvimento consome uma parte relativamente pequena dos orçamentos das grandes empresas do setor. Ínfimo se comparado com despesas de marketing e administração. “A indústria farmacêutica não é particularmente inovadora. A grande maioria de medicamentos novos não o é. São apenas variações de drogas já à venda no mercado com o intuito de conquistar uma fatia de consumo lucrativa e estabelecida”, revela a autora.
A VERDADE SOBRE OS LABORATÓRIOS FARMACÊUTICOS é uma denúncia candente de uma indústria que escapou a todo controle.

Angell, M. A verdade sobre os laboratórios farmacêuticos. Rio de Janeiro: Record, 2007. 

sexta-feira, outubro 21, 2016

Medicamentos mortais e crime organizado. Livro

Medicamentos mortais e crime organizado.
Como a indústria farmacêutica corrompeu a assistência médica.
Peter C. Gotzsche

Nesta obra, Peter Gøtzsche expõe a indústria farmacêutica e seus comportamentos fraudulentos tanto na pesquisa como no marketing, em que o desrespeito moralmente repugnante por vidas humanas é a norma. Sempre utilizando-se de provas, Medicamentos mortais e crime organizado aborda uma falha geral do Sistema, que precisa de reformas radicais urgentes.

Gotzsche, PC. Medicamentos mortais e crime organizado. Como a indústria farmacêutica corrompeu a assistência médica. Porto Alegre: Bookman, 2016.

Tarja Preta. Os segredos que os médicos não contam sobre os remédios que você toma. Livro

Tarja Preta
Os segredos que os médicos não contam sobre os remédios que você toma.
Márcia Kedouk

A indústria farmacêutica é como a de parafusos: funcionários têm metas de vendas para cumprir. Em nome do lucro, e não necessariamente da sua saúde, essas empresas adotam estratégias para que médicos receitem os produtos que elas fabricam, como oferecer viagens para resorts de luxo e dar propinas camufladas na forma de pagamento por palestras. Isso, e muito mais, está por trás da explosão de casos de overdose de medicamentos prescritos, do boom nas vendas de tarja preta, da banalização das drogas contra a obesidade, dos antidepressivos que não fazem mais do que deprimir sua conta bancária. Entenda as regras desse jogo. Porque esse é o primeiro passo para mudá-lo. 

Kedouk, M. Tarja Preta. Os segredos que os médicos não contam sobre os remédios que você toma. São Paulo: Abril, 2016.

Tocando a vida com leveza

Por que o contato físico é alimento para o crescimento físico e emocional das crianças e de seus pais?

Por Armando Ribeiro das Neves Neto, psicólogo 

Tocar é um gesto de amor! Segurar uma criança no colo, ajudar um idoso a se levantar, dar um abraço num amigo. Por que é tão importante ter este contato físico? O que isso gera para o nosso bem-estar?

O contato físico (com afeto e respeito ao outro) é um poderoso estimulante para o desenvolvimento neuropsicológico e imunitário das crianças pequenas aos mais idosos, porque o afago induz em nosso cérebro a liberação de importantes neurohormônios (ex. serotonina, ocitocina e dopamina, por exemplo) capazes de estimular o nosso bem-estar e qualidade de vida. Estudos conduzidos pelo Instituto de Pesquisas do Toque na Universidade de Miami (EUA) descobriram que o toque em bebês prematuros pode auxiliar no seu desenvolvimento saudável e em idosos pode aliviar sintomas depressivos e diminuir o uso de medicamentos para a dor crônica.

A falta de contato físico pode implicar na diminuição do sentimento de aceitação e pertencimento a um grupo social (ou familiar), estimulando a produção dos hormônios do estresse (ex. cortisol e adrenalina). Mas não é de qualquer contato físico de que precisamos, novas pesquisas sustentam a afirmação de que a qualidade e a intenção do contato físico é tão importante quanto o ato em si mesmo. Um contato forçado pode até agravar sintomas físicos e emocionais (ex. irritabilidade, angústia, tristeza, medo, fobias e etc.).

O contato físico é tão saudável entre pessoas e mesmo quando ocorre com os animais de estimação. Abraçar o seu cachorro pode ser um antidoto natural para as tensões do dia-a-dia, tanto para o ser humano quanto para o ser cão. O que não pode é ser um contato forçado ou desinteressado, o contato físico é tão poderoso que encontrar a dose ideal para cada um é o segredo para o bom uso deste comportamento.

O toque, por exemplo, é importante como uma estratégia para humanizar o atendimento médico. O contato físico (com respeito e afetuosidade) é essencial em um sistema médico cada vez mais distante da relação médico-paciente ideal e com menos tempo na duração das consultas, mas é preciso salientar que não é qualquer tipo de toque, pois para alguns pode sinalizar acolhimento e proteção, enquanto para outros ameaça e invasão da intimidade. O melhor caminho é desenvolver a empatia que poderá ajudar na escolha do toque ideal para cada um.

Crianças abandonadas em orfanatos após a segunda guerra mundial, que não tinham a possibilidade de serem tocadas por cuidadores, desenvolveram a depressão anaclítica (privação afetiva), ou seja, atraso no desenvolvimento neuropsicomotor, infecções recorrentes e problemas graves de saúde física e emocional. Atualmente, chamamos de “hospitalismo” a privação afetiva grave que pode ser decorrente de grandes períodos de internação em hospitais que não garantem um contato de qualidade com as mães, pais e demais cuidadores.

O abraçar o outro de forma forte também gera acolhimento, segurança. Um abraço acolhedor pode liberar ocitocina, dopamina e serotonina. Algumas pesquisas já demonstraram que o contato físico de qualidade pode: relaxar os músculos, aliviar a dor, melhorar a circulação, aliviar a cefaleia, reduzir a ansiedade e o stress, aumentar a energia e disposição, melhorar a concentração e etc.

O abraço é um ato de amor, mas precisa ser consentido e respeitar os limites e desejos de cada um para não virar uma forma de relação abusiva.

*Armando Ribeiro das Neves Neto é psicólogo, palestrante e especialista em Gestão do Estresse, Bem Estar e Qualidade de Vida. Participou como especialista convidado nos Papos sobre depressão, Vestibular e 18 anos dos filhos.

**Texto modificado da entrevista concedida à jornalista Francine Moreno. 

Fonte: Papo de Mãe

segunda-feira, outubro 17, 2016

O poder do toque!

O poder do toque! O toque mexe com hormônios como serotonina, ocitocina e dopamina, acalma, tranquiliza e promove o bem-estar!

domingo, outubro 16, 2016

1º Congresso Bem Estar & Comportamentos Saudáveis

Belo Horizonte sedia nos dias 02 e 03 de dezembro de 2016 o 
I Simpósio: Bem Estar e Comportamentos Saudáveis.

Pretendemos discutir de forma ampla, o Bem Estar, seus múltiplos determinantes, seus benefícios; como promover o Bem Estar pessoal, organizacional e na sociedade. Como estabelecer comportamentos saudáveis, que sejam sustentáveis, primeiramente, para nos mesmos, e para toda a sociedade.

O BEM ESTAR, a felicidade, relações saudáveis são temas que têm ganhado cada vez mais importância. Há pesquisas ocorrendo em todo o mundo. As neurociências mostram que pessoas felizes vivem mais e melhor. Devemos mudar nosso foco, da doença, para a Saúde! Bem Estar traz benefícios tangíveis para empresas. Ensinar Bem Estar e felicidade, ensinar como lidar com as emoções, traz benefícios acadêmicos para os estudantes, de todos os níveis. 

Esperamos poder contribuir para o debate sobre o Bem Estar de nossa sociedade, discutindo seus determinantes como a Saúde, Trabalho, Educação, Cultura, Ecologia, Economia, entre outros. Enfim, que sociedade queremos todos e em que podemos contribuir para que tenhamos, de fato, uma sociedade que promova o Bem Estar e a Saúde (e não a doença) e que produza comportamentos saudáveis. Teremos em Belo Horizonte alguns dos maiores especialistas Brasileiros e vamos criar um ambiente acolhedor, que, esperamos, possa contribuir para o crescimento de todos nós!.

Bem vindos a todos ao I Simpósio bem Estar e Comportamentos Saudáveis!

Ps. Prof Armando Ribeiro é um dos especialistas convidados e ministrará a conferência: "Bem Estar no Ambiente de Trabalho: como e por quê? O que aprendemos no Center for Wellness da Harvard?".

Local: Conservatório da UFMG

Desconectados – O que desaprendemos nos relacionamentos afetivos com o uso abusivo das redes sociais?

Por Armando Ribeiro das Neves NetoPsicólogo. Especialista em Gestão do Estresse, Bem-Estar e Qualidade de Vida.

“Vivemos tempos líquidos. Nada é para durar”, reflete o sociólogo Zygmunt Bauman sobre a inconstância dos nossos dias. Bauman estava equivocado! Na era pós-digital, segundo o especialista em comunicação e inovação Walter Longo, a novidade virou “commodity” e a surpresa lugar-comum, em que o thriller “Nerve: Um jogo sem regras” passa a ser uma possibilidade cada vez maior. Vivemos tempos caórdicos…

Nenhuma outra geração esteve tão conectada e, ao mesmo tempo, tão desorientada quanto ao uso das redes sociais como extensão da vida. Fazer parte das redes sociais não é mais opção, mas condição para ser(?)… Seus bits marcam a sua pegada no mundo digital, mas o “oversharing”(algo como compartilhar demais) pode representar a diminuição do valor das interações reais.

E os relacionamentos? Cada momento mais conectado pode revelar um agravamento do “iDisorder”, ou seja, sintomas emocionais de uma vida cheia de bits e potencialmente vazia de contatos reais. O psicólogo Larry D. Rosen defende que o “iDisorder” pode indicar o uso abusivo de tecnologias conectadas, exacerbando queixas emocionais (ex. estresse, ansiedade, depressão, déficit de atenção, personalidade narcisista e etc.). Centenas de “curtidas” nas redes podem representar muito pouco, ou apenas o resultado de algoritmos que inflam postagens aleatórias para dar a sensação de muita gente quando a festa já esta vazia. O pior é traduzir “curtidas” em sinal de “aprovação” pessoal ou como apoio às ideias ali veiculadas. A autoestima não deve ser resultado do seu desempenho nas redes, mas de quem você é realmente. Hã?

No mundo em que todos têm “seguidores” ou “fãs” – e não apenas as divas e os músicos de sucesso – em que o robô do Facebook não se esquece de perguntar “No que você está pensando?” ou em que temos a possibilidade de conversar (?) com a(o) Siri… Podemos descobrir que vivemos tempos cheios de muito vazio. Cada vez mais pessoas vão aos consultórios de psicoterapeutas (reais ou digitais) em busca de si-mesmos, ou seja, o excesso de vida online pode revelar um offline da sua essência.

A tecnologia é um caminho sem volta, mas cada vez mais se torna fundamental que nos eduquemos para o bom uso desta ferramenta fantástica. É preciso aprender a usá-la, antes que ela nos use! Os primeiros homens, ao se depararem com o fogo, devem ter se queimado…

O engenheiro/guru da Google Chade-Meng Tan afirma: “Procure dentro de si-mesmo. Porque nem todas as respostas se encontram no Google”.

Em nossos tempos, os relacionamentos podem usar da tecnologia para a “… arte do encontro, embora haja tantos desencontros nesta vida”, como já dizia o poeta Vinicius de Moraes. Não podemos negar as redes, mas também não devemos negar a necessidade de amar de verdade. Que os bits sejam apenas o nosso rastro na teia digital, e não o nosso aprisionamento. “Essa coisa de bater foto dizendo que você está ótimo, […] essa necessidade de projetar a autoimagem de feliz nas redes sociais é um dos maiores sinais e sintomas, diria um médico, do estado de infelicidade, de insatisfação, de solidão que as pessoas têm.”, reflete o filósofo Luiz Felipe Pondé. Curtiu?

Fonte: ILUMIDIA

sábado, outubro 15, 2016

Gravações para a Rádio PSI

Prof Armando Ribeiro participa das gravações para a Rádio PSI do CFP no programa Espaço Formação (11h e 17H). A partir de segunda-feira, dicas e novidades sobre Gestão do Estresse, Bem-Estar e Qualidade de Vida. Link: Rádio PSI

sexta-feira, outubro 14, 2016

Por que é importante ter foco na hora de conquistar um objetivo?



Quer emagrecer, mudar a cor do cabelo ou fazer uma reforma na casa e tem medo de desistir no meio do caminho por não ter foco? Bem, você não é a única que tem problemas para se adaptar a novos hábitos, algo muito importante na hora de atingir uma meta!

No entanto, pode deixar essa preocupação para lá! “O cérebro é perfeitamente remodelado pelos processos de aprendizagem”, revela o psicólogo Armando Ribeiro.

Segundo o especialista, o segredo para essa mudança é ter foco! “Ele é o combustível principal do nosso cérebro para a aquisição de novos hábitos, e cada vez mais a neurociência defende o uso de práticas que potencializam a capacidade do cérebro, para sair do piloto automático e aprender com experiências significativas do momento presente”, explica o especialista.

Por isso, é importante saber lidar com as distrações que atrapalham a conquista de novos objetivos!



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Texto: Victor Santos Edição: Érica Aguiar Arte: Mary Ellen Machado

Consultoria: Armando Ribeiro, psicólogo e coordenador do Porgrama de Avaliação do Estresse da Beneficiência Portuguesa de São Paulo. Fonte: Alto Astral

Desconectados – O que desaprendemos nos relacionamentos afetivos com o uso abusivo das redes sociais?

"Centenas de “curtidas” nas redes podem representar muito pouco, ou apenas o resultado de algoritmos que inflam postagens aleatórias para dar a sensação de muita gente quando a festa já esta vazia. O pior é traduzir “curtidas” em sinal de “aprovação” pessoal ou como apoio às ideias ali veiculadas. A autoestima não deve ser resultado do seu desempenho nas redes, mas de quem você é realmente. Hã?"