quinta-feira, outubro 01, 2009

Pesquisa sobre estresse ocupacional entre acadêmicos de MBA

Estudo científico realizado pelo psicólogo Prof. Armando Ribeiro (aprovado pelo Comitê de Ética da UNIFESP, no. 0622/09), sobre estresse ocupacional e qualidade do sono em uma amostra de 52 acadêmicos de um curso de MBA noturno e que possuiam cargos executivos e de RH em empresas de grande porte, concluiu que: 63,46% estão altamente vulneráveis ao estresse ocupacional, sendo o fator de maior impacto o “clima e funcionamento organizacional”, ou seja, “chefes estressados” contribuem para uma importante fonte de estresse crônico no ambiente de trabalho, o que pode acarretar danos à saúde física e psicossocial, além de prejuízos na atividade profissional (ex. diminuição da produtividade, diminuição dos lucros, aumento da rotatividade, do absenteísmo, do presenteísmo, dos acidentes de trabalho e etc). As demais fontes de estresse que se destacaram pela autoavaliação dos participantes da pesquisa, foram: sobrecarga de trabalho (63,46%); falta de feedback (57,69%) e estresse interpessoal (57,69%), ou seja, além do acúmulo de atividades no trabalho e os estudos de pós-graduação, a comunicação interpessoal e a falta de feedback contribuiram significativamente para a potencialização do estresse nas organizações. Houve uma importante diferença entre os fatores apontados pelos homens e mulheres do estudo, destacando-se que para os homens "lidar com problemas emocionais" no ambiente de trabalho (3o. lugar no ranking) foi muito mais estressante do que para as mulheres do estudo (15o. no ranking). Outro dado importante no estudo, foi em relação à presença de qualidade ruim do sono ou queixa subjetiva do sono em 71,43% dos participantes, ou seja, o estresse ocupacional associado a uma baixa qualidade do sono, podem potencializar os efeitos prejudiciais do estresse, tais como: envelhecimento precoce, prejuízos cognitivos (ex. déficits de memória e atenção) e etc. Houve também uma baixa auto-avaliação da prática de atividade física, o que certamente contribui para a vulnerabilidade ao estresse ocupacional.

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