segunda-feira, dezembro 31, 2012

Em busca da felicidade - Informativo Nossa Voz



Almejar a felicidade é uma constante à maioria dos seres humanos. É sobre os benefícios que ela traz à vida das pessoas, que fala o psicólogo e professor Armando Ribeiro das Neves Neto. Ele é coordenador do Programa de Avaliação do Estresse, do Hospital Beneficência Portuguesa de São Paulo (SP); professor do Insper (Instituto de Ensino e Pesquisa) e do Programa de Ansiedade do Instituto de Psiquiatria, do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da USP (Universidade de São Paulo); além de ser um estudioso da Psicologia Positiva e de suas aplicações na saúde, na educação e nos ambientes corporativos.

Como você definiria a felicidade?
Não há uma única e precisa definição. É assunto de filósofos, pensadores, pesquisadores e motivo de reflexão das pessoas em geral. A Psicologia Positiva é um novo campo de estudo psicológico que vem encarando o desafio de entender como aumentar a felicidade (emoções positivas) e o bem-estar  em nossas vidas. Alguns autores preferem descrever a felicidade como o “florescimento” das virtudes humanas, do bem-viver, uma vida com sentido e propósito, uma vida que viceja ou floresce.

Como podemos ser genuinamente felizes?
Os estudos baseados na Psicologia Positiva apontam que existem três fatores que afetam consideravelmente nosso grau de felicidade. Sendo eles: 50% genética, 10% circunstâncias da vida e 40% atividade intencional. São dados da dra. Sonja Lyubomirsky, da Universidade da Califórnia, nos Estados Unidos. O que mais se destaca é que enquanto não temos autonomia sobre a genética, ou seja, se herdamos genes felizes de nossos antepassados, ou das circunstâncias felizes (como, por exemplo, ganhar um prêmio, promoção no trabalho etc.), as atividades intencionais são totalmente dependentes das escolhas que tomamos no dia a dia. Portanto, nossa felicidade é resultado do que decidimos pensar, sentir e agir.

Felicidade é contagiante? Uma pessoa infeliz também contagia as outras?
Enquanto ambientes felizes “vicejam” em atitudes positivas e de crescimento pessoal, os ambientes tristes, altamente estressantes e competitivos, geram uma tensão generalizada, capaz de interferir negativamente na saúde, nas relações e no próprio desempenho do trabalho.

É válido o ditado: “Quem pensa positivamente só atrai coisas positivas e quem pensa negativamente só atrai coisas negativas”?
A Psicologia Positiva vem defendendo que o bem-estar genuíno, as emoções positivas e a própria felicidade não são apenas resultados dos pensamentos positivos, mas das emoções positivas e principalmente das ações positivas. Não basta apenas pensar, sem não agirmos através de atividades intencionais (lembre-se dos 40%!) capazes de aumentar nosso estado de felicidade.

Como as pessoas que sofreram durante a infância podem superar os traumas e ser felizes hoje?
Às vezes ainda é preciso buscar tratamentos para curar as dores e cicatrizes de uma infância sofrida. A psicoterapia tradicional, como terapia cognitivo-comportamental, psicanálise, entre outras, são formas de tratarmos das dores emocionais do passado e nos ajustarmos para a vida presente. Mas se buscamos ser felizes, a Psicologia Positiva diz que precisamos cultivar ações efetivas para aumentar o grau de felicidade em nossa vida. Não basta remover o negativo, é preciso aumentar as atitudes positivas.

Quais os benefícios da felicidade na vida do ser humano?
Pesquisadores da Universidade da Pensilvânia, nos Estados Unidos, vêm descobrindo que a felicidade é um dos melhores de saúde, bem-estar nos relacionamentos e na família, sucesso profissional, promoção na carreira etc. No trabalho, estudos da Harvard Business School, do mesmo país, mostram que os colaboradores mais felizes, em média, são 31% mais produtivos, suas vendas são 37% mais elevadas, e sua criatividade é três vezes maior.

Aqueles que depositam a felicidade na estética e no ter podem sofrer problemas futuros?
Segundo os resultados dos estudos da Psicologia Positiva, a estética e o consumo não são fontes seguras de felicidade autêntica. O que experimentamos quando investimos na estética ou no consumo de produtos é uma alegria passageira e que poderá aumentar a necessidade de consumir novamente recursos para manutenção de uma beleza idealizada e de um padrão de consumo exacerbado.

Existem exercícios que possam ser feitos no dia a dia a fim de aumentar o grau de felicidade?
Existem atividades tais como: aumentar o florescimento (efeito das emoções positivas sobre a qualidade de vida e sobre como essas emoções germinam em nossas vidas, aumentando o bem-estar), por meio do engajamento em atividades significativas, do sentido e propósito na vida, dos relacionamentos positivos e do sentido de realização, do cultivo da gratidão e do perdão, experiências de fluxo (estado de fluidez, vivenciado através de situações ou práticas que representam desafio, mas que são fontes de crescimento pessoal), práticas meditativas que evolvam atenção plena, relacionamentos significativos, comunicação positiva, otimismo, cultivo da espiritualidade e da fé, entre outros.

A profissão pode ser determinante para a felicidade?
Sim, principalmente se encontrarmos sentido e propósito, sentimento de realização e de experiência de fluxo na execução da atividade. A remuneração tem um impacto menor na geração de felicidade a partir do momento em que ganhamos o suficiente para a manutenção de um padrão de vida satisfatório. Mais dinheiro pode não trazer mais felicidade se não tem sentido e propósito alinhados a nossos valores de vida.

É possível ser feliz em meio a problemas?
Claro! A felicidade não deve acontecer na ausência de problemas, isso seria irreal. Ao desenvolver nossas atitudes positivas, aumentamos nossa capacidade de lidar com os problemas e sobreviver a eles, o que a psicologia chama de resiliência.

Instituto Meninos de São Judas Tadeu - Dehonianos
Informativo Nossa Voz - Ano 8 – Número 54 – Janeiro de 2013
Acesse o material no Link

sexta-feira, dezembro 21, 2012

Muita calma nesta hora! Revista Dia Melhor.


Muita calma nessa hora!
Revista Dia Melhor (dez/2012)
 
Segundo a International Stress Management (ISMA-BR), o nível de tensão e ansiedade cresce até 75% entre os brasileiros no período que antecede as festas. A boa notícia é que, com um pouco de organização e tolerância, é possível sobreviver a essa loucura sem perder o humor e muito menos o prazer de celebrar.
 
 
Leia a matéria na íntegra:

terça-feira, dezembro 18, 2012

Dieta antiestresse - Revista Corpo a Corpo

 
Seque a barriga, sem sofrimento
Dieta antiestresse evita compulsão, controla ansiedade e afina 5kg
 

Se a tensão e a ansiedade estão fazendo você comer mais é hora de virar o jogo a seu favor. Com uma dieta balanceada e alimentos escolhidos a dedo é possível driblar o nervosismo e a irritabilidade e ainda afinar a cinturinha em um vapt-vupt, sem sofrimento. Por Rita Trevisan para a Revista Corpo a Corpo (Nº 288, dez/2012).
 
 
O Prof. Armando Ribeiro das Neves Neto é psicólogo e coordenador do Programa de Avaliação do Estresse do Hospital Beneficência Portuguesa de São Paulo e foi um dos especialistas consultados para esta matéria de capa da revista Corpo a Corpo e dentre seus vários comentários à jornalista, destaca as pesquisas que apontam para o efeito do estresse crônico no ganho de peso corporal (segundo dados publicados no American Journal of Epidemiology), além dos estudos sobre o efeito da liberação contínua de cortisol no acúmulo de gordura nas regiões do abdome, coxas e braços (segundo estudos do Departamento de Doenças do Coração da Universidade de Goteborg, na Suécia). 

Os efeitos nocivos do estresse não se restringem apenas ao desentendimento com a balança. Quando a ansiedade é crônica, o corpo todo padece. (...) Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), pelo menos sete entre as dez principais doenças modernas estão associadas ao nervosismo.

Ansiedade sob controle

Além das escolhas inteligentes à mesa, alguns hábitos influenciam positivamente no seu humor e na disposição para as atividades diárias.

1- Dormir mal ou pouco dispara desordens hormonais que favorecem o ganho de peso e a irritabilidade. Por isso, descanse sete ou oito horas por dia. E lembre-se: evite estímulos até uma hora antes de ir para a cama, tome um banho relaxante bem à noitinha e deixe o quarto o mais escuro e silencioso possível na hora de descansar.

2- Exercícios físicos promovem a liberação de serotonina e aumentam o bem-estar, renovando o pique. Para aproveitar melhor esses benefícios, exercite-se pela manhã.

3- Práticas como a ioga e a meditação mantêm o corpo e a mente em equilíbrio, além de amenizarem a tensão.

4- Ter amigos combate os efeitos nocivos do estresse. As pessoas próximas ajudam na reavaliação da fonte de preocupação e impedem a famosa "tempestade em copo d´água".

5- Buscar o autoconhecimento é outra arma contra o nervosismo. Reconheça seus limites e respeite-os.
 
Quer saber mais? É só ler o texto na íntegra da revista Corpo a Corpo (Nº 288, dezembro de 2012).

domingo, dezembro 16, 2012

Afago para a mente - DiarioWeb

Filmes, discos e livros são opções de presentes culturais
 
 
Por Daniela Fenti
DiarioWeb
São José do Rio Preto, 16 de Dezembro, 2012 - 1:45


Há pouco mais de uma semana para o Natal, muitas pessoas ainda não escolheram os presentes. E, se o destinatário é uma pessoa antenada com as novidades culturais, opções não faltam no mercado. Existem desde objetos com foco comercial, passando pelos títulos temáticos, até chegar aos cults. Quem é entusiasta da literatura internacional ou da data, por exemplo, vai se fartar com “O Homem que Inventou o Natal” (Nossa Cultura), de Les Standiford.

A obra conta a história do inglês Charles Dickens (1812-1870), autor de “Um Conto de Natal”. Já os amantes de Roberto Carlos podem conferir o CD “Esse Cara Sou Eu” (Sony), com quatro músicas, incluindo a faixa-título, que faz parte da trilha da novela global “Salve Jorge”. A seguir, o Diário enlenca outros lançamentos que podem nortear suas compras.


Pacote de emoções
 
 
 
 
A troca, em todos os sentidos, é um hábito arraigado na história da humanidade. Porém, o que era para ser um elemento de união entre as pessoas torna-se muitas vezes um exercício de puro consumismo.
 
Por ser considerado um período de reflexão, o Natal surge como oportunidade para resgatar o sentido mais profundo da palavra, como símbolo de verdadeira doação e manifestação de afeto.

“O momento é uma pausa para celebrar o ano que se passou e recarregar as energias para um novo ciclo. O ponto máximo é exatamente o presente, que vai representar a estima que temos pelo outro”, explica o especialista em desenvolvimento humano Eduardo Shinyashiki, autor de livros como “Transforme Seus Sonhos em Vida”.

Shinyashiki explica ainda que o ato de presentear familiares, amigos e colegas de trabalho é uma forma de comunicação carregada de valor emocional que supera as palavras. Mais do que uma forma de gentileza e reciprocidade, reforça os laços afetivos. “Quando alguém oferece alguma coisa com sinceridade, demonstra que lembra e cuida daquela pessoa, que a considera especial. A alegria do outro se torna sua própria alegria”, diz ele, lembrando que também é importante permitir-se receber presentes e manifestar gratidão.

Mas essa mensagem positiva pode estar implícita em simples atitudes, que demandam dedicação e dispensam dinheiro, ou que, ao menos, não têm o valor comercial como principal objetivo. De acordo com Armando Ribeiro das Neves Neto, psicólogo e coordenador do programa de avaliação do estresse do Hospital Beneficência Portuguesa, de São Paulo, a importância do “mimo” não depende de preço e o valor gasto deve ser coerente com o orçamento familiar, para que não represente um desfalque no restante do mês.

“Deve-se evitar a presunção de que um ótimo presente é o mais caro. O melhor presente é, sim, aquele que vem do coração e fica marcado na memória; que gera novas experiências e não apenas o acúmulo de objetos. Evite comprar produtos por obrigação, modismo ou status social”, ensina.

Outra dica fundamental para não fazer feio é levar em conta a personalidade, as preferências pessoais e o estilo de vida de cada um. Segundo a coach Ada Maria de Assis e Silva, de Rio Preto, mesmo que a ideia seja comprar uma lembrancinha para a brincadeira do amigo secreto, vale investigar o perfil do escolhido.

“Dar um vale-presente é uma roubada. Além de soar deselegante, demonstra falta de atenção e interesse pelo presenteado”, salienta. Para melhorar suas relações íntimas neste fim de ano, o Diário elencou sete dicas que não demandam grandes investimentos, mas podem render ótimos resultados. Inspire-se!



quinta-feira, dezembro 13, 2012

Mentira alimenta sentimentos negativos gerando tensão emocional

 
 
Mentir faz mal à saúde
 
Por Jéssica Reis
DiarioWeb

 
A mentira é um tema sempre atual, afinal, quem é que nunca contou uma mentirinha, mesmo que fosse de brincadeira? A novidade agora é que uma pesquisa comprovou que mentir faz mal à saúde. O estudo, realizado na Universidade Notre Dame, nos Estados Unidos, constatou que dizer a verdade pode evitar dores e até coceiras.

Os pesquisadores questionaram semanalmente 110 voluntários sobre os incômodos físicos que sentiam e quantas vezes contaram algum tipo de mentira durante o dia. Nos 
encontros, pediam para metade dos participantes não contar mentiras. O grupo que passou a dizer mais a verdade reclamou menos de dores e coceiras.

A psicóloga Maria Aparecida Junqueira Zampieri diz que mentir não é natural e consome mais energia das pessoas, além de manter, mesmo que no inconsciente, pensamentos negativos sobre si mesmo. Segundo a especialista, o mentiroso frequente reforça pensamentos no dia a dia e com isso uma autoimagem que pode se tornar mais negativa.

Para Armando Ribeiro, psicólogo e coordenador do Programa de Avaliação do Estresse do Hospital Beneficência Portuguesa, de São Paulo, a mentira implica em uma constante tensão mental para sustentar a história e impedir o descobrimento. “A tensão emocional gerada pela mentira pode aumentar os níveis de hormônios do estresse capazes de fragilizar o sistema imunológico e desequilibrar o corpo e a mente. A mentira tem perna curta, mas pesa uma tonelada”, garante.

Ainda segundo o psicólogo, a mente subconsciente fica ocupada em sustentar a mentira, por isso o mentiroso fica preso nas histórias do passado, não vive o presente e nem o futuro. “Viver uma mentira é ficar aprisionado à vergonha de não ter solucionado um problema de forma assertiva e autêntica.”

Alexandre Caprio, psicólogo cognitivo-comportamental, afirma que o resultado físico de quem mente pode envolver inquietude, irritação e ansiedade, tensões musculares e perda de sono, dores físicas e esgotamento. As pessoas aprendem a mentir, e isso pode acontecer quando ainda são crianças. Ribeiro explica que os pais são os primeiros modelos de como as crianças lidarão com os erros na vida, portanto, os pais devem estar conscientes de que até as pequenas mentiras podem influenciar os filhos na vida adulta.

“A falta de habilidades sociais e de bons modelos podem influenciar negativamente algumas pessoas”, diz.É importante ficar atento quando as crianças mentem. Para Caprio, crianças e adultos mentem de acordo com os benefícios obtidos com esse comportamento. “Se o responsável sabe que a criança conseguiu ser beneficiada por meio de uma mentira, deve evitar que esse ganho continue acontecendo, sob o risco de ensinar que mentir compensa”, explica.

No entanto, o especialista lembra que não adianta repreender o filho quando o comportamento dos pais não é condizente com o discurso que se faz. “A postura e os valores demonstrados nas relações pessoais são aspectos cruciais para o desenvolvimento moral e ético dos filhos”, complementa.

Verdade promove ‘libertação emocional’ 


Uma das passagens da bíblia diz: “E conhecereis a verdade, e a verdade vos libertará” (João 8,32), lembra Armando Ribeiro. Ele diz que outros textos sagrados e sabedorias antigas sustentam o 
valor da verdade para a libertação emocional e psicológica. “A psicologia atual vem pesquisando o valor dos conhecimentos tradicionais sobre o psiquismo humano. É sabido desde a década de 1980 sobre o “efeito da confissão pelo polígrafo”, ou seja, mesmo com graves consequências, falar a verdade pode reduzir a ansiedade e o estresse fisiológico”, afirma.

Para Tina Zampieri, dizer a verdade pode favorecer relações mais satisfatórias, mais leves. Ela diz que o interlocutor terá melhor chance de acertar com quem consegue ser mais verdadeiro. Mas é importante lembrar que ser verdadeiro não é sinônimo de ser rude. “As pessoas mais assertivas conseguem dizer a verdade sem ferir. O foco está mais próximo do informar, conhecer, reconhecer, e as respostas serão mais compatíveis com o que de fato se queria comunicar.

Isso traz mais satisfação e, a longo prazo, relações mais realistas. Se for possível dizer o que de fato se quer atingir, as ações poderão ser mais objetivadas e os resultados mais próximos do que se quer”, complementa. O psicólogo Alexandre Caprio diz que dizer a verdade, assim como ser fiel aos próprios princípios de certo e errado, induz a uma melhoria e enriquecimento da individualidade. “Enquanto para uns admitir uma falha pode parecer um atestado de inferioridade ou incompetência, para outros nada mais é do que um reconhecimento das próprias limitações, justamente para poder superá-las”, afirma.

Em alguns casos, o problema da mentira pode precisar de tratamento. Caprio explica que na terapia são avaliados os ganhos e as perdas de mentir e falar a verdade, as dificuldades internas e aceitação das próprias falhas. “Esse processo pode resultar em uma grande mudança na forma de encarar a si mesmo e quem está ao seu redor. Aprender a desenvolver empatia e assertividade. Essas estratégias oferecem ao paciente um conjunto de novas habilidades que o farão caminhar em direção ao autoconhecimento e desenvolvimento pessoal, profissional e afetivo.”

Necessidade de aceitação

O psicólogo Armando Ribeiro define que a mentira não é simplesmente o contrário da verdade. “Mentir é uma ação que visa a distanciar um erro, minimizando as consequências de culpa, angústia, entre outras”, explica.
Para a psicóloga Tina Zampieri, a mentira é a resposta enganosa, que tenta agradar desviando ou omitindo o que poderia ser desagradável, fora das expectativas, ou do que se acredita que o outro gostaria de ouvir. Ou ainda para evitar o enfrentamento de consequências que não se pretende enfrentar, seja por acreditar que não daria conta, ou porque não se quer enfrentar.

A especialista diz que muitas vezes a mentira vem mesmo desta necessidade básica de aceitação, de pertencimento. “É mentir para ajustar-se ao esperado para pertencer ao grupo em questão. Para evitar situações vergonhosas ou embaraçosas”, exemplifica. Uma das características de um mentiroso é que ele tem visão de curto prazo sobre como lidar com os problemas, segundo Ribeiro. Além disso, evitar a verdade é uma possibilidade de não enfrentar as crises ou de afastá-las.

“O grande problema é que o próprio mentiroso não consegue mentir para si mesmo. A consciência pesada, aquela velha “conversa” com o travesseiro, são algumas das consequências de se carregar o fardo da mentira”, alerta.
Tina lembra que a pessoa que mente compulsivamente pode não conhece seus potenciais, ser insegura e tender ao cinismo, o que pode ser visto como um ego interior supostamente mais forte que o eu real. “No fundo, pode esconder o medo de enfrentar, de se expor, de opinar, defender ideias que não encontram eco no grupo a que almeja pertencer.”