terça-feira, julho 31, 2012

Dificuldade de enfrentar problemas impede que eles sejam resolvidos; mude isso

De acordo com o psicólogo Thiago de Almeida, nos comportamos de modo a sofrer o mínimo possível

Por Isabela Barros
Do UOL, em São Paulo
31/07/2012 12



Foram quatro anos de relacionamento e um de terapia até que a publicitária Carla (que prefere não revelar o sobrenome) conseguisse aceitar que aquele amor não iria adiante. Apaixonada, ela era incapaz de ver que o colega de trabalho comprometido continuava a tocar a vida e fazer planos de casamento com outra --enquanto mantinha as falsas expectativas de Carla. "Estava tão envolvida que achava que ele era o homem da minha vida. Qualquer sinal, por menor que fosse, fazia com que eu renovasse as esperanças", diz ela. "Demorei para entender e aceitar que ele não me amava." 
Assim como Carla, muitas pessoas têm dificuldade de encarar um problema. Preferem desviar a atenção a aceitar que ele existe e precisa de solução. De acordo com o psicólogo especialista em relacionamentos Thiago de Almeida, confrontar a realidade nem sempre é simples. Isso porque, mesmo sem perceber, nos comportamos de modo a sofrer o mínimo possível, ainda que isso signifique adiar o problema e não enxergar as coisas como elas realmente são. "O enfrentamento da realidade é difícil. Por isso é tão comum que pacientes abandonem a terapia quando o psicólogo se aprofunda na discussão dos problemas", diz ele.
"Algumas pessoas crescem habituadas a ter alguém que assuma seus problemas. É como aquele pai ou mãe que sempre vai à escola para resolver a briga do filho com os colegas e nunca deixa a criança fazer nada sozinha. Chegará o dia em que essa criança não terá quem interceda. Quando adulta, esse tipo de pessoa tem atitudes infantilizadas, pois vive se colocando no papel do 'filhinho que precisa ser cuidado'
Angélica Amigo, psicóloga

A dificuldade de encarar algumas situações vem do medo, da insegurança e da autodepreciação, segundo Hélio Deliberador, professor do Departamento de Psicologia Social da PUC- SP (Pontifícia Universidade Católica de São Paulo). "Sofremos para admitir os problemas e relutamos em pedir ajuda", afirma. "Esquecemos que a vida é um desafio permanente e que sempre há obstáculos a enfrentar. É importante entender que a nossa capacidade de resolver os problemas é ilimitada", diz.

Para o psicólogo Armando Ribeiro das Neves Neto, do Hospital Beneficência Portuguesa de São Paulo, a forma como somos capazes de lidar com problemas está relacionada com a história de vida e a educação de cada um de nós. "Somos muito influenciados por modelos. Pais passivos podem contribuir para a formação de filhos com maior dificuldade de reagir diante das dificuldades", afirma.
A psicóloga Angélica Amigo afirma que as pessoas têm muita dificuldade de encarar os problemas do dia a dia porque não conseguem lidar com frustrações. "O ser humano não quer perder nunca" diz. "Quando se depara com um problema, tende a negá-lo inicialmente, como uma maneira de resistir à realidade e se proteger do sofrimento ou, algumas vezes, pode até 'hiperdimensionar' o problema, se colocando no lugar de vítima do mundo e, assim, conseguindo a atenção de todos."
Angélica explica que todos nós sofremos "pequenos lutos" no nosso dia a dia, além dos que se referem à morte de alguém querido. Segundo ela, é importante reconhecer o que foi perdido e se apropriar daquilo que se está sentindo. "Algumas pessoas acham que resolvem o problema fugindo dele. Recusam-se a falar sobre o fim do relacionamento, a perda do emprego, a morte de alguém. Ficam se enganando, imaginando que, se não pensarem no problema, ele irá se resolver, mas não vai".
Neste link: http://t.co/2UAnMnBF

Sete sinais revelam que seu peso se tornou um problema

Gordura abdominal - Foto Getty Images


Perder roupas e deixar de fazer atividades que gostava são dois indicadores


Blog Minha Vida
Por Laura Tavares
Publicado em 31/07/2012


É difícil encontrar alguém satisfeito com o próprio corpo. Mas você sabe quando os quilinhos a mais deixam de ser apenas um problema de vaidade e se tornam uma questão de saúde? Segundo o cardiologista Carlos Alberto Machado, da Sociedade Brasileira de Cardiologia, vivemos uma epidemia de excesso de peso. A tese é comprovada pelo último levantamento feito pelo Ministério da Saúde, que mostrou que quase metade da população brasileira tem o IMC (Descubra seu peso ideal) acima do considerado ideal – entre 18,6 e 24,9.
Para responder a pergunta, entretanto, nem sempre é necessária a avaliação de um médico. Nosso corpo e a maneira como nos comportamos podem muito bem dar sinais de que o número da balança se tornou um problema. Descubra quais são eles.
 Gordura abdominal
De acordo com o endocrinologista Josivan Lima, da Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia (SBEM), além do histórico familiar, a circunferência abdominal do indivíduo pode favorecer ou reduzir o risco de desenvolver doenças crônicas, como o diabetes. “Um peso bem distribuído pelo corpo é menos prejudicial do que aquele concentrado na região abdominal”, explica. Portanto, nem sempre uma pessoa com IMC acima do valor ideal tem maior predisposição a desenvolver essas doenças do que uma pessoa com IMC dentro do valor considerado saudável.
A gordura visceral (na região do abdômen) aumenta a produção de substâncias que favorecem o aumento da taxa de glicose, da pressão arterial e do colesterol ruim. Já a gordura subcutânea, que fica embaixo da pele, produz substâncias que promovem exatamente o efeito oposto: controlam essas níveis. O especialista afirma que uma cintura saudável para mulheres não deve ultrapassar os 88 centímetros e, para homens, os 102 centímetros.
Perda de roupas
Um bom alerta para quem está ganhando peso são as roupas. Se o que uma vez lhe serviu com folga agora já não entra mais, então é bom ficar de olho – mas sem exageros. Não existe um tamanho de roupas ideal, visto que cada pessoa tem uma estrutura corporal própria, então não adianta ter como modelo um tamanho de manequim muito inferior ao seu. Segundo o psicólogo Armando Ribeiro das Neves Neto, do Hospital Beneficência Portuguesa, o público feminino é o que mais sofre cobranças para ter o corpo perfeito e, nessa busca, muitas vezes criam padrões de beleza distorcidos e prejudiciais ao organismo. “Para avaliar se você está ou não acima do peso e se isso afeta sua saúde, busque parâmetros médicos e não opiniões sem qualquer embasamento”, alerta.
Limitações
Antes, você caminhava certa distância e nem suava. Um tempo depois, percebeu que ficou exausto ao fim do mesmo trajeto. Mais para frente, não conseguiu realizar o percurso completo. “O ganho de peso impõe limitações cada vez maiores e isso pode ser percebido com o passar do tempo”, afirma o endocrinologista Josivan. Só não interprete a dificuldade como um fracasso. Encare isso como um desafio para recuperar o condicionamento físico e busque auxílio profissional, pois o risco de lesões nas articulações é maior em pessoas com sobrepeso.
Baixa autoestima
O peso não é um problema apenas quando a saúde física está em risco. Em muitos casos, ele é um obstáculo ao convívio social antes de tudo. ?Muitas pessoas deixam de fazer coisas que gostam por vergonha de se expor?, afirma o psicólogo Armando. Os quilos extras se tornam motivo para deixar de ir à praia, a um clube ou a uma festa, por exemplo. Mas a relação nem sempre é clara. Segundo o especialista, muitas pessoas se enganam convencendo a si mesmas de que não gostam daquela atividade. “Esse comportamento pode afetar não só o círculo de convivência da pessoa como ainda sabotar uma oportunidade de resolver o que a incomoda”, lembra. Um psicólogo pode ajudar a enxergar melhor esse problema.
Sono ruim
“Distúrbios ligados ao sono são comumente relacionados à obesidade, mas o sobrepeso também pode afetar a noite”, explica o neurologista Luciano Ribeiro Pinto Junior, do Instituto do Sono, em São Paulo. Segundo ele, um dos principais problemas desencadeados pelo peso é a apneia do sono. A doença é caracterizada pela má oxigenação dos tecidos, decorrente da resistência que o ar sofre para passar pela garganta. “Isso acontece graças à concentração de gordura na região do abdômen e do pescoço”, diz.
Como saber se você sofre de apneia? Um dos principais sinais é o ronco, mas passar o dia cansado também é característico da doença, já que a noite de sono não foi bem aproveitada. O neurologista aponta ainda que a apneia pode gerar um círculo vicioso. “A vontade de dormir durante o dia se torna a justificativa para não fazer exercícios”, explica. Por isso, para tratar a apneia do sono, a principal meta é ser perder peso.
Transpiração
Outro alerta do ganho de peso pode ser o aumento da sudorese. “Com mais células corporais, o metabolismo fica acelerado e, consequentemente, a temperatura se eleva”, afirma o endocrinologista Josivan. Para manter o corpo a uma temperatura amena, o organismo é obrigado a liberar água na forma de suor.
Dores na coluna
Se o seu dia sempre termina com dores na coluna, então o seu peso pode ter se tornado um problema. A conclusão faz parte de um estudo feito por pesquisadores da University of Hong Kong, na China. Após submeter mais de 2.500 pessoas a avaliações radiográficas e clínicas, além de ressonâncias magnéticas da espinha lombar, a equipe observou que pessoas acima do peso ou com obesidade tinham um risco maior de sofrer desgastes da coluna lombar do que aquelas dentro do peso ideal. Entretanto, a dor nas costas também pode ser decorrente da má postura. Para descobrir, consulte um especialista.

quinta-feira, julho 19, 2012

Centro de Estudos e Assistência em Psicologia Hospitalar oferece atendimento personalizado


Equipe do CEAP. Da esquerda para a direita, Armando Ribeiro das Neves Neto, Maria Cristina Oda, Egle Bellintani, Cyntia Arantes Dias Coppola e Renata Cássis


As emoções são fatores fundamentais no processo de cura. Nesse sentido, foi criado em 2010 o Centro de Estudos e Assistência em Psicologia Hospitalar (CEAP). Este serviço é coordenado pelas psicólogas Maria Cristina Oda e Renata Cassis e atua tanto na Beneficência Portuguesa quanto no Hospital São José. A seguir, acompanhe a entrevista realizada com a equipe do CEAP e saiba de que forma estes profissionais podem contribuir para o tratamento de seus pacientes:
 
BM: Qual o objetivo desse serviço no hospital e quais são as abordagens utilizadas?
CEAP: Estados emocionais negativos, tais como depressão, ansiedade, medo, raiva, entre outros, podem atrasar a recuperação do corpo, gerar estresse e desgaste na família e também na relação médico–paciente, implicando em baixa adesão ao tratamento.

O CEAP tem como objetivo oferecer avaliação psicológica, neuropsicológica, Programa de Avaliação do Estresse (PAE), além de tratamentos psicológicos especializados. Este objetivo é alcançado por nossa equipe por meio da psicoterapia breve e emergencial, englobando várias patologias, nas linhas cognitiva comportamental, psicanalítica e sistêmica.
 
BM: Para quais tipos de público o CEAP direciona seus atendimentos?
CEAP: Por ser composto por especialistas em diferentes áreas da Psicologia, o CEAP oferece assistência a diferentes tipos de pacientes, podendo ser realizada tanto em regime individual quanto em grupo para pacientes ambulatoriais e internados (PA e UTI) e seus familiares nos seguintes perfis:
 
- Crianças, adolescentes, adultos e idosos;
- Orientação familiar;
- Psicoterapia de casal e familiar;
- Avaliação para cirurgia bariátrica/gastroplastia;
- Psico-oncologia;
- Pré-operatório para cirurgias cardíacas, mamoplastia, transplantes, entre outras.
 
Adicionalmente, este serviço também disponibiliza atendimento às equipes médicas e equipes multidisciplinares.
 
BM: Quais tipos de atividades são realizadas?
CEAP: O atendimento é composto por atividades direcionadas às necessidades do paciente. São elas:

- Avaliação psicológica do paciente portador de condições médicas específicas;
- Elaboração de psicodiagnóstico do paciente portador de condições médicas tanto em situação de internação quanto ambulatorial;
- Registro institucional da hipótese psicodiagnóstica e do esquema terapêutico decorrente, de acordo com as normas éticas do direito do paciente e da equipe interdisciplinar às informações;
- Elaboração e execução de estratégias psicoterapêuticas visando a prevenção, o tratamento e a reabilitação do paciente;
- Levantamento e estudo dos indicadores de risco psicológico para a saúde do paciente, dos funcionários e da equipe, visando ações preventivas e/ou terapêuticas em diferentes contextos;
- Execução de ações terapêuticas individuais ou grupais fundamentadas na prática interdisciplinar, tal como a interconsulta;
- Elaboração e implantação de ações terapêuticas para pacientes em situações emergenciais e/ou situações psicológicas limite;
- Gerenciamento de estresse de pacientes e profissionais da saúde através da técnica Biofeedback;
- Supervisão clínica e atividade de ensino aos psicólogos especializados em psicologia hospitalar;
- Aulas para médicos e residentes;
- Participação de reuniões clínicas e cientificas;
- Participação de projetos e pesquisas dentro da instituição;
- Cursos que envolvem temas de várias modalidades e patologias.

Fonte: Comunicação / Blog do Médico / Hospital Beneficência Portuguesa de São Paulo

domingo, julho 15, 2012

Brasil é o 2º país que mais usa o Facebook no mundo

Brasil é o 2º país que mais usa o Facebook no mundo

Por Daniela Fenti
DiárioWeb - Diário da Região
São José do Rio Preto, 15 de julho de 2012


Notícias em primeira mão. Provocações esportivas. Campanhas em prol dos animais. Mensagens de autoajuda. Fotos de baladas. Desaparecimento de pessoas... Postar, curtir, comentar e compartilhar assuntos como esses se tornou mais do que um hábito. Virou uma necessidade (ou vício) para muitos.

De acordo com estatísticas do SocialBaker, o Facebook registra quase 900 milhões de usuários ativos no mundo, dos quais cerca de 51 milhões de brasileiros. O que significa dizer que o País ocupa o segundo lugar no ranking, ficando atrás apenas dos Estados Unidos, com 155 milhões de adeptos.

A pesquisa ainda mostra que houve um aumento de 16 milhões de perfis nacionais nos últimos seis meses e que o site de relacionamento criado por Mark Zuckerberg abrange, atualmente, 67,38% dos internautas brazucas. São Paulo é a sexta cidade da lista e a primeira do Brasil, com 5,7 milhões de usuários - não é possível precisar o número de rio-pretenses.

Mas, afinal, por que as redes sociais se tornaram tão populares e por que as pessoas almejam, cada vez mais, o “reconhecimento virtual”? A resposta pode estar na ciência. Um estudo inglês, divulgado no fim do ano passado pelo periódico científico “Proceedings of the Royal Society B”, mostrou que voluntários com grande quantidade de amigos no Facebook apresentaram alterações no cérebro em comparação aos demais.

Foram recrutados 125 jovens na faixa dos 20 anos, com média estimada de 300 amigos cada. Feitas com um equipamento de ressonância magnética, as imagens mostraram que, quanto mais contatos, mais densas as regiões cerebrais relacionadas à sociabilização (sulco temporal superior, giro temporal médio e complexo entorrinal).

De acordo com o neurocientista Geraint Rees, que liderou a pesquisa, essa descoberta trouxe à tona questionamentos como se essas características neurológicas levariam as pessoas a fazer mais amigos on-line, se essas áreas são modificadas justamente pela interação com os recursos tecnológicos ou se tudo não passa de coincidência.

O tema voltou à pauta há cerca de dois meses, durante o 8º Congresso Brasileiro de Cérebro, Comportamento e Emoções, em São Paulo. Porém, o Brasil ainda não dispõe de estudos de imagem cerebral ligados às redes sociais que possam incrementar o trabalho. Independentemente de consenso médico, há um fenômeno comportamental por trás dos números.

Necessidade básica

De acordo com o psicólogo Armando Ribeiro das Neves Neto, coordenador do Programa de Avaliação do Estresse, do Hospital Beneficência Portuguesa, de São Paulo, as ferramentas digitais são uma espécie de extensão da necessidade básica do ser humano de se socializar. Se décadas atrás as pessoas se reuniam na calçada ou na praça para bater papo, hoje essas manifestações são feitas por aparelhos eletrônicos, como notebooks e tablets.

Entre as vantagens dos métodos contemporâneos estão o encurtamento de distâncias e a rapidez da veiculação, que podem ser fortes aliados na ampliação e manutenção do “networking”. Exemplos não faltam de celebridades instantâneas, como PC Siqueira e Marimoon, que fizeram sucesso primeiro na web e depois fora dela. “Essas pessoas sabem o que e para quem querem falar. Acharam um nicho de audiência potencial”, explica Daniela Ramos, professora de jornalismo digital da Fundação Casper Líbero, na Capital.

Mas nem tudo são flores nos caminhos cibernéticos. Entre as armadilhas está a superficialidade das relações. O jornalista rio-pretense e professor de comunicação Allexandre Silva destaca que as atividades virtuais costumam ser um retrato fiel da realidade física. Contudo, podem refletir apenas os desejos de se ter e ser. “Na maioria das vezes, uma pessoa com zilhões de amigos em seu perfil não os conhece de verdade ou sequer interage com eles. Todos querem ter muitos amigos, mas nem sempre conseguem. Então, adicionam desconhecidos para parecerem sociáveis.”

‘Livro aberto’

Também é preciso ficar atento ao tipo de conteúdo publicado. Em geral, as pessoas opinam sobre tudo - até sobre o que não falariam pessoalmente aos mais chegados - sem ter consciência de que suas palavras ganham repercussão para o bem e para o mal. A impressão de que se está protegido pelo relativo anonimato é falsa. Afinal, ocorre justamente o contrário. “Mais do que a pessoa, a mensagem que ela transmite sempre vai encontrar eco em alguém. Esse é o ponto chave”, diz Silva.

O mau uso da internet pode ainda acarretar síndromes, como a nomofobia (desconforto ou angústia pela incapacidade de comunicação por meio de celulares ou computadores) e o tecnostress (tensão causada pela dificuldade em aceitar as imperfeições da tecnologia). “Nós usamos a tecnologia ou ela nos usa? O problema não é com a tecnologia, criada para facilitar nossa rotina, mas com a forma como a aproveitamos. Timidez, baixa autoestima, ansiedade e depressão podem aproveitar-se dos meios digitais para tomar conta de nossas vidas”, alerta o psicólogo.




Guilherme Baffi
Martino, Mazza, Cunha (Cacaco), Claudia e Rocha estão entre os rio-pretenses com maior número de amigos no Facebook
Rio-pretenses usam a web como aliada para negócios

Se você não tem um perfil lotado no Facebook, certamente conhece alguém que tem. O fotógrafo Evandro Rocha, 29 anos, o produtor de eventos Fabiano Mazza, 27, o psicoterapeuta, professor e escritor Renato Dias Martino, 40, e os empresários Luiz Carlos Cunha Filho (Cacaco), 37, e Claudia Bassitt, 47, estão entre os mais populares de Rio Preto, com 5 mil contatos (limite do sistema) ou mais e acesso praticamente “full time”. Cada um encontrou sua forma de usar a ferramenta de forma positiva - especialmente no que diz respeito à carreira.

Rocha, por exemplo, separa claramente assuntos profissionais e pessoais. Considerado um dos mais requisitados fotógrafos de casamentos do Brasil, ele conta que já teve em sua rede particular profissionais de todo o País, mas não se sentia à vontade para publicar assuntos íntimos. Hoje, quem admira seu trabalho ou pensa em contratá-lo pode acessar sua “fan page”, que já ultrapassa 8,1 mil “curtir”. Ali, ele dá dicas para quem está começando, responde dúvidas e divulga seus projetos. A outra página é exclusiva para familiares e amigos próximos.

Essa estratégia tem retorno garantido. “Na ‘fan page’, temos ferramentas para avaliar os posts mais comentados. Em alguns dias, as mensagens atingem 50 mil pessoas”, explica. Porém, o Facebook não é o primeiro aliado virtual do rio-pretense. “A internet sempre foi a principal forma de divulgar o que faço. Praticamente me tornei profissional da área em 2004, depois de enviar uma foto da Represa para alguns contatos usarem como papel de parede. Eles enviaram para outras pessoas e a imagem se espalhou como um viral.”

Mazza, que dirige a Start Produções, é outro usuário assíduo da rede. Ele tem dois perfis no Facebook com quase 8 mil contatos. Costuma fazer piadas e reflexões e, principalmente, falar sobre os eventos que organiza - afinal, a rede social também fortalece os negócios. “Às vezes, as pessoas nem curtem ou comentam, mas falam sobre as publicações quando me encontram na rua.” Cacaco não fica atrás. Dono de dois bares na cidade, ele anuncia promoções e programações musicais (que vez ou outra rendem até reservas de mesas), mas também fala de si.

“Não publico só coisas comerciais. As pessoas gostam de polêmica, coisas inteligentes ou que vão promover um diálogo entre elas”, avalia. Por outro lado, ele destaca que é preciso tomar cuidado com o que se escreve. “Penso muito antes de colocar alguma coisa no Facebook. Já publiquei coisas e me arrependi, já publiquei erros de português e foi complicado. Com o tempo, a gente aprende.”

Martino também é focado em sua profissão, porém de maneira diferente. Em geral, ele opta por frases com conteúdo poético e reflexivo, filosófico e psicológico. “A única proposta que tenho nas redes sociais é de estender meu trabalho, que é voltado para a experiência de tomada da consciência da realidade”, afirma.

Para o psicoterapeuta, a chave de seu sucesso on-line é a abordagem de certas verdades duras, que de outra forma seriam evitadas. “Não busco popularidade, até porque a popularidade não garante qualidade. Mas um trabalho autêntico, feito com carinho, somado aos recursos da internet pode provocar o interesse das pessoas.”

Claudia, por sua vez, aproveita mais o lado leve da rede social. Com aproximadamente 11 mil amigos em nada menos do que cinco páginas pessoais (sem contar as três comerciais), ela gosta de discutir temas ligados à atualidade, cultura, geografia, economia e política. E às vezes também se envolve em debates polêmicos. Uma de suas postagens que mais tiveram repercussão - inclusive na mídia - foi sobre a quantidade de mendigos nas ruas locais.

Para evitar problemas, ela conta que só aceita a amizade virtual de quem já conhece ou de quem envia referências “in box”. “O Facebook, além de prático e fácil de administrar, é mundial e pode otimizar nossas ações diárias. É como se fosse um clube, onde encontramos amigos a qualquer hora para fazer negócios, conversar, pesquisar. Sou popular porque realmente tenho muitos amigos no mundo inteiro.”






terça-feira, julho 10, 2012


IX Congresso Brasileiro de Psicopedagogia - ABPp
I Simpósio Internacional de Neurociências, Saúde Mental e Educação - CEPP 
Diálogos entre Neurociências, Saúde Mental e Educação

São Paulo - SP, 5 a 8 de julho de 2012



Estresse, depressão e burnout no educador

Durante o congresso houve a apresentação da mesa-redonda "Estresse, depressão e burnout no educador" com a participação dos palestrantes: Adriana Loduca, Armando Ribeiro, Cristiane Tacla, Elisa Kozasa e Érica de Souza. 

Ementas das apresentações:

Armando Ribeiro
O objetivo desta palestra é apresentar dados relativos ao estresse do educador, principalmente coletados no programa de avaliação do estresse do Hospital Beneficência Portuguesa de São Paulo. O estresse é uma reação de adaptação natural às adversidades, mas que pode cronicamente fragilizar à saúde física e emocional. Tanto os profissionais da saúde, quanto os educadores precisam estar preparados para identificar e gerenciar os níveis de estresse prejudiciais à saúde e ao trabalho docente. Serão demonstrados alguns indícios da resposta psicofísica do estresse (distresse / carga alostática) no sistema nervoso central e autônomo, através da utilização de equipamento de biofeedback da variabilidade da frequência cardíaca (bpm).

Cristiane Tacla
Essa palestra tem por objetivo descrever a Síndrome de Bournout entre Educadores e discutir consequências, preditores, capacidade de resiliência, fatores de proteção, intervenção e prevenção associados ao quadro.


Elisa Kozasa
Todos já tivemos um episódio emocional do qual nos arrependemos, especialmente quando estressados. Infelizmente ele pode acontecer em momentos importantes, gerar conseqüências duradouras e até mesmo mudar o rumo de nossas vidas. Mas, será que poderia ter sido diferente? 
As emoções são fundamentais para nossa sobrevivência e proteção enquanto indivíduos e para estabelecer conexões com os outros membros da sociedade. A raiva, por exemplo, muitas vezes vista como uma emoção destrutiva é necessária e não pode ser suprimida para defender a si mesmo e ao grupo contra uma injustiça ou ameaça. Mas como “fazer uso” da raiva de maneira construtiva e evitar que ela tome proporções desajustadas que levam à violência gratuita?

Criatividade, flexibilidade mental, auto-controle e disciplina, são características que dependem do desenvolvimento das chamadas funções executivas, e há evidência de que elas podem ser desenvolvidas em crianças e adolescentes por jogos (computadorizados ou não), atividades físicas (de artes marciais a yoga) e o  treinamento em práticas meditativas. Estas características parecem centrais para o equilíbrio emocional. 

Para adultos, há programas educativos que envolvem práticas meditativas e que  desenvolvem a atenção plena, a habilidade de lidar com situações estressoras e reconhecer as emoções. A proposta destes programas é nos ajudar a ter uma possibilidade de escolha emocional, de desenvolver mais emoções mais construtivas e reduzir a hostilidade.

É sobre esta área da educação emocional e das práticas meditativas, ainda desconhecida em boa parte das escolas formais e dos ambientes sociais humanos que será abordada nesta apresentação.

segunda-feira, julho 02, 2012

Estresse no hospital. Inimigo invisível?


Estresse, o inimigo invisível? Desde pacientes poliqueixosos incuráveis, até o desgaste entre membros da equipe médica e demais colaboradores, poderá ser o estresse crônico um fator tão negligenciado?


Leia a matéria no Blog do Médico do Hospital Beneficência Portuguesa de São Paulo.
http://blog.bpsp.org.br/Blog.aspx/equipe-multidisciplinar/inimigo-invisivel



O serviço de Psicologia vem conquistando mais espaço no maior complexo privado médico-hospitalar da América Latina do Hospital Beneficência Portuguesa de São Paulo, com mais de 150 anos de história, e alguns números impressionantes (ex. 1920 leitos, 233 destinados a UTI, 52 salas de cirurgia, 34 mil cirurgias/ano, 4,5 milhões de exame/ano).

Prof. Armando Ribeiro das Neves NetoCoordenador do Programa de Avaliação do Estresse (PAE) do Centro de Estudos e Assistência em Psicologia Hospitalar (CEAP) do Hospital Beneficência Portuguesa de São Paulo.