sexta-feira, novembro 13, 2009

Projeto Zen - Instituto de Psiquiatria do HC-FMUSP


O Prof. Armando Ribeiro participou do Projeto Zen promovido pelo Centro de Reabilitação e Hospital Dia do Instituto de Psiquiatria do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da USP, mensurando o estresse através da utilização de equipamentos de biofeedback. O projeto consiste na aplicação de diferentes terapias milenares de origem oriental e outras desenvolvidas a partir do século passado, que atuam no equilíbrio entre o corpo e mente. O Projeto Zen inclui atividades como: massoterapia(shiatsu), yoga, meditação, pilates e terapia craniossacral.

segunda-feira, novembro 09, 2009

A verdade da mentira


A verdade da mentira

Por Francine Moreno
(Diário da Região. São José do Rio Preto/SP, 08/11/2009)

“A cada quatro vezes que as pessoas entram em contato com as outras, em pelo menos uma contam uma mentira. Significa que mentimos em 25% do tempo”, constata a psicóloga e professora Mônica Portela, em seu livro “Como Identificar a Mentira”, pela Quality Mark. A especialista revela ainda que a dissimulação é uma característica crescente da atualidade. Após analisar mais de 80 vídeos de pesquisa sobre mentira, durante aproximadamente cinco anos, chegou à conclusão de que todos mentem e com mais facilidade quando o objetivo é criar uma imagem positiva de si.
Apesar de não haver um tipo de personalidade específico que tenda a mentir mais, a mentira é comportamento que acompanha a humanidade desde os tempos mais remotos e tem o poder de criar ou realçar qualidades, dissimular ou minimizar defeitos. “O mentiroso se baseia em distorções do próprio pensamento, tais como: “a verdade é insuportável”, “ele nunca vai me perdoar” ou “é só uma mentirinha”, e responde a uma situação social buscando algum proveito e/ou resultado positivo”, afirma o psicólogo Armando Ribeiro das Neves Neto, supervisor clínico da USP.
Na opinião do especialista, as pessoas mentem porque, em geral, as mentiras podem trazer algum alívio momentâneo para uma ocasião, podem ter o papel de aliviar relações conturbadas, desgastadas e situações de extremo estresse. Normalmente, a mentira é um meio e não um fim para uma situação adversa. No entanto, pode ser fonte de sérios problemas. “A mentira pode se tornar patológica quando deixa de ser ocasional e contextualizada e passa a fazer parte da vida das pessoas, trazendo sofrimento emocional e até problemas sociais e legais”.
Segundo o especialista, o mentiroso patológico pode sofrer de sérios transtornos mentais, tais como distúrbios de conduta na infância e/ou adolescência, transtorno de personalidade, psicose etc. A mentira pode se tornar um mau hábito e também pode ser um sintoma do transtorno obsessivo-compulsivo”, diz Neto.

Doença

Sem distinção entre realidade e ficção, a mentiroso pode passar a mentir, frequentemente, para se passar por quem não é para apenas levar alguma vantagem. “É o que chamamos de mitomania, a mentira patológica ou a mentira compulsiva. É aquela pessoa que mente sem necessidade nenhuma, mente pelo prazer de mentir compulsivamente e, de tanto mentir, ela mesma já acredita na própria mentira”, afirma o psicoterapeuta José Henrique Rios. “Podemos dizer que no fundo o mentiroso compulsivo tem uma autoestima baixa e, através das falas fantásticas e dos acontecimentos inventados procura a admiração dos outros que, por si mesmo, pensa não ter. O compulsivo tem a sensação de não ser bom o suficiente por si mesmo”, diz.
De acordo com José Henrique, o mentiroso compulsivo é muitas vezes sociável, educado e inteligente. Usa sua astúcia para tirar proveito. Parece ser incapaz de emoções verdadeiras. Não sente amor, vergonha ou culpa. Deseja tão somente recompensas e gratificações imediatas. O psicólogo Reginaldo do Carmo Aguiar, analista do Comportamento e das Neurociências, explica que há também mentirosos que incorporam personagens e vivem em uma realidade paralela. O especialista define o caso como “pseudologia fantástica”.
“É uma tentativa de impor as próprias fantasias aos demais, para despertar admiração. É uma forma de se comportar e que produz atenção e valorização. “Não há finalidade aparente e é proveniente da imaginação, e de uma certa instabilidade no campo do sentimento e da vontade. A pseudologia (algo que é lógico apenas aparentemente) estaria no meio do caminho entre a mentira simples e o delírio. Encontrada em indivíduos mais imaturos e teatrais.”

Sintomas

Os mentirosos entregam sua falsidade por meio de um padrão gestual ou comportamental que, inconscientemente, é repetido. “No distúrbio de conduta na infância ou adolescência os sintomas são padrões persistentes de conduta dissocial, agressiva ou desafiante. Tal comportamento deve comportar grandes violações das expectativas sociais próprias à idade da criança, deve haver mais do que as travessuras infantis ou a rebeldia do adolescente e se trata de um padrão duradouro de comportamento (seis meses ou mais)”, afirma o psicólogo Armando Ribeiro das Neves Neto.

De acordo com o psicoterapeuta José Henrique, geralmente, o início da doença se dá na infância. “Alguns pais até acham bonitinho seu filho mentir ou inventar coisas e desculpas. O meio tem muita influência no desenvolvimento do transtorno compulsivo por mentir”, diz. Cabe aos pais e educadores a busca em detectar os sintomas da mentira compulsiva nas crianças. Geralmente, são crianças inseguras e têm enorme dificuldade em tomar decisões, falta de autoconfiança e tendência à confusão mental. “O tratamento deve ser realizado com psicólogo e psiquiatra, mas a cura não é simples.”

Tratamento

Para o psicólogo Armando Ribeiro das Neves Neto, a terapia cognitivo-comportamental pode auxiliar no tratamento da mentira patológica, através da identificação dos pensamentos distorcidos e dos ganhos imediatos da mentira. “O que leva à mentira (causa) é um fator fundamental para a possibilidade da recuperação.”

Esta é também a crença de Reginaldo do Carmo Aguiar. O especialista indica proporcionar primeiramente o autoconhecimento ao indivíduo sobre seu comportamento, ou seja, quais são os determinantes (pais, irmãos, ambientes) que produziram o comportamento da mentira e com qual função. “Por exemplo, para evitar crítica, ser admirado porque mentir era a única forma de receber afeto. Depois desta consciência passamos ao segundo passo, que é entender quais são os repertórios, o que a pessoa faz de saboroso que produz consequências positivas a ela.

Se retirarmos todo comportamento de mentir ela pode deprimir. Por isso é importante desenvolver outros repertórios antes de extinguir o repertórios das mentiras. E por fim extinguir o repertório de mentira a partir de um procedimento de modelação (esculpir), que consiste em reforçar relatos verdadeiros e ignorar relatos falsos”.

Cura

De acordo com Aguiar, para um mentiroso se regenerar vai depender do repertório do terapeuta, do quanto o indivíduo quer mudar seu padrão de comportamento pensando aqui nas perdas que vai ter quando parar de mentir, além do histórico de vida. “Há casos que o histórico de vida é tão aversivo e este padrão se repete há anos, que fica mais difícil mudar. Acredito que vale a pena tentar.”

Quando o mal pode ser necessário

Apesar de reprovada e censurada por homens e mulheres, a mentira chega a ser, em certos momentos, necessária para o convívio social. Para o psicometrista Wilson Sergio Calvoso Damasco, um dos maiores defeitos do ser humano é a vaidade. “Todo ser humano vive mais de aparência do que de transparência. No convívio social o jogo de interesses e dos relacionamentos é um prato farto para a mentira fluir e envolver a tudo e a todos. A vida se torna mais fácil conforme o peso da mentira, se ela alcançar um objetivo que satisfaça a todos, ótimo, ela passa a ser até fundamental”.

O psicoterapeuta José Henrique Rios afirma que as mentiras necessárias são chamadas de “mentiras sociais”. “Por exemplo, seria uma indelicadeza ou falta de tato não mentir quando alguém nos pergunta se gostamos do seu novo corte de cabelo e, na verdade, não gostamos. A franqueza é uma qualidade desejável, mas pode se transformar numa verdadeira grosseria ou inconveniência quando o efeito é tristeza, decepção ou mágoa. Essas mentiras não têm a finalidade de ferir, magoar ou prejudicar o outro.”

Para o psicólogo Reginaldo do Carmo Aguiar, analista do Comportamento e das Neurociências, mentir é necessário, às vezes, para se livrar de alguns convites inconvenientes. Um vendedor precisa muitas vezes omitir e mentir para valorizar seu produto. No entanto, o problema da mentira é quando não é contextualizada. “Imagine aquele indivíduo que mente em casa, com os amigos, no trabalho. Pode ter certeza que ele terá consequências aversivas a curto, médio e longo prazos.”

O psicometrista Wilson Sergio Calvoso Damasco faz um alerta: “Homens e mulheres costumam mentir quando o objetivo é criar uma imagem positiva de si. Veja nos setores de RH quantos currículos estão preenchidos de maneira verdadeira e o que os candidatos a uma colocação fazem para agarrar uma vaga desejada. Cuidado quando a criatividade em mentir é muito maior do que a necessidade de falar apenas o necessário.”

SAIBA MAIS:

:: A mentira frequente é sinal de que existem problemas. O ideal é buscar ajuda profissional. Um psicólogo clínico ou psiquiatra pode avaliar a gravidade e a necessidade do tratamento. Tomar consciência de que a mentira atrapalha a vida, é o primeiro passo para a cura

:: A “pseudologia fantástica” desperta uma admiração vazia. Sempre haverá necessidade de mais mentiras para sustentar um interesse que foi criado através da mentira. É um círculo vicioso

:: Em alguns casos, o problema não é mentir, mas sustentar a mentira. A imagem positiva pode ser quebrada se não for acompanhada de comportamentos e atitudes compatíveis. Exemplo, mentir em uma entrevista de emprego pode até levá-lo para mais uma etapa do processo seletivo, mas se não tiver conteúdo, é questão de tempo para a verdade vir à tona

Fonte - Da Reportagem

terça-feira, novembro 03, 2009

Palestra sobre Redução do Estresse na CESP/EMAE



Palestra sobre Redução do Estresse no ambiente de trabalho proferida pelo psicólogo Prof. Armando Ribeiro para a Semana Interna de Prevenção de Acidentes de Trabalho (SIPAT) da Companhia Energética de São Paulo (CESP) e Empresa Metropolitana de Águas e Energia (EMAE).

domingo, outubro 18, 2009

Entrevista sobre Intuição - Rádio CBN


Entrevista sobre Intuição na rádio CBN


O Prof. Armando Ribeiro foi entrevistado pelas repórteres Petria Chaves e Fabiola Cidral do Programa Caminhos Alternativos da Rádio CBN. "Se nosso entrevistado do Ponto de Equilíbrio tende mais para razão, precisávamos balancear um pouco a história. Intuição. Esse foi o assunto no quadro mente e corpo deste sábado. O que é intuição para você? Nós jogamos a pergunta no twitter, e vieram muitas respostas. Muita coisa interessante: 'Intuição para mim é um sentimento muito forte e que algumas vezes me move para prosseguir ou desistir. Penso ser bom senti-lá.' 'intuição pra mim é uma grande sensibilidade, estar com os sentidos todos muito apurados…' 'uma delicadeza de emoções.' 'INTUIÇÃO é um momento especial que o espírito proporciona para que a nossa razão não escorregue.'

Foram dezenas de ótimas respostas. Mas para uma definição mais científica, nós convidamos para os estúdios do Caminhos Alternativos o psicólogo Armando Ribeiro, ele que é mestre em Ciências pela Unifesp (Universidade Federal de São Paulo). Entre as definições que Armando Ribeiro nos apresentou, ele confirmou que já existem pesquisas científicas ao longo do mundo estudando a intuição e o impacto dela em nossas vidas. As áreas que mais tem se voltado para a intuição, por exemplo, são marketing e comunicação. Interessante. Mas o que nos chamou muito a atenção foi o aparelho que Armando Ribeiro trouxe para nossos estúdios. O aparelho de Biofeedback. Segundo Armando Ribeiro, com o aparelho é possível monitorar batimentos cardíacos e perceber os momentos em que nossa intuição pode aflorar. Claro que eu e Fabíola Cidral experimentamos. E comprovamos se podemos ter ou não a tal intuição. O resultado? Só ouvindo aqui o Caminhos Alternativos deste sábado.

Em tempo, o psicólogo Armando Ribeiro tem uma clinica em São Paulo. Quem deseja mais informações sobre o trabalho dele na área de terapia cognitivo-comportamental e biofeedback, o site é Para ouvir o caminhos alternativos deste sábado na íntegra, o poder da intuição, a dica de saúde e música, a luta contra o desperdício de alimentos e a caminhada do cantor Renato Teixeira, o caminho é este aqui.


terça-feira, outubro 06, 2009

"Lembre-se: ficar revivendo o passado é o primeiro passo para a depressão! O caminho é construir um novo projeto de vida, no qual o mundo não se limite às paredes da casa."  (Roberto Shinyashiki)

Combatendo a depressão

“A associação mais forte encontrada entre fatores psicológicos e condições físicas foi com a depressão.” (Weels et al., 1989).

Descrita por alguns autores como o "flagelo moderno", a depressão vem se expandindo no ocidente apesar de todos os esforços médicos para a pesquisa dos mecanismos cerebrais e das novas drogas para combatê-la. A depressão deve ser encarada como uma complexa doença, que afeta o indivíduo como um todo, ou seja, mente - corpo - espírito. Para o dr. Aaron Beck, fundador da Terapia Cognitiva, a depressão é decorrente de alterações no processamento das informações, denominando por tríade cognitiva da depressão, a visão negativa / pessimista relacionada a si-mesmo, ao mundo e ao futuro existentes em pessoas afetadas por esta condição. Para a Acupuntura / Medicina Tradicional Chinesa a depressão é decorrente de vários desequilíbrios da energia vital (Qi), por exemplo: na estagnação da energia do Fígado (denominado Gan / elemento Madeira), observamos como queixas comuns: humor deprimido, frustração, sensação de estar bloqueado na vida de maneira geral, e na auto-expressão e na criatividade em particular, pressão interna e desejo de agir, mas incerto sobre o caminho a tomar na vida. Ambos os modelos não são excludentes, uma vez que se referem a processos complementares, tais como: bioquímica cerebral, aspectos psicológicos / emocionais e energia vital. A Organização Mundial da Saúde (OMS) define saúde: "estado de completo bem-estar físico, psíquico e social e não meramente ausência de doença", fortalecendo o enfoque integrativo e a equipe multiprofissional.
A ciência moderna tem sido capaz de reconsiderar o papel das emoções na saúde humana. Cada vez mais as pesquisas apontam para a interdependência dos fatores biopsicossociais nos processos de saúde-doença, as causas passam a ser consideradas multifatoriais e os tratamentos cada vez mais precisam de intervenções multiprofissionais.
A coerência cardíaca é o campo de estudo da influência dos ritmos cardíacos no sistema nervoso e vice-versa. Alta variabilidade do ritmo cardíaco é atualmente considerado um sinal de saúde neuro-cardíaca, refletindo o equilíbrio entre os sistemas autonômos (simpático e parassimpático). Pessoas que vivenciam emoções positivas naturalmente produzem um aumento na variabilidade do ritmo cardíaco e do hormônio anti-envelhecimento (ex. DHEA), enquanto pessoas estressadas, deprimidas e irritadas acabam gerando pouca e caótica variabilidade do coração, um aumento na produção do hormônio do estresse (ex. cortisol) e envelhecimento precoce e etc.

sábado, outubro 03, 2009

"Só uma vida com sentido e realizações pode evitar os fantasmas das neuroses, depressão e estresse." (Maria Luiza Silveira Teles )

Treino em biofeedback para a redução do estresse


O psicólogo Prof. Armando Ribeiro foi entrevistado por Ronnie Von no programa Todo Seu da TV Gazeta. Durante a entrevista foram apresentadas técnicas de respiração, monitoradas por equipamento de biofeedback, para a redução do estresse e aumento da perfomance cognitiva, neste caso da intuição. Ronnie Von e sua equipe ficaram surpresos com a redução da frequência cardíaca, após segundos de utilização da técnica empregada pelo Prof. Armando Ribeiro.

Redução do estresse


Bastidores da entrevista (2005) do psicólogo Prof. Armando Ribeiro para o SBT com à presença da dupla sertaneja Guilherme & Santiago, sobre o tratamento da fobia de avião. O biofeedback foi utilizado como recurso psicoeducacional e auxiliar na redução do estresse. O cantor Santiago aprendeu a respirar de forma relaxada, mesmo quando exposto as imagens e sons de vôos.

III Congresso Brasileiro do Stress

Participação do psicólogo Prof. Armando Ribeiro no III Congresso Brasileiro de Stress (2007), promovido pela Associação Brasileira do Stress. Esta mesa-redonda contou com a participação de ilustres palestrantes, envolvidos com o estudo dos recursos complementares (ex. acupuntura, biofeedback, hipnose e meditação ) para o gerenciamento do stress. Nesta foto, temos à presença da presidente da Associação Brasileira de Stress à Dra. Marilda Lipp.

Calma, meu caro!

Não permita que pequenas chatices do dia a dia causem estresse e um grande estrago em sua saúde. Saiba combatê-las antes que você acabe de arrancar seus cabelos.

Por Mike Zimmerman e Sofia Solves (Revista Men´s Health, pp. 48-50, 2009)

Você dá murros na almofada do sofá quando seu time perde um jogo. Ou começa a ter tique nervoso quando olha no espelho e percebe que está ficando careca. Atenção: não são apenas reações de irritações passageiras, mas sim de estresse de verdade. O pior é que essas pequenas chatices podem ser mais perversas do que as grandes tragédias, porque nos vencem pela invisibilidade ou pelo cansaço. “Não as evitamos porque não as vemos como problema. Até o dia em que você explode”, diz o psicólogo Armando Ribeiro das Neves Neto, supervisor clínico de terapia cognitivo-comportamental na Universidade de São Paulo (USP).


Esses causadores de tensão podem ser crônicos e perigosos e, conforme crescem, comprometem a saúde: estressados têm 54% mais chances de sofrer ataque cardíaco, segundo estudo britânico de 2008 publicado no periódico European Heart Journal. E um trabalho sueco sugere que o estresse pode dobrar as chances de um homem desenvolver diabetes, 596 homens responderam a uma pesquisa no site da MH, para apontar os pequenos fatores de estresse que atravancam seu cotidiano. Aprenda a lidar com essas questões menores e foque no que realmente interessa: todo o resto da sua vida.

Fator de estresse: INSEGURANÇA

Não é de surpreender que o pagamento das contas, dos cartões de crédito e a preocupação com o orçamento doméstico estejam entre as maiores causas de estresse em nossa pequisa – 61% dos entrevistados sentem tensão de moderada a alta nessas situações. “Muito do estresse sobre as finanças tem a ver com incerteza – sobre sua situação financeira, claro mas muito mais sobre sua estabilidade no emprego. Não ter controle sobre isso acaba por consumir a pessoa”, diz Thomas Miller, psicólogo da Universidade de Kentuchy, nos EUA, e autor do livro Handbook of Stressful Transitions across the Lifespan (Guia das Transições Estressantes ao Longo da Vida).

Desarme a bomba: reflita sobre o que realmente deixa você de cabeça quente.São as contas mesmo ou sua situação profissional? Faça um exercício de autoconhecimento: porque isso é tão ruim? Mexe com sua autoestima, com os valores que você aprendeu com a sua família? Parta para uma caça aos fatos e consiga respostas para as questões mais espinhosas. Mas seja flexível. “Não conseguir pagar uma conta, em um mês, não significa que você seja um desastrado, um atrapalhado, que não tem valor ou que não vai ser valorizado como gerente, pai ou filho”, diz Armando Ribeiro. No campo profissional, se tiver uma relação de confiança com o seu chefe, comente sobre o clima de instabilidade. E dê um jeito de saber se você se encaixa nos planos da empresa e o que pode fazer para se tornar mais valioso. “Quanto mais respostas você conseguir, mais clareza terá sobre os fatos e sobre sua situação. E isso proporciona maior controle”, diz Miller. (CONTINUAÇÃO...)

Dia do Combate ao Estresse

Leis que instituiram o Dia do Combate ao Estresse

No Estado de São Paulo:
Lei nº 13.022, de 21 de maio de 2008
Projeto de lei nº 140, de 2006, da Deputada Delegada Rosmary Corrêa.

Na cidade de São Paulo:
Lei nº 14.158 de 12/05/2006,
Projeto de Lei no. 421/05, do Vereador William Woo

Na cidade de Campinas:
Lei Nº 12.369 , setembro de 2005
Projeto de Lei Do Vereador Aurélio José Cláudio

Na cidade do Recife:
Lei nº. 17. 411/2008 de 5 de janeiro de 2008
Projeto de Lei nº. 119/2007 do Vereador Severino Gabriel.

Na cidade do Rio de Janeiro:
Lei nº 4.775 de 29 de janeiro de 2008
Projeto de Lei no. 4.775, da Vereadora Leila do Flamengo.

(Fonte: Associação Brasileira de Stress - ABS)

quinta-feira, outubro 01, 2009

"A maior arma contra o estresse é nossa habilidade de escolher um pensamento ao invés de outro." (William James)
Comunidade sobre Gerenciamento do Estresse no ORKUT

Comunidade que visa o intercâmbio entre profissionais e demais interessados em discutir as principais estratégias de manejo do estresse e qualidade de vida. Serão difundidas informações sobre artigos científicos, eventos, cursos e novidades sobre o manejo do estresse na saúde, educação e nas empresas.O que é estresse?"Conjunto de reações, que ocorrem em um organismo quando está submetido a um esforço de adaptação." (Hans Selye, 1936)Por que estudar o estresse?- O absenteísmo nas empresas, na maior parte, se deve a problemas relacionados ao estresse.- Pesquisas mostram cada vez mais uma forte associação entre estresse excessivo e crônico e o desenvolvimento de várias doenças, como câncer, hipertensão, infarto, úlceras, diabetes, asma, colite, psoríase, herpes, etc...(Fonte: ABS - Associação Brasileira de Stress)

Acesse:
http://www.orkut.com.br/Main#Community?cmm=2319743
Pesquisa sobre estresse ocupacional entre acadêmicos de MBA

Estudo científico realizado pelo psicólogo Prof. Armando Ribeiro (aprovado pelo Comitê de Ética da UNIFESP, no. 0622/09), sobre estresse ocupacional e qualidade do sono em uma amostra de 52 acadêmicos de um curso de MBA noturno e que possuiam cargos executivos e de RH em empresas de grande porte, concluiu que: 63,46% estão altamente vulneráveis ao estresse ocupacional, sendo o fator de maior impacto o “clima e funcionamento organizacional”, ou seja, “chefes estressados” contribuem para uma importante fonte de estresse crônico no ambiente de trabalho, o que pode acarretar danos à saúde física e psicossocial, além de prejuízos na atividade profissional (ex. diminuição da produtividade, diminuição dos lucros, aumento da rotatividade, do absenteísmo, do presenteísmo, dos acidentes de trabalho e etc). As demais fontes de estresse que se destacaram pela autoavaliação dos participantes da pesquisa, foram: sobrecarga de trabalho (63,46%); falta de feedback (57,69%) e estresse interpessoal (57,69%), ou seja, além do acúmulo de atividades no trabalho e os estudos de pós-graduação, a comunicação interpessoal e a falta de feedback contribuiram significativamente para a potencialização do estresse nas organizações. Houve uma importante diferença entre os fatores apontados pelos homens e mulheres do estudo, destacando-se que para os homens "lidar com problemas emocionais" no ambiente de trabalho (3o. lugar no ranking) foi muito mais estressante do que para as mulheres do estudo (15o. no ranking). Outro dado importante no estudo, foi em relação à presença de qualidade ruim do sono ou queixa subjetiva do sono em 71,43% dos participantes, ou seja, o estresse ocupacional associado a uma baixa qualidade do sono, podem potencializar os efeitos prejudiciais do estresse, tais como: envelhecimento precoce, prejuízos cognitivos (ex. déficits de memória e atenção) e etc. Houve também uma baixa auto-avaliação da prática de atividade física, o que certamente contribui para a vulnerabilidade ao estresse ocupacional.
Afinal, para que tanta pressa?

Por Francine Moreno (Diário da Região, São José do Rio Preto/SP, 2009)

00:40 - Você acorda cedo, toma café correndo, um banho apressado e percebe que mesmo assim está atrasado? Na sua empresa, muita pressão para entregar um relatório que era para estar pronto há algum tempo? Na hora do almoço, mal dá tempo de sentar e comer? Isso sem falar no resto do dia. Cuidado. Você pode estar sofrendo da doença da pressa. Termo usado pelos médicos para definir essa sensação intensa de que se está correndo contra o tempo, de que o dia com 24 horas não é suficiente, de que a vida está passando rápido demais. Costuma vir acompanhada de atrasos nos compromissos sociais, escolares, déficits de atenção e memória e desorganização. A falta de tempo, corre-corre diário e a necessidade de produzir mais em menos tempo adquiriram números tão altos que ganharam embasamento médico. Um estudo feito pela International Stress Management Association (Isma), entidade internacional que estuda o estresse, com mil brasileiros economicamente ativos, revelou que 30% deles sofriam da “doença da pressa”, apresentando sintomas físicos (hipertensão e problemas cardiovasculares); emocionais (angústia) e comportamentais (abuso do álcool).“A síndrome acontece quando somos estimulados por circunstâncias da vida a alterar esses ritmos e está normalmente associada ao estresse e à ansiedade”, afirma o psicólogo Armando Ribeiro das Neves Neto, professor e supervisor clínico da USP. Para o psicólogo gestalt-terapeuta Hugo Ramón Barbosa Oddone, os sintomas mais comuns são as chamadas somatizações como pressão arterial muito alta, falta de ar, dores do tipo angina, enxaquecas, cefaléias, musculares e febres, e os sintomas psicológicos típicos como as diversas fobias, que, quando se tornam mais repetitivos e complexos, podem levar à síndrome de pânico e outras síndromes graves. “Algumas pessoas são alvos prediletos. São aquelas que trabalham em funções altamente competitivas por muito tempo, sem terem o tempo necessário para recuperar-se do estresse diário.” É curioso notar que o sintoma mais comum, atualmente, nas crianças, é o fenômeno da hiperatividade. Segundo o psicólogo André Apolinario Silva Marinho, a hiperatividade reflete o jeito de ser de uma época, em que tudo tem de ser hiper. O diagnóstico é o excesso de estímulo e de movimento. “Não são algumas pessoas que sofrem da doença da pressa, é toda uma época, um momento histórico, a sociedade. Pensando desse ponto de vista, a loucura é estar na contramão disso tudo. As pessoas, quando param, sentem um vazio tão grande que imediatamente buscam algo para fazer. Isto ocorre porque estamos tão identificados com aquilo que fazemos que nos tornamos aquilo que fazemos.” Para combater a mania moderna de velocidade, o especialista Armando Ribeiro das Neves Neto afirma que desacelerar deve passar a ser a palavra de ordem. Em casa, no trabalho, nas relações e no ritmo interior, levar a vida com mais calma deve se transformar numa tendência comportamental diária.“Identificar e modificar os pensamentos catastróficos é parte do tratamento. De forma mais simples, bons pensamentos atraem bons sentimentos e mesmo com um trabalho estressante você fica protegido dos efeitos negativos do estresse; já pensamentos distorcidos acentuam as reações do organismo, levando ao adoecimento físico e emocional.” Oddone sugere seguir o que Napoleão Bonaparte dizia ao valete que o ajudava a vestir-se: devagar que estou com pressa. “Influenciados pelo espírito francês, quanto mais pressa temos, mais impecáveis nos tornamos, ou seja, mais cuidadosos, mais lentos, vagarosos e sem perder a pró-atividade e a assertividade. Façamos as coisas bem acabadas para consiguir curtir o produto do nosso esforço”, afirma.Gerencie agora seu estresseNo culto à vagareza, o psicólogo Armando Ribeiro das Neves Neto, professor e supervisor clínico da USP, defende desde uma alimentação sem pressa até andar de bicicleta. “Precisamos descondicionar a pressa. Aprenda a curtir um banho caprichado no final do dia, uma refeição saudável, a companhia de pessoas alegres e positivas. Procure novas experiências sensoriais, como novos restaurantes, refeições e viagens. Faça um diário para descrever e refletir sobre as experiência do dia. Faça atividade física regular, aproveite para passear com o cachorro, ou mesmo voltar a andar de bicicleta.” Para seguir um caminho num ritmo ainda mais tranquilo, é preciso aprender a respiração diafragmática. É uma estratégia fundamental para controlar o estresse físico e emocional, pensar com mais clareza e resolver os problemas reais da vida. “Quando já adoecemos por causa do estresse ou ansiedade é fundamental procurarmos ajuda especializada. Os tratamentos, em geral, consistem em programas científicos baseados nas pesquisas médicas e psicológicas atuais sobre a avaliação e o tratamento dos sinais e sintomas do estresse, bem como na criação de projetos para a identificação e redução do estresse nas empresas, escolas e individualmente.” Para Neto, a prevenção da doença baseia-se nos programas de gerenciamento de estresse, que normalmente incluem: avaliação do nível e fase de estresse, informação científica sobre o estresse e os seus efeitos em nossa vida, técnicas de respiração e de relaxamento, autorregulação psicofisiológica por meio de modernos equipamentos de biofeedback, técnicas de meditação e/ou práticas corporais (ex. ioga, tai chi), atividade física regular, alimentação equilibrada e acupuntura energética.SAIBA MAIS::: Além do cotidiano atribulado e sobrecarregado, também é preciso reconhecer que o equipamento estrutural da pessoa pode facilitar ou dificultar render-se à doença da pressa. Há pessoas com maior resistência, mais estruturadas para enfrentar longos embates com as exigências do mundo, e outras não:: O deus mitológico representante do tempo é Cronos, e na sua história, ele é um pai que devora e mata seus próprios filhos. A pressa dos tempos atuais é um exemplo de como os paradigmas socioculturais orientam o nosso modo de ser, pensar e agir. Vivemos em um momento histórico no qual tudo deve ser feito com muita rapidez e eficiência:: A doença da pressa normalmente é imperceptível ou invísivel para a maioria das pessoas, pois o ambiente de trabalho, escolar ou familiar acaba mascarando os sintomas do estresse e a sua prevenção. No trabalho pode ser responsável por baixa produtividade, faltas recorrentes; na escola pode representar baixo rendimento escolar, indisciplina, faltas e no ambiente familiar pode representar problemas conjugais, íntimos, entre pais e filhos etc.:: Mãos e pés frios, boca seca, dor no estômago, aumento de suor, tensão e dor muscular são estados de alerta
Estresse, o assassino silencioso.
O estresse pode estar ligado a sete das dez doenças que mais matam no mundo.

Por Renata Sodré (Jornal Barra Notícias, RJ, 2008)

Quem nunca disse ao menos uma vez na vida a frase “Estou estressado”? A palavra que se tornou trivial no vocabulário e na vida das pessoas, é chamada de doença do século por alguns especialistas. O estresse, apesar de ter se tornado comum em nosso dia-a-dia, tem chamado a atenção de diversos médicos que alertam para as conseqüências danosas à saúde.Segundo o Professor Armando Ribeiro Neto, psicólogo especializado em gerenciamento do estresse, o maior perigo é que normalmente ele é imperceptível para a maioria das pessoas. “O ambiente de trabalho, escolar ou familiar acaba mascarando os sintomas. No trabalho pode ser responsável por baixa produtividade e faltas recorrentes, na escola pode representar baixo rendimento e no ambiente familiar, pode estar associado a problemas conjugais”, revela o professor.O psicólogo ainda ressalta a importância de conhecer os sinais do estresse. “É o primeiro passo para o auto-cuidado e para buscar ajuda. Qualquer pessoa que apresente persistência de cansaço, diminuição da produtividade, insônia, aumento de sudoreses e até diminuição no desejo sexual, deve procurar um profissional especializado”, diz.O estresse nada mais é do que uma resposta do organismo quando se está diante do perigo, ele prepara o corpo para fugir ou lutar. E é por essa definição que muitos especialistas enxergam o estresse como algo bom. Mas é preciso saber lidar com o problema, pois o estresse mata. “De acordo com a Organização Mundial de Saúde, o estresse pode estar associado a sete das dez doenças que mais matam no mundo, como doenças cardiovasculares e câncer”, enfatiza o professor.Não existe fórmula mágica para se evitar o estresse. A agitação da vida moderna, o trânsito e a violência são alguns dos fatores que nos trazem doses diárias desse mal. O que podemos fazer então para que o estresse não aja de maneira perigosa no nosso corpo e mente? A resposta é mais simples do que se pensa. Fazer algumas pequenas mudanças para incluir no cotidiano alguma atividade que nos dê prazer e mudar os hábitos alimentares, podem ajudar, e muito, contra os males do estresse.No entanto, para quem não consegue lidar com o problema sozinho, o gerenciamento de estresse é uma boa opção. “Os programas de gerenciamento de estresse incluem: avaliação do nível e fase de estresse, técnicas de respiração e de relaxamento, auto-regulação psicofisiológica pormeio de equipamentos de biofeedback, técnicas de meditação como a yoga, atividade física regular, alimentação anti-estresse e acupuntura energética, dentre outros”, conclui o professor e psicólogo Armando Ribeiro.
Alta-tensão. Especialistas falam da banalização em torno do estresse, que pode causar doenças físicas e emocionais sérias. Saiba como prevenir e identificar uma situação de risco a tempo.

Por Adriana Martins (Jornal A Tribuna / AT Revista, Santos/SP, 2008)

Você sabe o que é o estresse? A pergunta pode parecer absurda em plenos anos 2000, já que se trata de um velho conhecido. Mas, especialistas afirmam que é justamente por parecer algo tão íntimo que houve a banalização do termo. Quem não disse estou estressado pelo menos uma vez nesta semana que atire a primeira pedra. "O estresse está vulgarizado. As pessoas frequentemente o confundem com emoções, como frustração e revolta, mas é a adaptação inconsciente a várias situações do dia-a-dia, sejam elas positivas ou negativas", diz Ana Maria Rossi, presidente da International Stress Management Association (ISMA-BR), entidade voltada à pesquisa e desenvolvimento da prevenção e tratamento do estresse no mundo.O site de relacionamentos Orkut traz uma mostra dessa vulgarização. Entre as comunidades, a Eu Tenho Stress Interno (!) reúne inacreditáveis 14 mil membros em torno de uma definição, digamos, imprecisa: “...um sentimento ruim, estranho... sei lá...”. O Estresse me Estressa, com mais de dois mil participantes, é outro exemplo da banalização.Embora não seja uma doença, é um fator de risco importante, relacionado a sete das 10 patologias que mais matam do mundo, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS). E a desinformação só faz com que o problema se agrave.Em suma, o estresse é uma resposta do organismo a muitas situações da vida, que varia de acordo com a percepção de mundo de cada um. “Numa batida de carro, por exemplo. Enquanto uma pessoa pode dar graças a Deus por não ter acontecido nada com ela, para outra o acidente pode representar uma grande perda, ela pode achar que sua vida acabou ali”, destaca Ana Maria.Essa adaptação, inclusive, é fundamental para a sobrevivência, alerta o psicólogo Armando Ribeiro das Neves Neto, supervisor clínico de terapia cognitiva das universidades de São Paulo (USP) e Federal de São Paulo (UNIFESP). “É o estresse que faz com que tomemos alguma decisão, que lutemos. Ele é um gatilho importante de percepção de ameaça”.O especialista, que mantém uma comunidade séria sobre o assunto no Orkut, Gerenciamento do Estresse, diz, porém, que a exposição excessiva é altamente prejudicial, com reflexos no corpo e na mente. Tanto que, de acordo com a intensidade dos sintomas, é dividido em três fases:Fase de alerta: mãos e pés frios, boca seca, dor no estômago, aumento de sudorese, tensão e dor muscular (na região dos ombros, sobretudo), aperto na mandíbula, ranger os dentes ou roer unhas ou a ponta da caneta, diarréia passageira, insônia, taquicardia, respiração ofegante, hipertensão súbita e passageira, mudança de apetite e entusiamos súbito.Fase de resistência: problemas com a memória, mal-estar generalizado, formigamento das extremidades, sensação de desgaste físico constante, mudança de apetite, aparecimento de problemas dermatológicos, hipertensão arterial, cansaço constante, gastrite prolongada, tontura, sensibilidade emotiva excessiva, obsessão com o agente estressor, irritabilidade excessiva e desejo sexual diminuído.Fase de exaustão: diarréias frequentes, dificuldades sexuais, formigamentos nas extremidades, insônia, tiques nervosos, hipertensão arterial confirmada, problemas dermatológicos prolongados, mudança extrema de apetite, taquicardia, tontura frequente, úlcera, impossibilidade de trabalhar, pesadelos, apatia, cansaço excessivo, irritabilidade, angústia, hipersensibilidade emotiva e perda do senso de humor.De acordo com o psicólogo, na etapa de exaustão corpo e mente adoecem. “Ninguém fica doente na fase aguda do estresse, mas sim quando ele se cronifica. E é claro que pessoas submetidas a uma mesma carga de estresse vão adoecer de formas diferentes, por conta de sua história de vida”.A questão é que o estresse mexe demais com a parte hormonal, principalmente com a adrenalina e o cortisol – conhecido aliás, como o hormônio do estresse. “Quando fica circulante por muito tempo, ele é responsável por danos como envelhecimento precoce, queda da imunidade e aumento da gordura corporal”.Mais uma faseMarilda Lipp, Ph.D em Psicologia e professora da PUC/Campinas, diz que há mais uma etapa, que seria a terceira, chamda de quase-exaustão. “Enquanto a primeira fase é essencial à sobrevivência humana, na segunda a pessoa já precisa unir todas as suas forças para resistir às pressões. No período de quase-exaustão, o sistema imunológico começa a ser afetado e, com a resistência em baixa, dá margem ao surgimento de doenças oportunistas. Além disso, funciona como um gatilho para o aparecimento de patologias genéticas”.Segundo Marilda – que fundou e dirige o Centro Psicológico do Controle do Stress, que hoje conta com 11 unidades espalhadas pelo País - , na quarta fase, “a pessoa perde totalmente a capacidade e a habilidade de lidar com as situações”.Estudo feito pelo laboratório de Psicologia da PUC/Campinas, aplicado no Estado de São Paulo, mostra que 36% da população apresentam sintomas graves de estresse. Marilda afirma que, desse percentual, 1% está em fase de exaustão e 7% de quase-exaustão. “É um número significativo, que mostra que a vida atual exige muito das pessoas. Talvez uma das razões para esse alto índice é que ainda somos um país em desenvolvimento, em transição, que exige de nós uma adaptação constante”.Prevenção sempreE qual é a melhor hora de procurar ajuda? Quanto mais cedo for feito o diagnóstico, melhor. Em quadros severos, possivelmente a pessoa terá de tomar medicamentos. O acompanhamento psicológico também pode ser necessário.O problema é que muitas vezes a pessoa não se dá conta de que precisa de tratamento. “Muita gente chega em meu consultório e diz que está numa fase tranquila e não acredita que esteja estressado. Só que os efeitos do estresse são cumulativos”, alerta o psicólogo Armando Ribeiro das Neves Neto.

Na hora de identificar o problema, costuma-se fazer um levantamento do que aconteceu na vida do paciente no último ano. São levados em conta fatores como casamento, nascimento de um filho, morte de pessoa querida e relações no trabalho, entre outros. “Uma promoção no emprego é algo positivo, certo! Mas também gera estresse por conta do aumento das responsabilidades”.Mudar de atitude é essencial, tanto como medida curativa quanto preventiva. “O estilo de vida saudável promove mais resistência para o organismo lidar com o estresse, sendo que a atividade física é uma ótima forma de canalizar angústias e frustrações”, ressalta Ana Maria Rossi, lembrando que o sono e a alimentação balanceada também são posturas protetoras.Rever e evitar as situações que provocam desgaste também é essencial para manter o equilíbrio. “Não é pedir as contas no emprego. Mas, se não se dá bem com o chefe, por exemplo, tente mudar de setor. O mais importante é saber lidar com o estresse ou buscar opções para não ter que lidar com ele”.Armando Ribeiro reforça que as pessoas cometem erros comuns na busca de soluções. “Apesar de as medidas anti-estresse serem relativamente simples, não basta tomar um sorvete. Pior ainda, beber cerveja, já que o álcool tem efeito sedativo. Mais um engano: os esportes radicais elevam o nível de estresse”.Para o psicólogo, outras atitudes importantes são:Aprenda a respirar: A respiração adequada (chamada de diafragmática, com o abômen subindo e descendo) ajuda a desligar a produção de cortisol.Pratique algum tipo de meditação ou ioga. Essas técnicas protegem do estresse comum, garantindo, até, mais criatividade. “Não precisa ter vida de monge, é só procurar viver em um ambiente saudável”.
Pesquisa sobre presença do estresse nas doenças gastrintestinais

Estudo científico realizado pelo psicólogo Prof. Armando Ribeiro (aprovado pelo Comitê de Ética da UNIFESP, no. 037/00), sobre à presença de fatores psicológicos em doenças gastrintestinais (ex. doença inflamatória intestinal - Chron e retocolite ulcerativa, síndrome do intestino irritável, entre outras), em uma amostra de 100 pacientes atendidos no ambulatório de Gastroenterologia da UNIFESP, concluiu que 62% apresentavam sintomas clínicos de estresse, com predominância de sintomas na fase de resistência e presença de sintomas físicos e psíquicos. O resultado da pesquisa sustenta à necessidade do trabalho em equipe multiprofissional, visando o bem-estar biopsicossocial e qualidade de vida dos pacientes.